Capitulo 17 – Quer sair comigo?

POV Liam

Eu acordei com uma dor de cabeça de Azkaban, não tinha ideia do que tinha acontecido comigo, apenas imagens difusas, mas então o ciúme, a briga, o duelo e Rose me veio a cabeça... Rose!

Eu tinha que encontrá-la, mas apenas abrir os olhos doeu, Ra como se todo o meu corpo doesse, mas principalmente os meus pulmões, era quase difícil respirar, mas estava melhorando pouco a pouco, eu ouvi passos enquanto me sentava e seu cheiro me preencheu um segundo antes de ela entrar pelas cortinas, ela tinha um livro na mão e não notou que eu tinha acordado. Nada podia ter me feito melhor que tê-la visto, era como se a dor tivesse sido amenizada.

– Bom dia Rose – eu disse e ela me olhou surpresa por um momento, eu aproveitei esse segundo para olhar ao redor, uma poltrona ao lado da cama tinha um cobertor desarrumado e um travesseiro, tinham o cheiro dela, eu me pergunto se ela ficou comigo todo o tempo que eu estive desacordado, isso me enche de uma satisfação inexplicável e me esquentou por dentro, mas logo ela tinha me surpreendido ao se jogar nos meus braços e me abraçar apertado.

– Liam! Você acordou, Oh Meu Deus!– ela balbuciava sem controle e mesmo que eu estivesse amando o contato, não consegui suprimir o gemido de dor que me escapou – Oh, desculpe.

La tentou se afastar, mas eu a segurei pela cintura, bem próxima a mim.

– Nha, eu gosto de você aqui – eu sussurrei e sorri vitorioso ao ver o seu rosto corado, ela me deu tapa de brincadeira no braço mas não se afastou, o que me fez sorrir mais largo, ela me olhava como se quisesse ter certeza que eu estava bem e parece que conseguiu, porque ela suspirou aliviada e foi como se um peso tivesse saído dos seus ombros, eu olhei atentamente seu rosto, ela estava linda como sempre, mesmo com roupas trouxas, mas eu notei as linhas cansadas e as olheiras sob seus lindos olhos doces, mas eu tive que me mexer desconfortável na cama pela proximidade dela, isso não me ajudava muito na minha situação. É Liam, meu amigo, parece que é um banho frio para você hoje.

– Voce ficou desacordado por dois dias seguidos depois de ter acordado, você piorou muito, as enfermeiras estavam discutindo sobre mandá-lo para o Snt. Mungus, eu... eu estive muito preocupada com você – eu podia ver a dor e o conflito nos seus olhos, ela estava confusa e eu entendia, me senti assim no inicio, a confusão desses sentimentos tão fortes e estranhos que nos atraem.

Eu coloquei uma mecha solta do seu coque atrás da orelha e sorri para ela.

– Tudo bem ruiva, não vai se livrar de mim tão cedo – eu me aproximei devagar dela, olhando para os seus lábios intencionalmente, e tive que suprimir um sorriso usando senti sua respiração parar e vir ofegante, mas pouco antes de tocar nossos lábios eu me desviei para sua bochecha, bem perto dos lábios, á poucos milímetros de tocá-los.

Ela se afastou rapidamente de mim, e eu ergui uma sobrancelha diante da sua expressão perdida, era quase um jogo, ela sabia que se demonstrasse a sua frustração ia perder, e se havia uma coisa que Rose odiava mais que tudo era perder.

Então ela se sentou calmamente na cadeira e pôs uma expressão neutra no rosto.

– O que foi isso? – eu me finjo de indiferente e me recostei nos travesseiros com um dos livros que estavam na minha cabeceira, era de poções mas eu nem notei, apenas tinha os olhos presos nele para não vê-la.

– Isso o que?

– Isso!– ela exclamou, então se deu conta de que perdeu, eu sempre podia contar com o temperamento da minha ruiva para me entreter, eu deixei o livro de lado e sorri malicioso para ela.

– Sendo eu uma criatura brilhante e maravilhosa...

– Cof, cof arro,cof, gante, cof, Oh me desculpe, por um minuto eu me engasguei com o ego gigante ocupando essa sala – eu revirei os olhos diante da sua tentativa falha de me ofender e continueicom um sorriso no rosto.

– ... que eu sou, decidi que eu só vou beijá-la quando você estiver implorando por isso –eu coloquei as mãos atrás da minha cqbeça e fiquei sorrindo diante da minha brilhante ideia e seu rosto de incrédula.

– E você está partindo da ideia de que eu vou querer beijá-lo – ela disse ofendida.

– Ruiva, ruiva, ruiva, depois no nosso encontro no sábado, você vai estar implorando para eu te beijar – ela se levantou indignada, seu rosto vermelho de raiva e seus olhos pareciam lançar fogo, ela tinha os lábios finos e apertados, eu apenas a olhava com o meu sorriso imperturbável.

