Era apenas uma turnê... escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 30
Votação decisiva


Notas iniciais do capítulo

Heey gente! Um capitulo para comemorarmos um aniversário especial hoje hein. Rydel Lynch, que também está aqui na fic, faz aniversário hoje *--* E obrigada a quem favoritou!
Boa leitura!



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POV Ally

A semana em Paris não foi nada tranquila. Austin fez um número enorme de entrevistas. Mais pessoas começaram a falar de mim. Jimmy com certeza queria me matar. Mas, o show de Austin em Paris foi perfeito. Nós saímos apenas um dia e por um milagre, não fomos incomodados.

Agora estávamos em Orleans, portanto, novos lugares para novas entrevistas. Todos nós já estávamos cansados de toda essa atenção em Austin, tudo por um mistério envolvendo uma garota. Mas, quem com certeza não aguentava mais isso era Austin. Ele estava cada vez mais irritado com as mesmas perguntas e agora nós nem passávamos tanto tempo juntos.

Jimmy estava divido em gostar dessa atenção em Austin, ou não gostar. E foi por isso, que no terceiro dia em Orleans ele pediu uma reunião. Era no mesmo dia em que o show de Austin, então foi pouco antes disso. Jimmy achou uma sala de reuniões no local e mandou achar as pessoas que ele queria.

– Está nervosa?! – Austin estranhou. Eu estava arrumando algumas coisas para o show com Ivie e ele foi me chamar para a tal reunião.

– Claro. Não acho que ele quer falar de coisas boas – observei e Austin apertou minha mão.

– Provavelmente não – Austin concordou e eu ri de sua sinceridade.

Eu tentei imaginar o que aconteceria nessa reunião, mas na verdade não tinha a mínima ideia. Assim que chegamos à sala de reuniões fiquei ainda mais nervosa. Jimmy e mais umas quatro pessoas de sua equipe estavam nos esperando. E nenhum deles gostava muito de mim.

Dois segundos depois que Austin e eu pisamos na sala Ivie também chegou. Respirei mais aliviada por ela estar ali. Soltei a mão de Austin assim que vi que algumas pessoas nos encaravam. Nós três sentamos e esperamos o assunto.

– Bem, vou falar de uma forma bem direta porque temos um show em pouco tempo – Jimmy começou. – Essa reunião é para discutir algumas coisas que envolvem ela – como o esperado ela apontou para mim.

– Ally está chamando muita atenção. Todos acham que está tendo algo entre vocês, eu não sei se acredito ou não. E toda essa atenção está prejudicando um pouco a turnê. As pessoas querem saber de seu segredo e não dos seus shows – disse o diretor de publicidade, se não me engano.

– E como a ideia de vocês se afastarem não está dando certo precisamos decidir se Ally continua na turnê – Jimmy falou. Senti meu coração parar por alguns segundos. Eles não podem decidir a minha vida, podem?

– Como assim? – Ivie protestou – Nós não temos que decidir nada. Ela está sendo perfeita nesta turnê até agora, está me ajudando mais do que qualquer um – ela disse indignada.

– Sim, mas agora estamos falando da vida pessoal deles. E está ficando cada vez mais exposta – outro homem falou. Ótimo, pessoas que eu nem conhecia estavam decidindo sobre minha vida.

– E é por isso que talvez seja melhor ela dar um tempo na turnê – Jimmy completou.

– O quê? – protestei pela primeira vez.

– Todos nós concordamos com isso. Trish e Dez podem dar conta – Jimmy disse me ignorando.

– Isso é uma votação? – Austin falou incrédulo, mas assim como eu, foi ignorado.

– Eu não. Ally é fundamental – Ivie me defendeu.

– Acho que já está decidido – um dos homens que eu não conhecia, falou. Ivie pareceu que ia protestar mais, e Austin ao meu lado parecia estar perdendo a paciência, coisa que eu já tinha perdido.

