Uma viagem ao paraiso escrita por drivig


Capítulo 4
Capitulo IV




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Quando Blair chegou à casa, foi direto para o quarto e vestiu rapidamente o biquíni. O sol estava forte. Queria ir até a pequena praia particular, nadar e bronzear-se mais um pouco, esquecer o proprietário mal-humorado daquele paraíso. Afinal, estava de férias e queria aproveitar ao máximo.

Quando chegou à praia, a imagem do beijo de Chuck, na noite anterior, não saía de sua mente. Fora uma surpresa, depois de todas aquelas palavras rudes. Passou delicadamente a ponta do dedo nos lábios, lembrando-se do choque de prazer que o beijo lhe dera. Por que ele havia feito aquilo?

Não parecia ser um homem de impulsos repentinos. E também não parecia gostar dela. Pelo menos agia como alguém que não gostasse. Mas ela estava fortemente atraída por ele. Era o homem mais excitante que já conhecera em toda sua vida. Gelou ao pensar naquilo; estava realmente ficando obcecada por aquele homem.

Estendeu a toalha na areia quente e deitou-se. A brisa era bastante agradável ali, à beira-mar. O barulho ritmado das ondas quebrando na praia era quase hipnótico. O sol brilhava no céu sem nuvens. Fazia um dia maravilhoso e o cenário era simplesmente perfeito.

Blair sentiu-se totalmente relaxada. Nadou um pouco e depois voltou a deitar-se para bronzear-se. Ali era muito melhor do que no iate dos Humphrey.

Embora fosse só pouco mais velha que os rapazes, sentia-se deslocada no barco. Isso talvez tivesse a ver com a vida sacrificada que levara. Trabalhara para pagar a faculdade e ainda tinha dificuldades para pagar as contas no fim do mês. Enquanto os Humphrey tinham dinheiro de sobra, pareciam ter muito pouca responsabilidade por seus atos. Só faziam o que queriam, e não se preocupavam nem um pouco com os outros.

Já havia pensado que um dia gostaria de casar com um homem rico, como todas garotas desejam, mas havia mudado de idéia ao ver como aquelas pessoas se comportavam. Se todos os homens ricos fossem como Dan, sabia que não gostaria de conhecer nenhum outro. Não precisava de nenhum tipo de riqueza; queria apenas alguém com quem pudesse contar, que fosse trabalhador, honesto e leal.

Alguém como Chuck Bass, sugeriu sua mente traidora.

Mas afastou com firmeza aquela idéia. Ele não preenchia todos os requisitos. Primeiro, porque era rico — proprietário de toda aquela ilha. Segundo, porque achava que ela queria viver sob as luzes das cidades grandes. Seria essa a razão pela qual sua noiva fora embora? Nora disse que ela preferia Honolulu e San Francisco. Será que ele condenava todas as mulheres por isso?

Blair desamarrou a parte de cima do biquíni. Queria cuidar do bronzeado e esquecer tudo o que lembrasse o mal-humorado anfitrião.

Quando acordou, o sol já estava baixo no céu. Dormira quase a tarde inteira. Sem o relógio, não sabia que horas eram, mas deveria estar perto da hora do jantar. Levantou-se de repente, e quase esqueceu de amarrar o biquíni. As costas estavam ardendo e quentes. Os pequenos grãos de areia que roçavam denunciavam a pele sensível.

Quando chegou ao quarto, percebeu que havia tomado sol demais. As costas, ombros e pernas ardiam enquanto caminhava. Cada passo tornava-se uma verdadeira agonia.

Despiu-se rapidamente e tomou uma ducha gelada, para afastar aquela sensação desconfortável. Sentiu-se um pouco melhor depois de tirar o sal e a areia da pele.

Uma rápida olhada no espelho confirmou seus piores receios. Estava vermelha como um pimentão! E ficaria ainda pior, pois sabia que os efeitos do sol só se revelariam totalmente algumas horas depois.

