Os Cavaleiros do Zodíaco - A Saga de Zeus escrita por Diego Tavares


Capítulo 6
Capítulo 5 - O Aspirante da Velocidade de Luz




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Capítulo 5

O Aspirante da Velocidade da Luz

Então Zeus despertará...

Seiya pensava sobre a questão, preocupado no que isto acarretaria a Terra. Por muitos séculos o mundo terreno estava a deriva, com os deuses tentando impor suas vontades aos humanos de forma tão sutil, sendo quase imperceptível. Atena era uma das poucas divindades que ia contra a opressão. Não enxergava sua força como razão para dominar aqueles que precisavam ainda mais de ajuda.

O Cavaleiro trajando sua armadura de ouro estava imóvel a frente da Casa de Sagitário, protegendo-a como dizia um de seus deveres.

Nesses tempos conturbados é preciso que a nova geração possa nos ajudar o quanto antes.

Dali mesmo ele era capaz de ver o trabalho dos futuros cavaleiros. Estavam realizando uma atividade física, carregando rochas e pilares para a construção de um futuro hospital que servia para tratar dos cavaleiros feridos.

Seiya observou como havia tantas crianças. É claro que os Guardas do Santuário, estavam monitorando tudo e ajudando-as com os objetos mais pesados. Ainda assim, o cavaleiro enxergava em cada uma deles, um futuro guerreiro. Era preciso acreditar que aquela geração substituiria a dele de forma tão ou até mais superior.

Ainda mais com o despertar do Deus dos Deuses tão próximo.

***

– Mas isso é um saco! – Reclamou Perseu jogando a rocha no chão. Havia carregado aquele pedregulho nas costas por quase um quilômetro.

– Você não deveria dizer isso – disse Sirah – quando estamos próximos de uma Amazona de Prata. – Ela estava se referia a Marin de Águia, aquela que servia como uma Guia do grupo. Estava bem afrente de todos e por isso nem ouviu as palavras do garoto reclamão.

– Eu não to nem aí pra ela. Nós mal chegamos aqui e já estão nos fazendo de escravos. Será que eles não poderiam contratar pedreiros pra isso?

– Pare de reclamar – falou Cadmo, logo atrás dele carregando uma rocha ainda maior. – Enquanto você está ai tagarelando, os outros já estão nos deixando pra traz.

Eles olharam para frente e viram vários meninos já se distanciando. Sirah estava com o cabelo num rabo de cavalo para facilitar a movimentação na tarefa. Os olhos azuis como safira entravam em um belo contraste com a pele branca. Ela também estava carregando uma rocha, de tamanho menor do que dos outros meninos é claro. Mas ainda assim era algo incrível para uma garota pequena e magrinha como ela.

Olhando para o lado, Sirah percebeu um garoto passando por eles com um pilar gigantesco sobre um dos ombros.

– Saiam da frente, molengas. – Ele disse de maneira arrogante. Tinha cabelos alvos e lisos, descendo ao ombro e olhos negros. Aparentava ter mais ou menos a idade dos irmãos. Era um belo garoto, Sirah não podia negar.

– Se você quiser passar, que passe por outro lado. – Marrento, Perseu exclamou sem se importar com a metides do garoto.

– Você deveria ser mais educado com aqueles que não conhece. – O outro respondeu.

– É mesmo, Perseu. Nós estamos há pouco tempo aqui. É melhor não arrumar problemas. – Dessa vez, Sirah teve que concorda com o garoto de cabelos brancos.

– Ei, não defenda ele.

– Me defender de quem? Você? Você nem me alcançaria se quisesse. – O garoto provocou dando risadas, soltando o pilar no chão. A queda fez subir um pouco de fumaça e poeira. – Que tal apostarmos uma corrida?

Sirah não gostava da ideia do irmão estar se metendo com desconhecidos. Porem ela não poderia ser babá dele o tempo todo.

– Apostar uma corrida por quê? – Perguntou Perseu.

– Talvez para você perder essa marra, vendo alguém melhor que você.

Perseu riu, gostando da ideia de ter um rival logo cedo.

– Bom, caminhar com essa rocha estava sendo um verdadeiro tédio. Bem que poderíamos dar uma corrida.

Cadmo alheio do papo, já estava bem a frente chegando próximo do grupo.

Os dois se entre olharam como se estivessem numa conversa telepática. Perseu confiante na capacidade das suas pernas, enquanto que o garoto desconhecido se mantinha serio e concentrado.

Decidiram entre eles que o ponto de chegada era onde a Amazona de Prata estava, o que não deveria ultrapassar a marca de cem metros. O trajeto seria simplesmente em linha reta, passando através dos aspirantes que seguiam o mesmo caminho.

