The Vampire Queen escrita por BlindBandit
– Há mais pessoas chegando! Há mais pessoas chegando! – exclamou um rapaz de pele morena e cabelos negros quando avistou Marceline e Simon se aproximando – Parece ser um pai com sua filha... uma garota pequena... não representam ameaça senhor! Posso autorizar a entrada senhor?
– Claro – disse um velho de cabelos brancos e grandes olhos verdes.
Os grandes portões se abriram quando Marcie e Simon se aproximaram, e eles foram saudados por uma multidão de pessoas. Haviam muitos feridos. Pernas quebradas, cadeiras de rodas, grandes feridas... mas todos eles tinham sorrisos nos rostos, e olhos cheios de esperança.
– Eu vi eles se aproximando – disse o moreno – Vocês vieram do lado da explosão... Como está lá? Alguém precisando de socorro?
Simon fez que não com a cabeça, e Marceline disse.
– Nós viajamos a dias... Não achamos mais ninguém.
Isso fez o sorriso de muitas pessoas desaparecer, visivelmente decepcionadas. Muitas delas esperavam a volta de algum ente querido.
– Tem... alguma Betty nessa colônia? – Simon perguntou.
– Não, lamento senhor – disse um menino loiro.
– Senhor – disse uma mulher se aproximando – Você parece com frio... o que acha de uma canja para esquentar os ossos?
– Uma canja seria ótimo, mas saiba que meus ossos não pretendem ficar nem mais um pouco quentes.
A mulher olhou confusa para o outro rapaz loiro, mas mesmo assim levou Simon para dentro. O rapaz ajoelhou na altura de Marceline.
– E você garotinha? Você é filha daquele senhor?
Marceline fez que não com a cabeça. – Simon me achou um mês atrás.
– Um mês? No dia da bomba?
Marceline fez que sim.
– Você estava lá? Na cidade? Na hora da explosão?
– Sim – ela disse.
– C-como você sobreviveu?
– Eu não sei – ela deu de ombros – Minha mãe me mandou correr e ir achar meu pai.. e eu fui. Então eu encontrei Simon algumas horas depois.
– Sua pele está acinzentada... talvez você esteja infectada com a radiação.
– Não - ela disse olhando para os bracinhos – Minha pele sempre foi assim.
– oh... Quantos anos você tem?
Ela pareceu pensar por um momento e depois respondeu.
– Cento e quinze. – ela disse ficando na ponta dos pés.
– Oh.. certo. Marceline não é? Bom Marceline, vou levar você para brincar com as outras crianças... tenho que falar com uma pessoa agora.
Marceline assentiu e o seguiu para uma das casas, onde cerca de dez crianças, entre dois e oito anos, brincavam sob supervisão de uma mulher morena com cabelos cacheados. O homem loiro falou no ouvido da mulher e ela arregalou os olhos, depois recebeu Marceline para brincar.
O rapaz saiu apressadamente pela colônia, e bateu a porta de uma grande casa branca.
– Chefe – ele disse – Preciso falar com você... é urgente.
O senhor abriu a porta.
– O que foi Henry?
– Precisamos conversar – ele disse entrando
Quando eles se sentaram no sofá, Henry disse.
– Aquela garotinha... ela não é humana chefe!
– De onde você tirou isso Henry? Ficou maluco? – o senhor perguntou.
– Não! Ela me disse que tem cento e quinze anos!
– Brincadeira de criança – exclamou o velho – Quando você vai parar de ser tão assustado?
– Estou falando a verdade chefe... ela tem a pele cinza... orelhas pontudas, dentes afiados. Aquela garotinha é um demônio das historias antigas! Ou pelo menos tem sangue de demônio.
– Se o que você está falando é verdade... receio que minhas teorias estejam corretas.
– Que teorias? – o rapaz perguntou.
– De acordo com os livros antigos... aqueles que já estão a ponto de virar pó... as criaturas mágicas costumavam caminhas por nosso mundo, andando lado a lado com o ser humano... vivendo com eles, casando-se com eles. Mas o numero de humanos começou a crescer consideravelmente, e com isso, as criaturas mágicas foram diminuindo, até sumirem do mundo. Alguns dizem que eles nunca chegaram a existir, outros, que eles foram extintos. Eu acredito que eles ainda estejam por ai, escondidos, reduzidos, amedrontados... até agora.
“ Com a grande diminuição de seres humanos... as criaturas mágicas finalmente estão saindo de seus esconderijos... tanto as boas, quanto as más... é melhor ficarmos em alerta, principalmente com a garotinha e o homem da coroa.
