Doce Inverno de Eternas Lembranças escrita por ju_mysczak


Capítulo 10
Íris debochante


Notas iniciais do capítulo

Voltei. >.<
Pretendo postar mais capítulos e, quem sabe, até mesmo terminar a fic durante os próximos três meses. Apenas pretendo... Vestibular já me deu um trabalhão este ano. Agora tenho que decidir meu futuro :D
Infelizmente não dá para viver de ler fanfic... T.T
Não sei o que está dando no capítulo, vou postar e ver se ele dá certo. Caso não dê, prometo tentar arrumar assim que possível a péssima edição.
Capítulo não betado.



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...

. – Jovem mestre, hoje é o dia da próxima entrega no pub que estamos investigando.

. Ciel terminava de degustar um delicioso Earl Gray, seu preferido. A camisola estava seca, sem nenhum resquício de um sono agitado, o que alegrou o mordomo.

— Então arrume tudo. Quero acabar logo com isto e voltar logo à mansão do campo. – Ordenou.
— Como quiser. – Sebastian recolheu a xícara e arrumou o conde para a saída. Ciel poderia desejar o quanto quisesse voltar, mas o mais velho sabia o quanto a missão lhe fazia bem e o quanto o garoto apreciava o jogo da realidade.

...

. Estavam encostados na parede úmida e embolorada. Ciel não suportava mais esperar. Há duas horas que estavam parados ali, falando pouco e dizendo quase nada. Sebastian teve um pequeno contratempo ao avistar um gato e querer sair correndo atrás do felino, mas o garoto o trouxe de volta ao juízo. Agora, cansados e entediados, ambos imploravam mentalmente para que o outro iniciasse uma conversa, por mais banal que fosse.

— Nunca entendi essa sua paixão por gatos. Não gostar de cachorros é uma coisa, mas adorar esses bichos estranhos... – O conde experimentou o assunto.

— Ao contrário de cães, gatos são livres. São leais, mais prezam a si mesmos acima de tudo. São seres peculiares e muito parecidos aos demônios. Não se encoleira realmente nenhum dos dois. É apenas uma peça. Cachorros, ao contrário, sentem afeto, se apegam ao dono, são fracos.
        Afinal, você é um gato ou um cão?
       A conversa mal começou e já foi interrompida pelo barulho de homens se aproximando. Eles estavam em dois e carregavam uma grande caixa de madeira que parecia ter vindo do porto. Apesar disso, ela não parecia muito pesada, dando confiança ao conde de que sua teoria estava certa.
Ciel rapidamente saltou para o lado dos dois enquanto Sebastian os encurralou pela frente. Os homens, assustados, quase derrubaram a caixa, mas recuperaram o equilíbrio e passaram a encará-los com raiva.
     – Saiam da nossa frente, temos uma entrega para fazer. – Gritou o primeiro, um moreno de quase dois metros de altura.
        – E nós queremos revista-la. – O garoto sorriu. – Queremos ter certeza de que não carregam nada ilícito aí.
       – E quem é você, fedelho? Um guarda da Yard? – O segundo gargalhou da própria piada.
        – Apenas um cão... O Cão da Rainha.
      Sebastian empurrou os dois para a parede de uma casa e abriu, com apenas uma mão, a tampa pregueada da caixa de madeira. Dentro, ao invés do vazio que seu mestre previra, uma única carta lacrada estava grudada ao fundo. O mordomo a recolheu e entregou ao conde, que, lendo-a tão depressa quanto conseguia, guardou-a no bolso interno de seu paletó.
        – Agora sim estão livres para realizar a entrega de vocês.
Sebastian repôs a tampa da caixa com pouca delicadeza. Os homens, nervosos, tentaram se levantar para brigar, mas a batida tinha sido tão forte que não conseguiam mais ficar em pé.
        – Vamos, Sebastian. Temos que falar com alguém que não me agrada.

...

— Então finalmente apareceu, conde. – A risada irritantemente aguda machucava os ouvidos sensíveis de Ciel. – Pensei que não viesse mais me visitar.
       – Novas pistas me obrigaram a tomar outro rumo. Esta carta menciona um corpo sem dentes. Algo assim apareceu por aqui, Undertaker? – Jogou a folha sobre o caixão vazio.
      – Talvez, se eu receber algo em troca. Vamos, me dê uma bela gargalhada!       – O de cabelos brancos pediu, sorrindo com dentes afiados.
      – Jovem mestre, por favor, espere do lado de fora.
      – Oh, Sebastian! Adoro quando você cuida de tudo assim, para seu mestre!
Em poucos segundos uma risada estrondosa deu a deixa para que Ciel entrasse novamente. O garoto sempre tivera curiosidade em ver o que o mordomo fazia para conseguir arrancar tamanha gargalhada do shinigami aposentado, mas o mais velho era muito enfático ao dizer “não olhe em hipótese alguma”.
      A cena do deus da morte aposentado deitado com uma mão sobre a barriga e fazendo caretas de tanto rir seria cômica se Ciel não estivesse com tanta pressa em sair de lá. Sebastian permanecia parado na mesma posição que estava quando o garoto saiu.
      – Então? Já teve sua risada, nos dará a resposta?
— Não tenho nenhum corpo sem dentes aqui... Mas talvez não seja o corpo em si a se procurar.
      – O que quer dizer com isso? – Exasperou-se, farto de meias palavras.
     – Tolo! Sequer percebe que o autor disso tudo quer que o encontre! Siga o caminho de Hansel e Gretel, Cielzinho.
    O jovem saiu da funerário sob o olhar atento e divertido das íris esverdeadas. Talvez não tenha sido tão em vão assim... O idiota rendeu algumas informações interessantes. Mas a dor de cabeça que me sobra...

....


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