Rise of the Guardians 2 - Spirits of Halloween escrita por Black
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem!
No meio da floresta...
Jackeline estava andando tristonha pela floresta, sem rumo.
– Mais um ótimo ano. – Ela falou para si mesma, sarcástica.
Continuou a andar, olhando para frente, mas sem parecer realmente ver alguma coisa.
– De que adianta as pessoas acreditarem em mim se só sentem medo quando me veem? – Ela se perguntou.
Falar sozinha era uma coisa que gostava de fazer. Dizer coisas que não dizia a ninguém, nem mesmo a Jennete. Jenn não entenderia se Jacky dissesse que não gostava de assustar as pessoas. A garota era o espírito do Halloween, era isso que ela fazia.
– Adianta muita coisa se você quiser saber. – Uma voz desconhecida respondeu à sua pergunta.
– Quem está aí? – Jackeline perguntou, levantando um pouco mais a “lanterna” para tentar ver quem estava ali na floresta lhe escutando.
– Me esqueci de que não fomos apresentados. – O desconhecido falou. – Meu nome é Breu.
Assim que ele terminou de falar, uma onda enorme de areia escura saiu de todos os lugares indo em direção a Jackeline. Ela tentou voar, mas a areia logo cobriu o céu, impedindo-a de sair. Optou por se transportar, mas não estava funcionando. Completamente cercada, Jackeline foi completamente envolvida pela areia e de longe se podia ouvir seu grito de desespero.
– Curioso um espírito de Halloween sentir medo. – Breu falou, saindo das árvores e se aproximando da pequena montanha de areia escura na qual Jackeline estava. – Mas quem não sentiria medo do Bicho-Papão?
Em outro lugar...
Apesar da busca, nenhum dos guardiões havia encontrado nada suspeito. Todos se reuniram no meio da rua deserta.
– Não tem nada aqui. – O Coelho declarou.
– Obrigado por avisar senhor Óbvio. – Jack falou sarcástico.
Já passava de cinco da manhã e algumas pessoas já estavam acordando.
– É melhor irmos embora. – Norte disse. – As pessoas logo estarão acordando.
– Esperem! – Ouviram a voz de Jennete se aproximando pelo céu.
– O que foi Jenn? – Jack se aproximou dela e perguntou usando o apelido da garota.
– Jacky sumiu. – Jennete respondeu assustada.
– Como assim? – Norte perguntou preocupado.
– Ela saiu para caminhar ontem à noite, mas não voltou até agora. – Ela respondeu. – Ela não é de fazer isso. Normalmente isso é coisa minha.
– Pode ser que só tenha se atrasado. – A Fada tentou acalmá-la.
– Eu e Jacky nunca nos atrasamos. – Jennete disse, desapareceu e apareceu novamente atrás da Fada como uma demonstração. – Alguma coisa deve ter acontecido com ela.
– Ou... – O Coelho ia começar a dizer alguma coisa, mas ao ver o desespero do espírito de Halloween, calou-se.
– Ou o que? – A menina perguntou irritada.
– Ou ela pode ter decidido que era hora de começar o planozinho do mal. – O Coelho respondeu, irritado com o tom de voz que a menina usara.
– Ela não é má! – Jennete gritou para o Coelho.
O Coelho da Páscoa se encolheu um pouco com o tom de voz e com a expressão de Jennete. A garota sabia ser assustadora quando queria, embora não fosse tão boa nisso quanto à irmã.
– Jennete, como ela estava na última vez que a viu? – Norte perguntou, interrompendo a briga que estava prestes a começar.
– Estava triste. – Jennete lembrou-se da noite passada. – Ela sempre fica assim quando o Halloween está chegando.
– O espírito de Halloween não gosta do Halloween? – Jack perguntou sarcástico.
– Ela gosta, mas isso lhe traz algumas lembranças ruins. – Jennete respondeu cabisbaixa.
– Lembranças ruins? – Jack perguntou curioso e preocupado.
– Prefiro não falar sobre isso. – Jennete respondeu.
– Continue o que estava dizendo antes de Jack interrompê-la Jennete. – A Fada pediu.
