– Isa, sabe o que a Kell vai fazer quando estiver em pleno voo e o copiloto dela for muito bonito?- A Isa olha pra ela e já sabe até a resposta.

– O que? - pergunta como se fosse o ser mais inocente da terra.

A Thaylla começa a rir sem para, e de repente eu também estou rindo por que fico imaginado a cena que ela descreve.

– Ela vai falar assim: - A meu copiloto bonitão venha me levar pro céu, me fazer voar como turbina de avião velho.- A thay volta a rir com mais força, isso por que ela também é doida e tem suas ideias de vez em quando (quer dizer de vez em sempre)

Mas voltando, então no dia seguinte eu me levantei cedo e fui fazer a matricula, depois de feita a matricula, eles fazem você passar por vários exames, exame de vista, de audição, de coração, eu linda como sou fui fazendo todos eles e fui sendo aprovada, mas, sempre tem que dar alguma coisa errada.

Bom todo começou, no dia seguinte aos exames de coração. Como sempre a minha pessoa perdendo hora (isso é normal), sempre é a Thay que me acorda (na base dos gritos, por que de outro jeito eu não acordo), a linda nesse dia foi mais cedo pra loja, e me deixou dormindo, nos somos sócias e temos uma loja de doces, mas, como a Thay é formada em gastronomia e é especializada em doces, então o trabalho pesado fica com ela mesmo.

A Isabella, já tinha saído à procura de trabalho, nos falamos que ela podia trabalhar com a gente na loja, mas, ela não quis, por que não achava justo, então estava à procura de algo pra fazer, (foi ai que ela subiu no meu conceito). - Cala a boca e conta logo o que aconteceu.Olha eu brigando comigo mesmo.

Depois claro de me levantar, sair batendo em tudo que estava na minha frente, colocar a blusa do avesso (não eu não percebi, e esse foi o meu fim), tomar café, quase morrer engasgada com um pedaço de bolo, eu finalmente consegui sair de casa, já que estava no inferno melhor abraçar capeta não é mesmo?

Pois bem, quando eu saio de casa, estava chovendo, a minha pessoa por incrível que pareça esquece a chave dentro do apartamento, e sem ter como entrar, fico sem guarda-chuva. ( era melhor ter ficado na cama). È meu dia começou bem. - SINTA A IRONIA.

Saiu na calçada e escorrego, caio de bunda no chão, fico Puta da vida, por que fica uma marca na calça como se eu tivesse feito xixi na roupa. Levanto já com vontade de matar um, mas insito em ir pra fazer aquele maldito teste com a psicóloga (mas tenho a leve impressão de que eu não vou passar, por que será?).

Chego ao meu destino, depois de tomar um banho, pro que um filho de uma p** passa bem em na poça, na hora que eu estava entrando no taxi bom, mas, eu chego, entro no local e todo mundo me olha com cara de tapado, tenho vontade de perguntar - Que foi? Nunca viu cara de pavio? Mas permaneço com a minha boca bem fechada.

Estou sentada, esperando a minha vez, com todo aquele povo me olhando com cara de bunda, (claro a pessoa esta com a roupa molha e do avesso, foi ai que eu percebi que a maldita blusa estava do avesso), e de repente sou chamada (não dava mais tempo de ir ao banheiro desvirar a roupa), me levanto e com a melhor pose eu sigo a mulher maravilha (a secretaria) até a sala da Doutora.

– Bom dia! Prazer eu sou a Dr. Angélica e vou te fazer algumas perguntas, tudo bem?- Me olha como se eu fosse retardada, essa eu deixo passar.

– Prazer eu sou Quézia. - Aperto sua mão que estava esticada.

– Bom vamos começar então. - fala a médica de doidos.

Começa a me fazer perguntas do tipo onde eu morro, onde eu nasci como eu cheguei até aqui (pergunta mais sem cabimento essa), eu começo a ficar irritada, mas vou relevando.

Mas a minha paciência tem limites, assim como tudo tem, foi quando ela começou a me mostrar uns desenhos que provavelmente foi feitos por alguma criança e me fazer perguntas mais sem cabimento ainda que eu chutei o pau da barraca e mandei-a ir cata coquinho na ladeira da penha, que ela me reprovou na hora, dizendo que eu era doida e que eu nem devia estar solta e sim em um hospício, foi ai que eu voei em cima dela e comecei a bater, bom pra resumir fui parar na delegacia, o delegado me prendeu por desacato a autoridade, acredita só por que eu falei pra ele levantar a bunda gorda da cadeira e pegar seu próprio café, ( é eu passei dos limites).

Moral da historia, as meninas tiveram que dizer que eu tinha problemas com plástico bolha (aquele que vem em volta das coisa que tem o risco de quebrar), e que se eu ficasse mais de dois dias sem estourar as bolhinhas eu ficava descontrolada (se colou? Não sei, só sei que ele me mandou embora na hora), provavelmente deve ter achado nos três doidas, no mínimo.

Depois de sair da delegacia, eu contei tudo o que aconteceu pra meninas e elas quase se acabaram de rir da desgraça alheia, (olha as amigas que eu tenho).

Após essa tragédia, eu nunca mais quis ser “pilota” de nada.

Flash Back off.

Sabe essa historia ainda arranca muitas risadas da gente. Com essas e outras aventuras sei que o mais importante na vida é nunca perder a esperança de um novo amanhecer vira e será bem melhor.

Continua...