Colocou uma das camisetas macias de Chuck. Era o máximo que agüentaria de roupa no corpo. Sentou-se com cuidado na cama; as pernas arderam com o simples contato. Cuidadosamente, rolou e deitou-se de barriga para baixo. O alívio não foi total, mas ajudou.

Tinha sido tolice adormecer ao sol sem proteção alguma. Não podia culpar ninguém a não ser ela mesma, mas nem isso ajudava. Não tornava a dor mais tolerável. Blair imaginou quanto tempo levaria para melhorar aquela terrível sensação.

— Blair? — A voz de Chuck vinha do corredor.

Ela hesitou em responder, sabendo que os comentários dele sobre suas futilidades só piorariam a situação. Relutou em dizer algo, e o momento passou. Ele não chamou outra vez.

— Senhorita? — Nora bateu à porta alguns minutos depois. Quando não ouviu resposta, abriu a porta e deu de cara com Blair estendida na cama. — Oh, pobre criança, olhe só para você! Tenho algo que pode ajudar. Agüente firme que já volto. — E saiu correndo, deixando a porta aberta.

Se ela tivesse algo que pudesse ajudar, seria maravilhoso. Algo para diminuir aquele sofrimento. Blair estava quente, desconfortável e sedenta. O esforço de levantar-se da cama e alcançar um copo de água no banheiro era demais para ela; a pele suave dos calcanhares ardia enquanto andava. Ainda assim, ela conseguiu. A água estava morna, mas aliviou a sede. Bebeu um copo cheio diante do espelho. Um lado do rosto estava vermelho, e o outro pálido.

Chuck entrou no quarto assim que Blair saía do banheiro.

— Oh! — ela exclamou, embaraçada por ter de enfrentá-lo.

— O que você aprontou dessa vez? — ele perguntou, assim que a viu afogueada.

— Fiquei tempo demais exposta ao sol.

Tinha a intenção de responder audaciosamente, mas a voz saiu chorosa. O rosto de Chuck suavizou na hora quando viu a expressão desconsolada.

— O quê? — Ele se aproximou. — Oh, querida, deve estar se sentindo muito mal.

O coração de Blair se deliciou com aquelas palavras. Ele não estava sorrindo, não estava condenando. A voz era compreensiva e amável.

— É verdade. Nora disse que tinha algo...

— Aloés, ou babosa. É uma planta que cresce por aqui, e faz maravilhas para suavizar esse tipo de queimadura. Logo você vai se sentir melhor. Vou apressá-la.

Chuck lançou-lhe um olhar carinhoso e saiu do quarto.

Blair caminhou até a janela, mas foi incapaz de apreciar a paisagem. Que droga, outra vez parecia uma tola diante do auto-suficiente Chuck Bass. Qualquer idiota saberia que o sol tropical era perigoso. Poderia até parecer que ela queria cuidados especiais, por isso ficara horas ao sol. Naquele mesmo dia Chuck já havia dito que ela precisava de um chapéu. E ali estava ela, vinte sete anos, e agindo como uma criança irresponsável.

No lado de fora do quarto, ouviu-se o suave arrastar de sandálias de Nora.

— Aqui, isso vai ajudar a passar a dor.

Trazia nos braços alguns ramos de uma planta espinhosa. Colocou-as no criado-mudo e pegou a maior delas. Ao quebrar o galho grosso, uma substância gelatinosa escorreu e ela sorriu para Blair.

— Vire-se. O aloés vai deixar você novinha em folha.

O líquido era fresco e gelado, e trazia uma alívio instantâneo. Nora passou pelas pernas e costas, erguendo a camiseta.

— Agora que o Sr. Chuck está jantando, você pode tirar essa camiseta e eu passarei em seus ombros. Vai se sentir bem melhor. Não se preocupe, ele não virá nos incomodar.

Blair ergueu a camiseta e sentiu o frescor do Aloés em sua pele. Sentiu-se nas nuvens.

— Obrigada, Nora. Acho que já é suficiente.

Blair estava um pouco desapontada, já que Chuck não havia voltado para vê-la. Mas certamente ele estaria ocupado demais para perder tempo com uma invasora estúpida que ficara horas exposta ao sol.

