I Hate Goodbyes escrita por Artur


Capítulo 8
Capítulo 08: Confused


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pessoas! Demorei né? Mas realmente minha vida está uma agonia :( Enfim, aqui vai mais um capítulo com um pov da Beth, o que será que aconteceu com ela?

Não esqueçam de comentar, recomendar, fazer de tudo! Beijos :*



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I Hate Goodbyes

Confused

Pov. Breth Greene

Pude sentir, finalmente o beijo ardente de Daryl tocar em meus lábios. Foi um momento delicado e simples, mas o sentimento que se predomina é intenso. Ele toca em minha nuca delicadamente enquanto sinto seu calor se expandir, mas esse momento único entre nós dois é interrompido por aqueles vermes caminhantes que adentraram na casa funerária em um descuido de Daryl.

– Beth! Fuja pela janela e me encontre na estrada! – Ele gritou desesperado, tento hesitar mas não tive outra escolha, pulo na janela indo ao chão no outro lado. Os grunhidos esfomeados se multiplicam. Levanto-me olhando para casa, meus olhos procuravam qualquer sinal do Daryl, qualquer um!

Pego minha mochila enquanto corro para a estrada, na esperança de encontra-lo lá. Fico sozinha, um vento gélido arrepia meus pelos do braço, começo a me esquentar enquanto noto a presença de uma horda, não tão grande, se aproximar drasticamente de mim.

Corro para a floresta me agachando atrás das árvores. Os zumbis passam direto, perambulando sem destino, pelo menos eu pensei, estavam indo direto para a casa funerária e o Daryl ainda não saiu de lá. Pensei em ir até ele, ou despistar esses walkers, seria mais difícil ainda tem que se livrar de todos eles, eu estava sozinha e não sabia o que fazer. Meu coração acelera, sinto minha respiração ficar ofegante, até que escuto um barulho, era como se fosse alguém pisando em galhos, viro-me desesperada e quando me dou conta, um errante se joga em cima de mim.

Grito gemendo intensamente, seguro os braços do transformado tentando evitar que o mesmo me abocanhe. A saliva do desgraçado escorre atingindo minha blusa, faço uma careta de nojo enquanto me esforço para mantê-lo longe de mim, consigo joga-lo para o lado enquanto me arrasto tentando me levantar, o errante volta para o meu lado agarrando minha perna, me fazendo cair novamente.

– Desgraçado! – Murmurei pegando uma faca da minha cintura fincando-a com um único movimento, no crânio do zumbi que por fim, vai ao chão completamente mole. Alguns errantes, da horda que passara, escutaram os meus gemidos. Uns quatro andejavam em minha direção quando escuto um arranque de um carro.

– Daryl? – Questionei procurando por algum sinal de vida dele.

Procuro-o desesperada, quando vejo uma espécie de van dando partida enquanto sai em alta velocidade, seguindo em frente na estrada. Corro atrás do veiculo só que por dentro da floresta, mantendo sempre, minha visão no carro.

Passo por dentre as arvores enquanto desvio dos obstáculos, os errantes continuavam a me perseguir e só o que eu queria, era ter a certeza de que o Daryl se safou, ele pode ter achado um carro ou algo do tipo, ou talvez alguém o pegou mas acontece, não posso ficar simplesmente parada.

Ainda consigo acompanhar o carro em alguns metros mas foi inútil, não sou tão resistente assim. Em meros minutos sou obrigada a desviar o caminho, mais três zumbi surgiam na minha frente, viro a esquerda, entrando por completo na mata. Agora tudo que eu podia fazer era simplesmente correr, correr sem destino algum, o suor já escorria pelo meu corpo quando tudo que vejo, eram só as árvores.

O verde predomina por completo, não sei onde estou, não sou como o Daryl, não sou uma rastreadora! As vezes reclamo comigo mesma por ser tão inútil assim, se eu realmente quero sobreviver nesse apocalipse, tenho que me virar por conta própria! Paro de correr enquanto tento revisar meus próprios pensamentos, o barulho que se predomina agora, era os dos pássaros que voavam por ai sem destino. A noite já surgiu e eu não notei, deixei minha mochila cair na estrada, como fui tão burra? A lanterna estava dentro dela, algumas comidas ... tudo! Depois de andar em ziguezague sem rumo algum, eis que encontro um acampamento abandonado, tinha várias barracas, algumas desmontadas e outras ainda de pé. A fogueira estava apagada, não tinha ninguém.

– Deve servir pelo menos para essa noite. – Indaguei em voz alta enquanto entrava em uma das cabanas. Não era confortável, o chão gélido da floresta era coberto por um colchão fino.

