–O que foi?- gritei por cima do som alto.

–Você quer acordar a cidade inteira com esse barulho Helena? Desligue agora!- gritou tio Macon.

Bufei e desliguei o som, olhei para ele de forma desafiadora e levantei uma sombrancelha só.

–Helena!- gritou Lena, olhando meus pôsters- O que você fez na minha parede?

–Nossa parede, irmãzinha.

–Você estragou o quarto todo!

–Não, eu o melhorei, detesto poesia.

–Então talvez seja melhor você ter um quarto só seu!

–Ótimo!

–Ótimo!

Saí do quarto e bati a porta com toda a força, Stefan tinha razão, eu deveria ter ficado em Nova York.

Fui até Greenbrier e sentei em um galho alto de uma árvore, eu queria que Damon, estivesse aqui comigo.

Você deve estar boiando legal, veja, vou lhe explicar, Stefan e Damon Salvatore tem três características básicas, são vampiros (e irmãos, mas, acho que isso não conta), são lindos de morrer, e são meus melhores amigos no mundo todo.

Tio Macon, Lena, ninguém do meu mundo aceitaria isso, aparentemente, vampiros são seres demoníacos dos quais não devemos ter contato.

Mas quando eu os conheci não sabia que ambos eram vampiros, eles não me deixavam tocá-los (os Conjuradores conseguem sentir o que é uma pessoa com apenas um toque), até que eu beijei Damon.

Nos primeiros segundos, foi uma coisa tão fantástica que eu só notei o que ele era quando nos separamos, sem ar.

Então, com suas mãos na minha cintura firmemente, e as minhas seu rosto e seus cabelos, que eu pude notar a fina áurea vermelha que o rodeava, a áurea do sangue roubado.

Eu e Dam decidimos ficar só na amizade, coisa que, para falar a verdade, eu não queria, e nem quero.

É isso!

Eu vou falar com os Salvatore, isso sempre me animou.

Voltei a minha casa e entrei no meu novo quarto, colei meus pôsteres na parede da cama junto com as minhas fotos, minhas e dos meus amigos, a parede ficou cheia, as outras paredes eram de um tom vermelho sangue, o chão era de madeira escura, minha cama de casal era preta e de ferro, com um edredom branco, um guarda-roupa também preto, uma escrivaninha da mesma cor e nos dois lados da cama tinham uma mesinha de madeira preta com um abajour branco em cada uma.