I Hate Goodbyes

Drinks

Pov. Beth Greene

Já estava de noite quando tentávamos escapar dos inúmeros errantes que persistiam em nos seguir, após tanto tempo perambulando pela floresta, finalmente encontramos a estrada . Bem na nossa frente, havia um carro tentei dar a ignição mas não funcionou e rapidamente os grunhidos dos errantes se aproximavam cada vez mais, foi ai que o Daryl abriu o porta-malas e nós acabamos que entrando . Adentro aos pequeno espaço, fico observando atentamente suas ações, ele amarra com um pano envolta da lataria para mate-la fechada e oferecer uma proteção contra os errantes .

Não ficou totalmente fechado, mas queira ou não, estávamos um pouco protegidos . O feixe de luz provocado pelo pequeno espaço aberto, estampava em nossos olhos realçando os mesmos, aos poucos os errantes passavam pelo local esbarrando na lataria do carro, uma tensão começou a sucumbir dentro de mim e quando me vi, já estava desesperada .

Ficamos naquela situação até o amanhecer, nossas respirações estavam arfantes quando descemos daquele espaço .Pegamos tudo que víamos pela frente colocando em sacolas, seriam útil para qualquer coisa, Daryl seguia andando mais à frente enquanto eu ia observando-o atrás, era como se eu estivesse realmente sozinha .

Voltamos para droga da floresta, dessa vez para descansar, com um espelho e um retrovisor, acabo que fazendo uma misera fogueira além de uma armadilha para os errantes que se aproximarem . Um pouco mais afastado, fico olhando Daryl retirar a pela de uma cobra já morta, para servir como alimento, essa cena foi frustrante e só piorou quando Daryl abocanha o alimento que lhe era dado, fiquei observando-o, parecia um selvagem .. quando um predador vai em busca da sua presa .

– Acho que preciso de uma bebida . – Finalmente indaguei, acho que ele pensou que fosse brincadeira minha mas continuei insistindo . – Com álcool . Nunca bebi uma por conta do meu pai, mas agora que ele não está entre nós .. achei que seria interessante .

Daryl e sua mania de me deixar falando sozinha, não adianta, é como se eu estivesse conversando com um animal ! Literalmente ...

– Tudo bem, apenas aproveite sua cobra nojenta . – Falei levantando-me pegando a faca que estava fincada em um tronco seguindo em frente, depois de dar alguns passados, acabo que olhando para trás percebendo que ele não veio atrás de mim .

– Idiota !

Do nada, surgem quatro errantes e rapidamente encosto-me em uma árvore agachando lentamente para pegar uma pedra e lança-la longe, torcendo para que os errantes sejam atraídos pelo barulho provocado pela mesma eles acabam que caindo no meu plano e quando viro-me, me deparo com Daryl que segue caminhando enquanto vou atrás dele .

– Acho que já passamos por aqui antes, o caminho para encontrar as bebidas é outro . – Proferi enquanto afastava as plantas da minha frente . Acabo que esbarrando na minha própria armadilha, voltamos pro acampamento .

– Mas que merda, não queria voltar e não vou ficar nesse acampamento ! – Exclamei mostrando-lhe meu dedo, ele segura meu braço puxando-me de volta .

– Qual o seu problema ? Você é humano ? Você tem sentimentos ?- Encho-lhe de questionamentos e ele nada responde .

– Acho que você quer passar o resto da sua vida perto do fogo e comendo cobras. Posso cuidar de mim mesma, e eu vou conseguir uma bebida .

Depois de andarmos muito, encontramos um campo de golfe, o que é ótimo já que jogadores de golfe só vivem bebendo . Um errantes se aproximam de nós mas não ligamos, continuamos a caminhar . Achamos um Country Club e logo na entrada, nos deparamos com três suicidas, se enforcaram ... o lugar estava uma bagunça extrema, inúmeras coisas estavam espalhadas, entre elas uma lanterna .

Corremos rapidamente para outro local quando os errantes que vimos anteriormente, forçavam a entrada . Explorando um pouco mais o local, encontrei uma dispensa onde em uma prateleira havia uma garrafa de bebida me apoio em algum local fazendo um pouco de barulho mas consegui pegar a garrafa, quando retiro-me da dispensa, sou surpreendida por um errante que tentou me abocanhar, atinjo sua cabeça com várias garrafadas, mas tudo foi em vão já que não foi o suficiente para perfurar, empurro-o para parede fincando por fim, a faca em seu crânio .

Daryl logo em seguida chega, nos encaramos durante segundos até que ironizei :

– Obrigada pela ajuda.

– Você falou que conseguia cuidar de si mesma, e veja só ! Consegui . – Rebateu ele .

Continuamos a olhar o local e acabamos que encontrando a parte de vestiários, pego duas camisas enquanto Daryl me observava sentado na poltrona .

– Pode virar para lá ?

– Não quero ver você se trocando, não sou safado . – Responde ele apontando com a cabeça para uma brincadeira de mal gosto, uma mulher já morta teve seus membros inferiores retirados e colocada em cima de um manequim, toda enfeitada com um cartaz : Vadia Rica .

Tentei deita-la mas não consegui, Daryl afirmou que não importava pois a mulher já estava morta, insisti e por fim ele coloca um manto azul por cima da errante . Somos surpreendidos pelo toque do relógio que chamava a atenção dos errantes, corri rapidamente para outro local seguida por Daryl que começa a derrubar todos os errantes, um por um . Com um taco de beisebol, ele começa a espancar o único errante que restou, estava realmente espancando-o com muita vontade e força, sem atingir o cérebro e quando isso finalmente aconteceu, o sangue jorra em minha camisa melando-a completamente .

Achamos logo em seguida o salão de festas, viro-me em sua direção e indago :

– Sei que isso é bizarro, mas eu só queria deitar e chorar e não podemos fazer isso. Então se espancar errantes te faz melhor ... preciso fazer isso . - Vou em direção ao balcão e acabo que encontrando uma bebida.

– Caçacha de pêssego .. é bom ? – Questionei vidrada na bebida .

– Não .

– Foi só o que sobrou então .. – Respondi procurando algum copo limpo, sem êxito . Seguro a garrafa ficando pensativas por alguns segundos enquanto que Daryl fazia das fotos dos milionários, um tiro ao alvo .

As lágrimas começaram a escorrer, sem sentido algum, pelo rosto e ele apenas me observa pegando na bebida e jogando-a ao chão . Saímos do clube indo em direção a qualquer lugar, não sei onde iriamos, estava apenas seguindo o Daryl .

– Um mecânico de motos ..

– O que ?

– É o meu palpite para o que você era antes da infestação.

– Isso não importa . – Responde ele completando em seguida : - Eu achei esse lugar com a Michone, é bem melhor que uma loja de bebidas .

Ao longe, a imagem de um local abandonado surge, abrindo uma porta, Daryl pega algo me entregando logo em seguida, era um caixote com inúmeras bebidas ilegais, entramos no local rapidamente coloco-as em uma mesa sentando logo em seguida na cadeira, Daryl arranja um copo colocando dois dedos da bebida .

– Qual o problema ? – Ele questiona

– Só isso de bebida ? – Indaguei e ele da um simples mas um belo sorriso .

– É o seu primeiro gole, tem que ir com calma .

– É a coisa mais nojenta que já tomei ! Preferia uma cobra . – Brinco após dar dois goles, colocando novamente a bebida no copo oferecendo para Daryl que nega .

– Alguém precisa vigiar .

– É a minha babá agora ? Ok, Mr. Dixon – Respondi brincando .