The Vampire Queen escrita por BlindBandit


Capítulo 1
Guerra.




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- Mamãe? – a garotinha de pele acinzentada e cabelo negro curto disse na porta da sala, ela usava uma saia jeans azul e uma blusa vermelha, e esfregava os olhos. – Eu não consigo dormir.

- Oh Marceline – disse uma mulher alta, com longo cabelo negro. – Venha cá, eu fico com você até você dormir.

A garotinha que parecia não ter mais do que cinco anos levantou os braços para ser pega no colo. Ela se aninhou nos braços de sua mãe enquanto ela a carregava até o quarto.

- Pronto minha monstrinha – a mulher disse colocando a garota sob as cobertas. – Agora feche os olhos.

- Quando o papai vai voltar? – ela perguntou.

- Logo querida. Ele tinha alguns assuntos para resolver, mas ele logo virá para casa, eu prometo.

Marceline assentiu.

- Mamãe – ela disse – Cante para mim? Por favor?

A mulher riu, uma risada doce como sinos.

- Mas é claro querida – ela disse passando os dedos pelos cabelos da garotinha.

Então a mulher começou a cantarolar uma doce canção de ninar e a garotinha começou a fechar os olhos, devagar. Em pouco tempo ela estava adormecida.

Ela acordou assustada com um barulho de explosão muito alto. A garotinha pulou das cobertas correndo em direção do quarto de sua mãe. Estava vazio. Outro barulho seguiu o primeiro, mas parecia ser mais alto, haviam pessoas gritando. Marceline correu até a sala de estar. Sua mãe estava sentada em sua poltrona vermelha, e quando viu a garota correu até ela, abraçando-a.

- Marcie! – ela exclamou protegendo a garota com os braços. – Filha, saia daqui, corra, vá se esconder, vá atrás de seu pai.

- Mas mamãe – ela disse – Eu quero ficar com você!

- E-eu vou ficar bem querida, prometo. – ela disse colocando a garotinha no chão. – Agora vá, se esconda, e depois encontre seu pai.

Marceline assentiu com lágrimas nos olhos, ela correu em direção do corredor, e o ultimo vislumbre de sua mãe foi a mulher ajoelhada, com os longos cabelos negros soltos, as postas encostadas no chão. Ela olhava para o rombo que se abria no teto da sala, e uma única lágrima escorria por sua face.

Marceline passou por um rombo na parede, onde deveria estar a cozinha, e correu em direção a rua. Haviam pessoas, humanos, correndo por todas as partes. Barulhos de explosões surgiam de todas as direções. O céu pegava fogo em vermelho, assim como os prédios e qualquer lugar onde a garota meio demônio olhasse. Canos estavam estourados, e onde costumavam haver ruas o asfalto estava levantado, prédios caiam aos montes, e pessoas corriam para todos os lugares vinda de todos os lados. Algumas seguravam seus filhos, e outras seus bens preciosos. Todas fugiam, sem saber ao certo para onde ou de que.

- Papa? – ela gritou, mas ninguém pareceu vir ajuda-la.

- Senhora – ela disse puxando a saia de uma mulher loira que passou ao seu lado, ela carregava um menino em seu colo. Ele tinha os mesmos cabelos dourados da mulher e grandes olhos castanhos. Ele não devia ter mais do que um ano. – Por favor, me ajude a achar meu pai.

- M-mostro! – a mulher gritou agarrando seu filho junto a si e correu para longe de Marceline. A menina pode sentir as lágrimas queimando em seus olhos. Ela passou as mãos sob seus orelhas pontudas e as escondeu no cabelo, depois ela correu até uma escada que levava ao subterrâneo, provavelmente de algum prédio antes desse ser destruído. Ela correu até um canto, onde havia algumas almofadas estouradas. Ela se aninhou ali, agarrada em seus próprios joelhos, com as lágrimas escorrendo por seus olhos.

