JohnLock e o grande caso. escrita por WeepingAngeldb


Capítulo 2
Lugares Inusitados.


Notas iniciais do capítulo

Usar a imaginação realista é permitido ;)



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John não sabia distinguir o sentimento daquela hora, mas sabia que não era ódio ou nojo, estava mais pra dúvida. Ele ainda não tinha processado o que acabara de acontecer. Perdeu de vista Sherlock no final do beco, e começou a se mover lentamente na mesma direção. O barulho da sola dos seus sapatos era a única coisa que se ouvia. Sua mente estava silenciosa, ele realmente não sabia o que pensar. Quando chegou ao fim do beco não se encontrou com Sherlock como esperava, e resolveu pegar um taxi pra chegar á 221B. Ao chegar lá não entrou, ele apenas olhou pra janela e viu Sherlock tocando seu violino majestosamente. “O que diabos eu devo falar hora que entrar? Uau! Você beija bem?” Caminhou por um tempo e parou em um Pub, não comia á horas e resolveu parar pra lanchar, sentou em uma mesa qualquer. Seu pedido demorou três rápidos minutos. Quando ia colocar o sanduíche na boca, parou e analisou melhor o lugar onde estava. “Esse lugar é familiar”. Lembrou-se que aquele lugar era onde tinha jantado com Sherlock pela primeira vez, no dia em que se conheceram. “A mesma maldita mesa”.
Sherlock viu John parado na calçada, mas fingiu que não, continuou a tocar seu violino. “Eu devo ter deixado ele curioso”. Holmes não se sentia incomodado com a situação e nem se arrependia. Após alguns segundos, ele foi dormir, fazia três dias que ele não dormia e só foi fazer isso por não ter mais nada pra fazer.
John acabou seu lanche e foi pra casa. ”Eu realmente não sei o que dizer”. Ele abriu a porta esperando encontrar Sherlock sentando na poltrona com suas mãos juntas ao queixo, mas não, ele não estava lá. Sendo assim, John resolveu dormir também, ele não dormia bem há três dias por conta dos barulhos que Sherlock fazia de madrugada. Pegaram no sono rapidamente. E depois de horas a manhã chegou os irritando.
Sherlock levantou primeiro. Como de costume, pegou um jornal, uma xícara de chá e se sentou. Depois de 20 minutos, John aparece na porta de frente pra Sherlock:
–Bom dia!- disse meio receado.
Sherlock abaixou o jornal:
–Bom dia, John- disse como se nada tivesse acontecido e até deu um sorriso- Você está bem? Parece meio confuso – a ironia era explicita.
Antes de responder, John abriu as janelas da sala, pegou uma xícara de chá que Sherlock havia preparado pra ele e se sentou.
–Estou bem e estou... –mediu palavras-... Curioso.
Sherlock largou o jornal e acendeu um cigarro. Silenciosamente fitou John.
–Como estamos? – perguntou John
–Bem dormidos?!
–Não isso Sherlock, você sabe do que eu estou falando.
–...
–Hum?
–Estamos de bem, por mim.
–Sim?!
–John Watson! -Sherlock riu com tom sarcástico- Você com seu discurso de se sentir vivo, eu penso o mesmo. Geralmente me sinto vivo sendo mais inteligente que as outras pessoas e resolvendo coisas que me desafiam. Tentei algo diferente e não imaginei isso com uma mulher, ou qualquer... Outra pessoa. Pensei, John é meu amigo e vive repetindo que posso contar com ele pra qualquer coisa.
–Sim. Fico feliz por fazer parte disso, eu quero dizer... Tudo bem.
O assunto se pausou quando a porta se abriu bruscamente.
Era Lestrade:
–Sherlock! Preciso de você!
–O que foi Lestrade? Perdeu seu celular? Quer ajuda pra lembrar um numero de telefone. – riu
–Haha! Acordou com senso de humor? Encontramos um corpo na Rua Grendon.
