Super-Heróis? escrita por soyrebelde


Capítulo 3
Situações


Notas iniciais do capítulo

OOI, primeiramente queria agradecer por todos os comentários e incentivos para eu continuar a escrever. Esse capítulo tá meio chatinho e tals, mas eu espero que o próximo esteja melhor. Boa leitura!



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POV Daniel

Ignorei aquela carta, mas pela cara, os outros não. Disse para irem dormir que amanhã conversaríamos sobre isso e assim todos foram repousar. Só tivemos uma missão no dia e podíamos descansar, isso era ótimo. Porém a qualquer momento podiam nos chamar para mais uma missão.

Não me preocupei com isso. Fiquei pensando nela, na noite que tivemos, no selinho. Juro que não aguentava. Minha vontade era de ir no apê das meninas, que ficava no térreo, e vê-la. Sentir seu perfume e beijá-la até o amanhecer. Me limitei em ir até a geladeira e beber um pouco de leite.

Desci as escadas e por poucos minutos fiquei na porta, com a esperança de que ela saísse. Nunca pensei que sentiria isso e meu Deus, foi algo tão de repente e aos poucos vai ganhando uma intensidade. Na verdade não foi de repente, eu apenas estava oprimindo o que eu sentia.

Voltei e pro apê e fui pro quarto. Peguei o celular e o fone para ouvir umas músicas. Meu celular não tinha quase nenhuma música. Tinha umas do Big Sean que a Maria Joaquina tinha me passado. Comecei a ouvir até pegar no sono.


Narrador em 3ª pessoa

Amanheceu e no apê das meninas a conversa girava em torno do Davi e da Valéria e da Alícia com o Jorge.

– Quero detalhes Alícia. - falou Carmen rindo.

– A gente apenas ficou, só isso. - ela respondeu.

– Quer dizer que não é nada sério? - Perguntou Maria Joaquina. - Pensei que ia dar namoro.

– Pensou errado. O Jorge é legal, mas vocês sabem de quem eu realmente gosto. - respondeu Alícia. - E você Valéria? Pelo visto a noite foi longa. Você e o Davi saíram tão apressados da lanchonete que nem se despediram.

– Não gosto de ficar falando das minhas intimidades, mas foi maravilhoso. - respondeu Valéria rindo.

Daniel tocou a campainha e Maria Joaquina atendeu:

– Oi Daniel, você quer falar com alguém? - ela perguntou.

– Sim, preciso que todas vocês subam lá no nosso apê pra nós conversarmos.

– Ok, é algo sério?

– Quando todas estiveram lá eu falo.

– Tá, eu vou avisar.

– Ei! – ele segurou o braço dela. - Nós precisamos conversar.

Ela apenas assentiu e fez um sinal de depois. Em dez minutos todos estavam reunidos na sala e Daniel mostrou a carta anônima. Todos ficaram surpresos e começaram a falar. Falavam ao mesmo tempo e não dava pra entender nada, nem ninguém. Jaime teve que intervir aos gritos.

– Dá pra calarem a boca e falar um de cada vez? Essas mulheres!

Sua fala era idêntica a quando ele se referia as mulheres quando menor. Afinal, tem coisas que nunca mudam. Continuaram a discutir o assunto:

– Só pode ser um desses vilões que nós já enfrentamos. - disse Maria Joaquina. - Um ou mais, vocês perceberam que ontem só tivemos uma missão? Isso é muito estranho!

– Pois é, mas o que eles podem fazer? Nós sempre vamos vencê-los, mesmo que tenhamos que lutar muito. - retrucou Alícia.

– Nós deveríamos ir na polícia para avisar.

– Ir na polícia pra que Daniel? A delegacia daqui e nada são a mesma coisa. - falou Jaime.

– Mas mesmo assim ela é a delegada Jaime e temos que comunicar tudo a ela. – Daniel respondeu.

Fomos até a delegacia e a delegada estava fazendo o mesmo de sempre: nada além de gritar com a Matilde e o Jurandir e não sei como eles aguentaram por todo esse tempo. Falamos a ela sobre a carta e ela ironicamente falou:

– E o que vocês querem que eu faça? Eu sou delegada não guarda-costas de vocês.

– Só viemos pra avisar mesmo, dessa você não vai ser a última a saber o que anda acontecendo, como de costume. – Valéria disse e todos controlaram a risada.


POV Daniel

Voltamos pro apê e eu chamei a Maria Joaquina para conversarmos. Ela recusou de início, mas acabou aceitando. Fomos a uma parte mais isolada da praia, onde tinham poucas pessoas.

Ficamos olhando pra água por alguns segundos. Sua companhia era o suficiente pra eu me sentir bem. Acho que não dá mais pra negar que eu a amo, já fiz isso por muito tempo. Porém, como você chega na melhor amiga e diz que a ama de uma outra maneira?

– Então, me diz o que você quer conversar comigo. – ela falou depois desse tempo em silêncio.

– Sobre ontem, eu queria pedir desculpas. Eu não quero que fique um clima estranho entre nós. - na verdade não era isso o que eu queria falar, mas foi o que saiu. - Você me desculpa?

– Olha Daniel, eu estranhei muito a sua atitude, mas parei pra pensar e compreendi que foi apenas um instinto de alguém confuso. Vamos apenas esquecer isso, okay?

– Claro, vamos entrar na água? – perguntei.

– Eu não quero me molhar e acho que a água está bastante gelada.

– Mas você vai entrar sim.

Me levantei e a coloquei em meu ombro. Majo se debatia me dando socos nas costas, mas eu ignorava. Só a soltei quando entrei na água e ela me abraçou porque realmente estava fria.

Quando nossos corpos se acostumaram com a temperatura, ficamos jogando água um no outro como duas crianças. Foi muito divertido. Falei a ela que dormi ouvindo Big Sean e que as músicas dele eram legais. Ela riu e eu ri junto. Voltamos pro apê porque a qualquer momento poderia surgir uma nova missão.


Uma semana depois

POV Majo

Tivemos alguma missões bestas durante a semana e não conseguimos descobrir quem havia enviado a carta anônima. Carmen e Alícia tomavam café e conversavam animada. Eu estava com o pensamento longe e só despertei do transe quando Valéria se sentiu mal e saiu correndo da cozinha. Fui falar com ela.

– O que houve? Você está bem?

– Sim, Majo, foi só um enjoo.

Fiquei martelando uma ideia na cabeça. Esse não era o primeiro enjoo que Valéria teve nesses dias. Ou ela comeu algo que a fez mal, ou... Assenti para ela e fui vestir adequada para sair. Fui até uma farmácia próxima do apartamento e comprei um teste de gravidez.

Quando voltei, entreguei a Valéria que ficou me olhando sem entender.

– O que é isso Maria Joaquina?

– Teste de gravidez.

– O quê? Você está achando que eu estou grávida? Foi só um enjoo.

– Não custa nada você fazer.

– Eu não vou fazer isso.

Davi tocou a campainha do apê das meninas e Carmen atendeu. Ele perguntou pela Valéria que ouviu a voz dele e foi correndo vê-lo. Como sabia que a única pessoa que poderia convencê-la a fazer o teste era o Davi, não hesitei em contar minhas suspeitas.

– Davi, a Valéria pode estar grávida.


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo, obrigado a quem favoritou a fanfic e a quem está acompanhando. Até o próximo.