Era uma vez no Oeste escrita por nina


Capítulo 19
Quebrando a regra


Notas iniciais do capítulo

Oi geeeente =)
Obrigada por todos os comentários lindos que vocês estão de deixando!!! Estou amando escrever essa história e ver a participação de vocês é muito importante =))
Não vou falar muito porque estou empolgada com a reação de vocês com esse capítulo!!! Tudo pode mudar daqui para frente...
BOA LEITURA



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Capítulo 19 – Quebrando a regra.

Dimitri tinha seu sorriso galanteador e disse algo que fez as moças sorrirem. Uma delas disse algo, em seguida, deixou sua mão pousar sobre o braço dele.

Eu limpei minha garganta quando me aproximei, as duas loiras me olhavam de cima a baixo.

– Estou saindo com o Adrian. Preciso dar uma volta na cidade, camarada. – Eu ignorei os olhares hostis das duas moças e me concentrei no Dimitri. Ele quase engasgou com as minhas palavras.

– Aonde você vai? Eu disse que eu iria...

– Você vai ficar fazendo o que você faz de melhor, paquerador. Eu vou sair pela cidade e nos encontramos quando você se cansar de... Você sabe.

– Se cansar? Ela está se referindo a nós? – A loira mais alta disse, ela tinha um sotaque inglês. Parece que a beleza as encontrou, mas a inteligência fugiu. Dimitris as ignorou.

– Rose, eu disse que eu a ajudaria e eu só preciso terminar de...

– Tudo bem, eu não quero tomar o seu tempo. Estou vendo que você está ocupado. – Eu olhei significativamente para as loiras e seus poucos tecidos. – Nos vemos depois. – Eu comecei a me afastar, procurando pelo Adrian na multidão. Ele saberia onde poderíamos começar a procurar pelo Billy Black. Dimitri não tomaria meu tempo, e eu já tinha deixado claro que não queria a sua ajuda, ele poderia ficar com as duas loiras, eu não me importava. Mentirosa. Isso foi meu subconsciente dizendo.

Eu avistei o Adrian próximo a um depósito de mantimentos, acendendo um cigarro e se recostando a um poste de iluminação. Eu sorri. Finalmente meu plano estava sendo posto em prática, eu me entendia com meu pai depois, o importante é que eu finalmente consegui chegar a Santa Helena.

Eu não dei nem dois passos felizes, quando me puxaram pelo braço. Dimitri.

– O que você está tentando fazer, Rose? – Ele me fez encará-lo.

– Estou tentando encontrar o Adrian. – Tentei me soltar, mas ele apenas segurou meu braço ainda mais apertado. Não estava machucando, mas me incomodava.

– Eu disse que você não sairia sozinha nessa cidade. O que aconteceu com a garota compreensiva que eu conversei ontem?

– Camarada, as moças estão olhando aqui e não parecem felizes. Elas estão esperando por você, não as deixe esperando. – Eu estava com ciúmes. Como ele podia paquerar na minha frente? Eu sabia que não tínhamos nada, mas ele estava sendo tão atencioso e carinhoso comigo e afirmou nutrir sentimentos por mim. Talvez ele estivesse se referindo a sentimentos fraternos, Rose. E pior, ele estava com pena, depois que o Sr. Nagy se foi eu me sentia muito mais sozinha.

– Então, você está com ciúmes? Não precisava descontar isso nelas. – Isso me enfureceu.

– Não estou com ciúmes. – Esbravejei. - Se você não percebeu, foi você quem veio atrás de mim. Eu só quero encontrar o Adrian.

Ele me soltou bruscamente.

–Estou tentando ajuda-la. – Ele me olhou nos olhos. – Você sabe que me preocupo com você.

– É mesmo? Porque isso não parecia ser verdade há alguns minutos a trás. Aquelas loiras pareciam ter feito você se esquecer de mim completamente.

– Por que você dificulta tanto as coisas? – Ele disse algo em russo que se parecia com um palavrão.

– Eu? Tem certeza? É você quem age de forma bipolar o tempo todo. Quem é o Dimitri que está falando comigo agora? Kaluanã, o protetor dos mais fracos? Enoma, o amigo e querido? Tiro Certeiro, o paquerador barato e cowboy arrogante? Ou o Dimitri que me protegeu e me confortou? Decida-se porque eu não tenho tempo para isso.

