Psychopath escrita por GemmaStew


Capítulo 8
Capítulo 08


Notas iniciais do capítulo

Amores muito obrigada pelos comentários..
Boa Leitura



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Bella naquela noite não conseguia pregar os olhos. Estava tão angustiada, e via seu tempo ser tomado por aqueles olhos cor esmeralda. Bella se revirava em sua cama procurado uma posição que a faça relaxar e enfim cair no sono. Mas nenhuma posição a deixava mais confortável ao ponto de faze-la dormir. No dia seguinte a mesma teria que ir trabalhar e já sabia que teria apenas uma horinha de sono.

Já que o sono não vinha a mesma se liberou para pensar um pouco no seu paciente problema. O que ela faria para ajudá-lo? Se no primeiro dia de consulta a mesma teve que expulsa-lo da sala para evitar mais estresses. Teria que pensar em algo que mudasse aquela situação. Bella estava disposta a fazer qualquer coisa para conseguir a confiança de Edward.

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Edward estava sentado em uma cadeira de plastico esperando pelo seu dia de visitas. Sua mãe estava a caminho e se dizia louca para vê-lo, saber se Edward estava vivo e com todos os ossos nos seus devidos lugares. Mas tudo que Edward desejava era ir para a sua cela e dormir por alguns minutos, horas se possível dias. Sua noite anterior não foi nada calma. O mesmo tinha pesadelos a cada "cochilo" que dava. Se via sendo morto com um tiro no peito, e tudo que viu antes de apagar totalmente era o choro de sua mãe enquanto Kate gargalhava com uma arma na mão. A mesma havia voltado para vingar a morte.

Os malditos olhos verdes, como Edward dizia, não saiam de sua cabeça. Seus traços finos, delicados e bem desenhados pareciam um filme em sua cabeça. No fundo Edward se sentia mal por tratá-la daquela maneira, aquele é o trabalho dela não era? Porque ser tão rude? Ela esta apenas cumprindo o que a mandam, cuidar de loucos. Edward pensou enquanto brincava com seus dedos esperando sua visita chegar.

– Sua visita chegou Cullen. - Edward respirou fundo se portando na cadeira de plástico que estava quase quebrando pelo seu peso, e pela falta de força já que as "penas" que sustentavam a cadeira já haviam quebrado só que um gênio resolveu colá-las.

Esme atravessou a porta de ferro com um sacola branca nas mãos e sua cara de tristeza. Edward a olhou por alguns segundos, mas logo virando seu olhar para suas mãos. Era menos doloroso olhar para suas mãos brancas do que encarar sua mãe que o olhava como um pobre coitado. Esme sentou em outra cadeira de plástico em frente a Edward colocando a sacola em cima da mesma de madeira.

– Rose me pediu para trazer para você, já que ela não conseguiu me acompanhar. - Edward serrou os olhos. - Ontem foi o aniversário dela. - Esme falou tímida vendo claramente que o filho havia esquecido totalmente que o aniversário da irmã havia sido ontem. Edward arregalou os olhos, logo dando um sorriso torto lembrando.

– Mande parabéns para ela, que sinto muito não poder esta presente nesse momento. - Esme abaixou seu olhar, encarando suas pernas.

É uns pedaços de bolo. O que você sempre amou e que Rose também ama. - Esme ainda olhava para o chão.

– Oh, obrigada! - Edward sorriu torto. Iria comer algo que gostava para variar.

– Imagina! Ela pediu.. - Esme ainda olhava para suas pernas ou para o chão. Edward colocou a sacola em cima da mesa novamente. Se desafiou a olhar sua mãe pela primeira vez nos olhos, mas a mesma se negava olhá-lo. Aquilo foi como dar um soco em seu estomago. Sua mãe o negava, o julgava, o ignorava. Edward se sentiu sozinho naquele momento. Sua mãe que ele jurava ter pelo menos o sorriso, o brilho nos olhos, as palavras de força, ele via que não tinha mais. Sua mãe também o odiava, como todos ao seu redor.

– Obrigada do mesmo jeito. - Esme concordou ainda sem olhá-lo. - Porra dá pra olhar pra mim? Não precisa ter medo, não vou matar a minha mãe. - Esme o olhou assustada. Edward suspirou aliviado por poder dizer aquilo, estava com raiva da negação de Esme.

– Me desculpe, me desculpe... Eu..

– Só quero que me trate como sempre tratou, já não basta me ver aqui, quer me ignorar agora? Era preferível nem vim, não perder seu tempo vindo até aqui, assim ficaria livre da cara de todos vocês que só me ver se ferrando..

– O que esta falando? Todos te amam Edward, sentem sua falta, rezam pelo seu bem que você fique vivo.. Seu pai..

– Dane-se meu pai, ele morreu pra mim desde que resolveu me colocar nesse inferno, preferia ficar na cadeia do que ser tratado como um louco.

– Edward...

– O que veio fazer aqui? Um discurso a favor do doutor Cullen? Todos aqui já fazem questão de lembrar que sou o filho problemático do médico renomeado e preocupado com os filhos. Não precisa perder seu tempo.. - Esme como fazia a dias, apenas choro. Estava assustada com Edward, estava pela primeira vez com medo do próprio filho. Edward estava tão diferente aos olhos da mãe. Seu cabelo que antes era volumoso e completamente fora de ordem agora estava muito mais curto, mas não perdiam a bagunça costumeira. Seus olhos continham olheiras de dias sem dormir, sua roupa era sempre a mesma. Uma blusa branca, e uma calça jeans e seu all star surrado. Não poderia vestir outro tipo de roupa pois essa era roupa dos doentes. Edward estava claramente cansado e sem forças. Seus olhos imploravam ajuda, mais sua boca negava qualquer coisa que vinhesse para o seu bem.

– Pare de falar assim. Você não sabe o quanto é difícil voltar para casa e saber que você não esta lá..

– Agora olha para mim. - Edward falou apontando para si mesmo. Sua voz era embargada mais seus olhos vermelhos prendiam as lagrimas que imploravam para serem liberadas. - Você acha que estou bem? que estou em boas mãos? que estou recebendo cuidados exemplares? Olha para mim mãe.. - Alterou a voz. - Eu sou tratado como um louco, sou julgado por algo que não fiz. Tenho que medir cada movimento meu para não levar uma surra. Esculto gritos todas as noites, e quase todos os dias fico sabendo de doentes que se mataram ou enforcados ou simplesmente pediram para serem mortos porque preferem a morte do que aqui. Fico 24 horas por dia em uma cela apertada com dois seguranças a vigiando para que não fuja. Você realmente acha que só você esta sofrendo? - Esme chorava descontrolavelmente ao ouvir as palavras grossas e dolorosas de Edward. Esme nunca soube das condições em que Edward vivia ali, Carlisle sempre a poupou disso, sempre evitou que a mesma se culpasse por ter deixado seu filho ser colocado ali. Carlisle apenas evitava.

– Meu deus.. Edward.. - A voz de Esme era fraca, Edward negou com a cabeça levando e puxando sua mãe para um abraço apertado. A mesma se jogou nos braços do filho o abraçando com todas as suas forças. - Me desculpe, eu.. Eu não sabia como você vivia aqui, me desculpe meu filho, me desculpe..

– Quieta! - Edward ordenou aprofundando o abraço. Por um momento se sentiu tranquilo e bem, apenas precisava saber que ainda tinha a sua família com ele. Pelo menos sua mãe.


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