Consegui despistar os zumbis que estavam atrás de mim, mas não existem só eles nesse mundo devastado. A cabana serviu para alguma coisa, não pretendo ficar aqui para o resto da minha vida, tenho que encontrar o Daryl! Mas não só ele, todos os outros .. a Maggie ... o Glenn ... eu sei que eles estão vivos!

Vou dormir com o coração apertado, algumas lágrimas atrevem-se a cair mas rapidamente enxugo-as. Eu precisava ficar forte, para poder me reencontrar com o Daryl. Se ele realmente ficou vivo, virá atrás de mim também, pelo menos eu espero ...

Meu estomago ronca acordando-me . Saio sonolenta da barraca, o sol incomodava os meus olhos. Bocejo enquanto estico os meus braços, a fome tomava conta de mim mas não sei caçar! Tive algumas aulas com o Daryl mas é inútil na situação em que estou, não tenho material suficiente para criar uma armadilha e ter que simplesmente aguardar que um animal caia sobre ela ocupa muito tempo, agora o Daryl é a minha prioridade.

Começo a remexer sobre as coisas deixadas pelos habitantes daquele acampamento. Encontro uma camisa lilás e rapidamente a visto, foi muito estranho aquilo ... as mochilas haviam sido deixadas, tinha roupas espalhadas, talvez foram obrigados a fugirem de uma horda ou algo do tipo.

Encontro um isqueiro e alguns papeis, e com isso consigo montar uma minúscula fogueira para poder me aquecer . Me encolho ali mesmo, envolvendo meus braços nas minhas pernas, fico pensando em como o Daryl deve estar, ele odeia ficar sozinho ... mas queira ou não já está acostumado. Acontece que eu estava começando a muda-lo aos poucos, e talvez com o meu sumiço ele comece a ter outros pensamentos, talvez ele perca a fé de vez.

Um errante me assusta ao aproximar-se lentamente de mim, fico calma enquanto ando em sua direção e finco a faca na face do mesmo que cai ao chão sem vida novamente. Retorno para a barraca enquanto como uma barra de chocolate que encontrei em uma das mochilas, é inútil ficar só com uma faca no meio de um floresta onde só tem errantes! Me senti exilada, sem rumo algum. Como esquecerei seu beijo, se ainda sinto meus lábio molhados ?Como te esquecerei se seu nome esta cravado em meu coração? Espero que o tempo voe para que um dia eu possa te ver de novo, e te abraçar , te beijar, sentir minha mão tremer, assim como no meu primeiro beijo ... era isso que se passava em meus pensamentos, eu apenas queria poder me reencontrar com o Daryl de novo e poder fazer tudo que não fiz quando tive tempo. O silencio do local é interrompido por um disparo que se ecoa pelos meus ouvidos. Cautelosa, apenas coloco minha cabeça para fora da barraca, olho para todos os lados quando o grito de um homem se intensifica.

Levanto-me com a faca apunhalada, enquanto dirijo-me na direção dos gritos e dos disparos, o próprio Daryl acharia isso suicídio mas eu tinha que arriscar, ainda existem pessoas boas...

Vejo um homem ter sua pele completamente devorada por dois walkers que aproveitam o banquete grátis. Coitado daquele rapaz, fiquei raivosa, corro na direção dos dois vermes derrubando um por um . O homem ainda fica vivo agonizado ao chão, ele cospe sangue enquanto tenta proferir algo.

– Fu... fuja ... – Ele se foi, não entendo o que ele quis dizer até que viro meu rosto e percebo do que se trata.

Arregalo meus olhos quando vejo inúmeros caminhantes se aproximarem ferozmente, é incrível como esses miseráveis se juntam em grupos sedentos por carne! Corro ainda com a faca em mãos, o rapaz já não tinha mais vida, uma por parte dos zumbis toma posse do corpo dele enquanto alguns tentam me seguir.

Corro desajustada afinal, o meu pé não estava totalmente recuperado devido aquela armadilha próximo a casa funerária. Fico nervosa enquanto corro olhando para trás, eles não desistiram, continuo correndo mas acabo que caindo em uma lama. Meu corpo todo fica melado, tento me levantar com dificuldade, a faca se perde por dentre o barro, nem tento procura-la afinal, não havia tempo.

Não tive outra saída, estava exausta e a esperança de encontrar Daryl já se esgotava. Encosto-me em uma das arvores esperando eles se aproximarem de mim e fazer o que tem que ser feito.

Fecho meus olhos enquanto o que vejo é a imagem de Daryl sorrindo, pena que foi só uma imagem, dou um único suspiro quando escuto vários disparos. Retorno a abrir meus olhos bastante confusa, vejo uma mão estendida na minha frente.

– Meu nome é Gareth. Você está bem?


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