Protect me with your life escrita por Effy, Lana Alice Stile


Capítulo 6
Capítulo V — Another Love


Notas iniciais do capítulo

~LEIAM AS NOTAS FINAIS~



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Capítulo V

Point of view — 3° pessoa

''E eu cantaria uma canção, que seria apenas nossa

Mas eu cantei todas elas para outro coração

E eu quero chorar, eu quero aprender a amar

Mas todas as minhas lágrimas tem sido desperdiçadas.''

Tom Odell - Another Love

Ela sentiu o vento bater em seu rosto, fazendo cócegas. Os cabelos longos esvoaçantes a irritavam ao ponto de ter que colocá-los para trás a cada cinco minutos. Observava a belíssima paisagem que dava de encontro à Rússia. Lindo. Lembrou-se, então, das escapulidas secretas que dava quando mais jovem para observar cada detalhe daquele país. E nem mesmo quando era punida por causa dia, parou de fugir.

— Lindo, não? Mamãe costumava nos trazer aqui quando tínhamos oito anos— a voz de James soou. Mona virou-se, dando-lhe um leve sorriso.

— Ela amava a Rússia — meramente falou isso.

— Ela amava o mundo, Ramona. Amava cada pedacinho do céu, o vento, a terra, o Sol — ele falou com a voz amarga. Lembrava-se das parábolas que contava, enquanto suspirava.

— É uma pena que o mundo não a amou — Mona agora tinha uma voz ácida. Esperou um rosnado ou um puxão do irmão, que antes odiava o tom de voz da irmã ao falar da mãe. Mas, a única coisa que ouviu foi o som do vento que ainda bagunçava seus cabelos.

— Sim. É uma pena, não é mesmo? — Para sua surpresa, um murmúrio baixo foi ouvido do irmão.

Já tinha se passado semanas desde de tudo. A cada dia, James a surpreendia. Não que ela fosse idiota, é claro que não. Não confiava totalmente no irmão, não mais. Mas tudo parecia-lhe tão convidativo, que toda vez que o via, perdia a coragem de questioná-lo. Céus, ela era tão jovem! E ao olhar pra trás, parecia carregar cinquenta anos nas costas.

— Ramona...— Ela saiu de suas divagações com a voz do irmão.

— Sim?

— Eu queria saber... Eu queria saber como está Alisson.

Ela se retraiu, lembrando-se da amiga. Mesmo que ainda amasse o irmão, não gostava de suas perguntas sobre sua, talvez, ex-melhor amiga. Algo em seu consciente dizia para ela não contar-lhe absolutamente nada. E lembrava-se do quarto, as fotos.... Aquilo tinha que acabar.

— Eve está bem. E muito feliz, bem longe da Rússia — frisou o bem longe, trincando os dentes.

— Ei! Desculpe, mas vocês eram um tanto amigas. Tenho certeza que ela sente a sua falta, e você dela. E de seu filho também.

Ela congelou ao ouvir seu irmão falar de Thomas. Num tom pacífico, suave demais. Mesmo quando crianças, James nunca usava esse tom de voz. Ele sempre fora esquentadinho e explosivo demais, mesmo quando estava radiante. Era claro que já deveria pensando que James sabia de Thomas! Ele sempre sabia.

— Pare — rosnou, descontrolada. Sentiu a aproximação do irmão, que sussurrou em seu ouvido amavelmente.

Eu amaria conhecê-lo. Tão doce, tão inocente, como a mãe.

— Collins! — Eve gritou, histérica. — Collins!

O mafioso saiu correndo ao ouvir o berro de sua amada. A achou na sala de estar, sem Thomas e muito, muito brava.

— Eve, meu Deus! Se controla, mulher! — falou, assustado. Tentou aproximar-se, mas parou ao ver um dedo praticamente entrar dentro do seu olho.

— Me controlar? CONTROLAR? Como é que você quer que eu me controle, hein?! Como é que eu vou me controlar se aquela vadia está perto do meu filho?!

Ele arregalou os olhos, mas conseguiu pegar nos pulsos de Eve, puxando-a para si. Ele viu algo nos olhos que o lembrava uma leoa protegendo seu filhote com garras e dentes.

— O quê?! Me explica isso! Mas antes, respira! Você não pode ficar tão nervosa, o leite pode secar.

Ela parou abruptamente de se contorcer, sabendo que ele tinha razão. Odiaria a si mesma se não pudesse alimentar o seu filho, mas estava tão furiosa que sentia cada célula do seu corpo queimar em chamas.

— Tudo bem, tudo bem. Vamos sair daqui — falou fria, puxando-o para um local mais reservado, já que alguns seguranças e capangas olhavam a cena.

Quando pararam, ele a olhou questionador.

— Então, desembucha!

— Ah, eu não acredito em tamanha afronta, Collins! — Eve exclamou. — Acredita que a piranha da prima do Andy pegou o Thomas e colocou para dormir? Enquanto eu saía? Collins, eu não aguento mais. Odeio-a com todas as minhas forças, ela sabe que eu odeio quando chega perto do Alexander e ainda fica me provocando com aquela cara cheia de botox! Eu vou quebrar ela na porrada, ah se vou! — praticamente cuspiu as palavras, resfolegando.