“ Mamãe sempre me disse para ficar em casa “ – ela pensou “ ela dizia que os humanos não gostavam de gente como eu e meu pai, mas ela era humana, a magia do papai a deixou imortal, mas mesmo assim ela era humana, e ela era boa, porque aquela senhora não me ajudou? Onde está meu pai? Onde está a mamãe?”

A garotinha sonhou uma de suas lembranças. Ela estava olhando para a rua da janela de sua mansão. Ela pode ouvir, com seus ouvidos aguçados, algumas crianças dizendo.

“- Essa casa é mal assombrada – dissera o garoto – dizem que um monstro mora ai dentro. “

- Mãe – ela havia dito. – Porque as outras crianças não gostam dos monstros? Nós não somos maus, somos?

- Claro que não queria – ela havia dito – Mas é melhor você ficar aqui dentro e ficar longe dessas crianças.

Marceline nunca entendera o porque, ela era como eles. Então ela se esgueirou para fora da casa e correu até a rua, onde algumas crianças brincavam.

- Ei - ela dissera – Posso brincar com vocês?

Uma garotinha de cabelos castanhos cacheados olhara para ela de cima a baixo, com olhos desconfiados.

- Porque você é cinza? – ela dissera.

- E porque suas orelhas são pontudas? – perguntou um outro menino, de cabelos loiros.

- Porque eu sou metade demônio – ela respondera com naturalidade.

- De-dêmonio? – gritara uma garotinha de cabelos vermelhos fogo.

- É, mas eu sou metade humana também! – ela tentou dizer quando as crianças começaram a correr dela.

Nesse dia ela voltara para casa com um olhar chateado. E se sentara no quarto sozinha, brincando com seus brinquedos.

Ela acordou de manha e caminhou escadas a cima, para a superfície. O lugar nem parecia o mesmo. Onde haviam pessoas, milhares delas, gritando e correndo, na noite passada, nessa manha so havia o silêncio. Um silêncio maçante cobria as ruínas como uma manta. Grande parte do fogo já estava extinto e tudo o que restava eram casas quebradas, fiações no chão, carros virados de ponta cabeça e pontes partidas no meio. O chão estava infestado de vidro quebrado, entulho e pedaços de tudo o que se pode imaginar, como se alguém houvesse chacoalhado o planeta e quebrado tudo o que estada vê pé. Onde havia uma cidade agora não havia nem sequer uma rua. Marceline não saberia voltar para casa, se é que sua casa ainda estava lá.

- Mãe?! – ela gritou em uma tentativa de achar alguém. – Pai?!

Mas ninguém respondeu. Não havia uma alma viva em toda a cidade.

A garotinha caminhou o dia inteiro. Seus pés doíam, e seu estomago implorava por comida, e ela não fazia ideia de como encontrar seu pai, ou sua mãe. Então tudo o que ela pode fazer foi chorar. Ela não sabia quanto tempo havia passado, mas já estava começando a escurecer quando um homem, de cabelos brancos até os ombros, pele azulada e óculos redondos quebrados apareceu. Ele tinha uma coroa pendurada na cintura, e se ajoelhou na frente de Marcie.

- Olá garotinha – disse ele. – Como você se chama.

- Marceline – ela disse entre lágrimas.

- Olá Marceline, eu sou o Simon. Você está sozinha? Se perdeu dos seus pais? – ele disse limpando uma lágrima do rosto dela.

Ela fez que sim com a cabeça. Simon correu até uma vitrine quebrada na esquina e pegou um ursinho de pelúcia cor de rosa, com os olhos feitos de botão.

- Aqui – ele disse dando o bichinho para ela – É para você. Agora venha comigo, você deve estar com fome e precisa descansar.

Ele estendeu a mão para a garota. Ela respondeu ao toque, sua pele era extremamente gelada, mas Marceline não se importava. Ela seguiu o homem de óculos apostando todas as suas esperanças nesse simpático desconhecido.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado! *-* deixem suas reviews!



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