– Será que antes de começarmos, você poderia dizer seu nome? – Perseu perguntou, agachando-se e pondo as palmas das mãos no chão como fazem os corredores profissionais. A pose foi logo feita pelo outro garoto. Ambos estavam lado a lado prontos para partir.

– Eu sou Ajax... – Balbuciou – O futuro Cavaleiro de Cisne!

Na mesma hora os dois correram em disparada. Ombro a ombro numa disputa equilibrada a cada passo. O menor deslize seria fatal para decidir quem venceria.

Futuro Cavaleiro de Cisne? – Pensou Perseu – Quem ele acha que é?

Sirah já havia sido deixada, e mesmo assim observava os dois agindo como bobões. Se a Marin soubesse o que eles estão fazendo, com certeza sofrerão um belo castigo. Ela havia sido bem clara para que todos ajudassem a levar essas rochas nas costas.

Ajax estava a poucos milímetros a frente. Os pés dos dois mal chegavam ao chão e já estavam dando outro passo, acelerando cada vez mais o caminho. Perseu, malandramente deu um empurrão nos ombro de Ajax que o fez bambear. Nesse momento ele foi capaz de ultrapassa-lo assumindo a ponta da corrida.

O golpe surpresa parecia ter afetado e muito o garoto de cabelos brancos. Se antes tudo estava tão acirrado, agora a vitória já tinha dono. E o nome dele era Perseu. Ele olhou para traz e viu Ajax a muitos metros respirando fundo como se estivesse sem folego. Foi hilário vê-lo assim.

Perseu fechou os olhos faltando alguns passos para o ponto de chegada. Ergueu os braços como se estivesse a comemorar a conquista.

Chegando lá, o aspirante a cavaleiro saltou de alegria superando o seu adversário.

No entanto...

A rocha que Perseu deveria ter carregado estava bem diante de seus olhos. E o pilar de Ajax também. Mas quem os levou até ali?

O garoto de cabelos brancos surgia instantaneamente a sua frente. Estava risonho e sem aparentar ter mexido um musculo do corpo.

Mas o que diabos está acontecendo? – Perseu raciocinou, sem entender nada.

– Até que foi divertido correr com você, podemos fazer isso mais vezes. – Ele disse com um leve sorriso entre os lábios.

Os outros meninos que tinham cumprindo suas tarefas estavam boquiabertos. Eles se juntaram numa grande aglomeração ao redor de Ajax como se ele fosse alguém de outro mundo.

– Vocês viram isso? – Um deles perguntou.

– Eu mal conseguir ver alguma coisa, foi rápido demais! – Outro falou.

– Ele... Ele... Parecia estar na velocidade da luz! – Um terceiro exclamou, provocando uma zueira de vozes impressionadas.

Perseu estava confuso e com raiva. O que de fato havia acontecido?

– Ei, Ajax – Chamou Perseu – O que você fez pra chegar na minha frente?

Os garotos ficaram em silêncio, pois também queriam saber a resposta.

– Ora, eu simplesmente corri. – Ele disse, usando um tom de voz inocente.

– Fale a verdade! – Perseu bravejou.

– Tudo bem, já que vocês querem saber... Eu realmente...

Ele parou por um momento.

– Eu realmente, venci o Perseu trazendo a sua pedra e o meu pilar.

O grupo soltou um grande “ohhh” abismado.

– E eu não fiz isso de uma vez. Primeiro eu voltei, levando meu pilar até aqui e como Perseu parecia que nunca iria chegar eu decidi trazer sua rocha também. – Agora Ajax dizia de maneira arrogante e soberba.

– Seu idiota, como você fez isso?!

– Eu fiz isso, pois eu consegui atingir a velocidade da luz.

Todos se calaram, olhando fixos pra ele. Como ele havia chegado na velocidade da luz? Só eram capazes dessa façanha os Cavaleiros de Ouro. Como alguém que nem se quer tinha armadura era capaz disso?

Ninguém conseguiu explicar no momento. Toda via, o acontecimento fora bizarro. Agora, Ajax não era mais um naquele meio de pessoas. Ele ficou bastante conhecido e sua fama trouxe uma alcunha inusitada.

Ele era O Aspirante da Velocidade da Luz.


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Notas finais do capítulo

A você que está comentando ou somente acompanhando esta história: Muito obrigado! É muito bom saber que você está aqui lenda essas palavras.
Sábado e Domingo haverá uma pequena pausa nas publicações. Segunda-Feira tudo volta ao normal!
No próximo: “Capítulo 6 - A Fera que Matou Meus Pais”!



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