The Vampire Queen escrita por BlindBandit


Capítulo 7
O Baixo.


Notas iniciais do capítulo

a musica do cap é Raibow de Jack Johnson *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/476009/chapter/7

Fazia frio na noitosfera. As fogueiras ainda queimavam do lado de fora, e os rios de lava ainda circulavam por entre as pedras vermelhas, mas estranhamente estava frio. Marceline, agora tinha aparência de uma garota de catorze anos, se levantou da cama esfregando os olhos. Ela tinha cortado os cabelos, agora eles estavam um pouco abaixo de seus ombros. Ela caminhou usando pijamas até a sala, onde seu pai estava sentando comendo um sanduiche.

– Bom dia doçuca – ele disse.

– Bom dia – ela respondeu esfregando os olhos – Está frio aqui ou sou só eu?

Hunson riu. – Não filha, você está certa. Está bem frio, melhor vestir um casaco.

– Mas pai, aqui é sempre tão quente e cheio de lava... o que aconteceu?

– Nada demais – ele deu de ombros. – Parece que o inverno chegou para a superfície. Nós só estamos sentindo um pouco desse resfriamento.

– Inverno? – ela disse animada – você quer dizer que está nevando lá em cima?

– Talvez. – ele disse.

– Posso ir lá pai? Por favor, por favor, por favooooor! – ela implorou.

– De maneira alguma – Hunson disse se levantando. – Você não volta para aquele lugar tão cedo mocinha... muito menos sem mim.

– Mas pai! – ela exclamou.

– Nada de “ mas “ – ele disse caminhando para a porta. – Trate de ficar na noitosfera. Eu tenho que ir trabalhar agora, sugar algumas almas, sabe como é... Se comporte Marceline. – então a porta fechou atrás dele.

Marceline bufou.

Ela decidiu então explorar os cômodos da casa que ela ainda não tinha visto. A casa era cheia de passagens subterrâneas que davam em lugares esquisitos. Uma vez Marceline tinha seguido um túnel comprido que acabava um uma sala imensa lotada de bananas...

Ela decidiu pegar um corredor pela direita, enquanto ela caminhava pelo lugar estreito, escuro e abafado, ela viu uma porta meio escondida entre dois pilares. A madeira da porta era velha e cheia de cupins. Cupins-dêmonios pra ser mais exata. Ela empurrou a porta com o pé e ela simplesmente se desfez em poeira, Marceline tossiu um pouco mas logo entrou no cômodo. O lugar parecia um armário de vassouras, mas estava vazio, a não ser por um baixo vermelho e vinho, encostado na parede. Ele tinha duas cordas estouradas e estava cheio de poeira.

– Maneiro – ela disse pegando o instrumento nas mãos e levando-o para cima, para seu quarto.

Marceline comprou cordas novas, limpou, lustrou e afiou seu novo baixo-machado. Então ela sentou-se em sua cama e apoiou o instrumento em seu colo. Ela passou os dedos sob as cordas. Marceline gostava do som. Ela segurou algumas cordas no braço do baixo, enquanto passava o dedo sob elas.

– Legal – ela murmurou enquanto descobria uma infinidade de notas novas.

Marceline passou a semana inteira praticando sem parar um minuto sequer. Ela aprendeu os acordes e começou a combina-los, formando bons ritmos. Ela também cantarolava melodias, e sua voz não era nada mal, na verdade, era muito boa. Ela agora andava com o baixo para todo lado, e seus amigos adoravam ouvi lá tocar. Enquanto isso o clima ficava mais frio na noitosfera.

Em uma noite e Marceline dedilhava seu baixo. Ela olhou pela janela, os demônios passando de um lado para o outro usando roupas de frio.

– Eu quero ir lá em cima – ela murmurou para si.

Então ela viu um lápis em sua cabeceira e não pensou duas vezes. Marceline colocou o baixo nas costas, desenhou um rosto feliz de um homem de óculos no chão de seu quarto e jogou um leite que ela havia pego na cozinha... e voalá! A passagem para a superfície estava aberta. Marceline passou e o portal se fechou atrás dela.