Collins suspirou, nervoso.

— Eve, meu amor, acho que você já está implicando. Porque é todo maldito santo dia você reclama sobre Alessia! Olha, eu também não gosto dela, mas ela é superior à nós e mais: ela é prima do Andrew! Não podemos simplesmente expulsá-la, porque não mandamos em nada aqui. E qual problema em colocar o pequenino para dormir? Você acorda cansada todo maldito dia, porque passa a madrugada toda cuidando dele! Ninguém é de ferro, amor — falou, extremamente cansado enquanto via lágrimas aparecerem nos olhos de Eve.

— Desculpe, eu sei, mas é que eu simplesmente não suporto ela perto do meu filho! Não — balançou a cabeça freneticamente —, é demais para mim! Ela me odeia, não tá na cara? Todo dia ela mexe com alguma coisa minha, Collins. Fica falando mal do meu corpo, fuxicando com os empregados sobre como você é gostoso, brincando com o meu filho com aquela cara de cobra dela... Ela me humilhou na frente de todo mundo ontem no jantar e você não fez nada! Nada! — falou, exasperada.

— Eve... — ele falou, torturado.

— Eu não aguento mais! Não, não! Mona, ela não volta e ninguém me fala o que tá acontecendo com ela! O Andrew está ficando cada dia mais excluído, ele praticamente mora naquele maldito escritório. E você... Ah, você, não me dá atenção! Fica na cola do amigo o dia todo. enquanto eu cuido do Thomas.

— Desculpe, rousse. Desculpe se não lhe dou a devida atenção... Eu sinto tanto, estou fazendo você sofrer de novo, não é? — ele falou com um sorriso triste.

Como falar para ela que ele e Andy tinham suspeitas de que Mona estava morando com James? E que agora era chefe da máfia Rússia tanto quanto o irmão?

Já calma, Eve tocou seu rosto com delicadeza.

— Tá tudo bem, amor. Eu prometo ser mais compreensiva, eu estou surtando sem motivo algum. É que só... dói — falou.

— Eu sei, eu sei — ele afagou-lhe os cabelos, confortando-a. — Vai passar, sempre passa. O que acha de fazermos algo? Eu, você e Thomas? — tocou suas bochechas com carinho.

Ela lhe deu um sorriso encantador, que iluminou o seu dia cinza.

Da janela do escritório, Andrew observava tudo amargurado. Jogou o copo de uísque importado que bebia na parede, exasperado. Como queria que ali fosse Mona e ele ali, confortando-a e amando-a. Por que tudo sempre dava errado para ele? Por que não podia ser... feliz?

— Apronte-se e fique magnífica, temos um jantar de negócios — James a deixou na porta de seu quarto, sorrindo-lhe caloroso.

Ela forçou um sorriso.

— Eu estarei pronta às 20:00 horas — falou num tom baixo. — Tchau! — fechou a porta num clique silencioso.

Ela tremia levemente, lembrando-se de sua primeira missão na Itália. Mas odiou-se por lembrar daquilo, depois sempre vinha o choro e a fraqueza. Ela odiava ser fraca.

Encostou-se na porta, deslizando até ficar numa posição fetal, sentada no chão. Lágrimas vieram-lhe aos olhos e o logo o choro baixo chegou.

A menina corria animadíssima, enquanto gargalhava. Eve a seguia, enquanto brincavam no jardim da enorme mansão de pique pega. Sua mãe tinha permitido a brincadeira, mas logo avisou que não queria a filha suja. Porém, sabia muito bem que se o pai chegasse a visse brincando e — consequentemente —, sujando-se ficaria extremamente furioso com a mãe a provavelmente ele a arrastaria para o quarto. Ela não gostava de quando isso acontecia, mesmo não sabendo o que acontecia dentro daquele quarto escuro.

— Ai, Mona! Espera, você corre muito rápido. Meus sapatos estão sujos por causa da lama! — Eve gritou, rindo.

Mona parou de correr, esperando a amiga que corria bem atrás. Eve tinha os sapatos antes perfeitamente brancos, cheios de lama. Porém, seu vestido rosa de lacinhos não estava sujo, não como o vestido azul dela.

— Eve, deixa de ser tão lenta — a menina revirou os olhos azuis que faziam um belo contraste com seu vestido.

— Você que é rápida demais! E a sua mãe disse que não era nós nos sujarmos — Eve chegou ao seu lado, tentando sem sucesso limpar o sapato, já que nem meso triscava os dedos. Tinha medo de suas unhas ficaram sujas, já que tinha pintado junto com Mona as suas unhas ontem.

— É, eu acho melhor a gente ir se limpar... — Mona foi cortada com um berro.

RAMONA! — Tremeu ao ouvir a voz grave e brava do pai, que caminhava em sua direção furioso.

— Oh! — ofegou, assustada.

— Sua menina insolente! — segurou seus braços com força. — Está toda suja!

