Rise of the Guardians 2 - Spirits of Halloween escrita por Black
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem.
Em outro lugar...
– Onde acha que ela pode ter ido? – Jack perguntou.
– Não sei. – Jennete confessou. – Ela sempre vai a um lugar diferente.
– Ela não disse nada que pudesse indicar para onde estava indo? – Norte perguntou enquanto controlava as renas que puxavam seu trenó.
Todos estavam calmamente sentados no trenó apesar da direção maluca do Papai Noel, exceto o Coelhão que se encontrava praticamente agarrado a Sandman.
– Não. – Jennete respondeu baixando a cabeça, mas depois de alguns minutos levantou-a novamente com o rosto iluminado. – Volto já.
– Jenn... – Jack tentou falar com ela, mas a garota desapareceu antes que o fizesse.
– Será que ela se lembrou de alguma coisa? – A Fada perguntou.
– Acho que sim. – Norte deu um sorriso empolgado. – Enquanto ela não volta, vamos continuar procurando.
No esconderijo de Breu...
– Conseguiu o que eu pedi? – Uma voz desconhecida perguntou vinda das sombras.
– Não. – Breu respondeu. – Ela não quer largar aquela abóbora estúpida.
– Faça com que ela desista daquilo rapidamente. – A voz ordenou. – Não posso esperar até o Halloween chegar.
– Não será um problema. – Breu sorriu. – Você quer vê-la?
– Sabe que não posso deixar ela me ver. – A voz lembrou.
– Ela está completamente coberta por areia de pesadelo agora. – Breu respondeu orgulhoso. – Não vai ver você. Está muito ocupada gritando de dor.
– Essa eu quero ver. – A voz parecia satisfeita e foi até onde Jackeline estava, embora ainda estivesse oculta pela escuridão do local.
A figura misteriosa parecia mais do que satisfeita ao ouvir os gritos de Jackeline.
– Dessa vez você se superou. – Elogiou.
– Pensei que seria mais difícil pelo que você me contou, mas até que ela é bem fraca. – Breu respondeu.
– Não a subestime. – A voz alertou. – Se ela fosse fraca como você diz, há essa hora já teríamos a abóbora.
– Por que você quer tanto essa abóbora? – Breu perguntou curioso.
– Assunto meu. – A voz respondeu irritada.
– Eu sei bem que essa abóbora possui todos os poderes do Halloween e até tentaria ficar com ela, mas não funcionaria comigo. – Breu declarou.
– Então sabe por que eu quero. – A voz falou.
– E depois? – Breu perguntou curioso.
– Podemos começar destruindo os guardiões.
– Excelente ideia. – Breu elogiou.
– Agora eu preciso ir embora. – A voz declarou. – Você sabe o que vem a seguir, então siga o plano.
– Pode deixar. – Breu assegurou. – Nada vai dar errado. Nós dois teremos nossa vingança.
– Com certeza. – Depois disso, nada mais se pôde ouvir em todo o esconderijo que não fosse os gritos de Jackeline.
– Onde eu estava mesmo? – Breu dirigiu seu olhar para o monte de areia de pesadelo que cobria o espírito do Halloween.
No trenó...
– Ela está demorando. – Jack ressaltou incomodado.
– E por que se preocupa? – O Coelho perguntou tentando manter a voz sarcástica em meio ao desespero pela direção lunática de Norte.
Jack fuzilou o Coelho da Páscoa com os olhos e voltou a olhar para frente.
– Pode ser que ela tenha encontrado a Jackeline. – A Fada supôs.
– Achei a segunda melhor coisa. – Jennete falou, reaparecendo no lugar em que estivera antes.
– O que? – Norte perguntou curioso, olhando para trás para o desespero do Coelho.
– Onde ela está, mas... – Jennete baixou a cabeça, triste.
– Onde? – Jack perguntou preocupado e curioso.
No Esconderijo de Breu...
– Já acabou? – Jackeline perguntou com a voz fraca assim que finalmente se viu livre da areia escura.
– Você vai me dar a abóbora? – Breu respondeu com outra pergunta.
– Você sabe que isso não funciona com você nem que eu queira, não sabe? – Jacky disfarçou a fraqueza na voz com sarcasmo. – Só um espírito de Halloween pode usar e tenho certeza que você não é um.
– Tem razão, eu não sou. – Breu respondeu sorrindo. – Mas tenho meus motivos para querer tirar isso de você.
– Tipo? – Jacky ficou curiosa.
– Não vou dizer. – Breu gargalhou alto.
– Você pode continuar com isso pela eternidade, - Jackeline começou. – Mas eu não vou te dar a fonte de todos os poderes do Halloween.
– Curioso uma abóbora ser isso tudo. – Breu ressaltou.
– É um bom disfarce se você quer saber. – Jackeline sorriu. – Não são muitos que descobrem que uma simples lanterna de abóbora tem tanto poder.
– É verdade. – Breu concordou.
– Já está pronto para a próxima rodada? – Jackeline desafiou.
– Quanta teimosia. – Breu segurou o queixo da garota e a obrigou a fitá-lo. – Acho que eu deveria ter deixado isso com a Jennete. Ela seria mais obediente.
– Você teria me feito um grande favor. – Jacky falou com dificuldade por causa do aperto forte de Breu em seu queixo. – Nunca gostei de assustar.
Breu a largou e se afastou um pouco para observá-la. Ela tinha tudo para ser assustadora e ainda podia se transformar no que quisesse. Como poderia não gostar de incitar o medo nos humanos?
– Apesar de ter tudo para ser, você não é má. – Breu observou, rodeando o lugar onde ela estava.
– Obrigada por notar. – Jacky respondeu sarcástica.
