Era uma vez no Oeste escrita por nina


Capítulo 20
Encontro


Notas iniciais do capítulo

Voooooltei =)

1. Gente desculpa pelo sumiço, eu sei que não tem desculpas para isso, mas eu estava realmente sem tempo. Primeiro por conta dos estudos, segundo porque eu viajei e estava sem meu notebook. Me perdoem!!! E para compensá-las estou escrevendo a todo o vapor para terminar a história em breve =)

2. Obrigada a todas as leitoras que deixaram mensagens preocupadas com o meu sumiço, não se preocupem, eu não vou deixá-las na mão novamente =)

3. Antes tarde do que nunca, quero agradecer e dedicar essa capítulo a Little Line, que escreveu uma liiiinda recomendação =) Ameeeei linda, obrigada é esse capítulo e todo seu!

Espero que gostem e boa leitura =)



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Capítulo 20 - Encontro

– Você viu o Dimitri, Adrian? - Assim que eu desci para o restaurante em busca de uma boa refeição, dei falta do Dimitri. Ainda era muito cedo, e eu estranhei sua ausência há essa hora. Ele sempre ficava me esperando no café para me importunar.

– Não, pequena Rose. Eu acabei de acordar, na verdade. – Ele levou a mão à cabeça e seus olhos vermelhos mostravam que sua noite tinha sido longa e em algum saloon da cidade. – E estou meio lento essa manhã. – Ele gemeu quando se sentou na grande mesa de madeira rústica. Vários cowboys da comitiva estavam ali e me deram um bom dia. Todos, menos o Dimitri.

Na noite anterior, ele tinha ficado comigo até que eu caísse no sono. Ele fez questão de deixar bem claro quais eram seus sentimentos, mas nós não tínhamos falado sobre o futuro. E isso me preocupava de certa forma. Depois que eu encontrasse o tal Billy Back voltaria para Santa Helena, mas Dimitri ainda seria o cowboy aventureiro que não tinha um lar.

– Ele saiu cedo. – Christian disse de boca cheia. – Disse algo sobre gados. Provavelmente mais algum trabalho. – Ele deu de ombros.

Por um lado eu agradeci pela sua ausência. Eu estava ansiosa desde ontem à noite. Finalmente eu encontraria esse tal Billy Black, mas o tempo parecia demorar demais para passar e isso estava me frustrando.

Se Dimitri descobrisse sobre o meu encontro com o coronel me impediria no mesmo segundo, principalmente depois de ontem. Um arrepiou passava por mim toda vez que eu me lembrava dos nossos beijos. Ele tinha sido tão carinhoso e ao mesmo tempo tão desesperado e ardente. Eu estava um pouco decepcionada por não estar o beijando nesse exato momento, mas era algo temporário. Em breve Dimitri voltaria e nós decidiríamos como seria daqui para frente.

Pensando nisso eu avisei o Adrian que sairíamos em breve, mesmo gemendo de ressaca ele acabou o seu café antes mesmo que eu e concordou que era melhor resolvermos isso antes do Dimitri voltar.

Quando saímos da hospedaria ainda eram nove horas da manhã. Isso significava que ainda tínhamos três horas antes do encontro. Mas era melhor sairmos dali antes que o Dimitri aparecesse.

Subíamos a rua e passamos de frente a um mercado movimentado, o zum-zum de pessoas negociando suas mercadorias, o som de cavalos e da música de um bar próximo encheram meus ouvidos. A terra era batida e a poeira subia, sujando a barra do meu vestido e minha bota marrom.

– O que vamos fazer enquanto esperamos? – Perguntei a um Adrian que estava com os olhos perdidos em uma morena com traços latinos.

– O quê? – Sua atenção voltou para mim. Eu ri. Adrian, diferente do Dimitri, era um paquerador de natureza e sempre seria assim.

– Eu perguntei o que vamos fazer enquanto esperamos?

– Você não pode vir a Santa Helena e não experimentar as tortilhas da dona Joana. – Ele sorriu, me puxando pelo braço em direção a uma barraquinha amarela e branca que estava lotada de pessoas.

Adrian pediu as tortilhas e me deixou esperando enquanto paquerava com a morena latina, que eu descobri ser filha da dona da barraca. A moça tinha os olhos escuros brilhando e algumas passavam com olhares invejosos. Eu não negava que Adrian era um bom partido, além de bonito ele tinha um sobrenome muito respeitado. Mas a dona da barraca não nutria esses sentimentos, pois de minuto em minuto ela olhava para sua filha com olhos desgostosos.