Ela tinha lágrimas nos olhos.

— Eu posso explicar... — tentou falar, mas soltou um berro de dor ao sentir sua face queimar com o forte tapa que o pai lhe deu.

— Pai! — ouviu-se um grito exasperado. Ela viu num borrão a figura do irmão, extremamente surpreso.

— Liev James! Olhe como sua irmã está! Imunda! Eu não acredito que sua mãe deixou ela brincar de novo... — o homem rosnava.

— Não, pai. Ela não estava brincando! — o irmão falou, desesperado. — Eu juro! Me desculpe, mas estava a cavalgar e acabei sujando ela e Alisson de lama. Desculpe! — o menino pedia.

O homem parou, com os olho cerrados.

— Tem certeza, Liev? Não está mentindo para salvar a pele de sua irmã bastarda e sua amiguinha idiota, está? — perguntou.

— Não! — exclamou o garoto.

— Se isso realmente aconteceu, eu estou proibindo-lhe de cavalgar por um mês! Estamos entendidos?! — o homem falou, soltando o braço da garota com força.

— Sim, prometo que isso nunca se repetirá! — o garoto prometeu, baixando os olhos.

Sentiu seu corpo tremer ao lembra-se que uma semana depois, seu irmão apareceu com vários hematomas no corpo e não conseguia nem levantar da cama. Tinha sido espancado pelo pai. E depois desse dia, o irmão nunca mais foi o mesmo.

James andou discretamente três longos corredores com animação. Olhou para os lados, verificando se algum empregado não estava andando por ali. Sorriu verdadeiramente ao encarar a porta vermelha que informava ser o depósito. Riu debochado, enquanto entrava e tranca a aporta.

Desceu as escadas de madeira velha com cuidado, tentando não fazer nenhum barulhinho. Sua animação era crescente, fazia semanas que não vinha! Além de cuidar dos negócios, ainda tinha a irmã para vigiar.

Parou de frente à tudo, com um sorriso imenso. Respirou profundamente, sentindo o cheiro. Ele observou clinicamente o quarto com as quatro paredes com imensos murais. Murais estes cheios de fotos... Lindas fotos, de anos e até mesmo do nascimento de sua garota.

Uma mesa um pouco velha continuava ali, cheio de cópias de arquivos importantes; certidões de nascimento e documentos. Milhares deles.

Encarou uma foto no centro do mural principal. Uma foto diferente, a única digna de acompanhar as outras fotos. Um garotinho sorria contente, enquanto agarrava os cabelos ruivos da mãe. Era incrível como o seu corpo mesmo depois da gravidez continuava escultural. Seu foco voltou para o garotinho ruivo...

Como aquele garotinho poderia ser seu filho! Tão lindo... E ele queria um igualzinho, mas não com qualquer uma. Ele queria com ela, sua Alisson. Ele poderia ser o pai daquela criança; o ensinaria a ser um verdadeiro mafioso e ainda ganharia de brinde a mulher mais bonita que já viu!

E ele conseguiria isso. Só precisa de uma oportunidade. E a sua estava somente à metros de distância, trancada num quarto totalmente à mercê.


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Notas finais do capítulo

HUHSUSHUSHSUSHSU Bem, voltando... OIIIIII! *------------*
Primeiramente: OBRIGADA À SRTA. IDIOTA POR RECOMENDAR A NOSSA FIC! VOCÊ É UMA DIVA, E PODE APOSTAR QUE NÃO IRÁ SE ARREPENDER DE RECOMENDAR ESSA ESTÓRIA. Darei o meu melhor para você; para todos!
E AÍ??? CAPÍTULO GRANDINHO, NÃO?! POis é! Eu escrevo pra caramba, principalmente quando eu estou motivada!
HAHAHA, QUEM ACHOU ESSE CAPÍTULO SURPREENDENTE LEVANTA A MÃO! E QUEM GOSTOU DA MÚSICA, LEVANTA A MÃO?
QUEMA AMA A EVE E O COLLINS, HEIN? GENTE, RELAXEM! O CASAL ANDY É COMPLICADO, mas quando eles estiverem finalmente juntos, o foco Eve & Collins irá diminuir bastante, para dar foco ao casal principal. Vocês não se arrepender com a espera, eu juro!
Bem, a pergunta era: James é confiável? Eu simplesmente gosto e não gosto do James, é incrível... Obviamente ele tem grandes problemas psicológicos e essas coisas, então peguem leve. E outra: no começo, James só era um garotinho que apanhou MUITO do pai e acabou guardando mágoas. E acreditem ou não, mas James sofreu nas mãos do pai mais que a Ramona.
ALESSIA É REALMENTE UMA VACA! MAS LEMBREM-SE: AS APARÊNCIAS ENGANAM agora vocês precisam descobrir o que isso significa, porque eu não vou falar!~
REVIEWS SÃO MEU COMBUSTÍVEL E RECOMENDAÇÕES TAMBÉM!
HAHA, ME FAÇAM FELIZ!
ATÉ A PRÓXIMA...
Xoxo, VIC.



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