Ele ficou me encarando, sem falar nada. Será que eu tinha pegado pesado demais? Mas era a verdade. Eu precisava saber o que ele queria, se ele estava apenas me fazendo um favor ou se ele se importava comigo de verdade.

– Eu falo com você depois. – Eu disse. Quando eu vi que ele não ia me responder eu me virei e segui para onde Adrian se encontrava.

– Roza... – Ele me chamou. Eu me virei e a expressão no seu rosto me fez querer voltar e puxá-lo para os meus braços.

– Eu falo com você depois. – Eu repeti e dessa vez não olhei para trás quando ele voltou a me chamar.

Adrian soprou a fumaça com cheiro de cravo na minha cara. Eu a limpei com a mão exageradamente, fazendo um careta.

– Por que você insiste em fumar essa coisa? Isso fede. – Ele deu uma última tragada e jogou o restante no chão. Usando sua bota cara para apagá-lo.

– As mulheres dizem que eu fico mais atraente assim, pequena Rose.

– Não é o meu caso. – Eu cruzei os braços.

– Eu posso ver. Você não é uma mulher comum. – Ele sorriu e seu olhar foi para algo atrás de mim.

– Problemas no paraíso? – Ele perguntou se referindo a Dimitri. Ele tinha voltado a conversar com as loiras. Eu tentei ignorar o melhor que eu pude.

– Você ainda está disposto a me ajudar? – Ignorei sua pergunta fazendo outra.

– É claro, pequena Rose. Somos apenas eu e você?

– Sim, Dimitri está ocupado agora. – Ele parecia divertido com meu mal humor. – Só vamos sair daqui. – Eu disse, o puxando pela camisa.

– Como quiser pequena Rose. Eu vou adorar irritar o russo.

...

Adrian e eu estávamos entrando no sétimo saloon apenas naquele dia. Santa Helena era uma cidade grande e havia muitos lugares para se procurar, mas até agora não tínhamos encontrado nada.

Esse saloon era maior que todos os demais. A cor vermelha e a cor e preta eram predominantes e como o dia já estava acabando a essa altura, muitas moças já estavam vestidas com seus espartilhos apertados e saltos altos. Havia também uma quantidade muito maior de homens bebendo, com seus trajes caros e anéis nos dedos. Esse era um lugar frequentado pela elite Texana. Minhas esperanças aumentaram.

Adrian me guiou até o balcão, com as mãos nas minhas costas. Muitos homens nos lançavam olhares sempre que entrávamos nesse ambiente, apenas um tipo de mulher frequentava esses lugares, e esse não era o meu caso.

Uma música sensual tocava ao fundo, ao som de uma flauta e uma voz doce. Duas mulheres dançavam em postes sobre um palco de madeira e alguns homens pareciam babar enquanto as assistia. Elas piscavam e faziam poses sensuais, ganhando algum dinheiro a mais de cortesia.

Quando nos aproximamos do balcão, um homem magro e de cabelos claros nos recebeu.

– Ivashkov! Há quanto tempo! – O homem o saldou com um sorriso. É claro que Adrian deveria ser um frequentador do lugar. – Não sabia que você estava em Santa Helena, à última vez que ouvi você estava indo para El Passo.

– Eu cheguei ainda hoje, Max. Como está a casa essa noite? – Eu encarei o Adrian como que se perguntando se ele estava falando sério.

– Não estamos aqui para isso, Adrian.

– Desculpe-me, pequena Rose. Força do hábito.

– E quem é a beleza, Ivashkov? – O cara do bar perguntou. Ele estava limpando taças com um pano extremamente branco, mas sua atenção estava em mim.

– Rose. – Eu me apresentei impaciente.

– É um prazer, Rose. – Ele sorriu, pegou minha mão e deixou um beijo ali.

– Max, eu não me aproximaria dela se fosse você. Tiro Certeiro a tem debaixo da asa. – Adrian disse.

– Isso é novidade. – Max me olhou por inteira. – Então, o que os traz aqui? – Ele me olhava com curiosidade.

– Eu preciso encontrar alguém. – Fui direta, o cara pareceu surpreso.

– E quem seria?

– Billy Black. – Adrian disse por mim. – Já ouviu esse nome em algum lugar?

