The Walking Dead - Rio de Janeiro escrita por HershelGreene


Capítulo 10
Capítulo Dez - Inovação Médica


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo se passa antes do apocalipse.



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Naquela manhã, ás 5h45, Michelle Martinez havia iniciado seus rituais matinais para começar bem o dia. Um de seus favoritos era preparar um suco de laranja colhido de seu próprio pomar no jardim. Ela pegou uma cesta e partiu para o quintal escuro de sua casa no meio da cidade de Brasília. A vida de presidente havia dado a ela uma série de presentes, incluindo a generosa mansão construída nos tempos coloniais.

Michelle já havia colhido frutas suficientes e voltava para casa quando ouviu o pequeno ruído de sua secretária eletrônica. Quem é que liga às seis da manhã de uma sexta? Apertou o botão e escutou o recado.

“Bom dia, presidente Martinez, sinto muitíssimo por ligar assim tão cedo.” A voz educada de sua secretária particular hesitava em falar. “Como já sabe, o Centro de Pesquisa Medicinal dará uma festa diante ao sucesso recente e pediram para eu comunicar a senhora que foi convidada para o evento! O governo já informou seu piloto e ele irá busca-la ao meio-dia. Atenciosamente, Lara.”

...

Michelle teve um sobressalto, despertando assustada de seus pensamentos. Estava sentada sozinha em uma macia poltrona de couro na imensa cabine de um jatinho particular corporativo que atravessava aos solavancos uma área de turbulência. Ao fundo, ouvia-se o zumbido constante de uma música própria para elevador.

– Sra. Martinez – O alto-falante chiou acima dela – Estamos na fase final de aproximação.

Michelle se endireitou no assento e tornou a guardar as notas do discurso dentro da bolsa de viagem. Estava no meio de uma leitura silenciosa quando havia cochilado. Desconfiava que seu sono fosse resultado de horas extras no trabalho.

Do lado de fora da janela, o Sol já havia saído e brilhava na superfície de milhões de prédios da cidade do Rio de Janeiro. Mesmo ao longe, ainda se via o monumento de quase quarenta metros do Cristo Redentor. Atrás dele, a espalhada geometria de ruas e monumentos se espalhava por todas as direções.

Michelle adorava aquela cidade e, quando o jatinho tocou o solo, sentiu uma animação crescente em relação ao que o dia lhe reservava. A aeronave taxiou até um terminal privado em algum lugar em veio à vastidão do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.

Michelle juntou suas coisas, agradeceu aos pilotos e emergiu do interior luxuoso do jatinho para a escada dobrável. O ar quente da cidade dava uma sensação de felicidade.

– Olá! Olá! – gritou uma voz melodiosa com sotaque americano – Presidente Martinez?

O homem que havia gritado estava parado junto a um Lincoln estacionado no meio da pista. Ela apertou sua mão ressecada e entrou no interior luxuoso do carro. Tudo aquilo havia sido programado pelo governo para que não houvesse furos. Tinham que levar a presidente em segurança para o Centro Cultural Banco do Brasil.

– Meu nome é Francis, do serviço de locomoção do governo – disse o motorista ligando o carro – Bom dia. Bem-vinda ao Rio de Janeiro.

Michelle agradeceu com um aceno e tentou aproveitar a vista da cidade começando a acordar. As pessoas saiam de suas casas apressadas para o trabalho ainda apresentando sinais de sono. Nenhuma delas sabia o motivo da presidente ter saído de sua casa para estar presente no evento que mudaria tudo.

Michelle ainda não sabia que mudaria para pior.

O carro de Francis parou suavemente junto ao prédio onde seria realizada a festa. Paparazzi e fotógrafos se acotovelavam junto à entrada para ter melhor visão dos convidados. Atores, atrizes, médicos e cientistas faziam fila para a seção de fotos proposta no evento. Alguns vestiam deslumbrantes vestidos de marca, outros algo parecido com a renda de cortinas. Michelle olhou para baixo e se envergonhou de seu simples vestido azul-turquesa. Ela saiu do carro tentando não ser notada, isso seria fácil se não fosse presidente do Brasil. Os fotógrafos repararam em Michelle e dispararam suas câmeras, cegando-a parcialmente. Ele sorriu para a multidão e entrou no prédio deixando os repórteres decepcionados.

O salão onde a palestra seria realizada estava completamente lotado. As cinco fileiras de cadeiras estavam quase completas e seus ocupantes fitavam com apreensão o palco em forma de L do outro lado. Michelle sentou-se na primeira fileira e cruzou a bolsa no peito. Instantaneamente as luzes do salão se apagaram e um jovem subiu no palco:

– Boa-tarde! – disse ela sem respostas – O evento que será realizado esta tarde é patrocinado por empresas cujo nome citaremos no final. Agradeço a todas elas, pois sem este apoio seria impossível realizar tudo isso.

Houve breves e pequenos aplausos.

– O que viemos apresentar hoje a vocês é uma inovação da medicina – continuou a mulher – Mais um passo que o ser humano dá para o futuro saudável do planeta. Este maravilhosa realização não poderia ser possível sem a doutora Jayne Martins e sua equipe.

Os integrantes subiram no palco e foram ovacionados por uma onda de aplausos.

– Muito obrigado a todos pela presença – disse Jayne – Nós aqui, do Centro de Pesquisa Medicinal temos a honra de finalizar os onze anos de pesquisa. Apresentaremos a vocês nossas vidas e futuros. Algo que colocará o Brasil no topo do mundo. Gostaria de apresentar a nova e mais recente cura para o câncer!

Ninguém havia batido palma. Todos estavam em choque pela notícia. Depois de alguns segundos, a multidão percebeu o anúncio e se levantou das cadeiras para aplaudir.

– Obrigado! Obrigado! – sorriu Jayne – Gostaríamos de apresentar o doutor Michael Santiago. Ele tem câncer nos pulmões e será a nossa primeira cobaia humana!

Um dos atores se levantou. Enquanto isso, Michael subia no palco.

– Cobaia humana?! – perguntou o ator – Vocês ainda não testaram para saber?!

Jayne esperava aquela pergunta.

– Ainda não – respondeu – A vacina foi testada em trinta animais e todos deram resultados positivos. Michael está de acordo em ser nossa primeira cobaia!

Dois integrantes do grupo voltaram ao palco carregando uma maca hospitalar onde depositaram Michael com cuidado. Outro se dirigiu a ele de injetou a seringa em seu braço.

– Enquanto esperamos o efeito – disse Jayne – Gostaria de tirar algumas dúvidas.

– Como vocês descobriram a cura? – berrou alguém no fundo.

– Pois bem! Os estudos feitos pelos outros países não tem mirado exatamente no problema – disse Jayne – Na verdade, sempre tivemos a cura.

– Como assim?! – perguntou Michelle à Jayne.

– Uma parte desconhecida do nosso cérebro é capaz de exterminar o câncer – respondeu ela – Nós apenas conectamos esta parte ao local onde a doença afeta.

Michael se contorceu na maca.

– Esta vacina! – continuou ela – Leva uma série de células acionadoras que se espalham pelo corpo, ligando um ao outro. Ela demora um tempo para completar a viagem e...

Michael pulou da maca e avançou no pescoço de Jayne.


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Notas finais do capítulo

RIP Jayne?!?!



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