Era metade de setembro quando começou. Foi pouco a pouco. O vírus que foi atacando a população parecia de inicio, apenas algo normal, talvez uma gripe. As pessoas ficavam fracas, sonolentas. Sentiam que não conseguiam se continuar fazendo suas tarefas do dia a dia. Aos poucos, o cansaço ia aumentando. Já não conseguiam levantar. Qualquer tarefa era difícil demais, por mínima que fosse. O ar parecia mais pesado e denso para se respirar. Em pouco tempo, apareciam manchas roxas. E logo depois, febres ardentes.

Dizem que começou no sudoeste da Ásia, mas ninguém sabe se isso é verdade. Os médicos não tinham histórico para realizar um diagnóstico certo. A doença não era contagiosa, e ao mesmo tempo, era. Se você ficasse ao lado de um paciente doente, você poderia ou não desenvolver os sintomas. Uns insistiam em dizer que nada era, senão uma virose. Eles não poderiam estar mais errados. Outros faziam estudos no sangue recolhido dos que foram infectados, embora de pouco a pouco, de resultado normal em resultado normal, suas esperanças fossem despedaçadas. Nenhum tratamento dava resultado. Enquanto isso, o numero de pacientes só aumentava. Tudo que os pobres médicos poderiam fazer era recomendar antitérmicos, que pouco ou nada ajudavam, e procurassem alguém que pudesse vigiá-los em seus dias de mais fraqueza. Que os fizessem comer, se hidratar, e, se fosse necessário, ajudasse na locomoção entre os cômodos da casa.

No inicio, não se deu muita atenção a essa doença. Na verdade, em momento nenhum foi dada a devida atenção a essa doença.

Exceto quando as primeiras pessoas começaram a morrer.

De fato, era uma doença aleatória. Alguns se contaminavam, outros não. Alguns morreram e outros simplesmente, do nada, recuperavam suas forças e voltavam a suas vidas normais. Talvez por isso fosse tão assustadora. Você não poderia prever o resultado final. Era uma aposta. Um jogo de chance. 50% de morrer e 50% de viver.

Nesse medo, vivia a maior esperança de Rachel Berry.