The Vampire Queen escrita por BlindBandit


Capítulo 6
Voltando para Casa




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/476009/chapter/6

Marceline tinha os cabelos escovados caindo até o meio de suas costas. Sua velha mochila agora estava limpa e remendada, e continha todas as suas coisas. A fada azul, a mesma que havia trazido ela, veio com uma coroa de flores, e colocou na cabeça da garotinha, que riu.

– Eu vou sentir sua falta – ela disse estendendo a mão para a fada pousar.

A fada tintilou em resposta.

– Eu venho visitar, prometo – ela disse.

– Marceline, devemos ir agora – Disse a fada Lyria.

Marceline se despediu de todas as suas amigas. Ela havia feito muitas nos meses que ficara no reino das fadas. Então ela acompanhou a fada branca. Algumas fadas as seguiram, mas cada vez menos delas continuava. Elas temiam se afastar demais do seu reino. As criaturas brilhantes ainda temiam a guerra.

Lyra levou marceline para fora da floresta. O mundo mágico e cheio de vida que crescia em torno das fadas pareceu desaparecer. E os destroços que ainda atormentavam os sonhos de Marceline voltaram a aparecer. Casas quebradas, carros, tanques de guerra, fiação, tudo em ruínas, enferrujado, em destroços. Eles pararam no centro de uma cidade. Em uma praça, havia um rosto engraçado desenhado no chão, de um homem usando óculos.

– Esse foi o lugar combinado – disse Lyria.

Marceline fitou o desenho no chão.

– Isso não me é estranho.

Em poucos segundos, o rosto no chão começou a brilhar em vermelho vivo. Um buraco de abriu, para um lugar que parecia um tipo de inferno, vermelho e quente. E dele, saiu um homem azulado, ele tinha orelhas pontudas, usava terno e gravata. Ele fitou os arredores desnorteado, até abaixar os olhos e ver uma garotinha de pele acinzentada, longos cabelos negros e um urso de pelúcia velho debaixo do braço. Ela o fitava com os olhos brilhantes.

– Marceline? – ele perguntou confuso... faziam tantos anos.

– Papa! - ela gritou. Lágrimas brotavam em seus olhos. A garotinha correu o mais rápido que podia e se jogou nos braços de Hunson Abadeer. Ele não se lembrava dela tão grande. A ultima vez que a vira ela não passava de uma garotinha de cinco anos.

– Marcie! – ele exclamou – Olhe só você! Está tão crescida! Tão bonita!

– Eu venho te procurando a nos papai! Onde você esteve?

– Eu fiquei preso na noitosfera quando a guerra começou. – ele disse. – Quando eu finalmente arrumei um jeito de sair, eu fui até nossa antiga casa, e tudo o que eu achei foram destroços... eu... eu pensei que você estivesse morta Marcie... pensei que tinha te perdido também. Eu estou tão feliz que você está a salvo.

Marceline tinha os olhos marejados .

– Obrigada – ela disse para Lyria – Obrigada por tudo.

Então ela virou as costas e pulou no buraco no chão atrás de seu pai.

A noitosfera era muito diferente do que Marcie se lembrava. Em suas velhas memórias. Aquele era um lugar quente e aconchegante, cercado por risadas. Ela se lembrava de sua mãe vestindo um lindo vestido negro, e de correr por entre as pernas dos convidados, que riam e afagam seus cabelos enquanto ela passava. Ela se lembrava de um lar. Mas o que Marceline encontrou no lugar foi bem diferente. Ela podia ouvir gritos, desesperados, vindo de todos os lados. Demônios passavam com cara emburrada, ou as vezes com a expressão tão vazia como um cadáver.

– Papai, o que houve com esse lugar? – ela perguntou.

Hunson colocou as mãos em volta da garota.

– A guerra aconteceu – ele disse. Ele pegou Marcie e colocou a garotinha em seus ombros. – Venha monstrinha, vamos para casa.

Marceline sentiu um aperto em seu peito. Agora ela se lembrava. “ Monstrinha.” Sua mãe lhe chamara assim, no dia que tudo começou. Quando a colocou na cama... e o barulho de explosão. Ela havia dito que ficaria bem... As lembranças atingiram Marceline sem parar. Aquele lugar lhe lembrava demais sua mãe. O palácio da noitosfera onde eles viviam ela cheio de fotos dela, toques de decoração dela. Onde quer que Marceline olhasse, sua mãe estava sorrindo para ela, rindo, cantando uma canção. Marceline começou a chorar. Hunson notou, pegou a garotinha nos braços.

– O que foi querida? – ele perguntou.

– Eu... eu sinto falta dela – ela soluçou. – Eu quero minha mãe.

Hunson encarou aquele rostinho pequeno, delicado, que o fitava com os olhos cheios de lágrimas.

– Eu sinto falta dela também – ele disse limpando os olhos da garotinha. – Mas não fique triste Marcie, olhe, quando eu soube que você vinha, eu trouxe alguns de seus velhos amigos. Eles estão esperando por você no seu quarto... vamos até lá?

Marceline assentiu e seguiu seu pai até seu velho quarto.

Lá dentro o quarto continuava idêntico ao que era antes. E sentados no chão haviam três fantasmas do tamanho de Marceline. Wendy, uma garota, Boo-boo, um fantasma um grudado no outro e Jordy, um cara gordo.

– Ei Marceline! – Exclamou Wendy flutuando até ela, - por onde você tem andado?

– Parece que vocês tem muito o que conversas – disse Hunson – Eu vou indo, Marcie querida, se precisar de mim é so gritar. Papai tem que trabalhar agora. – Então ele saiu pela porta.

Marceline contou para os seus velhos amigos tudo o que aconteceu depois da bomba. Ela omitiu a presença de Simon. Ela ainda não havia superado tudo o que havia acontecido.

– Uau... – disse Boo-Boo – Você passou por tudo isso sozinha?

– Sim – Marceline assentiu.

– Incrivel! – disse Jordy.

Depois de seus amigos irem embora, Ela caminhou pela casa, seu pai ainda estava trabalhando, então ela estava sozinha naquele lugar gigantesco. Marceline se debruçou na janela, olhando para fora. Vendo os demônios irem e virem de todos os lados por aquele lugar avermelhado, até que uma mostrinha azulada apontou para onde Marceline estava.

– Quem é aquela mamãe? – a mostrinha peguntou.

– Eu não sei... – respondeu a demônio.

– Sera que é quem eu estou pensando? – disse um outro que passava na rua.

– Não pode ser...

– So pode! – disse uma outra.

– É ela! É ela mesma!

– Ela quem? – disse um garotinho.

– A filha de Hunson Abadeer! Aquela é a pequena Marceline!

Então, uma massa se formou envolta do castelo. Varias criaturas mágicas do submundo estavam lá, e todas gritavam a mesma coisa.

– Marceline! Marceline! Marceline! – todos eles estavam lá para ver uma das únicas alegrias que se tinha naquele lugar. Uma garotinha de sorriso pontudo e cabelos negros. Ela acenava vigorosamente, e toda vez eles gritavam mais e mais alto. Hunson apareceu atrás dela, e colocou a mão envolta da garota.

– Muito legal não é? – ele disse acenando e fazendo mais deles gritarem. Marceline assentiu.

– Bem vinda ao lar querida. – ele disse fechando as janelas. – Agora é hora de dormir, amanha podemos sair e você vai conhecer todo mundo! A noitosfera inteira estava esperando por sua volta. Você é o consolo deles depois de perder a pessoa favorita.. sua mãe.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

outro curto hahaha me desculpem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Vampire Queen" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.