– Quer ajuda no jantar?- Augustus me pergunta.

– Não preciso, eu consigo.

– Tem certeza?

– Tenho- Minha relação com Augustus está indo bem, mas às vezes quando estamos muito perto um do outro sentimos certo desejo.

– Anna a comida da sua mãe é boa?

– É- ela responde me viro correndo- um é- ela fala novamente, Anna está com nove meses, Augustus me olha com um sorriso, ele a coloca de volta no chiqueirinho e vem me abraçar.

– Ela está falando.

– Eu sei- no momento de felicidade acabo beijando ele- desculpa.

– Não foi nada- ele me beija de volta.

– Não podemos fazer isso, estamos brincando um com o outro- digo.

– Anna o que você acha da mamãe e do papai juntos?

– É- ela resmunga

– Acho que isso é um acho que vocês deveriam ficar juntos- diz ele.

– Eu não sei- ele tira a aliança do bolso.

– Eu ainda tenho a minha e você?

– É claro, isso é um pedido?

– Depende você quer que seja, Hazel Grace.

– Eu não sei.

– Vou te dar um tempo- ele me abraça me sinto segura- eu vou te esperar pra sempre, Hazel Grace.

– Okay.

– Okay- Augustus janta comigo e me ajuda a dar banho em Anna, ela anda agitada na hora do banho.

– Ela finalmente dormiu- eu digo.

– É não deve ser fácil pra você.

– Eu já me acostumei você ainda vai sair da casa dos seus pais?

– Talvez, estou procurando um lugar.

– Você já tem- ele me olha confuso- aqui.

– Aqui?

– Assim eu não fico sozinha, Anna não me da trabalho.

– Eu não sei.

– Podemos nos adaptar um ao outro, nos conhecer novamente.

– Não tem espaço.

– Não sei se você percebeu, mas as únicas partes mobiliadas é a sala, cozinha, banheiro e os quartos e na sala só tem a TV, minha instante e o sofá.

– Você tem certeza que me quer por perto?
– Você vai ficar mais perto da Anna- ela precisava da presença dele.
– Onde eu vou dormir? Você só tem dois quartos.
– Acho que- paro pra pensar.
– Não vou dormir no sofá.
– Eu ia dizer no meu quarto, poderíamos dividir.
– Tem certeza?- ele chega mais perto de mim- Eu não quero incomodar.

– Você não vai eu tenho certeza- Começa a chover incrivelmente forte e acaba faltando luz- Preciso ver a luz de emergência.

– Eu te ajudo.

– Acho que tem uma lanterna na gaveta da cozinha- Augustus me ajuda a encher o colchão inflável para ele dormir- você vai ficar confortável?

– É claro.

– Então, boa noite- beijo a bochecha dele.

– Boa noite, Hazel Grace- acordo na madrugada com o choro da Anna, mas me surpreendo ao entrar no quarto e ver Augustus com ela no colo.

– Eu já estava vindo- digo pra ele.

– Você tem que trabalha achei que meu dever como pai é proteger e responder ao chamado dela.

– É você está confortável?

– Estou.

– Se você quiser pode dormir na cama- fico vermelha- mas só se quiser.

– Você não se importa?

– Minha cama é grande, e você não deve estar confortável.

– Na verdade, nenhum pouco acho que seu colchão ta furado- ele ri.

– Me desculpa, eu não sabia.

– Não foi nada, eu aceito sua oferta.

– Okay.

– Alerta de flerte- ele responde- vai ser divertido morar com você e bem agradável.

– Por quê?

– Por causa do seu sorriso e a sua alegria.

– Obrigada, mas eu não sou alegre todos os dias- Augustus me entrega Anna, troco a fralda dela e dou uma madeira, ela demora a dormir porque quer brincar um pouco, mas depois de 20 minutos ela sede. Encontro Augustus em um sono profundo, ele ocupa grande espaço da cama, me fazendo empurrar ele- Augustus?

– Que?- ele diz sonolento.

– Não tenho espaço- ele se vira para o outro lado, no meio da noite sinto os braços dele me envolverem.

Acordo primeiro que Augustus, me preparo cedo está incrivelmente frio em Indianópolis, vejo minha roupa pra trabalhar, preciso arrumar um carro rápido.

– AI MEU DEUS- grito ao ver Augustus entrar no banheiro.

– HAZEL, VOCÊ TEM QUE TRANCAR A PORTA.