Mas Marceline e Simon não representavam perigo. Em pouco tempo, toda a colônia sabia o que eram, mas aprenderam a aceitá-los. O único segredo ainda bem guardado era o de Simon e os efeitos da coroa... para as pessoas da colônia ele estava afetado por magia, ninguém sabia o quão funda essa magia era.
Marceline agora tinha amigos. Ela vivia grudada com uma garotinha de cabelos de fogo, cacheados, a cara sardenta e os olhos azuis. A menininha tinha perdido os pais e encontrado a colônia sozinha. Seu nome era Sara.
– Quando eu achar meu pai, você pode morar com a gente – Marceline tinha dito. – Eu aposto que eles adorariam ter outra filha.
Simon também tinha feito amigos. Ele passava muito tempo com o chefe, que se chamava Ross, e lhe contava tudo o que sabia, coisas de suas pesquisas. As vezes Ross chamava Marceline e pedia historias sobre a tal Noitosfera onde ela dizia que seu pai governava e sobre outras das criaturas mágicas.
A vida parecia seguir bem para eles. Nenhum outro humano apareceu na colônia. Eles eram em cerca de cem pessoas, entre crianças e feridos. Uma noite, Marceline encontrou Simon sentado sozinho em frente a fogueira, já era tarde da noite.
– Ei pequenina – ele disse – Também não consegue dormir?
Ela fez que sim com a cabeça. – Tenho que continuar minha viajem para encontrar meu pai.
– Marcie – ele disse – É melhor ficarmos aqui... é mais seguro.
– Não – a garota exclamou quando Simon segurou seu braço – Eu tenho que acha-lo, eu prometi para minha mãe! Eles, eles devem estar preocupados comigo!
– Marceline – ele disse, seus olhos estavam tristes. – Eu receio que seus pais estejam... mortos. Assim como tudo mais alem dessa colônia.
– NÃO! – ela gritou com os olhos cheios de lágrimas – NÃO, NÃO, NÃO! Eles estão me esperando! E eu vou atrás dele essa noite!
– Marceline! – gritou Simon - Volte aqui! – Mas era tarde demais, a garota já corria dele, com os olhos embaçados de lágrimas. Ela chegou até a porta de seu dormitório, mas sentou-se no chão, agora soluçando.
Sara saiu da cabana. Ela usava pijamas e tinha os cabelos ruivos armados. Ela sentou-se ao lado de Marcie e a abraçou, Marceline rebribuiu o abraço e limpou as lágrimas.
– Eu vou procurar por meu pai – ela disse – Quando eu achar, eu prometo que venho te buscar.
A garotinha assentiu.
Marceline então arrumou sua mala, levando consigo tudo o que havia trazido e mais algumas coisas. Quando ela colocou o pé para fora da cabana dos órfãos, o sol começava a aparecer no céu, assim como aviões de guerra.
Marceline gritou. Um grito agudo e desesperado. Simon saiu da cabana ao lado e também se deparou com os aviões, cada vez mais perto.
–SIMON! – ela gritou em sua voz aguda e infantil – Faça alguma coisa! Use a coroa! O poder a coroa! Isso vai salvar todo mundo!
– E-Eu não posso – ele disse – Se eu fizer isso, eu morro...
– Mas salva a todos! – ela gritou, correndo até ele e abraçando-lhe as pernas.
– Eu vou tentar – ele disse – Fique atrás de mim.
Simon andou até o meio do acampamento e colocou a coroa dourada sob a cabeça. Os aviões agora cercavam. Uma das aeronaves lançou uma bomba, gigante e toxica. Simon tentou corajosamente impedi-la de chegar ao chão. Usando os poderes de gelo e neve que a coloa lhe proporcionava, ele criou um rodamoinho, e no centro estava ele e Marceline. A bomba começou a congelar, mas antes que ela pudesse ser impedida, Simon caiu de joelhos, gritando.
– SAIAM, SAIAM – el gritava - VISÕES MALDITAS! AGORA NÃO!
Mas era tarde demais. A bomba agora havia atingido o chão e explodido em uma fumaça verde e toxica, enquanto mostros saiam da nevoa. Marcie pode ver Sara correr para fora e cair no chão de joelhos.
Marceline gritou, agarrou Simon pela mão, o puxando para o mais longe que conseguiam.
– Vamos Simon! – ela dizia – Temos que sair daqui!
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po favor comentem o que acharam!