A Turma M escrita por Jhlia


Capítulo 2
Capítulo II - Segunda-feira com prova


Notas iniciais do capítulo

Bem, agora vamos poder conhecer mais gente... Espero que gostem ^^



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Os quatro atravessaram a rua. Passaram em frente a algumas lojas que acordavam com a luz do sol que iluminava as suas fachadas. Eles moravam bem perto da escola que, andando, não dava mais de dez minutos. O Colégio era um conjunto de três prédios dispostos em “L” cercados por um muro vermelho. Na entrada, acima do enorme portão de grades brancas, havia uma enorme placa como um outdoor onde se lia: Colégio Augusto Limoeiro. Tinha alunos desde o Fundamental II ao Ensino Médio. Eram várias turmas. Apenas do segundo ano eram treze – até o “M”. O Colégio Limoeiro era reconhecido, sobretudo pelas ótimas colocações que sempre recebia durante os jogos estudantis municipais.

Na entrada, formando pequenos grupos de quatro ou cinco pessoas, estavam alguns alunos que aproveitavam alguns minutos antes do toque. Magali, Mônica, Cascão e Cebola avistaram alguns dos seus amigos e aceleraram o passo em direção a eles. Encostados na parede estavam Marina e o Thiago (ou Titi, como eles chamavam).

— Bom dia! — Disse Marina que abraçou Mônica e Magali — Oi! — Ela disse olhando para Cascão e Cebola.

— E aí Titi, Estudou? — Interrogou Cascão pousando a mochila no chão.

— Eu não. Mas vou dar uma lidinha antes da prova começar.

— Acho que não deve ser difícil. Na verdade era só decorar as regras e tal... — Opinou Marina.

— Também acho. Era só ter prestado atenção nas aulas. — Mônica disse e Cascão começou a rir.

— Se ferrou Titi! — Cascão debochou.

— Nem vem Cascão! A Aninha vai passar cola pra mim. Pior tá você!

— Toma! — Cebola falou e cascão o empurrou com o ombro.

— Olha lá o Do Contra! Bora falar com ele!

Titi, Cascão e Cebola foram em direção a uma mercearia do outro lado da rua.

— E aí, novidades? — Marina se recostou na parede.

— Adivinha quem tá empregada?

— Não brinca? Sério?! Que bom Magá! E onde?

— Minha mãe achou um emprego na Padaria Quim. Sabe? A que fica na esquina da casa da Denise?

— Sei, sei! Bom, agora eu também preciso arranjar um. Só que eu não faço ideia de onde. Mô, e como você anda com a sua mãe no jornal?

— Eu basicamente sirvo café... Uma vez ou outra ela me deixa fazer alguma coisa de diferente. Mas já dá pra ter uma noção de como é jornalismo. É bastante corrido, sabe?

— Então vai escolher esse mesmo?

— Aham. Acho que eu me daria bem. Eu consigo me imaginar fazendo matérias, pesquisas... Acho que vai dar certo!

— Também acho Mô. Você é boa para textos, tem uma mente aberta... Acho que vai longe.

— Tomara!

O sinal tocou e as meninas se dirigiram para a sala que ficava no segundo pavilhão. Quando chegaram, a professora Carla já estava sentada em sua mesa organizando algumas folhas. A sala tinham vinte e cinco cadeiras dispostas em cinco filas. Mônica entrou na sala e se sentou na penúltima fila, seguida de Magali que sentou atrás. A Marina sentou do lado seguida da Aninha, que logo chegou. Os alunos foram chegando e se acomodando nos seus lugares: Denise, Xaveco, Nimbus, Jeremias, Do Contra e Ângelo. Raramente alguém trocava de lugar permanecendo sempre o mesmo. Cascão chegou junto com o Titi e o Cebola e se sentaram no fundo das duas filas das meninas. Dez minutos depois e a sala já estava cheia.

— Bem. Vamos começar. Vocês têm quarenta e cinco minutos. E eu não quero nada em cima das mesas!

— Como eu vou escrever então Dona Carla?

— Engraçadinho você, né Felipe? — Ela disse para o Cascão

— Se a senhora diz...

— Bom deixa eu explicar melhor, nada além de caneta, lápis e borracha. Entendeu agora senhor Felipe?

— Sim, senhora professora.