Sherlock levantou com entusiasmo, se ajeitou e chamou John:
–Se não for inconveniente pra você.
–Não, já disse que está tudo bem. E você acha mesmo que vou negar um novo caso? Não nas nossas condições. –riu.
Chegando ao local do crime, Sherlock não notou nada diferente.
–Vou deixar os bons garotos trabalharem, qualquer coisa me chamem- Lestrade disse e saiu.
–Ok, ahn, o que temos aqui?- John interrompeu os pensamentos de Sherlock.
–Nada interessante. Esse pobre homem é vitima de assalto. Observe os pontos bagunçados. A bagunça está em lugares estratégicos. Onde provavelmente teriam coisas valiosas. Qualquer pessoa notaria.
–É, observando melhor se nota, realmente. Ele mora sozinho?
–Não, ele mora com um homem.
–Pai solteiro? Amigos, como nós?
–Sim, amigos.
–Que situação, imagino se fosse comigo... –John ficou meio arrependido de ter feito esse comentário, mas ele se colocava na situação do amigo, se fosse Sherlock seria uma coisa horrível, uma situação difícil de superar.
Sherlock olhou de canto para John e desviou rapidamente sem comentar nada, ele estava concentrado mas ficou um pouco afetado com o comentário. John tinha notado e teve uma idéia. Ele se localizava nos pés da vitima, que era de frente á lareira, e Sherlock na cabeça, perto do sofá. Ele passou pela vitima e empurrou Sherlock sobre o sofá, por mais repentino foi delicado. Sherlock nunca fica surpreso com as atitudes de John, mas dessa vez, ficou. John se ajoelhou, levantou suas mãos, colocou uma no pescoço quente de Holmes e a outra na cintura. Aproximou-se intensamente e o beijou. Lentamente se afastou, fez um carinho final no cabelo de seu ‘amigo’, sorriu e levantou.
–Certo! –suspirou- Agora eu fiquei um pouco confuso, sentimento novo. –Sherlock disse se levantando e arrumando seu sobretudo.
–Quer um lugar mais inusitado do que uma cena de crime? Só estou contribuindo.
Os dois sorriram e foram surpreendidos pela porta abrindo de forma rude novamente. Era Lestrade, típico.
– Pensei que o assassino estivesse aqui. Ouvi um barulho.
–Só foi eu... Tropecei. – Sherlock olhou para John e se segurou pra não rir.
–Que? Ok. Se vocês terminaram- acenou para a porta.
Os dois saíram da casa e uma brisa forte passou, Sherlock levantou a gola de seu sobretudo.
– Pra casa agora?
Pegaram um taxi e logo chegaram.
Sherlock preparava chá, enquanto John acendia a lareira.
– Eu espero não ter sido inconveniente, Sherl...
–Não! De forma alguma. Aprecio quando tem atitudes, digamos, inesperadas. – sorriu mostrando os dentes.
Os dois estavam quietos, apreciando um bom chá e o clima agradável da sala; quente, aconchegante, não muito claro.
–Já sabe quem é o assassino?
–Ah! Terei que analisar melhor, meio que fui distraído hoje, mas já tenho suspeitos.
–A sua eficiência é cada vez mais admirável. -riu- Mas que bom que sua mente anda trabalhando bem...
–John?
–Sim?
–Essa sala é inusitada?- disse isso se movendo de quatro em direção de John, e quando chegou perto, John se ajoelhou.
–O que você acha?
Eles estavam bem de perto e antes que qualquer um dissesse mais algo, seus lábios se envolveram. Fora uma coisa repentina e meio sem planejamento. Os dois estavam em laços quentes e com muita intimidade. Mas os movimentos se travaram e se afastaram quando ouviram a porta abrir.


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Notas finais do capítulo

Eu espero que gostem e que continuem acompanhando os próximos capítulos.
Obrigado por ler! ♥



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