Once upon a time escrita por Mielly Milena


Capítulo 1
Apenas uma historia


Notas iniciais do capítulo

Bem essa Fic na verdade é um conto, que eu escrevi para dar de presente a my sister, e ela acabou pedindo pra eu colocar aqui, espero que gostem tanto quanto ela gostou, espero dividir direito os capítulos... e enfim, espero que curtam...
Beijoos



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A neve caia tranquilamente do lado de fora da casa de inverno cobrindo tudo como um lençol de linho, enquanto uma senhora se diria a porta principal da casa, em direção ao segundo andar.

Ela abriu a porta e encontrou uma menina, de 15 anos mais ou menos deitada na cama observando à lareira, assim que a viu a menina abriu um sorriso.

— Você ainda está acordada Cath – A senhora ralhou.

— Não consigo dormir – Ela suspirou.

— Quer que eu leia uma historia? – Perguntou à senhora se sentando em uma cadeira acolchoada lado da cama, colocando a bolsa no colo.

— Não quero ouvi outro conto de fadas – A menina bufou – Já sou uma quase adulta, chega de “Era uma vez”.

Um sorriso melancólico brotou nos lábios dela.

— Uma adulta, não é mesmo? – A senhora remexeu sua bolsa - Vou ler uma coisa diferente então.

— Do que se trata?

— Shiii – A senhora pediu se aconchegando - Deixe-me começar.

“É impressionante como...”

— Espere - A menina sobre a cama pediu – Não tem: “era uma vez”?

A senhora sorrio com doçura.

— Não estamos falando de contos de fadas. – E continuou – Posso?

Ela concordou com a cabeça.

“Londres 1525”.

"É impressionante como pequenos momentos podem mudar a vida das pessoas, algumas ganham muito dinheiro em segundos, outros perdem, mas no meu caso não tem nada haver com condições financeiras, o meu caso é complicado. E pensar que tudo mudou em pequenos instantes...

Estava sentada perto da janela, era a hora de escovar meu cabelo, minha aia sempre penteava meu cabelo aqui, e sempre nessa hora, ela nunca soube que na verdade eu escolhi esse momento pois era a hora em que eles treinavam, os soldados quero dizer, não, eu não sou nem um tipo de assanhada, o problema que esse era o único instante que podia vê-lo: General Joshua, Ele era bem novo para um cargo tão importante, mas ele vinha de uma linhagem de comandantes e generais, dizem que seu pai começou a treina-lo na arte da guerra com apenas três anos, para que aos 24 anos ele fosse o homem de maior confiança do rei, o meu pai, que sempre me dissera que eu poderia me casar com quem eu escolhesse, se essa pessoa pertencesse a família real, o que não incluía o General, por isso nunca contei do meu sentimento, nunca lhe contei que desde que o vi pela primeira vez a quase cinco anos atrás, me apaixonara de primeira, não que ele tivesse permissão para me dirigir a palavra, ele era o brinquedinho do senhor meu pai, então devo ter me encontrado com ele nesse meio tempo uma meia dúzia de vezes.

— Pronta majestade – Minha aia sorriu – Seus cabelos brilham como uma cascata de ouro derretido.

Sorri para ela, hoje meu pai me pedira para ir até seus aposentos, segundo ele, tinha uma noticia que mudaria nossas vidas.

Escolhi um vestido verde, que combinavam perfeitamente com meus olhos, e destacavam meus cabelos loiros.

Sai do quarto tranquilamente juntamente com minhas damas de companhia, Anna e Samantha, caminhamos pelo corredor que separava meu quarto dos aposentos dele, os guardas na frente da porta me anunciaram e finalmente pude entrar, sempre odiei isso, a burocracia que existia para encontrar minha própria família, não podia chegar perto do meu próprio pai sem ser chamada.

— Pai – Fiz uma reverencia.

ele sorriu.

— Entre.

Meu pai estava sentado atrás de uma mesa de mogno e olhava um mapa, com pequenos navios e soldados espalhados em todo ele e aquilo só podia dizer uma coisa?

— Estamos em guerra? – Perguntei.

— Parece que sim – Ele parecia cansado.

Meu pai é o rei Willian II, ele vem cuidando de mim desde que minha mãe falecera me dando a luz, e apesar de ser bem apessoado, foi sua escolha nunca se casar de novo, sua aparecia não denunciam seus 65 anos de idade, menos hoje, nessa noite, pela primeira vez em muitos anos meu pai aparenta ser um velho.

Peguei a saia do meu vestido e o levantei, para que não me atrapalhasse a andar.

— O que houve? – Me aproximei.

— Um desentendimento em um acordo que deveria ser pacifico.

Meu pai me explicou que ele e o monarca da Dinamarca pretendiam selar um acordo pacifico de trocas de matérias brutas, mas segundo ele o rei dinamarquês queria mais do que lhe era proposto em troca de muito pouco, ofensas foram trocadas, e ele dissera que só recuperaria sua honra com meu pai morto, é claro que essa suposta ofensa trocada com meu pai era apenas uma desculpa esfarrapada para entrarmos em guerra, a séculos os dinamarqueses viviam em pé de guerra com a Inglaterra, pois nossos recursos naturais são melhores, porém se a Inglaterra se tornar submissa da Dinamarca muitas coisas mudariam por aqui.

