Rise of the Guardians 2 - Spirits of Halloween escrita por Black


Capítulo 4
Capítulo 4: Fear


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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No meio da floresta...

Jackeline estava andando tristonha pela floresta, sem rumo.

– Mais um ótimo ano. – Ela falou para si mesma, sarcástica.

Continuou a andar, olhando para frente, mas sem parecer realmente ver alguma coisa.

– De que adianta as pessoas acreditarem em mim se só sentem medo quando me veem? – Ela se perguntou.

Falar sozinha era uma coisa que gostava de fazer. Dizer coisas que não dizia a ninguém, nem mesmo a Jennete. Jenn não entenderia se Jacky dissesse que não gostava de assustar as pessoas. A garota era o espírito do Halloween, era isso que ela fazia.

– Adianta muita coisa se você quiser saber. – Uma voz desconhecida respondeu à sua pergunta.

– Quem está aí? – Jackeline perguntou, levantando um pouco mais a “lanterna” para tentar ver quem estava ali na floresta lhe escutando.

– Me esqueci de que não fomos apresentados. – O desconhecido falou. – Meu nome é Breu.

Assim que ele terminou de falar, uma onda enorme de areia escura saiu de todos os lugares indo em direção a Jackeline. Ela tentou voar, mas a areia logo cobriu o céu, impedindo-a de sair. Optou por se transportar, mas não estava funcionando. Completamente cercada, Jackeline foi completamente envolvida pela areia e de longe se podia ouvir seu grito de desespero.

– Curioso um espírito de Halloween sentir medo. – Breu falou, saindo das árvores e se aproximando da pequena montanha de areia escura na qual Jackeline estava. – Mas quem não sentiria medo do Bicho-Papão?

Em outro lugar...

Apesar da busca, nenhum dos guardiões havia encontrado nada suspeito. Todos se reuniram no meio da rua deserta.

– Não tem nada aqui. – O Coelho declarou.

– Obrigado por avisar senhor Óbvio. – Jack falou sarcástico.

Já passava de cinco da manhã e algumas pessoas já estavam acordando.

– É melhor irmos embora. – Norte disse. – As pessoas logo estarão acordando.

– Esperem! – Ouviram a voz de Jennete se aproximando pelo céu.

– O que foi Jenn? – Jack se aproximou dela e perguntou usando o apelido da garota.

– Jacky sumiu. – Jennete respondeu assustada.

– Como assim? – Norte perguntou preocupado.

– Ela saiu para caminhar ontem à noite, mas não voltou até agora. – Ela respondeu. – Ela não é de fazer isso. Normalmente isso é coisa minha.

– Pode ser que só tenha se atrasado. – A Fada tentou acalmá-la.

– Eu e Jacky nunca nos atrasamos. – Jennete disse, desapareceu e apareceu novamente atrás da Fada como uma demonstração. – Alguma coisa deve ter acontecido com ela.

– Ou... – O Coelho ia começar a dizer alguma coisa, mas ao ver o desespero do espírito de Halloween, calou-se.

– Ou o que? – A menina perguntou irritada.

– Ou ela pode ter decidido que era hora de começar o planozinho do mal. – O Coelho respondeu, irritado com o tom de voz que a menina usara.

– Ela não é má! – Jennete gritou para o Coelho.

O Coelho da Páscoa se encolheu um pouco com o tom de voz e com a expressão de Jennete. A garota sabia ser assustadora quando queria, embora não fosse tão boa nisso quanto à irmã.

– Jennete, como ela estava na última vez que a viu? – Norte perguntou, interrompendo a briga que estava prestes a começar.

– Estava triste. – Jennete lembrou-se da noite passada. – Ela sempre fica assim quando o Halloween está chegando.

– O espírito de Halloween não gosta do Halloween? – Jack perguntou sarcástico.

– Ela gosta, mas isso lhe traz algumas lembranças ruins. – Jennete respondeu cabisbaixa.

– Lembranças ruins? – Jack perguntou curioso e preocupado.

– Prefiro não falar sobre isso. – Jennete respondeu.

– Continue o que estava dizendo antes de Jack interrompê-la Jennete. – A Fada pediu.

