Undersclose desires escrita por DaneSouza


Capítulo 33
Cap33 - All by myself


Notas iniciais do capítulo

Hihi oie(⌒_⌒;) então tô pensando em postar um por semana será que rola? Vejo vocês nas notas finais bjooos
(^ω^)



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O plano era simples, minha mãe passou os detalhes da viagem dela, vai passar duas semanas fora, sairá amanhã à tarde e deve chegar no destino umas duas horas depois. O primeiro passo era, na verdade, entregar para Peter o plano todo e esperar ele agir, Peter é "boca de balde", mas é desatento vai deixar escapar só superficialmente, só o que eu quero que saibam.
Fui na cozinha, catei duas garrafas de Budweiser que estavam no fundo da geladeira, peguei o telefone e dei o primeiro passo:
– Alô.
– Oi Pete! Tá afim de me encontrar na árvore agora não?
– Ah agora? Tô meio enrolado sabe?
– Po entendo, é que eu queria te contar uma coisa...
– Pensando bem acho que dá sim! Tô indo pra lá.
– Já é.
E desliguei, Peter era realmente muito fofoqueiro e isso fez eu conseguir rir um pouco.
Não sabia direito o porquê de eu estar fazendo isso, não era bem só para provocar o Gabriel, na verdade era, mas não pra ele ficar com ciúme, além disso, era pra ele engolir tudo que disse. Eu ainda o ouvia falando aquelas coisas pra mim, o ódio na voz e nos olhos, aqueles olhos! Eu não queria que o que ele tinha me dito me machucasse tanto, eu não queria que ele tivesse tanto poder sobre mim, isso me revoltava, estressava chegava a tirar o ar. Estava sentindo uma raiva tão intensa, mas ao mesmo tempo uma tristeza tão profunda.
Estava encarando a cerca do quintal enquanto tinha esses pensamentos até que vi Peter chegando, peguei as cervejas e subi as escadas, ia pra casa da árvore por lá. Comecei a pular a janela, levantei a cabeça por um momento e peguei Gabriel espiando. Ficamos paralizados, nos encarando, naquele momento eu percebi, não consigo odiá-lo, ele olhava bem fundo nos meus olhos parecia conseguir ver a minha alma, me senti até um pouco violado, queria simplesmente voltar pra casa dele me desculpar jogando ele na cama e o fazendo se arrepender de ter brigado comigo.
Estava com medo que ele estivesse realmente lendo meus pensamentos então desviei o olhar ele fez o mesmo e se escondeu atrás das cortinas, ele não queria ter sido visto, tarde demais.
Cheguei na árvore e Peter já estava lá, revirando meus suprimentos, tossi para chamar atenção, ele olhou para mim e me cumprimentou:
– E aí?
– Tá procurando o quê?
– Doce.
– Ah olha mais pra esquerda. Não sei se Gabriel andou assaltando a dispensa, você sabe né ele é louco por doces.
Peter não foi procurar no canto esquerdo, ao invés disso ele se sentou de frente para mim e cruzou as pernas como uma criança do jardim de infância na hora da historinha:
– Fê, o que aconteceu?
Fiquei até desconsertado, surpreso até. Eu devia ter falado num tom bem sofrido pra ele perceber que era alguma coisa assim, ele tinha falado num tom doce e caridoso, me chamou pelo apelido "de mãe" e os olhos mostravam muita compaixão.
Passei a mão na nuca que tinha começado a formigar, comecei a tirar o suéter pois estava ficando calor, sequei o suor das mãos e comecei a contar o que houve. Peter se esforçava pra prestar atenção, ele tem déficit de atenção então ficar parado e ouvir é um grande desafio para ele, mas eu estava contando exatamente com isso, ele ia cuidar de espalhar a "fofoca" pela metade e deixar a imaginação do colégio preencher as lacunas:
– Poxa Fê, se você quiser eu te ajudo com Gabe.
– Não Pete, sério, vou deixar assim nossa amizade já apanhou de mais por conta dessa confusão toda, deixa estar... - Falei me segurando para não chorar e mostrar o quanto eu queria Gabe de volta.
– Você é quem sabe. O que vai fazer agora?
– Simples, não vou me deixar abater, tenho provas chegando, faculdades para contactar e uma vida social para organizar.
– Eita! Isso quer dizer que você já...
– NÃO!! Você é louco é? Vou "voltar para a pista" sim, mas ainda nem sai de casa direito, acabou de acontecer, só falei com você até agora!
– Olha Fê, eu sou muito seu amigo, você é até bonitinho e tals, mas...
– CALA A BOCA PETER, MEU DEUS!
– Ai desculpa, é que, sei lá... Afe! Olha só eu sou um bom partido tá bom!
– Nem é, e além do mais você é da Pipps, não é?
Ele corou e jogou um pacote de doritos em mim:
– Ai Felipe não fode! Me passa essa cerveja aí!
Eu passei a garrafa dando gargalhadas, parei por um segundo e olhei para a casa de Gabe, a luz de seu quarto estava ligada, foi aí que eu fiquei consciente do que estava fazendo e que agora não tinha mais volta, mas ainda não sabia porque estava fazendo e também não fazia ideia das consequências que esse rolo todo ia me trazer.


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Notas finais do capítulo

Coé galerinha, quanto tempo né hehe( ˘ ³˘)♥ comentem aí poxa! Saudade de vocês e aí o que que vocês tão achando desse meu retorno?(〜^∇^)〜



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