– EU MORO SOZINHA.

– MORAVA.

– É MORAVA- saio do Box e pego a minha toalha- termino de me secar no quarto, bom dia.

– Bom dia, Hazel Grace- quando chego ao quarto sinto meu corpo se arrepiar não sei se é o frio ou o efeito que o Augustus tem sobre mim, me visto rápido para não acontecer outras cenas vergonhosas.

– Hazel, você tem uma toalha pra mim?

– é claro, vou deixar na maçaneta no banheiro.

– Pode entrar não tem nada que você não tenha visto- fico vermelha.

– Não obrigada- quando coloco a toalha na maçaneta ele abre a porta- eu tinha uma toalha, Hazel Grace.

– Você me enganou?

– Sim, minha cara.

– Eu preciso trabalhar, pode deixar a Anna na creche antes de ir trabalhar?

– Posso- beijo a bochecha dele.

– Muito obrigada, a roupa dela e a bolsa já estão arrumadas- fico 10 minutos esperando o ônibus, quando vejo Augustus com a Anna no colo, ele carrega a bolsa dela e a dele, atravesso para ajudar ele.

– Obrigada.

– De nada- Anna sorri a me ver- acho que precisamos investir em um carro?

– Precisamos?

– É.

Dois dias depois.

Augustus terminou de se instalar aqui em casa, trouxe quase tudo menos a cama dele.

– Hoje faríamos uns anos de casados- ele me diz.

– Eu sei- não consigo olhar pra ele, aquele dia a um ano atrás foi o mais feliz da minha vida, tirando o nascimento da Anna- o bom é continuamos amigos- tento descontrair.

– É amigos- ele pega o balde de pipoca de mim- o que aconteceu com a gente?

– Não sei.

– Acho que- ele para.

– Não quero falar sobre isso- encosto minha cabeça no ombro dele, ficamos ali em silencio, Anna está na casa dos meus pais- quer comer alguma coisa?

– Cozinhar?

– Me deixa recapitular minha frase, você quer sair pra comer alguma coisa?

– Aceito- Augustus e eu fomos ao shopping, ele devora um hambúrguer.

– Quantos casais?

– Hoje é a noite dos casais no cinema- ele responde- péssimo dia para vir ao shopping à noite.

– Mas hoje é mais barato- tento trocar o assunto.

– Podemos ver Carie a estranha, você vai gostar.

– Tudo bem- A sala está cheia de casais se beijando, no meio do filme nos sentimos incomodados e acabamos saindo.

– Que tal umas cervejas.

– Eu não bebo Augustus.

– Só pra descontrair.

Algumas cervejas e horas depois.

Acordo com uma dor de cabeça e o corpo dolorido, o quarto está uma bagunça tem garrafas de cerveja e varias roupas espalhadas.

– O que passou por aqui?- me desconecto do bipap, quando me levanto da cama vejo que estou nua e Augustus também- ai não- tomo um banho quente para tirar a ressaca, começo a arrumar as coisas.

– Passou um furacão por aqui?

– Parece que sim- ele pega o lixo pra me ajudar.

– Opa.

– O que foi?- pergunto.

– Você se lembra de algo de ontem?

– Não, por quê?

– Acho que usamos isso- ele aponta prolixo, lá tem duas camisinhas.

– A não, não ai meu deus não.

– O que foi? Somos adultos.

– Eu sei, eu sei- minha respiração fica pesada- preciso buscar a Anna.

Chego à casa dos meus pais e Anna está dormindo, minha mãe fala que eles levaram Anna a casa de uma amiga dela e a Anna adorou, mas não presto atenção em nada só quero lembrar o que aconteceu a noite passada.

– Hazel? Hazel Grace Lancaster sua filha está chorando.

– Desculpa- Anna estava enjoada por causa dos dentes. Quando chego a casa está tudo arrumado, coloca Anna no chiqueirinho para brincar e vou procurar Augustus.

– Trabalhando?

– Tenho que mandar um critica para o New York Times.

– Você ainda escreve pra lá?

– Nunca parei, é um ótimo emprego.

– Deve ser- largo minhas coisas em cima da cama- se você não se incomodar acho que vou descansar um pouco aqui- me conecto ao bipap.

– Não, tudo bem- fico olhando Augustus escrever, ele faz varias expressões muito engraçadas- Hazel?

– Sim.

– Te acordei?

– Não, o que houve?

– Acho que a Anna está com febre.