Mas aquelas eram com certeza as melhores tortilhas que eu já tinha comido. Adrian tinha razão e não exagerou nenhum pouco nos elogios.

Depois de trocar alguns beijos com a morena, Adrian me levou para conhecer um pouco mais do lugar. Ele tinha algumas manchas de batom no colarinho da camisa, o que deu material para as minhas piadas nas próximas duas horas.

Quando o relógio de sol do mercado marcou cinco para meio dia, nos encaminhamos para o saloon do encontro.

O lugar estava fechado. As cadeiras estavam colocadas para cima, sobre as mesas, e algumas mulheres se empenhavam em deixar o chão brilhando.

Max, o atendente, estava ali também. E assim que nos viu, permitiu nossa entrada.

– Adrian! Rose! – Ele nos cumprimentou de trás do balcão.

– Oi Max. – Eu e Adrian dissemos juntos.

– O coronel ainda não apareceu, mas ele é conhecido por ser pontual, então deve estar próximo. – Max disse enquanto terminava de lavar alguns copos.

– Eu espero que aquele velho não nos deixe esperando demais. – Eu me sentei no banco alto e de couro vermelho.

– Eu ainda acho que deveríamos tentar outra coisa... – Adrian tinha passado a manhã inteira tentando me convencer do contrário. Mas era em vão, eu estava decidida a ir até o fim para salvar os que eu amava.

– Eu vou até o fim, Adrian.

– Ela é uma mulher de atitude, Adrian. Isso você precisa admitir. – Max parecia divertido.

– Eu nunca disse o contrário. – Adrian se sentou ao meu lado e pediu uma bebida ao amigo, acendendo seu cigarro de cravo. Eu fiz uma careta, que ele prontamente ignorou.

Adrian já estava no terceiro copo de gim e acendia seu segundo cigarro. E nada do velho aparecer. Eu mexia o pé no ar, inquieta.

– Acho que ele não vem. Vamos tentar novamente em outro lugar, pequena Rose. – Eu suspirei. Odiava esperar.

– Ele virá. – Eu disse decidida.

– Ele provavelmente mentiu na tentativa de conseguir algo com você. – Adrian voltou a dizer.

– Ou ele está apenas atrasado.

– Victor Dashkov não costuma se atrasar, ainda mais quando é algo do seu interesse. – Max disse. Eu voltei a suspirar.

Algumas dançarinas subiram no palco naquele momento para ensaiar. Elas usavam maiôs muito curtos e apertados e faziam uma dança coreografada. Adrian se recostou sobre o balcão, quase babando enquanto as assistia, elas tinham tantas curvas quanto eu tinha. Eu revirei os olhos e me virei para o Max.

– O que mais você sabe sobre o Billy Black? – Eu estava curiosa para descobrir quem era esse homem e se eu poderia confiar nele.

– Eu não sei muito, na verdade. Apenas que ele já ganhou muitos duelos por aqui e que não tem um lugar fixo. Ele também faz muito sucesso com as mulheres. – Eu levantei uma sobrancelha. Eu imaginava esse Billy como um homem velho e barbudo. – Eu perguntei para as dançarinas ontem à noite e elas disseram que Billy Black é um homem de muitos dotes. Ainda estou tentando me decidir o que isso quer dizer. – Eu me perguntava a mesma coisa.

– Por favor, que ele não seja mais um mulherengo arrogante. Já estou cheia deles. – Max riu.

– Adrian é conhecido aqui também. – Ele olhou para o meu acompanhante que afrouxava a gravata de cordão enquanto assistia as dançarinas. – Você dois são...

– Não somo um casal. – Eu o cortei.

– Não acho que o Adrian vá se ajeitar algum dia. Ele sempre foi assim, independente e despreocupado.

– Ele é feliz assim. – Isso já era o suficiente para mim. – Mas eu não duvido de nada. – Dimitri era o homem que eu nunca esperaria ver fazendo uma declaração e no final, eu estava completamente enganada.

– Ele já teve um romance com uma... – Max parou de falar quando a porta vai e vem bateu com foça.

Victor finalmente estava ali.

Mas ele não estava sozinho e o que eu vi me fez querer fugir dali. Droga, ele não poderia estar aqui ainda.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? odiaram? Vou postar mais um capítulo ainda hoje!!! Aguardeeem porque esse encontro promete pegar fogo...
Beijos



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