– Bem... – Max coçou a cabeça como se isso o fizesse se lembrar. – Eu já ouvi esse nome antes, mas da boca de outras pessoas. Eu não conheço o cara. – Meus ombros caíram em decepção.

– O que você sabe sobre ele? – Adrian continuou.

– Não muito. Apenas que o cara mete medo por aqui, mas ele viaja muito. – Ele deu de ombros.

– Billy Black está na cidade. – Um homem de meia idade que estava sentado ao nosso lado disse. Ele bebia um copo com um líquido amarelo e vestia roupas caras e chapéu de camurça. E em seu colo havia uma ruiva, ela estava beijando seu pescoço e se concentrava apenas em fazer aquilo. Mas pelo visto, ele prestava atenção à nossa conversa e não aos lábios da jovem.

– Onde podemos encontra-lo? – Perguntei. Finalmente alguma pista.

– Teremos que negociar isso. – Ele disse com um sorriso.

– Ela não é uma das dançarinas aqui, senhor. – Adrian não gostou da forma como o homem me olhava.

– Isso dificulta as coisas. – Ele afastou a moça do seu pescoço, e finalmente ela percebeu o que acontecia a sua volta.

– Quem é o cara, Max? – Adrian se voltou para seu amigo.

Isso não estava saindo do jeito que eu imaginava.

– Victor. Ele é coronel nessas terras e tem muito mais dinheiro que todos esses homens juntos.

– Droga! – Eu murmurei. – Ele não vai falar?

– Não sem o que ele quer. – Max me olhou significativamente.

Eu me virei para o homem, e agora ele estava passando suas mãos pelo corpo da garota, nossa presença nem parecia incomodá-lo.

– O que você quer para me dar a informação? – Adrian me olhou com cautela.

– Um jantar com você amanhã. – A moça tentou chamar sua atenção, mas nada parecia adiantar.

– Vamos, Rose. – Adrian tentou me puxar. – Podemos tentar outro lugar. – Esse homem era um dos mais influentes aqui e talvez fosse o único que realmente pudesse me ajudar.

– Você vai me levar até o Billy Back, se cumprir com sua palavra eu saio com você. Mas já vou avisando é apenas um jantar, se você tentar algo eu arranco suas mãos e outras coisas mais para fora. – Ele sorriu.

– Muito bem. Eu gosto de desafios. Amanhã nos encontramos aqui ao meio dia, então, eu levo você até o Billy Black. Temos um acordo? – Ele estendeu a mão.

– Rose. Vamos continuar tentando em outro lugar. Tiro Certeiro não vai gostar se...

– Temos um acordo. – Apertei sua mão. – Nos vemos amanhã. –Me despedi.

– Eu sou um homem morto. – Ouvi Adrian resmungar enquanto ele se afastava e pedia uma bebida no balcão. Eu o segui.

– Deixe de drama. – Eu parei ao seu lado.

– Rose, Victor não é um homem para se envolver. – Max disse enquanto despejava uma boa dose de Martini no copo do Adrian.

– Ele vai me dar o que eu quero, depois eu dou um jeito. – Eu podia sair de Santa Helena antes que ele viesse cobrar pela sua parte no negócio. Eu só precisava que ele me levasse até o Billy Black.

– Tiro Certeiro não vai ficar feliz, você sabe, não é?

– Ele deve estar perdido em algum saloon por ai. Tivemos sorte de não encontrá-lo ainda. – Resmunguei.

– Você é cega, Rose? – Adrian terminou sua bebida em um gole e a bateu com tudo no balcão. – Ele é apaixonado por você.

– Uou! Espere! Tiro Certeiro apaixonado? – Max deixou o copo cair e o barulho chamou a atenção de algumas pessoas.

– Ele está exagerando. Ele só está cumprindo uma promessa. – Eu disse.

– Você não o conhecia antes, pequena Rose. Ele é praticamente outro homem depois que você se juntou a nós.

Eu não sei por que, mas esse assunto me incomodava.

– Tudo bem, isso não importa agora. Conseguimos o que procurávamos e isso é o importante por hoje. Agora preciso encontrar esse Billy Black pessoalmente e voltar para El Passo. – Eu esperava que esse homem fosse de confiança.