A professora então começou a distribuir as folhas entre as carteiras. E quando terminou foi ao quadro e escreveu a data.

— Aninha... psiu... Aninha...

Aninha se virou para trás e Titi cochichou

— Questão um...

— Perdeu alguma coisa na mesa da Ana, senhor Thiago?

— Não senhora professora!

— Só as respostas!

Titi olhou com raiva para Cascão.

— Eu não quero saber de cola alguma. Entenderam?

A professora pode ter não se dado conta, mas neste momento o Jeremias apreensivo amassou um pequeno pedaço de papel e colocou de volta no seu bolso.

Quarenta minutos depois e grande parte dos alunos já haviam terminando a prova então o burburinho na sala começou.

— Silêncio! — Professora Carla se levantou e olhou o mais rápido que pôde para cada carteira. — Enquanto vocês estiverem com a prova sobre a carteira eu não quero saber de barulho.

— Posso entregar então, professora?

— Só se quiser um zero, Thiago.

— Se tiver o número um na frente... — Titi falou entre os dentes.

— Eu vou passar recolhendo. Não precisa ninguém se levantar.

E assim ela fez. Pegou todas as provas que estavam viradas em cima das carteiras e as colocou sobre a sua mesa.

— Podem sair. — Ouviu-se um rangido no fundo da sala — Sem... barulho!

E cinco minutos depois só havia três pessoas na sala.

⇠△⇢

No intervalo que se seguiu estavam os jovens debaixo de uma árvore que ficava atrás do pavilhão três e do lado da quadra. Alguns, sentados no banco de cimento, lanchavam enquanto outros estavam em pé diante deles. Todos discutiam um tema em comum: A prova de Inglês.

— Eu pensei que era a “B”! Eu vi! A Aninha tinha colocado o segundo!

— Mas a minha era a versão dois, Titi. — Aninha disse com um leve sorriso no rosto.

— Não acredito! Você me fez errar! — Cascão deu um empurrão em Titi.

— Copiou porque quis... Senhor Felipe. — Disse Titi e Magali riu

— É mesmo: Senhor Felipe e Senhor Thiago! Cara, parece até empresários!

Humpf. Parece até que estudam!

— Aliás, você foi bem na prova... Senhora Mônica?

— Muito bem, obrigada. Tô te falando, é só ter prestado atenção nas aulas e não precisava nem ter revisado em casa.

— hum... Não.

— Cascão, até jogador de futebol precisa saber falar inglês.

— Relaxa senhora Mônica, eu vou pagar um cara só pra falar inglês por mim...

— Tô pagando pra ver...

O sinal tocou e eles foram para a aula de história com o professor Falconi e depois para a de Matemática com a professora Ana Paula. Deu o toque de saída e os alunos arrumaram as mochilas e saíram da sala mais rápido do que um físico seria capaz de acreditar. Nos corredores um tumulto ia em direção à saída e por um momento aquilo mais parecia um rebanho de gados. Sofreria aquele que tentasse remar contra a maré. Se você esqueceu algo na sala a coisa mais sensata a se fazer era voltar outra hora.

Mônica e Magali, já do lado de fora, se despediram da Marina e Aninha e começaram a viagem de volta pra casa.

— Cadê os meninos? — Perguntou Mônica olhando para Magali.

— Eu sei que o Cascão foi ver se conseguia falar com a Cátia agora na saída. Agora, o Cebola, eu não sei. Deve ter ido ao comércio comprar alguma coisa, acho.

— Deve ser... E vem cá, vai trabalhar hoje?

— Aham. Tô tão animada! Um pouco nervosa, é verdade. Mas acho que vou me sair bem...

— Tenho certeza disso. Quer que depois eu passe por lá pra te ver?

— Acho que não precisa não Mô. Valeu!

— Por nada. E você vai ficar no caixa, né?

— É. Apesar de que eu não sei mexer naquela coisa. — Magali riu.

— Não deve ser tão difícil.

Elas andaram sobe o sol quente de meio dia tentando ao máximo irem pela sombra. Entraram no condomínio e subiram as escadas. No terceiro andar Magali ficou. Mônica continuou e foi para quarto. Atravessou o corredor, agora mais iluminado que na manhã, entrou em sua casa e fechou a porta.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Comentem ^^
Nos vemos no capítulo três!



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