“Talvez seja a hora de engolir o choro e limpar esse rosto. Dói, eu sei, mas não é pra sempre.”

—

Lucas Katsuro

Fui buscar Rachel na hora marcada e não me preocupei em me vestir bem, coloquei uma roupa simples e fui, mas quando Rachel veio andando em minha direção, me arrependi na hora, ela estava linda, corrigindo ela é linda.

Feliz Halloween.- eu disse

Oi.- Rachel falou bem próxima .

Fomos andando até a lanchonete em completo silencio e confesso que dessa vez quis conversar um pouco.

Chegamos a lanchonete e eu abrir a porta para Rachel, a garçonete nos guiou até a nossa mesa e fizemos nossos pedidos.

Quero uma tigela de cereais.- eu disse

Rachel me encarou como se eu tivesse dito algo absurdo, mas depois pediu chá.

Depois que a garçonete saiu, resolvi falar algo.

Está bonita.- eu falei

Obrigada.- Rachel disse e sorriu

Então nossos pedidos chegaram, coloquei meu cereal e meu leite na tigela enquanto Rachel colocava açúcar em seu chá.

Quer dividir?.- eu perguntei, então Rachel pegou uma colher e disse:

Por que pediu cereal?.- perguntou enquanto pegava um pouco

Por que pediu chá?- eu retruquei enquanto encarava Rachel.

Porque você pediu cereal.- Rachel disse enquanto mastigava

Pedi cereal porque não quero que confunda isso com um encontro.- eu falei sorrindo

Ainda pode ser um se pedir cereal.- ela retrucou sorrindo eu a cortei

Não é um encontro.- eu disse séria

Então como vai seu negocio com musica?- perguntei, acho que me esqueci de mencionar que Rachel é cantora.

Está bem. E sua ordem de restrição?- ela perguntou e me olhou nos olhos

Não chamaria isso de meu “negócio”, mas voltar com a Marley é, e estou me saindo muito bem. Exceto por um incidente no médico. – eu falei quanto colocava mais uma colher de cereal na boca.

Enquanto o incidente com os pesos.- Rachel me olhou e bebeu um pouco do seu chá.

É. Isso foi um negócio com os meus pais. Gostaria de explicar em uma carta para Marley, porque não foi nada, queria que ela soubesse que não estou fora de controle e que na verdade estou muito bem. – eu disse e fiquei encarando Rachel que acabou de mastigar e me encarou de volta.

Eu posso entregar uma carta pra Marley. Ás vezes, eu a vejo com Mercedes.- ela falou e eu fiquei tão feliz.

Seria tão maravilhoso se pudesse dar minha carta a ela.- eu falei animada

Terei que esconder da Mercedes, ela não gosta de quebrar a lei. O que está carta definitivamente faria.- ela disse séria e me olhou.

Mas você faria?- eu perguntei já sabendo a resposta.

Terei que ser cautelosa. Já estou mal com a minha família, devera ouvir como perdi meu emprego.- Rachel disse totalmente séria e me deixou curiosa.

Como perdeu seu emprego?- eu perguntei ansiosa pela resposta.

Fazendo... sexo com todos do escritório.- ela disse de um jeito simples e eu fiquei impressionada.

Todo mundo?- eu perguntei ainda abismada

Fiquei muito deprimida quando Finn morreu. Foram muitos.- ela disse meio triste

Não precisamos falar disso.- eu disse notando o quanto ela ficava desconfortável com esse assunto.

Obrigada.- ela agradeceu com um meio sorriso

Foram quantos?- eu não resistir,ok? Precisava saber mais.Onze.- ela respondeu rapidamente

Nossa.- eu disse impressionada, onze era um número bem grande.

Eu sei.- ela disse sem me olhar

Não vou mais falar disso.- eu disse sabendo que era mentira.

Tudo bem.- ela falou ainda sem me olhar

Posso fazer só mais uma pergunta?- eu disse baixinho, um tanto envergonhada.

Ela me olhou de relance e balançou a cabeça em acordo.

Tinha alguma mulher?- eu estava realmente curiosa sobre essa parte.

Sim.- ela me olhou dessa vez

Sério?- eu perguntei sorrindo

Sim.- ela disse sorrindo de volta.

Então ela me contou alguns detalhes e eu fiquei realmente excitada e contei que Marley me achava uma pervertida, quando eu falava ou tentava algo daquele tipo e eu disse que era melhor mudar de assunto, mas ela disse que não se importava e que foi demitida porque as pessoas começavam a brigar por ela e o chefe a chamou na sala dele e tentou a culpar por tudo então ela o acusou de assédio e eles a demitiram, a mandaram pra casa e a fizeram tomar remédios.

Então voltamos a falar da carta e bolamos uma estratégia, então eu queria correr pra casa e escrever logo a carta, mas Rachel perguntou se não poderia terminar de beber o seu chá.

Então me veio em mente que o jantar na Mercedes foi um teste e começamos a falar disso e quando eu vi tinha dito que Rachel era mais louca que eu e ela disse que não iria entregar, mas carta nenhuma e começou a gritar no meio da lanchonete e ter uma ataque, então ela derrubou as coisas que estavam na nossa mesa e saiu correndo.

Eu fiquei tão confusa que não sabia se ia atrás dela ou voltava pra casa, optei pelo certo, fui atrás dela.

Hey, qual é?- eu disse indo na direção dela, mas ela andava rápido e nem me dava atenção.

Não acha que seja maluca.- eu disse, na verdade eu achava, mas precisava de Rachel.

Acha sim.- ela disse e completou.- Disse ao seu médico que eu estava em uma categoria superior de doença mental, não é?- ela perguntou com raiva

O quê? Se acalme.- eu disse confusa e tentando me acalmar.

Me deixa em paz.- ela gritou

Posso me explicar, por favor?- eu perguntei gritando e completei.- Não queria que Marley me associasse a você com aquele comportamento sexual porque nunca fiz nada daquilo, certo?.- eu disse um pouco mais calma

Pode não ter experimentado as merdas que eu fiz. Mas adorou ouvir sobre elas, não foi? Você tem medo de estar viva, tem medo de viver. É uma hipócrita, uma conformista, uma mentirosa. Me abrir com você e você me julgou. Você é uma idiota.- Rachel gritava comigo e chorava

Se acalme.- eu disse segurando ela pelos ombros

Me larga! Me larga! Está me assediando!.- ela começou a berrar e eu a soltei

Cala a boca.- gritei com ela, já estava cansada das maluquices dela.

Vá embora.- ela gritou

Então pessoas começaram a se aproximar e Rachel gritava que eu estava a assediando e me impediam de chegar perto dela, tudo começou a ficar confuso, então comecei a escutar a música do meu casamento e Rachel parecia confusa e eu não estava mais respondendo por mim, quando...

Continuaa