– Ok. Já entendi, vou embora. Uma ótima votação, gostei de participar – falei sarcástica e me levantei.

– Ally... – Ivie começou, mas eu sorri levemente para ela.

– Está tudo bem – disse e sai rapidamente da sala.

Acabei encontrando Rydel, Carter, Dez e Trish no corredor. Carter foi o primeiro a perceber os meus olhos cheios de lágrimas. Ele me envolveu em um abraço mesmo estando confuso.

– O que aconteceu? – sussurrou para mim.

– Aparentemente eu vou embora – respondi tentando não chorar.

– Por quê? – Rydel perguntou indignada.

– O mesmo de sempre – falei afastando-me de Carter e dei ombros. Todos ali pareceram entender sobre o que eu falava.

– Então eu vou também – Carter concluiu. Seu olhar foi diretamente para Rydel. Os dois trocaram olhares que eu não consegui decifrar.

– Mas... – Trish murmurou.

– Vocês dois vão continuar sozinhos – avisei. Dez arregalou os olhos enquanto Trish abria a boca em surpresa.

Antes que qualquer protestasse ou disse algo, Austin nos encontrou. Ele não parecia muito bem e tinha até mesmo um microfone na mão. Faltavam uns quinze minutos para o seu show tão esperado em Orleans começasse. Austin não demostrava nada. Seu olhar analisou rapidamente os outros, mas então se prendeu no meu. Por algum motivo os quatro se afastaram para nos deixar sozinhos.

Viajar, fazer shows, escrever músicas com Austin havia se tornado uma rotina para mim. Uma rotina que eu nunca pensei ter, mas agora não conseguia me imaginar sem. Não consegui pensar muito nisso, pois os braços de Austin me envolveram em um abraço.

Derrubei algumas lágrimas em seu ombro, mas logo me controlei. Austin e eu continuamos abraçados até lembrar-me de seu show.

– Não tem um show para fazer agora?

– Acho que tenho – disse, eu ri por poucos instantes.

– Vai lá, Austin – falei empurrando seu ombro.

– Estou indo – disse levantando os braços em rendimento.

Austin beijou minha testa e depois se afastou de mim.

– Boa sorte – falei alto para que ele ouvisse. Austin sorriu e depois continuou andando.

Imaginei que não poderíamos fazer isso daqui para frente. Desde o primeiro show eu desejava boa sorte, sempre a última a fazer isso. Mesmo que Austin e eu não nos falássemos muito no começo eu fazia isso. Esse era um hábito que havia adquirido. Assim como Rydel tem a mania de tirar foto de nós dois. E eu realmente me perguntava o que ela fazia com todas essas fotos.

Lembrei-me de Austin antes de entrar no show em Charleston. Não só nessa cidade, mas em várias outras. Austin sorrindo mais que o possível antes de entrar. Comparei esses momentos com agora. Eu poderia estar errada, mas provavelmente Austin não entraria no palco sorrindo como as outras vezes. Ninguém pode negar, as coisas podem mudar mais rápido que esperamos e imaginamos.


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Notas finais do capítulo

Será que Ally irá mesmo embora? Comentem o que acharam!
Pessoal, estou fazendo uma outra fic Auslly. Alguém aí quer me aturar em mais uma história? Não vou demorar para posta-la, e quem quiser ler a sinopse:

Segundos apenas vendo uma pessoa podem te deixar louco para conhecê-la, e isso acaba acontecendo, fazendo um pegar no pé do outro, um descobrindo que o outro é algo que nunca imaginou ter na vida. Descobrindo que poucos dias pode mudar sua vida como um passe de mágica, para sempre. A música, uma coisa que faz parte do dia a dia dos dois, da vida dos dois, e que serve apenas para uni-los ainda mais. Garotas provocando o ciúme, surpresas na família e no meio de tudo, uma louca paixão.
Me digam se gostariam de ler. Beijos.