Reis e Rainhas. escrita por BlindBandit


Capítulo 2
Coisas de grávida




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Um mês já tinha se passado dês de que eu descobrira que estava grávida, e o período de maio risco já tinha passado. Uma leve saliência já aparecia no meu ventre. Na noite anterior, eu e Maxon ficamos até tarde pensando em nomes de bebes. Por entre vários livros, com nomes antigos e novos, acabamos por não chegar a nenhuma decisão. A única coisa que tínhamos de acordo era não saber o sexo do bebe até o nascimento. Como era com os antigos reis, antes da invenção de todos os aparelhos médicos.

Eu e Maxon achamos os livros mais antigos que poderiam existir. Antes de Illéa, antes dos Estados unidos da China, antes mesmo da America. Reinos Europeus, tão conservadores como os de hoje em dia. Era engraçado ver como a historia se repetia. Passávamos horas debruçados sob esses livros, lendo a respeito de quando tudo era muito diferente, e ficamos fissurados pelos nomes. Eram tantos que eu teria que ter uma dúzia de filhos para poder usar todos eles.

Fui arrancada de meus devaneios com o barulho da porta. Minhas três criadas entraram. Anne e Mary foram encher minha banheira, Lucy veio até mim, com o intuito de me acordar. Quando viu meus olhos abertos, ela sorriu e começou a se virar, mas eu a chamei.

– Lucy, venha, sente aqui.

Ela veio com um sorriso no rosto, curiosa. Assim que Anne e Mary voltaram a aparecer, eu as chamei também.

– Eu devia ter falado isso antes para vocês, mas por ordem da rainha e por precaução, eu guardei isso até agora. Hoje a noite, no jornal Oficial, eu vou fazer um anuncio, mas vocês tem o direito se saber antes.

Elas estavam ansiosas, curiosas pelo o que eu ia dizer. Eu olhei cada uma delas nos olhos antes de soltar as palavras.

– Estou grávida.

As três levantaram da cama e começaram a pular animadas. Mary não parava de falar de como seriam lindas as roupas do bebe, Anne dizia todos os cuidados especiais que eu teria durante a gestação. Lucy olhou fundo nos meus olhos, com um grande sorriso no rosto. Eu peguei suas mãos, tão pequenas, e coloquei em meu ventre.

– Obrigada, Alteza – ela disse. E eu não pude deixar de sorrir.

–Está pronta? – Maxon entrou pela porta que ligava nossos quartos. Ele usava um elegante terno preto, e uma gravata dourada, que combinava com o meu vestido.

– Quase – eu disse. Anne terminava de amarrar meu vestido nas costas.

– Eu quis dizer : Pronta para falar para o pais inteiro? – ele se corrigiu.

– Ah, essa parte não. – admiti.

– Fique tranquila – ele disse me abraçando assim que Anne se afastou. – Eu vou estar lá segurando sua mão.

Nós descemos as escadas juntos. O vazio daquele palácio ainda me incomodava. Eu crescera em uma casa pequena demais para o numero de pessoas. O que significa que eu quase nunca estava sozinha em um cômodo. Já o palácio era vazio como uma tumba. - Nada que algumas crianças correndo pelos corredores não resolvesse – pensei, colocando as mãos na barriga.

Eu e Maxon fomos para os nossos lugares. O par de assentos ao lado do Rei e da Rainha. Logo, todos estavam em seus lugares, e a transmissão começou. Os conselheiros e o Rei deram relatos da guerra. Nada que eu não soubesse por Maxon, mas mesmo assim esfreguei as mãos aflitas. As invasões dos rebeldes me assustavam ainda mais agora que eu esperava um filho.

– Agora, como ultimas noticias, porem não menos importantes – disse o apresentador. – Principe Maxon e sua esposa, Princesa America, gostariam de fazer um comunicado para a nação de Illéa.

– Obrigada – disse Maxon. Nós nos levantamos. As câmeras se voltaram para nós, e eu sorri quando Maxon apertou minha mão.