— Não há de quê. Chuck pediu que eu cuidasse de você. Sabia que se sentiria melhor comigo, com todo esse desconforto. Deixe o líquido secar, depois pode pôr a camiseta de volta. Agora conseguirá sentar-se. Trarei o jantar.

— Sinto muito por causar tantos pDanlemas — Blair desculpou-se à velha senhora.

— Nem pense nisso. Fico contente em poder ajudar. Isso é muito comum aqui na ilha. Todos querem bronzear-se o mais rápido possível, esquecendo-se de que podem passar por esse tipo de situação.

— Chuck deve achar que sou uma tola — Blair não conseguiu evitar e desabafou.

— No fundo, nenhuma de nós sabe o que pensa o Sr. Chuck, não é? — Nora sorriu, e saiu para pegar o jantar da hóspede.

Blair jantou sozinha, triste por ter perdido a chance de mais uma refeição com Chuck. Normalmente jantava sozinha, mas sempre lia um livro ou assistia televisão. Ali tinha uma bela vista para apreciar. Era muito diferente de Iowa. Imaginou como seria ser proprietário de uma ilha, saber que era sua própria casa e que tinha todas aquelas belezas para aproveitar: as brisas suaves, praias e mais praias, palmeiras...

Começou a pensar como seria viver num paraíso como aquele. Primeiro, daria um jeito na casa, tornando-a mais aconchegante e agradável para Chuck. Talvez pudesse ajudar no escritório. Era especialista em matemática. Certamente haveria algo para fazer por lá. Ou dar aulas para as crianças...

Quando começou a escurecer, Blair foi para a cama, deitando com cuidado de barriga para baixo. Rapidamente sentiu-se sonolenta, mas as costas ainda ardiam um pouco e o desconforto não deixou que pegasse no sono. Tentou achar uma posição confortável, mas desistiu logo.

Levantou-se então da cama e apanhou no criado-mudo a planta que Nora havia trazido. Repetiu a operação e sentiu o alívio nas pernas. A dor foi embora imediatamente. Se ao menos pudesse alcançar as costas...

De repente, alguém bateu à porta.

Ela levantou-se e abriu com cautela. Chuck!

Estava sem camisa, de shorts. Os ombros e o peito musculoso à mostra. O rosto estava na sombra, e Blair forçou a vista para enxergar a expressão de seu rosto.

Por que teria vindo? Ela umedeceu os lábios, sem tirar os olhos daquele corpo atraente e viril. Os dedos tremiam com desejo de tocá-lo, sentir os músculos, o calor da pele, os sedutores pelos que nasciam no peito e chegavam até o shorts. Ela respirou, tremula, e tentou conter a imaginação.

— Você está bem? — Chuck perguntou quando percebeu o silêncio entre os dois.

— Claro. — Ela forçou um olhar direto às pupilas faiscantes do anfitrião. Reparou então que havia curiosidade e preocupação na expressão dele. — Na verdade, não estou muito bem. Não consegui dormir, o corpo inteiro ardia.

— O que Nora fez com o aloés?

Blair virou-se e apontou para o criado-mudo.

— Está aqui. Passei um pouco nas pernas, mas não consegui alcançar as costas.

— Vamos lá. Nora já foi para casa, então eu terei que passar em você.

Chuck caminhou até a cama e quebrou um galho da planta. Observou-a com um olhar irônico, mas sorrindo.

— Agora a professora está diante de um dilema, não é? Despir-se diante do barão do abacaxi ou passar a noite inteira sofrendo sem necessidade.

Ela devolveu o sorriso com certa insegurança. Mas, antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele voltou a falar.

— Posso me virar de costas, se preferir. Apesar daquele biquíni não cobrir grande parte de seu corpo...

— Por favor...

Ela observou enquanto Chuck virava-se. Depois, tirou a camiseta e ficou com os seios à mostra.

— Tudo bem agora — disse Blair, virando-se.

