New Age escrita por Rafaela


Capítulo 26
Capítulo 25 - A Luz Azul


Notas iniciais do capítulo

Finalmente!
Eu estava louca para começar a escrever sobre os Radioativos, então talvez teremos um extra sobre els, basta vocês deixarem nos comentários ou me enviarem uma mensagem aqui no Nyah ou no twitter @NewAgeStory que eu vou tentar responder a todos (:



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Minha primeira reação foi de espanto, logo após tentei passar por essa coisa novamente e mais uma vez fui impedida. Me desequilibrei e quase cai, mas a expressão de espanto estava dando lugar para a compreensão.

–Olá. -Falei para quem quer que fosse. -Meu nome é Candy. Nós não viemos machucá-los, certo? Podem confiar em mim.

Um pequeno vulto branco passou e consegui ouvir burburinhos dentro da minha cabeça.

–Você acha que podemos confiar neles? -Disse um deles.

–Não sei, por que confiaríamos? -Respondeu outro.

–Não estamos seguros para confiarmos em alguém que aparece aqui do nada. -Responde uma mulher, sua voz trazia rancor e decisão.

–Vocês sabem que posso ouvi-los, não sabem? -Questionei. No mesmo momento o burburinho cessou e continuou assim por vários segundos. Não consegui olhar para Thiago quando percebi que ele estava me olhando intrigado.

–Ela é uma de nós? -Um deles rompeu o silêncio.

–Como pode? Ela não tem marca. -Disse outro

–Não que você possa ver. -O primeiro respondeu.

–Se é uma de nós então não tem risco. -Um deles falou.

–E se ela for uma infiltrada SSUCOR? Não temos como saber. -Falou a mulher.

–Eu não sou uma infiltrada do que quer que seja isso que acabaram de falar. Sim, eu sou uma de vocês e não, não sei do que se trata essa marca. Estamos aqui porque precisamos falar com vocês, é realmente muito importante.

–Tudo bem. -Falou um dos rapazes e então eu pude enxergá-los. O do meio tinha as mãos pouco estendidas, ele tinha a pele um pouco escura, olhos negros e cabelos negros que caiam até o ombros presos em um rabo de cavalo frouxo. Ele usava calças jeans escura, uma camiseta vermelha e uma jaqueta escura por cima.

Ao seu lado direito havia um outro rapaz, pele clara, cabelos castanho-claro levantado para cima como um topete ou algo assim, seus olhos eram verdes e estranhamente havia uma linha marrom formando um círculo no meio do verde de cada olho. Este, por sua vez, vestia roupas totalmente claras, com isso eu quero dizer que ele usava calça e camiseta branca.

Ao lado esquerdo do rapaz do meio estava a mulher. Cabelos vermelhos, alta e magra. Olhos esquisitamente brilhando em um tom vermelho como o de seus cabelos, usava uma calça jeans escura colada nas pernas, bota de salto alto e uma jaqueta de couro tampando sua blusa vermelha.

–Eu sou o J-Hidden. -Falou o do meio. -Essa é a Care e este é o Nimble.

–Nomes estranhos. -Murmurou Thiago.

–É mesmo? E o seu, qual é? -Perguntou Care dando um passo para a frente.

–Thiago. -Respondi por ele. -Ele se chama Thiago. -Falei dando um passo a frente e olhando para ele, advertindo-o com o olhar.

–Não perguntei para você. -Ela falou.

–Eu sei. -Respondi no mesmo tom que ela usara.

–Bem, na verdade esse não é o nosso verdadeiro nome, é o que nós fazemos. -Interveio J-Hidden dando um passo á frente.

–E você... Candy? -Perguntou Nimble se colocando ao lado dos outros dois. Assenti quando este perguntou meu nome. -Faz o quê? -Ele questiona.

–Eu não sei. Quer dizer, Thiago disse que meus olhos brilham e em todas as vezes que isso aconteceu eu consegui enxergar no escuro. -Expliquei me sentindo uma idiota ao dizer isso em voz alta.

Nimble assentiu.

–Isso é só o primeiro sinal, essa é a sua marca. -J-Hidden falou. -E você, faz o quê? -Pergunta ele para Thiago.