– Eu espero que você esteja certa disso. Santa Helena não é como o interior, Rose. – Max terminou de recolher os cacos e lavou as mãos na pequena torneira que ficava de trás do balcão.

– E eu espero não me arrepender de concordar com tudo isso. – Adrian suspirou.

– Mais uma bebida para relaxar, Adrian?

– Por hoje eu já tenho o suficiente, Max. Obrigado.

– As ordens.

– É melhor encontrarmos os outros, Rose. Não quero andar por essas ruas muito tarde da noite, ainda mais com uma mulher.

– Foi um prazer, Max. – Eu acenei para o homem do balcão.

– O prazer é todo meu, Rose. E boa sorte. – Ele acenou.

Eu sorri e Adrian me dirigiu para a saída. Nesse tempo que ficamos ali, a quantidade de pessoas praticamente dobrou e chegar à saída não foi uma tarefa fácil.

Eu respirei o ar da noite assim que pisamos na rua de terra. Aquele lugar cheirava a bebida e suor, só de lembrar meu nariz se enrugava.

– Para onde vamos agora? – Perguntei enquanto descíamos a rua movimentada.

– Para uma hospedaria, todos os homens estarão lá.

– Você está bravo? – Ele não parecia disposto a aceitar meu plano.

– Só estou pensando em como será a minha breve morte.

– Não seja exagerado, Adrian. Dimitri não vai fazer nada, afinal, foi ideia minha. E eu disse que faria qualquer coisa para ajudar meu pai, eu não podia deixar que essa viagem fosse em vão.

– Você é a única que o chama de Dimitri. – Ele observou.

– Eu só... Esse é o verdadeiro nome dele e...

–E você o ama.

– Adrian...

– Está tudo bem. Eu sou um espírito livre, Rose. Não me apego facilmente às pessoas, e quando me apego eu sei me colocar no meu lugar. E não daríamos certo de qualquer forma. – Ele brincou.

– Por que não?

– Eu nunca enfrentaria seu pai. – Nós dois rimos. – Ele mete medo em qualquer homem normal. Mas Dimitri, como você o chama, é o tipo de homem que não se intimidaria por isso.

– Ele não vai nem se lembrar de que eu existo depois que eu for embora.

– Você não viu o que eu presenciei em Guadalupe. – Eu franzi o cenho.

– Do que você está falando, Adrian?

– Lucas deu a mão da Tasha para o Dimitri. Tasha é uma mulher muito bonita e sempre foi apaixonada pelo russo. E no final, ele disse que não poderia, porque outra mulher já tinha seu coração.

– Isso não significa nada.

Nós paramos de frente a uma grande hospedaria pintada de amarelo apagado. A noite estava ficando fria e um vento fazia o meu cabelo voar.

– Esqueça essa sua teimosia, Rose. Eu já perdi a mulher eu amava por conta disso, eu deixei meu pai falar na minha cabeça e não ouvi aqueles que realmente queriam o meu bem. Não cometa o mesmo erro que eu.

Eu senti algo se quebrar dentro de mim. Eu já tinha perdido tanto nessa viagem.

– Desculpe-me. – Ele me abraçou. – Eu não deveria dizer isso. Mas eu só não quero ver você arrependida depois. – Uma lágrima teimosa rolou pela minha bochecha.

– Rose, está tudo bem? – Essa voz. Dimitri estava na entrada da hospedaria, me olhando com olhos preocupados.

– Sim. – Eu me afastei do Adrian, e apressadamente limpei a lágrima.

– Nos vemos amanhã, pequena Rose. – Adrian sorriu e me deixou ali sozinha com Dimitri.

– O que aconteceu? – Dimitri parecia relutante em se aproximar.

– Eu só me lembrei do Sr. Nagy. Se eu não estivesse aqui, talvez ele estivesse vivo. Eu fui teimosa, deveria ter ficado em El Passo. Eu nunca deveria ter saído de lá.

Dimitri não parecia saber se me consolava ou se brigava comigo por chegar tão tarde.

No fim, ele optou por me guiar pelo cotovelo até meu quarto. Que ele mesmo tinha reservado.

Subimos o degrau e seguimos por um longo corredor, com quadros de paisagem pendurados pelas paredes de madeira.