Chuck ficou em silêncio por um momento. Mas, antes que ela se virasse para ver o que acontecia, sentiu a refrescante sensação do aloés em seus ombros. Espalhava o líquido pelas costas com os dedos suaves. A mão era firme mas carinhosa; pode sentir o toque dos dedos através da substância gelatinosa. Seguiu os contornas da coluna, e escorregou para o lado em que a pele ardia. Aquela sensação fez Blair perder o fôlego. Esqueceu-se da queimadura, e as pernas começaram a tremer. Conseguiria manter a calma e a concentração para não parecer uma menina que se sente tocada pela primeira vez?

Sentiu ondas de prazer pelo corpo enquanto Chuck continuava a acariciá-la, espalhando o aloés. Aquele toque sedutor trouxe sensações desconhecidas para ela, um forte desejo de virar-se e atirar-se naquele corpo másculo; sentir os lábios daquele homem em seu corpo, fazendo-a esquecer o sofrimento das costas ardentes, beijando-a com toda paixão e volúpia.

Blair mexeu-se; isso tinha que parar. Era muito perigoso.

— Hum, obrigada — murmurou, dando um passo à frente, e ao mesmo tempo querendo que ele não parasse com aqueles movimentos mágicos. Mas sabia que tinha que parar antes que fizesse alguma besteira.

— Está aliviando? — Chuck perguntou suavemente, com os dedos ainda nas costas de Blair, pouco acima da cintura. A mão era quente, o toque queimava de uma maneira diferente do sol.

Não, ela não se sentia aliviada; sentia-se quente e sem fôlego, e tímida. Mas não poderia dizer a ele!

— Obrigada, minhas costas estão muito melhor — disse, ao mesmo tempo que deu outro passo, quebrando o contato entre os dois.

Mordeu o lábio: será que ele iria embora agora? Precisava se vestir, colocar a camiseta, escapar daquela situação e voltar à normalidade, mas não com Chuck ali, de pé ao seu lado.

O silêncio tomou conta do ambiente e Blair sentiu-se estúpida por não saber o que fazer. Afinal, não era a primeira mulher que aquele homem via; será que a visão da nudez deixaria Chuck selvagem a ponto de agarrá-la?

— Está com sede? — ele perguntou.

— Estou, a boca fica seca o tempo todo. Deve ser o sol.

— As poucas vezes em que tomei sol demais, fiquei morrendo de sede. Vou trazer algo para beber.

Ainda de costas, ouviu enquanto ele caminhava até a porta e saiu do quarto. Rapidamente colocou a camiseta e sentiu um certo alívio. Por um instante desejou estar vestindo uma bela camisola transparente, que deixaria qualquer homem maluco, em vez daquela simples camiseta. Mas isso só pioraria a impressão que Chuck já tinha dela, pensou.

Depois, afastou-se da cama. A proximidade daquele homem junto à cama era muito tentadora. Precisava de mais espaço. Então, abriu a porta do balcão e foi até o pátio. O ar estava fresco e perfumado. A brisa trazia o aroma da maré. A lua cheia iluminava todo a jardim, dando-lhe um brilho especial. As palmeiras altas balançavam suavemente com o vento. Blair respirou fundo, capturada por aquele cenário paradisíaco.

Chuck encontrou-a lá, admirando a paisagem, tentando gravar cada detalhe em sua memória. Afinal, não teria para sempre aquela visão do paraíso, mas queria guardar o tesouro para lembrar-se quando estivesse nos verões frios de Iowa.

— Aqui está: chá gelado e chocolate quente.

— Chá gelado parece ótimo, mas por que chocolate quente?

Ela alcançou o copo e virou de uma vez a bebida gelada. Quem diria que um dia teria uma romântica noite sob o luar do Havaí ao lado de um homem incrivelmente sexy, e usando apenas uma camiseta?

Chuck aproximou-se, e Blair sentiu que precisava respirar quando a tensão aumentou.

— Vou ajudá-la a deitar-se — ele explicou.

— Como sabia que eu estava acordada?

— Meu quarto é aqui ao lado. Vi a luz acesa e percebi que tinha dificuldades para dormir.