Eu respirei fundo, e então comecei. – Hoje, é com alegria que eu anuncio, que eu e Maxon estamos esperando um bebê.

Nesse momento, todos começaram a aplaudir. Des dos conselheiros, aos empregados. E aposto que toda Illéa se juntou a eles. Eu sorri, e Maxon me abraçou. E assim terminou o Jornal Oficial.

Na mesma noite, eu e Maxon estávamos esparramados na cama, jogando conversa fora, quando meu telefone tocou.

– Aposto um brigadeiro roubado da cozinha no meio da noite que é minha irmã –eu disse pegando o telefone.

– Apostado – ele sorriu.

– Alô? – eu atendi o telefone.

– Grávida! Você está grávida! Porque você não me contou antes? Eu sou sua irmãzinha! Eu tinha que saber essas coisas antes de todo o pais.

– May, mil perdoes – eu disse rindo – Ordens da rainha. – isso pareceu aplacar a raiva de May, ela logo abaixou a voz.

Enquanto May tagarelava, eu apontei para o telefone, para Maxon e para a porta. Ele riu e se levantou.

Quando Maxon voltou com meu brigadeiro, eu tinha combinado com minha irmã uma visita para a próxima semana. Ele chegou com a panela e duas colheres.

– Você fez? – peguntei, examinando o brigadeiro.

– Ah, claro – ele sorriu.

– Mentiroso – eu disse passando um pouco do doce no nariz dele. Maxon sorriu.

Era assim que passávamos nossas noites, na grande maioria daz vezes. Eu nunca poderia ter pensado em algo melhor.

Era madrugada e eu estava deitada em meus aposentos. Sem conseguir dormir, eu estava lendo. Era muito tarde para compor ou passear pelos jardins. Minha barriga estava aparente mesmo debaixo das cobertas. Grávida de seis meses, eu já não era capaz de esconder minha gravidez atrás de um vestido bonito. Ao invés disso, eu ganhara um guarda roupa inteirinho, e quase todas as semanas, minhas criadas tinham que alargar as roupas.

Eu lia um conto simples. Um romance, para ver se o sono vinha até mim, quando senti uma pontada na barriga. Assustada, eu larguei o livro e coloquei as duas mãos na barriga, foi então que eu senti de novo. Um chute. O bebe estava chutando.

Eu me levantei, desajeitada, e corri até a porta entre o quarto de Maxon e o meu.

Eu o encontrei sentado em sua escrivaninha, adormecido em cima de vários livros. Eu ri, e ele acordou assustado, se levantando repentinamente enquanto tentava entender o que estava acontecendo.

– America! – ele exclamou, correndo até mim. – Está tudo bem? O bebe está bem? É outro ataque?

– Não, não, acalme-se – eu disse tocando o rosto dele. Os ombros dele relaxaram e ele suspirou.

– Então o que é? – ele perguntou finalmente. Eu peguei as mãos dele e posicionei na minha barriga. Nesse exato momento, o bebe chutou mais uma vez. O sorriso de Maxon se abriu, de uma orelha a outra. – Está chutando!

– Eu sei, eu senti – eu ri.

– Olá bebe – ele disse ajoelhando-se e acariciando minha barriga. – É o papai. Eu sou seu papai. Chute mais uma vez, por favor.

– Você sabe que o bebe está chutando minha barriga certo? Meio que machuca – eu disse rindo.

– Ah, certo. – ele se levantou. – Fique aqui essa noite, pra você sabe... em caso o bebe chute outra vez.

– Não precisa pedir duas vezes – eu disse passando a mão por seus cabelos. – Agora vá colocar alguma roupa mais confortável, você estava dormindo na cadeira! – eu ri.

Enquanto Maxon trocava de roupa, eu me enfiei debaixo das cobertas. Era difícil arrumar uma posição confortável agora que a barriga crescera. Mas assim que Maxon se deitou ao meu lado e me envolveu com os braços, eu adormeci quase instantaneamente.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado! deixem seus reviews (:



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