Diário de Bordo escrita por Lady Bellemare


Capítulo 4
Avatar: The Last Airbender - Oblivion - Zutara 1/2


Notas iniciais do capítulo

Olá Zutarians!! Há quanto tempo! Nem acredito que O Diário de Bordo chegou a 10 acompanhamentos, 5 favoritos e 450 visualizações sem eu postar mais nada em quase um ano! O_o o que eu fiz para merecer tudo isso? Não que eu esteja reclamando!
Anyway, muito obrigada a todos que leram, comentaram, acompanharam, e favoritaram! Adoro vocês, seu lindos *imagine emoticon de coração aqui*
Como sempre, sinopse e trecho de música para a oneshot-que-não-é-oneshot-porque-tem-duas-partes:
**Sinopse: AU. Katara é resgatada do mar quando criança por um grupo de rebeldes do Reino da Terra. Quando descobrem sua habilidade com a água, ela se torna a última esperança de seus salvadores. Ela é treinada para se tornar a melhor guerreira, a melhor arma.
E seu dever é matar o Senhor do Fogo Zuko.

Come as you are, as you were,
As I want you to be
As a friend, as a friend, as an old enemy.
— Come As You Are, Nirvana
(Venha como você é, como você era,
Como eu quero que você seja
Como um amigo, como um amigo, como um velho inimigo.)

Sem mais delongas, vamos para a leitura! Comentários sobre a história nas notas finais :3



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Oblivion

substantivo

1. O estado de ser completamente esquecido, desconhecido;

2. O estado de esquecimento ou de ser esquecido;

3. O ato ou processo de extinção; completa aniquilação ou extinção;

4. Arcaico. Perdão oficial ou esquecimento (propositalmente) de ofensas, infrações; perdão; anistia.*



— Como o Senhor do Fogo anterior morreu? — Katara percebeu o erro de sua pergunta assim que ela saiu de seus lábios, e a vergonha fez com que ela abaixasse o olhar para a própria refeição.

Francamente, o que ela estava pensando? Por Tu**! Ela tinha que abrir aquela enorme boca dela! Qualquer cidadão da Nação do Fogo saberia como o próprio rei morreu (ela não ligava para o título que o povo do fogo preferia – um rei é um rei, não importa o nome).

A morena estava tão perdida em pensamentos, castigando a si mesma pela sua falta de atenção, que mal percebeu que seu companheiro estava falando. O garoto, exasperado por ter sua resposta ignorada daquela forma depois de receber a pergunta, estalou os dedos na frente do rosto da garota de olhos do oceano, trazendo sua atenção de volta para ele.

— Se você quer fazer uma pergunta pelo menos ouça a resposta! — resmungou o rapaz, entortando a boca enquanto voltava a enfiar colherada atrás de colherada do alimento não identificável garganta abaixo.

Katara suspirou.

— Desculpe, Kuzon. O que você disse?

Apesar do pedido afável da garota, o rapaz de olhos dourados resolutamente não abriu a boca – para responder, é claro, já que continuava a comer seu... seja lá o que for aquilo.

Antes que a morena pudesse protestar e uma discução tomar lugar na mesa de refeições, uma terceira pessoa interropeu. A garota de olhos cinzentos grandes e redondos olhava de um companheiro para o outro, apenas assistindo o desenrolar da trama, mas decidira interferir quando percebeu que a situação estava para piorar.

— Ele foi assassinado — ela esclareceu em seu tom meigo, o que de certa forma era mais assustador do que se tivesse dito com raiva.

Isso atraiu a atenção da jovem dos olhos anis.

— Como? — questionou, curiosa.

— Para alguém da Nação do Fogo você sabe muito pouco sobre a própria história — se intrometeu o rapaz, decidindo que aquele era um bom momento para se pronunciar.