– Ela estava meio triste e disse que ia caminhar um pouco. – Jennete continuou. – Saiu andando pela floresta usando a abóbora para iluminar o caminho e disse que não sabia para onde ia.
Sandman ficou confuso com a declaração e fez um ponto de interrogação na cabeça.
– Ela faz isso quando quer ficar sozinha. – Jennete respondeu a Sandman.
– Ela faz isso com frequência? – Jack perguntou, lembrando-se da época em que ele estava sozinho.
– Sim. – Jennete falou com a voz tristonha e se se encostou a Jack, que estava ao seu lado.
Jack não sabia direito o que fazer então abraçou a menina que estava começando a chorar.
– Fique calma Jennete, nós vamos encontrar sua irmã. – Jack pediu.
– Vamos? – O Coelho perguntou incrédulo.
– Claro que sim. – Norte respondeu por Jack. – É melhor nos apressarmos. E temos que estar preparados para qualquer uma das possibilidades. – Norte alertou.
Longe dali...
Breu andava de um lado para o outro impaciente. Já fazia algum tempo que Jackeline estava desmaiada e a demora em acordar o incomodava. Jacky estava com as mãos e pés amarrados à parede por areia de pesadelo, o que iria impedir que ela se transportasse.
– Interessante como ela continua segurando essa coisa. – Breu observou a mão fechada em torno da alça de ferro presa à abóbora.
Depois de alguns minutos, a garota começou a abrir os olhos lentamente, observando o lugar escuro e sem vida na qual se encontrava.
– Finalmente acordou. – Breu lançou a ela um sorriso zangado.
– Como vai Bicho-Babão? – Jackeline o cumprimentou rudemente, satisfeita ao ver a expressão de raiva dele.
– Como ousa? – Ele deu uma tapa com as costas da mão no rosto de Jackeline. – Você me deve respeito garota.
– Só porque você me transformou em um espírito e... Digamos cuidou de mim não significa que você é meu pai. – Jackeline respondeu, aumentando o tom de voz a cada palavra. – Não te devo nada.
Breu se aproximou do espírito acorrentado e segurou com força seu pescoço, machucando-a.
– Se não quiser sofrer é melhor começar a me tratar com o devido respeito. – Breu ameaçou.
– Sei... – Ela começou a falar, mas ele apertou ainda mais a mão em seu pescoço, impedindo-a.
– Vamos direto ao assunto, está bem? – Breu propôs, soltando o pescoço dela, que começou a tossir.
– O que você quer? – Jackeline perguntou.
– Uma coisa muito simples. – Breu apontou para a abóbora na mão de Jackeline.
– Isso? – Jacky olhou para abóbora em sua mão e sorriu. – Por que apenas não pegou?
– Você sabe que não é possível tirar esta abóbora de você a não ser que seja concedida. – Breu explicou. – E mesmo que eu consiga pegá-la, não iria funcionar comigo se não fosse sua vontade.
– É verdade. Até que você é esperto. – Jackeline elogiou. – Mas por que você ia querer essa velharia?
– Você sabe por quê. – Breu respondeu. – Essa abóbora é uma enorme fonte de poder e eu estou um pouco fraco desde minha última luta com os guardiões.
– Só perguntei por curiosidade. – Jackeline lhe lançou um sorriso irônico. – Não vou te dar isso, não importa quais são seus motivos.
– Você vai sim. – Breu lhe lançou o mesmo sorriso que ela trazia no rosto. – Não acho que tenha achado agradável o contato que teve com minhas areias de pesadelo.
Se isso fosse possível, Jackeline teria ficado ainda mais pálida.
– Há mais de um modo de conseguir a energia que você carrega. – Breu continuou. – Foi isso que minhas areias fizeram. Elas lhe tiraram um pouco de energia e passaram para mim. Como acha que estou conseguindo te prender aí com tanta facilidade? Só achei que você iria optar pelo modo menos doloroso.
– Vai sonhando. – Jackeline respondeu.
– Se é assim... – Breu estendeu o braço e mais areia negra foi em direção a ela, cobrindo-a completamente.
– Que belo som. – Breu sorriu ao ouvir os gritos de dor de Jackeline.
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