– Isso até um cego pode ver. – Breu revirou os olhos. – Pena que algumas pessoas conseguem enxergar menos que um cego.
– De quem você está falando afinal? – Jackeline perguntou confusa.
– Os Guardiões. – Breu respondeu. – Eles não te disseram para que eles precisariam de ajuda, disseram? Eu vou te fazer essa gentileza. – Breu abriu um sorriso assustador. – Eles queriam ajudar para deter VOCÊ! Jennete entrou para os Guardiões e disse que iria ajudá-los a TE destruir!
– Jenn... – Jackeline olhou para baixo.
– Ontem quando sua irmãzinha chegou à sua “casa”, ela ocultou uma parte importante do que estava fazendo. – Breu explicou. – Naquela noite, ela foi ao Polo Norte com os guardiões e entrou para o, vamos chamar, time, mesmo sabendo que era contra você que ela teria que lutar.
– Por que eu acreditaria em você? – Jackeline perguntou sarcástica embora por dentro estivesse abalada com o que Breu lhe dissera.
– Você não precisa acreditar em mim. – Breu respondeu sorrindo. – Você mesma verá, pois os Guardiões estão chegando aqui.
Jacky ficou calada, olhando para o chão sem realmente parecer ver alguma coisa. Não queria acreditar nas palavras de Breu, mas se ele estivesse dizendo a verdade...
– Nossas visitas chegaram. – Breu falou ao ouvir o barulho de uma explosão vinda da entrada de seu esconderijo.
Na entrada...
– Você tem certeza que ela está aqui? – Jack perguntou assim que todos entraram no esconderijo de Breu.
– Tenho. – Jenn respondeu.
– Então vamos logo. – Norte ordenou e guiou a todos até a parte mais escura do lugar.
Todos foram andando pelo sombrio e assustador local, atentos a qualquer movimento. Para a surpresa e preocupação de todos, nada os atacou ou mesmo apareceu durante o caminho, deixando os Guardiões preocupados com a calmaria.
Depois de alguns silenciosos minutos, eles finalmente chegaram à parte mais ampla e escura da caverna de Breu, apenas com um pequeno feixe de luz que vinha do teto e iluminava a pessoa presa às correntes de areia de pesadelo no centro da sala.
– Jacky! – Jennete correu até onde a irmã se encontrava aparentemente desacordada.
– Jenn! – Jack Frost seguiu a garota com medo de que fosse uma armadilha.
Jenn chegou até o lugar onde Jackeline estava e se ajoelhou ao lado da irmã.
– Jacky acorda. – Jennete pediu. – Jacky olha pra mim.
– Acho meio difícil. – Uma voz vinda da parte mais escura do local falou.
Todos os Guardiões apontaram suas armas para a origem do som e de lá saiu um sorridente e sarcástico Breu.
– O que você fez?! – Jennete ia enfrentá-lo, mas Jack Frost a segurou.
– Nada que te interesse. – Breu respondeu sem abandonar o sorriso sarcástico.
– Solte-a Breu. – Norte ordenou.
Enquanto Norte falava, Sandman trouxe para si uma enorme quantidade de areia de sonho, formando uma onda atrás dos guardiões.
– Que medo. – Breu ridicularizou Sandy.
Logo todos os Guardiões, incluindo Jack Frost, foram em direção a Breu e o atacaram, levando-o para outra parte da caverna, deixando apenas Jackeline e Jennete no local.
– Jacky... – Jennete chamou a irmã.
– J-Jenn... – Jackeline respondeu com a voz rouca.
– Eu vou tirar você daqui. – Jennete declarou.
Jenn pegou algumas bolinhas de luz em seu bolso e as jogou na base das correntes de areia. Como esperado, estas recuaram com a luz e foram até onde Breu e os Guardiões estavam.
– Vem. – Jennete colocou o braço da irmã em seu ombro e segurou em sua cintura, levantando-a.
– Não. – Jackeline se libertou da irmã e caiu de joelhos.
– Jacky, o que...? – Jennete ia perguntar, mas viu sua irmã empalidecer ainda mais e se abaixou rapidamente para socorrê-la. – Jacky!
– Maldição. – Jackeline sorriu sem humor algum e olhou para a mão que segurava a abóbora.
– Jacky, vamos. – Jennete pediu.
– Não dá mais. – Jacky olhou nos olhos da irmã e Jennete percebeu o porquê da resposta dela.
Os olhos antes laranja-vibrantes de Jackeline estavam perdendo a cor e ficando cinzentos. Mal se passou um minuto e Jacky caiu no chão, semiconsciente.
– Jacky! – Jennete chamou desesperada.
Jackeline não olhou para ela. Em vez disso, fitou a mão fechada em torno da alça de ferro da abóbora e praguejou baixinho.
– Tira isso daqui. – Ela estendeu a lanterna de abóbora a Jennete. – Não deixe o Breu pegar.
– Mas, Jacky... – Jennete tentou argumentar, mas foi interrompida.
– Você é um espírito de Halloween. – Jacky sorriu para a irmã gêmea. – Acho que agora isso é seu.
– Não... – Jennete falou com a voz embargada.
– Por favor... – Jacky pediu.
Jennete estendeu a mão hesitante e pegou a abóbora que a irmã lhe estendia, trazendo-a para perto de si. Assim que a soltou, Jacky deixou a mão, vazia pela primeira vez em quinhentos anos, cair no chão.
Antes de perder totalmente a consciência, Jacky pôde ver a irmã gêmea se levantando e sorrindo para o que achava ser um espírito morto. O que foi que eu fiz? Jackeline pensou e então sua vista escureceu completamente e ela ficou inconsciente.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Comentários?