Ele tirou uma chave enferrujada do bolso e abriu a penúltima porta. Havia apenas uma cama de lençóis brancos, um armário de canto e uma mesa com cadeiras. Uma porta estava ao lado direito e eu supus que fosse o banheiro.

– Você está se sentindo bem? Eu posso conseguir comida se não quiser descer.

Ele estava parado a porta sem se mexer.

– Por que você não aceitou se casar com a Tasha? – Isso o pegou de surpresa.

– Como você...

– Adrian me disse.

Ele respirou fundo, e depois do que parecia ser uma eternidade, entrou no quarto, fechando a porta. Sua presença ali parecia fazer tudo ficar menor e apertado.

– Eu disse a você, Rose. Eu não vou arriscar a vida de mais ninguém.

– Foi por isso que você não aceitou? – Eu tinha medo da sua resposta. Encarei seus olhos castanhos.

– Não. Não foi por isso. – Senti minha respiração acelerar e quando ele deu um passo à frente, meu coração batia mais rápido.

– Eu não entendo você. Por que você me confunde tanto?

– Roza, eu tenho sido um idiota.

– Você só está aqui agora por conta de uma promessa? Você não me deve isso, Sr. Nagy entenderia e tenho certeza de que ele não queria isso. – Ele parecia frustrado, e deu dois grandes passos na minha direção, ficamos frente a frente.

– Sr. Nagy me pediu para cuidar de você. Você está sobre os meus cuidados, me sinto responsável pela sua segurança. – Eu desviei o olhar, sentindo uma enorme decepção. Eu senti algo se quebrar dentro de mim. Mas sua mão encontrou meu queixo, fazendo-me olhar para ele. – Eu também percebi. – Ele disse, entrelaçando nossos dedos e me olhando com tamanha intensidade que eu me assustei. – Que se algo acontecesse a você, se alguém a machucasse... – Ele se enfureceu apenas com essas palavras. – Eu só quero você, Roza. Nada mais importa.

– Nada? – Minha voz era um sussurro rouco. Havia tantas emoções tomando conta de mim.

Ele balançou a cabeça. Então, puxou meus pulsos até estarmos colados. Sua mão traçou a minha espinha e descansou nas minhas costas enquanto ele me olhava. E finalmente, ele se abaixou e nossos lábios se encontraram. Sua língua acariciava a minha calorosamente, me enviando um formigamento, uma sensação única por todo o meu corpo. Eu me agarrei ainda mais a ele, saboreando seu gosto de hortelã e seu perfume natural.

Quando o beijo terminou, meus olhos permaneceram fechados, enquanto eu sorria sonhadora. Quando eu finalmente os abri, encontrei Dimitri me olhando, seu rosto perto e um pouco hesitante, os olhos correndo pelo meu rosto, maravilhados. Ele parecia quase confuso consigo mesmo, pela sua mudança de atitudes.

Ele se inclinou uma segunda vez, e eu apertei meus braços em seu pescoço.

– Como você está fazendo isso? – Ele perguntou em um sussurro contra meus lábios, após nosso segundo beijo.

– Fazer o que? – Ele me beijou novamente.

– Isso. – Ele sorriu. – Eu nunca senti nada parecido.

– Eu também não. – Disse com um sorriso.

Ele me beijou novamente, me apertando ainda mais contra seu corpo.

– Roza. – Ele disse sério. – Eu acho que me apaixonei por você.

Naquele momento, eu não acho que nada na terra poderia se comparar à minha felicidade.

– Eu acho que me apaixonei por você também. – Seu sorriso era tão lindo que me fez sorrir e beijá-lo mais uma vez.

– Você quebrou sua regra sagrada. – Eu disse divertida quando me lembrei.

– Que regra? – Ele não me afastava do seu corpo nem um centímetro se quer.

– Você beijou uma mulher mais de uma vez. – Ele voltou a sorrir.

– Roza, você não é qualquer mulher, é a minha Roza. E eu não me importo mais com essas regras, por que eu quero fazer isso... – Ele me beijou com paixão. – Muitas vezes mais.

Eu sorri e depois disso eu me perdi nos seus braços e nos seus beijos.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Odiaram? Algo precisa ser melhorado?
Genteeeee, finalmente eles se beijaram de verdade!!! Foi como vocês esperavam?
Beijos e até o próximo =)



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