— Fui estúpida ao adormecer na praia — ela confessou, dando o último gole no chá.

— Acontece com qualquer um. Da próxima vez, leve um guarda-sol, e pelo menos adormeça na sombra.

A voz era amável e íntima. Não havia o sinal de crítica que ela esperava ouvir do anfitrião; não aquele tom raivoso que ele às vezes usava.

Blair imaginou se ele guardava o tom mais agressivo para quando ela estivesse disposta e em forma. Se fosse isso, Chuck demonstrava uma sensibilidade que ela não esperava. Ergueu os olhos e encarou-o com a luz da lua: será que estava julgando-o mal?

— Aqui, agora beba o chocolate.

E colocou a caneca nas mãos de Blair, os dedos roçando de leve os dela.

O chocolate era cremoso, forte e nutritivo. Ela bebeu devagar, sentindo o calor penetrar em seu corpo, aquecendo-a, relaxando-a. Não seria difícil pegar no sono, a não ser pela presença de Chuck.

— Adoro essa hora do dia... da noite — Blair se corrigiu, segurando a alça da caneca com uma só mão. — Está fresquinho, e pode-se sentir a brisa da maré.

— É uma boa hora para uma caminhada na praia. Quer ir?

O convite era tentador. Blair olhou para o pátio, evocando visões dos dois na praia. Será que ele a beijaria outra vez? Aquela idéia fez seu coração disparar. Tinha que parar com aquela bobagem o mais rápido possível. Estava naquele paraíso só até os Humphrey voltarem para buscá-la, ou até que o barco de suprimentos chegasse. Não deveria ceder à tentação de uma noite de amor com Chuck Bass. Afinal, ele já havia demonstrado o que pensava sobre ela. Homens ricos não se apaixonavam por professoras, e seu estilo de vida não era algo que Blair admirasse.

Seria melhor manter distância entre os dois. Com certeza sentiria mais segurança se resistisse.

— Que tal uma outra hora?

— Com medo? — Chuck adivinhou.

Seria ela tão transparente?

— Fica para quando estiver me sentindo melhor. — Blair blefou.

Chuck voltou para o quarto e quebrou mais um galho da planta milagrosa.

— Não passei em seu rosto.

— Posso passar sozinha — ela murmurou, sem fazer esforço para deixar de encará-lo.

— Faz parte do serviço. É por conta da casa.

A voz era suave e doce. Gentilmente ele passou o aloés nas bochechas de Blair, depois fazendo movimentos da testa ao pescoço.

Então, naturalmente aproximou-se e tocou os lábios de Blair com os seus. Nesse instante, ela esqueceu todo o resto. O calor dos lábios atingiu seu coração, e ela deixou que a doçura daquele momento a invadisse, a excitasse.

O aroma das flores tropicais foi acentuado pelo ar fresco da noite que invadia o quarto e acariciava sua pele. Era uma experiência inédita para ela, que parecia viver um sonho naquele momento.

Os lábios de Chuck eram firmes e exigiam uma resposta. Ela própria se surpreendeu com a reação do próprio corpo, e ele sentiu que o desejo explodia.

Mas nesse instante, deu um passo atrás, selando os lábios de Blair com a ponta do dedo. Encarou-a, com o rosto no escuro. Ela imaginou o que estaria pensando.

— Fico imaginando por que está aqui — Chuck disse em um tom suave, após alguns segundos em silêncio.

— Fui deixada pelos Humphrey naquela praia deserta. — Será que ele ainda não acreditava que era verdade?

— Como um presente para mim? — A voz era estranha.

— Obrigada por me ajudar. Não teria conseguido sozinha passar nas costas. — Blair tentou ignorar aquele comentário, tentou fingir que nada havia acontecido entre os dois, que não estava preocupada.

— Boa noite, Blair — disse ele e saiu.

Ela fechou as janelas e a porta, ainda embevecida com o momento de mágica de poucos minutos atrás. Não era justo. Para Chuck tudo não passava de um jogo.

Apagou as luzes e deitou-se na cama, mas levou horas até pegar no sono.


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