— O que vamos fazer papai? – Fiquei preocupada.

— Vamos agir com dignidade, vamos lutar, amanhã mandarei uma leva de soldados se prepararem, cuidarem da linha inimiga, e quero você comigo, para saudá-los, deixem que eles tenham uma boa visão antes de partir, esteja estonteante minha filha.

— Estarei papai.

Ele me olhou com uma certa compaixão e...tristeza?

— Pai? – Chamei.

— Felipe da França prometeu nos ajudar. – Ele falou devagar.

—Isso é bom não é? – Tentei entender sua tristeza – Precisamos de aliados.

— Sim, mas... – meu pai se aproximou e pegou minhas mãos –Filha, ele quer que seu segundo filho se case com você para selar o acordo.

Aquilo foi um choque, eu queria gritar, berrar, dizer que aquilo não era justo, mas eu sou uma dama, a única coisa que me foi permitido fazer foi ficar paralisada.

—Me disse que podia casar com que eu quisesse – Murmurei.

—Sim filha, mas já passou da hora e ainda não arrumou um pretendente e precisamos que esse casamento aconteça.

—Preciso me recolher – Pedi – Se me der licença.

—Ainda não – Ele tentou se aproximar mas me encolhi.

—Por favor, me deixe ir – Corri para a porta.

— Catherine Elizabeth essa conversa ainda não terminou – O ouvi dizer.

Minhas damas de companhia me esperavam do lado de fora, assim que viram minhas lagrimas entraram em pânico, correndo na minha direção e querendo saber o que tinha de errado comigo, até aquela manhã eu era apenas uma garota normal, condenada a amar um homem que nunca teria agora eu estou noiva, e condenada a casar com um homem que nunca amaria.

Chorei a noite toda, não sei bem quando o dia amanheceu, acho que o sol chegou mais rápido, pois ele sentira minha dor, e viera me acolher, o pior de tudo é que iria ter com meu pai para saudar os soldados que partiriam para a guerra, e ele estaria lá, entre eles e talvez não voltasse.

—Princesa – Samantha me chamou – Está na hora, precisa levantar.

Ela e Anna ajudaram a me vestir, sempre odiei espartilho e com certeza não conseguia respirar com aquilo, só que quanto mais apertado, mais bela ficava, então fiz o sacrifício, prenderam meu cabelo em um coque alto, e colocaram-me uma rede de perolas, meu vestido marfim, simbolizava a paz, e era um gesto de esperança, pus minha gargantilha de cetim negro com pingente que pertencera a minha mãe, a maquiagem precisou ser carregada, com uma boa camada de pó de arroz, para cobrir minha olheiras, - Por ser muito branca, qualquer coisa marcava minha pele - Calçaram meu chapim e eu estava pronta.

— Está divina majestade – Anna elogiou.

Nós fomos juntas até o salão principal, onde nos encontramos com meu pai, ele beijou minha mão e fingiu que nada havia acontecido e eu entrei nessa brincadeira.

A carruagem nos levou até onde os soldados estavam reunidos, eram muitos homens, quem sabe dois ou três mil separados por guarnições.

— Seja perfeita – Meu pai falou antes de abrirem a porta.

E assim que desci, senti os olhares em cima de mim, todos os homens estavam com seus uniformes vermelhos, e armas em punho, olhando fixamente para frente e estavam de joelhos, mas de alguma forma sabia que estavam olhando para mim.

Foi quando ele surgiu, com o mesmo uniforme vermelho, que valorizava tanto seu porte físico, com calças pretas e botas de cano alto, sujas por causa da lama, poderia ser confundido com um soldado se não fosse às insígnias comprovando que ele era o general, e seu porte de comando, seus cabelos castanhos estavam cortados de modo bem curto como de padrão para um soldado, sua pele parecia amanteigada pelo sol, e seus olhos... Eram incríveis, os azuis mais intensos que eu havia visto.

— Majestade – General Joshua se ajoelhou a nossa frente –É um prazer encontra-lo aqui meu senhor.

—Levante-se meu bom amigo – Meu pai tinha um sorriso nos lábios – Como está à preparação?

—Estamos prontos para a batalha – Ele afirmou –Só...

— Parece que sim – Interrompi.

Foi quando ele pareceu me notar, essa era a primeira vez que ele me olhava diretamente.

— General – Fiz uma pequena reverencia.

— Me perdoe, filha. – Meu pai se aproximou – General essa é minha filha, de quem eu havia falado, Cath esse é o homem que vai vencer a guerra por nós.

Joshua se curvou e beijou minha mão.

— Éum prazer imenso conhece-la -Então desviou a atenção para meu pai – Mas senhor, não posso vencer sozinho, creio que esses homens ajudaram nessa perspectiva.

— Com certeza – Meu pai sorriu – Levantem-se homens.

E uma maré vermelha ficou de pé.

—Deus salve o rei – Eles bradaram.

Tive vontade de revirar os olhos, naquele momento, eu era quem precisava de salvação”.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam??
comentem please....