–Ahm... Nada, eu não sou um de vocês. -Respondeu ele. Care riu.

–Sério? O que você faz aqui com um não-Radioativo, garota? Por que se revelou a ele?

–Care, Care. Acalme-se. -Pediu Nimble com calma.

–Ela quer arruinar tudo que... -Começou a garota.

–Ele é meu namorado, ta legal? Não vai sair contando para todo mundo. Ele me ajudou com tudo desde que eu contei a ele, ele me ajudou a chegar até vocês. E eu falo sério quando digo que precisamos conversar.

–Certo, então vamos. -Ele virou as costas e seguiu reto. Todos nós o seguimos.

J-Hidden entrou em uma das casas e nós entramos logo após. De primeira não havia luminosidade, mas meus olhos se acostumaram com o local e eu consegui enxergar. Percebi que Nimble me encarava.

–E não é que brilham mesmo. -Ele comentou. Estávamos todos sentados no meio do escuro em uma peça que devia de ser a sala, com sofás de cor marrom.

–Se a treinarmos para ampliar seus poderes não precisaremos mais usar velas. -J-Hidden sorriu. Ele era o único que estava em pé, acendendo as velas. Logo a sala ficou mais clara. -E então. -Ele falou sentando-se. -O que é tão importante para terem vindo até nós?

–Bem, em primeiro lugar é para saber tudo o que está acontecendo, quem eu sou, quem vocês são e por que a Força está atrás de vocês... De nós. -Falei.

–Como você sabe sobre a força? -Care perguntou depois que todos hesitaram antes de fazê-la.

–Porque é a Província em que estamos. -Respondi.

–Você já era da Força? -Questionou J-Hidden.

–Não, era dos Crânios. Por quê? -Franzi a testa.

–Foi uma péssima escolha. -Foia vez de Nimble falar.

–Péssima escolha. -Ecoou J.

–Mas por quê? O que eles querem com vocês? -Thiago quebrou seu silêncio.

–Existe uma Sociedade Secreta Unida Contra Os Radioativos. Chamada de SSUCOR. Poucas pessoas há conhecem, por isso é secreta. -J-Hidden riu de sua piadinha. O único, devo acrescentar. -É uma história muito longa do por que eles querem exterminar com nossa raça e temo que não temos tempo para tal conversa no momento, então irei logo ao ponto...

–Foi uma péssima escolha porque a maior parte da SSUCOR está na Força, se você continuar lá por muito mais tempo será descoberta. -Care o cortou.

–Uma sociedade que é contra os Radioativos? Mas por que tudo isso? Não foi a nossa espécie que ajudou a reconstruir o local onde vivemos? -Questionei, eu devia parecer uma idiota para eles, mas eu deveria saber. Era um direito meu, não era?

–Ouça. Não podemos ficar mais muito tempo por aqui, vocês querem vir conosco? -Perguntou J-Hidden.

–Para onde? -Perguntei.

–Você está brincando? Nem os conhecemos direito! -Exaltou-se Care.

–É um dos nossos, nenhum dos que temos conosco nós conhecíamos bem quando os aceitamos. -J-Hidden falou irritado. Acho que ele devia ser o líder deles, ou algo do tipo. -Se aceitarem, teremos o prazer de levarmos vocês até a nossa verdadeira casa.

Antes de responder percebi que J-Hidden e Care estavam se olhando como se conversassem mentalmente.

–E então? -Ele nos perguntou.

–Aceitamos. -Respondi por nós dois e olhei para Thiago, que apenas assentiu com a cabeça.

–Mas sabe que não poderei ficar por muito tempo, eles irão perceber. -Thiago falou para mim.

–Resolvemos essa questão depois, Thiago. -Falou J. -Vamos logo. -Ele se levantou e foi em direção a uma outra sala, onde, percebi, se comunicou com alguém e uma luz azul se acendeu no meio da escuridão. J pegou minha mão e mandou todos os outros darem suas mãos um ao outro de modo que ficamos em um circulo em volta de uma bola de luz azul brilhante. Todos nós fechamos os olhos e a única coisa que senti foi um puxão.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Respondam, sweetheart. Xoxo



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