Um homem de porte mediano se aproximou. Carlisle depois de um tempo resolveu ir, estava com medo por ter deixado Esme sozinha.

– Olá! - O homem disse rudemente. Dei um meio sorriso o cumprimentando. O mesmo me olhou por alguns segundos até se pronunciar mais uma vez. - Vamos, tenho que te mostrar muitos lugares. - Concordei o seguindo.

Andávamos por um corredor estreito cercado nos dois lados por especies de celas. Muitos que estavam ali ainda dormiam. Até que Jasper para em frente a uma cela.

– Aqui será seu novo quarto. - Jasper empurrou o portão de ferro dando passagem para um comodo apertado. Com uma cama, um armário pequeno, uma mesa com alguns livros, e um pequeno banheiro no canto. - Sempre procuramos manter a cultura dos nossos pacientes. Essa é a explicação para os livros. Você raramente terá contato com o mundo tecnológico, assim evitara que você se dispersa do tratamento que receberá a partir de agora, então os livros é a melhor alternativa para que o tempo passe mais rápido para você. - Concordei com a cabeça sentando na cama. Minhas pernas doíam. Havíamos andado nos quatro prédios, até pararmos no terceiro onde ficaria. E tudo naquele lugar funcionava com inúmeros lances de escadas, sentia minha perna pesada pedindo por um momento de descanso. - Vou deixar você se acomodar.

– Brigada!

– Mas antes.. Preciso que saiba de algumas coisas. Coisas instruídas pelo manicômio e instruções minhas que sou médico aqui a mais de três anos. Primeiro, você será acompanhado por um psicologo ou psicologa e com eles você será obrigado a se abrir e contar o que passa pela sua cabeça, assim concluiremos se você precisa ou não de um tratamento mais firme. Agora vamos para o aviso próprio. - O mesmo se acomodou na cadeira de madeira em frente a cama, me olhando com pena. - Aqui existe regras, e para aqueles que não as conhecem acabam se deparando com elas da pior forma possível. Existem alguns pacientes que simplesmente foram diagnosticados com sérios problemas, e que tratamento algum irá reverter a situação que eles se encontram. Então os mesmo fizeram daqui o seu território onde você segue as regras deles, e se não segui, sofrerá as consequências da desobediência. Então se alguém lhe impor regras, as aceite e as siga. É um concelho que salvará sua pele.

– Porque esta me falando isso?

– Porque percebi que você é um rapaz muito novo, e que nunca passou por isso. Brigou em ruas mais ser internado em um lugar como este, nunca! Você é muito novo, e tenho certeza que sua cabeça funciona perfeitamente bem, então... Irei observá-lo. E quero mantê-lo vivo pelo menos por dois anos já que sua pena mínima aqui até ter provas concretas sobre você é quatro anos.

– Então..

– Então que li sua ficha e vi o que você foi acusado. Você não parece um assassino, e adoraria ajudá-lo a sair daqui, algum dia. - Jasper sorriu me fazendo serrar os olhos. O que ele pretendia? Ajudar um cara que nunca tinha visto na vida por livre e espontânea vontade? Algo de errado havia ali.

POV'BELLA

Estacionei o carro e sai do mesmo. Meus olhos mal abriam e a claridade me segava completamente. Odiava vim trabalhar nos sábados, e meu trabalho não era lá os dos melhores. Era apaixonada pela minha profissão, mais todos os dias estava completamente exposta a pessoas que nunca havia visto na vida e que estavam ali por crimes bárbaros. Meu maior desafio diário. Sair viva daqui no final do dia.

Sorri ao vê-lo vim na minha direção. Jacob andava lentamente e sorridente na minha direção. Seu jaleco grudado no corpo fazia qualquer mulher estremecer. Suspirei me aproximando. O mesmo me cercou em uma abraço apertado.

– Bom dia! - Jacob falou sedutor no meu ouvido. Senti minha pele queimar e um arrepio tomar conta. Gemi baixo, Jacob era a minha maior tentação.

– Bom dia! - Sorri me soltando do mesmo.

– Senhor Parker quer vê-la..

– A mim?

– Sim, tentei saber do que se tratava mais o mesmo manteve sigilo e não falou absolutamente nada. - Senhor Parker era o chefe dos quatro prédios e comandava em tudo. Todos tinham medo do mesmo pela sua postura dura e pelo fato de que ser chamada por Parker nunca era um bom sinal. Suspirei indo em direção a sua sala. O mesmo já estava a minha espera, respirei mais uma vez entrando na sala do mesmo.

– Bom dia! - Disse educadamente, o mesmo deu um meio sorriso gesticulando para que sentasse na cadeira de frente a sua enorme mesa de madeira de cor preta.

– Bom dia doutora Isabella. - Fiz uma careta ao ouvir "Isabella" era uma forma tão séria de se referir que me causava calafrios.

– Aconteceu algo senhor Parker? - Era claro meu nervosismo. O mesmo respirou fundo apoiando seus cotovelos na mesa levando suas mãos em punho fechados até sue queixo.

– Relaxe, não é nada demais, apenas um comunicado. - Sorri mais calma. - Bom hoje pela manhã um novo paciente deu entrada aqui no hospital. E você é a úncia psicologa que esta com vagas durante a tarde disponível. - Serrei os olhos, novo paciente?

– Não sabia da entrada desse novo paciente.

– A vinda dele foi meio conturbada pois tudo aconteceu muito rapidamente..

– Me fale mais sobre ele.. - Uma curiosidade sem tamanho surgiu.

– Bom ele é um rapaz de 19 anos, que foi acusado por um crime cruel que você irá saber quando receber a ficha criminal do mesmo. Mas o que lhe dizer é que ele não apresenta nenhum exame diagnosticando problemas mentais, ele apenas é um jovem com problemas de comportamento, mas vamos trabalhar em cima deste rapaz para garantir que ele não tenha mesmo nenhum problema que ameace a sociedade caso mais para frente ele ganhar a liberdade.

– Lógico, irei fazer o possível para diagnosticá-lo e ter um resultado concreto.

– Mas lhe adianto. Ele não é um rapaz fácil de ser lidado, é um rapaz de opiniões firmes e muito bem formadas, você terá que ser cautelosa se quiser conseguir algo deste rapaz. - Suspirei, amava desafios.

– Serei cautelosa porém não irei enrolar muito. Mais não se preocupe estudei anos para esse momento, lidar com pessoas complicadas. - Parker sorriu concordando com a cabeça.

– Sei que é uma profissional exemplar, isso será um trabalho tranquilo. Acredito na sua capacidade. - Sorri agradecida. O mesmo entregou uma pasta amarela com um nome enorme anotado na frente "Edward Cullen" Olhei mais alguns segundos para o nome. Que a batalha comece.