A Última Filha de Perséfone escrita por Miss Jackson


Capítulo 17
Encontramos o Elmo


Notas iniciais do capítulo

Muuuuito obrigada pelos reviews do capítulo anterior, sério! Eu fiquei muito feliz com cada comentário que li. :3 Como eu soube que há algumas leitoras lindonas aqui que são Fallen Angels/Fallenatics eu gostaria de saber se alguma viva alma por aí leria uma fanfic que eu escreveria com o Cam, de Fallen. Leriam? c: xx



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O meu dia estava sendo perfeito demais, para a minha surpresa. Mas isso foi apenas até o momento em que demos um jeito de nos teletransportar até a frente da geleira onde o Elmo estava escondido.

– Certo, como vamos entrar aí? – perguntou Beatriz. – É muito estreito.

– Vamos ter que tentar – disse eu, já começando a andar em direção à geleira. Nico e Beatriz tocaram um olhar e, hesitantes, começaram a me seguir. Eu me encolhi um pouco e comecei a andar de lado quando passei pela entrada da geleira. – Falem baixo, esse gelo é muito frágil.

– Shh – chiou Nico, eu o olhei e revirei os olhos. Quando finalmente saímos da parte estreita da geleira eu escorreguei no gelo e deslizei, estava assustada e quase gritei, mas Nico me segurou. – Isso vai dar merda.

– Eu sei que vai – gemi. – E obrigada.

Ele sorriu e assentiu, me lançando um olhar de não-tem-de-quê. A partir daí Beatriz começou a nos guiar. Nós deslizávamos pelo gelo, tomando o máximo de cuidado para não cairmos ou fazermos qualquer movimento que fizesse a geleira desabar.

– Estamos muito longe? – perguntou Nico, agoniado. Beatriz sorriu e balançou a cabeça negativamente, apontando discretamente para uma parte da geleira da qual estava cercada por três gigantes lestrigões que conversavam animadamente. No centro estava um objeto rodeado por uma luz negra, que eu deduzi ser o Elmo de Hades. Nico comemorou baixinho.

– Como vamos pegá-lo? – perguntei. Nico e Beatriz olharam para mim, eu bufei e revirei os olhos. – Sempre eu.

Me transformei em loba. Beatriz gesticulou para que eu seguisse em frente, e eu fui, meio hesitante, logo em seguida corri e comecei a me movimentar desesperadamente e de uma forma ridícula na frente dos gigantes. Lati, esperando chamar a atenção deles, e funcionou, mas isso também fez com que a geleira estremecesse.

– Olha, Fofão – disse um dos gigantes. – Temos lanches!

Eu gani e corri, os gigantes correram atrás de mim. Lancei um olhar para Nico e Beatriz, que assentiram e correram até o Elmo. Quando os gigantes notaram a presença dos meus amigos, um deles anunciou alto o suficiente para que novamente a geleira estremecesse:

– Eles chegaram!

Eu sabia que uma mísera loba não derrotaria três gigantes lestrigões, mas eu tinha que tentar, nenhum de nós poderia fazer muita coisa ou todos morreríamos se a geleira desabasse. Pulei nas costas de um dos gigantes (acho que era o Fofão), e passei minhas garras afiadas nelas, provocando um enorme arranhão, que foi o suficiente para que o gigante se desfazesse em cinzas. Eu olhei para a cena, confusa. O que minhas garras tinham de tão especial, afinal?

Não tive muito tempo para pensar nisso, pois uns dos gigantes por pouco não me transformou em patê. Eu rolei para o lado e voltei a ser humana, arrebentando minha pulseira. Minha espada cresceu em minhas mãos e eu a cravei nos pés de outro dos gigantes, que também se dissolveu em cinzas. Agora só faltava um.

Quando eu pensava que não iria mais ter tanto trabalho, uma mantícore saiu de um dos buracos da geleira. Ela atacou o gigante, totalmente sem noção da coisa, e o gigante rapidamente se dissolveu em cinzas. Em seguida a mantícore olhou para mim com um olhar cruel e feroz, e eu estremeci. Hécate falara que Nico seria atacado por uma mantícore.

Ai. Meus. Deuses.

– ANDDIE! – gritou Nico, foi aí que eu me dei conta que a mantícore ia me atacar. Em uma questão de segundo Nico se pôs na minha frente, e eu só tive tempo de gritar antes da cauda de espinhos da mantícore perfurar o corpo de Nico.

– NÃO! – gritei e olhei para Beatriz, que me olhava assustada enquanto segurava o Elmo. Nico caiu no chão, cuspindo sangue, e eu senti meu sangue ferver. Automaticamente eu me transformei novamente em uma loba, mas agora não era uma loba normal. Eu era um pouco maior que a mantícore, meu corpo tinha restos de uma armadura dourada e meus olhos brilhavam, mais claros. Ataquei a mantícore, que desviou e quase me acertou. Eu rosnei e dei-lhe uma patada, fazendo com que ela voasse longe. Bem longe.

A caverna começou a desabar. Eu olhei novamente para Beatriz, que correu até mim e pulou nas minhas costas. Ela ergueu as mãos e simplesmente uma forma azul cobriu Nico, fazendo-o flutuar até as minhas costas. Eu uivei e corri o mais rápido que pude, mas ao mesmo tempo tomando cuidado para não deixar que Nico e Beatriz caíssem. Quando eu cheguei na parte estreita da entrada eu simplesmente passei reto, quebrando tudo, e pulei para fora da geleira bem no momento em que ela desabou por completo.

Voltei a ser humana e Nico e Beatriz caíram no chão. Nem me dei o trabalho de ir verificar o Elmo, simplesmente corri até Nico e o aninhei em meus braços, sentindo as lágrimas escorrerem pela minha face. Seus olhos já estavam fechados.

– Como eu posso curá-lo, Hécate? – murmurei. – O que marca o início de um romance?

Como se uma lâmpada tivesse se acendido acima da minha cabeça eu tive uma ideia. Podia parecer filme da Disney, mas eu tinha que tentar.

Olhei para a parte perfurada do corpo de Nico e, sem pensar duas vezes, voltei a encarar seu rosto e o puxei para um beijo. Foi basicamente um selinho demorado, mas do nada senti os braços dele envolvendo meu pescoço e me puxando para mais perto dele, agora dando início à um beijo de verdade.

– Você está... Está vivo – sussurrei assim que nos afastamos, ele sorriu e assentiu. Me virei para procurar Beatriz, ela nos encarava com um sorriso no rosto e apontou para o local antes perfurado em Nico, agora se regenerando. – Mas como...

– “O que marca o início de um laço o Fantasma há de salvar” – recitou Nico. – O início de um romance ou namoro. Um beijo.

– A profecia está completa – disse Beatriz.

– Vocês acham que vai ser assim, tão fácil? – disse uma grossa voz masculina atrás de nós. Nico olhou para a figura, assustado.

– Pai?


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