– Eu nunca sairia com um Trasgo das Masmorras como você! – ela praticamente gritou e eu tive que conter a minha risada, ela estava tão adorável.

– Voce se esqueceu da nossa pequena aposta? Se eu ganhasse o duelo, sairia comigo e não com ele – eu disse e vi seu rosto ficar pálido coma lembrança. – Calma ruiva, eu não vou te fazer sair comigo por causa de uma aposta estúpida e infantil.

Ela pareceu relaxar com isso, mas bufou e cruzou os braços, eu vi um pequeno sorriso no seu rosto, ah minha ruiva, eu sei que você adora as nossas discussões tanto quanto eu, eu sei disso.

– Nesse caso, nós nunca sairemos juntos – ela disse, agora com uma postura mais relaxada,ela se sentou na poltrona e pegou o livro.

– Não se preocupe, eu tenho muita paciência, você vai aceitar logo que nós somos perfeitos um para o outro e que está tão apaixonada por mim como eu por você... – n´s dois travamos diante da frase, eu queria dizer de outra forma mais romântica, mas fazer o que agora, eu dei de ombros, o que está feito, feito está.

– Voc- você... Argh! – ela se levantou bufando e saindo pelas cortinhas, deixando-as abertas e me permitindo vê-la sair como um furacão.

– Hei Rose! – eu gritei, ela se virou de mau-humor.

– O que? – ela disse entre dentes, eu sorri inocente.

– Quer ir comigo á Hogsmeade no sábado? – ela gritou e jogou seus braços para o alto, eu apenas ri enquanto ela saia da ala medica bufando e pisando forte.

POV Rose

– O amor é uma mentira... O amor é uma mentira... – eu repetia para mim mesma como um mantra,estava sentada na Torre de Astronomia balançando as pernas no ar, eu olhava par a Lua Cheia e escutava os uivos do Teddy, ele herdara a Licantropia do Tio Lupin, mas a Tia Luna descobriu uma poção que não conseguia impedir os efeitos da transformação, as fazia que ele fosse consciente com ela em seu corpo na Lua Cheia,por isso ele ficava na Floresta Proibida, o lugar mais seguro para ele nesses dias, mesmo que o mundo fosse diferente, ainda haviam famílias sangues-puros que eram preconceituosas e bruxos normais também.

A minha ronda de Monitoria tinha acabado á quinze minutos, mas eu não consegui me impedir de sentar aqui para pensar, faziam cinco dias que Liam tinha me pedido para ir com ele a Hogsmeade no sábado, e mesmo pensando que era uma brincadeira no momento, eu não consegui impedir essa emoção indesejada de correr por mim, eu sabia que ele estava brincando ao ver seu rosto despreocupado e sua risada divertida, não era a primeira vez que ele se divertia ás minhas custas. Nem seria a ultima, mas me magoou, porque por um momento, eu quis, quando ele falou da aposta, eu me assustei pra caralho, porque eu quis isso, e não havia nada pior no mundo para mim.

Mas ele não parou por ai como eu achei que ele fosse fazer,claro que não, estamos falando do Liam, no dia seguinte a primeira coisa que ele fez quando chegou no café da manha foi refazer seu pedido em alto e bom som para todo o Salão Principal e mesmo com o meu sonoro não, o que me rendeu olhares de desprezo de algumas garotas, ele me seguiu até a minha aula de poção com a Lufa-Lufa com um enorme sorriso no rosto e refez seu pedido na porta da sala para os que ainda não tinham ouvido e no pelo resto do dia eu o encontrei na porta de cada aula minha, menos as que tínhamos juntos e ele fazia questão de se sentar comigo e me incomodar, e cada vez que ele me acompanhava para outra aula ele refazia o pedido cada vez mais imaginativo.

No final do dia eu soltava espuma pela boca, Liam não se deu cota, mas ele me fez de piada da escola, eu escutei as garotas enquanto estava no banheiro, “A próxima conquista do Lumiére, a Frigida Granger”. Ignorei a todos esse dia, até os meus primos e deixei claro que não queria que tocassem no assunto.

Mas a cada dia ele se superava mais, no outro dia ele me apareceu com produtos das Gemialidades Weasley, fogos que explodiram no ar formando a frase, “Rose, aceita sair comigo?”na hora do jantar do dia seguinte, milhares de pássaros implodiram no Salão Principal com rosas feitas de luz, o problema é que quando eu tentei me afastar os pássaros me seguiram por todo o castelo, até que Liam e Scorpius conseguissem achar o contra feitiço, mas até esse momento eu estava com alguns arranhões e algum cabelo a menos, digamos que meu humor não foi melhor, pelo menos nos últimos dois dias ele desistira de seus pedidos extravagantes e apenas continuava a me acompanhar até as aulas e a continuar com seus pedidos, amanha era sábado e hoje eu já tinha me enchido o saco depois de ser zombada por um grupo de alunos da sonserina e Corvinal, e gritei com ele, exigi que me deixasse em paz, mas me arrependi um segundo depois ao ver seu olhar ferido para mim, acho que nunca me arrependi tanto na minha vida.