Ela de repente estava de volta ao cenário de pós guerra. Mas o lugar estava muito diferente do que ela se lembrava. Todos esses anos que seu pai a manterá trancada na noitosfera a fez perder o mundo ganhando vida outra vez. No lugar das ruínas que ela já estava tão acostumada, haviam gramados, singelas casinhas de nozes, troncos de arvores agora eram casas com porta e janela das mais diversas criaturas. Havia tudo do que se podia imaginar, crianças amendoin correndo pelas ruas de terra, elefantes verdes em miniatura passeavam usando chapéus os laços na cabeça, e fadas voavam livremente por entre eles. Lá no fundo podia-se ver u lugar cor de rosa, que cheirava açúcar e tinha muralhas feitas de Maria-mole e biscoitos. E tudo isso estava coberto por uma densa camada de neve.

– Irado – Marceline disse, correndo para o vilarejo das nozes e deixando pegadas na neve branca.

Ela chegou no vilarejo, onde havia uma fogueira crepitando no centro das casas, e todos se aglomeravam para conseguir um pouco de calor. Marceline se aproximou.

– Olá criança demônio – disse uma mulher de noz. – Bem vinda ao nosso vilarejo. Por favor, junte-se a nós.

Marceline sorriu. Ela sentou-se nos troncos de madeira em volta da fogueira. Crianças de nozes e amendoins a rodeavam passando os dedos sob seu baixo.

– Oh, vocês querem que eu toque algo? – ela disse.

– Oh, seria incrível – disse uma senhora de amendoin. – Nós não ouvimos musica a muito tempo...

– Certo, então eu tenho uma para vocês. - Marceline ajeitou o baixo contra seu corpo e começou a dedilhar o instrumento.

Well I woke up this mornin',
Rainbows filled the sky,
Yes I woke up this mornin',
Rainbows filled the sky,

And there was God,
Tellin' me,
"Everythings gonna be alright"

Well so long good friends,
When will we meet again?
I said so long good friends,
When will we meet again?

Well I dont know,
I dont know,
But I guess I'll see you through
[G Love] "I'll see you man"

Well I'm gonna pack my own guitar,
Move on down the road,
(keep on movin)
I'm gonna pack my own guitar,
Move on down the road

(Where ya gonna go?)
Oh, where I go,
I dont know,
But I guess I just gots' to go

Well I woke up this mornin',
Rainbows filled the sky,
Well I woke up this mornin'
Rainbows filled the sky,

And there was god,
Tellin' me,
"Everything.. Everythings gonna be alright!"

Quando Marceline terminou a musica, todo o vilarejo estava em volta dela. E eles aplaudiam-na.

– Bravo, Bravo – gritava a senhora.

– Sua voz é doce como mel – disse uma garota de cabelos loiros.

Marceline ficou corada instantaneamente.

– Obrigada pessoal – ela disse passando as mãos no cabelo cheia de vergonha.

– Toque mais uma – disse o garotinho.

Marceline olhou para o céu, uma fina linha dourada começava a aparecer no horizonte. Ela não havia se dado conta de que passara a noite inteira fora.

– Quem sabe outro dia – ela respondeu para o garoto. – Tenho que voltar para casa antes que meu pai vá para meu quarto e encontre minha cama vazia.

Ela então voltou para onde havia chego, o circulo continuava desenhado no chão de terra. Ela pegou a caixa de leite que estava em sua mochila e jogou no desenho, que se abriu para o quarto de Marceline.

Ela pulou para dentro do buraco e o portal se fechou. O sol estava nascendo e logo Hunson iria abrir a porta do quarto para chama-la para tomar café. Marcie apagou o portal, jogou os sapatos cheios de neve para baixo da cama, guardou o baixo escondido dentro do armário e se enfiou debaixo de seu cobertor, se cobrindo até o pescoço.

Depois de alguns minutos, a porta do quarto de Marceline se abriu, e Hunson encontrou sua filha adormecida.

– Que anjinha – ele sussurrou antes de fechar a porta do quarto atas de si.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado! deixem seus reviews!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Vampire Queen" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.