Katara enrolou uma mecha de cabelo em seu dedo indicador, sentido seu corpo gelar. Seu olhar vagou de um colega para o outro, sem saber ao certo o que dizer – mais uma vez, um erro. Ela realmente não sabia como esperava chegar a algum lugar daquela forma: seria pega antes que chegasse a dez metros de distância do Senhor do Fogo.

Para sua alegria, ela foi salva pela outra garota, que apertou os lábios formando um beicinho e franziu as sobrancelhas, mirando Kuzon com um olhar tão indignado quanto o de uma criança de dez anos consegue fazer.

— Ela veio das colonias, Zon! Eles não recebem uma educação tão boa quanto a nossa! — só depois de falar a garota se deu conta de suas palavras. Foi a vez dela de então agarrar seu rabo-de-cavalo trançado e enrolá-lo em um dedo nervosamente. — Sem ofensas, Kat.

A garota em questão sorriu fracamente, mais aliviada do que ofendida.

— Tudo bem, Ty Lee. Essa é a verdade, afinal.

Ty Lee sorriu para ela alegremente, voltando a comer sua refeição como se fosse um banquete feito pelos cozinheros reais.

Katara voltou a abaixar o olhar para o próprio alimento, mexendo a colher dentro da cuia distraidamente. Sua mente voltou-se para a questão que tinha começado toda a comoção, e ela contemplou a resposta que recebera.

O Senhor do Fogo Ozai subira ao trono após o envenenamento de seu pai, um assassinato cercado por tantos mistérios que era famoso em todas as nações. Os boatos contavam que Ozai usou o amor de sua mulher pelo filho para fazê-la assassinar o pai dele antes de fazer a própria desaparecer – banida, era o que diziam. Parecia apenas certo que o homem que subiu ao trono através de veneno e tramas covardes caisse do trono pelo mesmo motivo.

Mas por alguma razão, Katara não conseguia imaginar o Senhor do Fogo Zuko sofrendo o mesmo destivo.

Ela franziu o cenho, encarando a própria colher. Por que motivo sentiria isso? Desistiu dessa linha de pensamento alguns segundos depois, com um dar de ombros.

Apenas não parecia certo, concluiu ela. Zuko era tão forte, decidido e feroz que algo tão simples e covarde quanto veneno não seria capaz de derrubá-lo.

Realmente, isso só tornava o trabalho dela mais difícil.



Lady Bellemare 05/02/2015


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Notas finais do capítulo

*Traduzido livremente de dictionary.com.
**Tu Di Gong, deus chines do elemento terra. Como as Tribos da Água têm Tui e La e o Nação do Fogo tem Agni, tomei a liberdade de adotar Tu Di Gong, ou só Tu, como espírito do Reino da Terra, pois até onde eu vi não há um oficial.

Hey!! *desvia de objeto pesado* ei, calma lá, eu sei que não teve Zutara interagindo nesse oneshot, mas terá na continuação! Apenas tenham paciência ;) Devo postá-la amanhã ou depois, se tudo der certo.
Bem, a ideia da Katara indo até a Nação do Fogo como uma assassina para matar o Zuko não queria sair da minha mente, então eu enfim decidi escrevê-la. Essa seria a Katara conversando com seus dois amigos e companheiros de quarto no refeitório após se matarem de tanto treinar de manhã.
Na minha ideia, ela só teria se encontrado com o Zuko uma vez até então, e eles nem chegaram a conversar: ele participou do teste dela para decidir se ela era apta a entrar para a Guarda Real (assim como com todos os outros candidatos). É claro que ela passou!
Enfim, há mais na história, mas é muita coisa para eu contar numa nota final. Dá para fazer uma fanfic com isso (hmm, ainda estou cogitando essa hipótese).
De qualquer forma, espero que tenham gostando. Nos vemos logo logo no próximo round!
xxxx

PS: Do jeito que vai indo, acho que vou mudar a sinopse e colocar que será tudo Zutara, porque né...
Esse ship parece ser o único que me motiva a escrever oneshots, queisso.



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