Hereafter escrita por DimitriRoltz


Capítulo 5
Capítulo Cinco Parte Um


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi! Como prometido! Ai está o capítulo!
Não tive tempo de revisar. Então pode ter alguns erros gramaticais, por isso peço perdão. Estou super cansada, além de prova do colégio eu tive que ir para Madureira (um bairro carioca), para comprar minha fantasia, isso tudo HOJE. To tipo... "mortinha da silva". Enfim... sem mais enrolações! Boa leitura!



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Capítulo Cinco

As horas podem parecer anos quando você está ansiosa, esperando alguma coisa, ainda mais quando essa coisa é uma que você deseja tanto quanto teme.

O que eu desejava, com tanta força que quase doía, era ver o rosto de Sasuke e ouvir sua voz. Enquanto eu vagava por aí, sonhando com Sasuke, nunca imaginei que ele poderia me ver, ou falar comigo de novo, muito menos que ele fosse querer. Fiquei surpresa com o quanto eu mesma queria isso também. Com o quanto meu desejo de ser vista, especificamente por ele, foi se intensificando cada vez mais e mais.

Mas vê-lo implicaria dizer a verdade a ele.

Sentada à margem do rio após Sasuke ter ido embora, tive a certeza de que não conseguiria mentir para ele no dia seguinte. Não se o meu comportamento totalmente ridículo a ponte servisse como alguma indicação da minha capacidade de enganá-lo. Se eu o encontrasse no parque e a gente se falasse, eu sem dúvida alguma acabaria contando tudo: o que tinha visto dentro d'água, e o que eu realmente era. O que, por sua vez, sem dúvida alguma o faria sair correndo para longe de mim.

Seguindo essa linha de raciocínio, cheguei a conclusão do que faria no dia seguinte. Não iria ao parque. Iria me esconder. Só queria proteger meu coração morto de qualquer coisa que pudesse ser pior do que aquela solidão que eu sentia antes de conhece-lo.

Provavelmente me arrependeria disso por anos e anos. Juntei meus braços em volta dos joelhos, com uma postura derrotada.

Foi então que uma coisa me fez virar a cabeça para cima e em seguida dar um pulo agachada na grama. A princípio, nem eu entendi o que me fez reagir assim. Quando olhei para os lados, tentando encontrar alguma pista do que tinha acontecido, percebi que o sol já tinha quase se posto enquanto eu estava sentada ali, sentido pena de mim mesma. O crepúsculo lançava um brilho intenso sobre a água, mergulhando a floresta em sombrar profundas.

Mas não foram os últimos raios de sol o que me assustou, e sim a coisa que tanto contratava com aquela luz ardente do fim do dia um vento gelado e cortante agora açoitava minhas pernas e sacudia meus cabelos.

No final do verão, era estranho sentir um vento tão gelado assim. Pior ainda, o vento parecia não estar afetando nada à minha volta. O vento estava soprando em uma direção esquisita também. Ao invés de vir da água atrás de mim e se espalhar pelo amplo vale aberto pelo rio em meio à floresta, o vento estava vindo direto de uma fileira de árvores bem na minha frente.

Quanto percebi isso, cheguei a sentir meus pelos se arrepiando. Por impulso, ergui os braços para sentir esse fenômeno, encantada com o ressurgimento desse reflexo de proteção de proteção a tanto tempo dormente.

De, repente a brisa se transformou em um vendaval, jogando meus cabelos para cima do meu rosto e tapando minha vista. Cambaleei para trás, perdendo o equilíbrio com tanta violência. O vento uivou alto entre as árvores, e eu ergui as mãos para proteger meus ouvidos do som. Então, tão de repente quando tudo tinha começado, o vento parou. O ar voltou a ficar completamente morto.

Eu ainda estava com as mãos nos ouvidos e, sem nem perceber, tinha fechado meus olhos com força. Eu me vi quase toda encolhida, abraçando meus próprios joelhos.

— Oi, Sakura. — disse uma voz masculina, vindo languidamente de algum lugar em meio às árvores. Continuei encolhida e só abri um olho me recusando a acreditar que poderia mesmo estar ouvindo alguém falar comigo. Alguém que não fosse Sasuke. — Você me ouviu, Sakura?

Abri meu outro olho e me endireitei devagar, ainda com as mãos no ouvido, como se elas pudessem de alguma forma me proteger da voz desse estranho. Eu não estava conseguindo controlar minhas cordas vocais. Ele soltou um suspiro impaciente, deixando claro que estava à espera de uma resposta minha.

— É sério Sakura, você está sendo muito mal-educada.

— C-como é? — consegui gaguejar.

— Hm. Ainda mal-educada.

Aquele tom atravessou a gélida cobertura de medo que havia começado a se espalhar pela minha pele. Senti meu rosto quente com o calor da minha raiva, como se eu até pudesse de fato ficar vermelha de raiva.

— Você está me vendo, mas eu nem sei onde você está. Não acha que você está sendo meio mal-educado então? — esbravejei.

Ele deu risada; um som suave que não ajudou muito a dispersar meus calafrios.

— Ah, acho que eu poderia fazer alguma coisa para remediar isso, se você quiser.

Pude perceber que seja lá quem fosse o dono daquela voz estava vindo devagar na minha direção, talvez para me acalmar e impedir que eu corresse para longe dali. Não foi uma tática muito eficiente, porque senti repuxões do meu instinto de fuga se espalhando pelos meus músculos.

Mas antes que eu pudesse consolidar minha decisão final de fugir, o dono dessa voz emergiu das sombras das árvores, chegando à parca luz do sol que ainda iluminava a margem.

Percebi na mesma hora que ele não era um ser vivo, ainda que, a princípio, não soubesse dizer bem porquê. Enquanto olhava boquiaberta para ele, reparei todos os detalhes de sua aparência. Ele parecia ser apenas um pouco mais velho que eu, mas estava com umas roupas estranhas e desgrenhadas: uma camisa preta desabotoada, com as mangas arregaçadas, mostrando os braceletes metálicos e vários colares amontoados um por cima do outro sobre seu peito nu. Seu cabelos loiros estavam presos em um rabo-de-cavalo alto e a franja caia sobre um de seus olhos, ele tinha um rosto meio pálido.

Apesar dessa palidez, acho que alguém poderia dizer que ele era bonito. Até sensual.

— O que você é? — murmurei.

— Você sabe muito bem o que eu sou. Sou a mesma coisa que você. A melhor pergunta aqui, Sakura, seria: quem sou eu? — ele parou de se aproximar, cruzou os braços em frente ao seu peito nu e bem trabalhado, abrindo um sorriso para mim.

Então eu estava certa. Ele era um fantasma. Um fantasma que não estava conseguindo me cativar muito. Mal sabia eu que ele seria o maior problema que já enfrentei.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? *o*
Reviews?
Recomendações? *o*


Ps:. Domingo irei postar a parte dois! bjbj



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