– Ela estava meio triste e disse que ia caminhar um pouco. – Jennete continuou. – Saiu andando pela floresta usando a abóbora para iluminar o caminho e disse que não sabia para onde ia.

Sandman ficou confuso com a declaração e fez um ponto de interrogação na cabeça.

– Ela faz isso quando quer ficar sozinha. – Jennete respondeu a Sandman.

– Ela faz isso com frequência? – Jack perguntou, lembrando-se da época em que ele estava sozinho.

– Sim. – Jennete falou com a voz tristonha e se se encostou a Jack, que estava ao seu lado.

Jack não sabia direito o que fazer então abraçou a menina que estava começando a chorar.

– Fique calma Jennete, nós vamos encontrar sua irmã. – Jack pediu.

– Vamos? – O Coelho perguntou incrédulo.

– Claro que sim. – Norte respondeu por Jack. – É melhor nos apressarmos. E temos que estar preparados para qualquer uma das possibilidades. – Norte alertou.

Longe dali...

Breu andava de um lado para o outro impaciente. Já fazia algum tempo que Jackeline estava desmaiada e a demora em acordar o incomodava. Jacky estava com as mãos e pés amarrados à parede por areia de pesadelo, o que iria impedir que ela se transportasse.

– Interessante como ela continua segurando essa coisa. – Breu observou a mão fechada em torno da alça de ferro presa à abóbora.

Depois de alguns minutos, a garota começou a abrir os olhos lentamente, observando o lugar escuro e sem vida na qual se encontrava.

– Finalmente acordou. – Breu lançou a ela um sorriso zangado.

– Como vai Bicho-Babão? – Jackeline o cumprimentou rudemente, satisfeita ao ver a expressão de raiva dele.

– Como ousa? – Ele deu uma tapa com as costas da mão no rosto de Jackeline. – Você me deve respeito garota.

– Só porque você me transformou em um espírito e... Digamos cuidou de mim não significa que você é meu pai. – Jackeline respondeu, aumentando o tom de voz a cada palavra. – Não te devo nada.

Breu se aproximou do espírito acorrentado e segurou com força seu pescoço, machucando-a.

– Se não quiser sofrer é melhor começar a me tratar com o devido respeito. – Breu ameaçou.

– Sei... – Ela começou a falar, mas ele apertou ainda mais a mão em seu pescoço, impedindo-a.

– Vamos direto ao assunto, está bem? – Breu propôs, soltando o pescoço dela, que começou a tossir.

– O que você quer? – Jackeline perguntou.

– Uma coisa muito simples. – Breu apontou para a abóbora na mão de Jackeline.

– Isso? – Jacky olhou para abóbora em sua mão e sorriu. – Por que apenas não pegou?

– Você sabe que não é possível tirar esta abóbora de você a não ser que seja concedida. – Breu explicou. – E mesmo que eu consiga pegá-la, não iria funcionar comigo se não fosse sua vontade.

– É verdade. Até que você é esperto. – Jackeline elogiou. – Mas por que você ia querer essa velharia?

– Você sabe por quê. – Breu respondeu. – Essa abóbora é uma enorme fonte de poder e eu estou um pouco fraco desde minha última luta com os guardiões.

– Só perguntei por curiosidade. – Jackeline lhe lançou um sorriso irônico. – Não vou te dar isso, não importa quais são seus motivos.

– Você vai sim. – Breu lhe lançou o mesmo sorriso que ela trazia no rosto. – Não acho que tenha achado agradável o contato que teve com minhas areias de pesadelo.

Se isso fosse possível, Jackeline teria ficado ainda mais pálida.

– Há mais de um modo de conseguir a energia que você carrega. – Breu continuou. – Foi isso que minhas areias fizeram. Elas lhe tiraram um pouco de energia e passaram para mim. Como acha que estou conseguindo te prender aí com tanta facilidade? Só achei que você iria optar pelo modo menos doloroso.

– Vai sonhando. – Jackeline respondeu.

– Se é assim... – Breu estendeu o braço e mais areia negra foi em direção a ela, cobrindo-a completamente.

– Que belo som. – Breu sorriu ao ouvir os gritos de dor de Jackeline.


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Notas finais do capítulo

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