Eu suspirei ao olhar para o céu, o que eu devia fazer? Eu me sentia tão confusa sempre, por um momento parecia que as minhas emoções e a minha razão concordavam, mas depois cada uma parecia estar em cada pólo do meu ser.

Eu realmente sei que o amor não é uma mentira, eu já o vira, já o vi com a Tia Ginny e o Tio Harry, entre todos os Weasleys, menos os meus pais, mas eu também o vi com a mamãe e o tio Draco, eu sei que eles pensavam que eu não via, mas eu via sim! Eles se amavam e eu rezava todas as noites, chorando em meu quarto enquanto tentava me recuperar dos machucados, para que eles ficassem juntos.

Depois de uma ultima olhada para a lua eu me levantei e me espreguicei, não tinha sentido ficar aqui sem fazer nada, por isso coloquei a capa de James que eu pegava emprestado para as rondas de monitoria e a pus sobre mim. Eu estava no segundo andar quando escutei barulhos e não sei por que me escondi.

– Vamos Lumiére, você é um de nós, não vai retirar pontos de nossa casa não é? – eu ouvi a voz de um garoto falar.

– Eu já disse Zabini, vão para sua Sala agora ou eu irei dar uma detenção para vocês e menos dez pontos por não terem escutado da primeira vez – ele disse com o tom de voz frio e cortante, não dando chance do outro replicar, eu olhei pela esquina e me aproximei com a capa, Liam estava em frente a três garotos da Sonserina, Luke Zabini, Alejandro North e Marcus Bane, Zabini parecia que ia sufocar de tão vermelho que estava.

– Como se você fosse melhor que nós, todos sabem o jogo que você está brincando com a suja Weasley mestiç-

Ele não teve a chance de falar, porque em um segundo Liam estava a dois metros dele e no outro ele o prensava contra a parede pela garganta com uma expressão feroz no rosto.

– Não abra sua boca imunda para falar dela, me dá nojo, e eu não dou uma merda para o que você ou seus amiguinhos patéticos pensam, Zabini, eu amo a Rose e não me importo de fazer qualquer coisa por ela. Agora são mais 50 pontos da sua casa por ter desobedecido, quer passar a 100? – eu não fiquei ali para descobrir o que iria acontecer, já estava correndo para a o quarto dos Monitores-Chefes.

Assim que eu deitei na cama essa noite eu tinha toda a série de pensamentos voando pela minha cabeça, não havia nada que não estivesse ali naquele momento, mas só havia uma certeza, eu Rose Granger estava irremediavelmente apaixonada por Liam Lumiére como nesses romances trouxas patéticos e não havia nada que eu pudesse fazer sobre isso. Bem, merda.

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Eu acordei no dia seguinte já com a decisão formada na minha mente, eu não era uma garota indecisa que fica uma bagunça com cada escolha que dava, eu não era assim e chega de ser essa garota, fodam-se os outros, eu vou fazer o que for melhor para mim agora, e quem não gostar pode se engasgar com coco de hipogrifo!

Depois que eu estava pronta vi que o nosso salão estava vazio, então eu teria que fazer isso no Salão Principal, eu não queria uma platéia para o que eu ia fazer, mas se eles iam ficar falando pelas minhas costas, pelo menos eu vou dar algo para eles falarem, na minha pressa de chegar ao salão eu acabei entrando correndo pelas portas no café da manha, mas ao invés de me dirigir a mesa da Grifinória, eu fui marchando até a da Sonserina, todos me olhavam, mas eu só procurava por ele e quando o vi foi o momento em que ele me viu e se levantou apressado.

– Rose, o que acontec-

Eu não o deixei terminar antes de me jogar em seus braços e dar o melhor beijo da vida dele, isso eu podia apostar. Ele demorou um momento para reacionar, mas logo ele me beijava igualando a minha voracidade, nossas bocas se juntaram em uma só e sua língua invadia a minha boca e se entrelaçava com a minha.

Assim que nos foi tão necessário nos respirar nós separamos nossas bocas, mas não nos afastamos um do outro, eu apenas olhava a imensidão de seus olhos, que me prendiam infinitamente, como uma vasto oceano, eu tinha o sorriso mais bobo impossível no meu rosto que espelhava o dele.

– Liam Lumiére, voce aceita sair comigo? – eu perguntei sem fôlego, ele jogou a cabeça para trás e riu.

– Eu achei que você nunca fosse pedir, minha ruiva – ele disse, e foi alto o bastante para metade do salão ouvir e bater palmas e os que não ouviram bateram palmas igual enquanto nós estávamos olhando nos olhos um do outro, no nosso próprio mundo alienado.