New Age escrita por Rafaela


Capítulo 23
Capítulo 22 - Planejamentos


Notas iniciais do capítulo

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Desculpe se houver algum erro, pode comentar que eu corrijo.



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Acordei assustada e com a respiração acelerada, meu coração doía e ao olhar para o lado vejo Thiago com a mão em meu braço.
–Tudo bem, foi só um sonho. -Ele falou com uma voz doce. Assenti e puxei seu ante-braço trazendo-o para mim, fazendo-o sentar-se ao meu lado na cama. Coloquei meu rosto em seu peito e permiti-me chorar.
–Tudo bem. -Murmurou esfregando minhas costas. -Tudo bem.
–Deita comigo. -Pedi com a voz embargada. -Por favor.
–Claro. -Ele se ajeitou, tampando-se com as cobertas. Ao deitar, puxou-me para sí. Deitei em seu peito, mas logo ele ficou de frente para mim, abraçando-me junto de sí. Adormeci novamente, com medo de ter mais um sonho daqueles.
...
Abri os olhos ainda morrendo de sono.
–Te acordei? -Perguntou Thiago, que estava me observando com um pequeno sorriso no rosto. Balancei a cabeça em negação e bocejei.
Ficamos uns segundos em silêncio.
–Thiago. -Chamei.
–O quê? -Ele franziu a testa e brincou com uma mecha do meu cabelo.
–Preciso conhece-los. -Mordi o lábio.
Ele levou um segundo, mas compreendeu.
–Era sobre isso seu pesadelo? -Perguntou.
–Basicamente.
–Tudo bem... certo. Onde você for, eu vou.
–Você não precisa fazer isso.
–Não, mas eu quero.
–Tudo bem. Então temos que bolar um plano. -Falei sentando-me na cama. Havia acabado de ter algumas ideias, e eu não podia esperar para coloca-las em prática. Mesmo que fosse perigoso.
–Certo. Mas agora temos que ir tomar café, temos treino.
Fechei os olhos e respirei.
–Certo. -Aceitei. -Ei, você conseguiu colocar os alvos de que lhe falei? -Perguntei enquanto levantávamos.
–Talvez. -Ele sorriu e se direcionou ao guarda-roupas. -Acho que você deve ir para o seu quarto. -Ele disse ao tirar a camisa, me deixando com a visão de suas costas. Sua pele morena, a curva que ele tinha nas costas. Tinha vontade de tocá-lo, de sentir sua pele na minha, mas ele estava certo, tinha que ir para o meu quarto.
–Sim, devo.
...
Cheguei no refeitório primeiro que ele, não quis esperá-lo. Estava com minha roupa do dia-a-dia na Força, assim como todos os outros. Everton começou nos dando os horários de treinamento, datas das lutas, tudo.
Thiago chegou e Everton nem se importou, prosseguiu falando como se o nosso outro Instrutor nem estivesse ali. E talvez, para ele não estivesse.
...
Entrei na sala de treinamento. Os novos alvos já estavam lá, senti vontade de pular em Thiago, mas ele não estava. Agora cada um tem um horário para treinar, tudo bem organizado, temos mais um mês como Iniciados, depois seremos Membros... Quem sobreviver, o que Everton fez questão de deixar bem claro.
Peguei um arco e suas flechas, posicionei-me e lancei a primeira vez, errando o alvo. Eram pássaros que voavam de um lado para o outro, pra cima e para baixo, misturando-se uns com os outros.
Atirei outra vez.
Errei.
Mais uma.
Errada.
Sim, agora estava sendo bom. Eu estava errando e isso significa que devo aprender, ninguém nasce sabendo, esse é o certo. Eu precisava me focar, e para me focar em algo é preciso que eu deva aprender algo.
–Vamos lá, Candicce. Só uma vez. -Incentivei-me. -Só uma. -Soltei a flecha, ela voou, passou por dois pássaros.
Acertou o terceiro.
–Isso! -exclamei. -Certo. -Peguei mais uma flecha, essa seria a última, depois iria treinar com as facas até Everton chegar e dizer que meu horário chegara ao fim. Então eu iria tomar um pouco d'água e ir para meu cenário do medo.
...
A paisagem mudou pouco desde a última vez que a visitei, os Radioativos continuavam, mas agora Thiago estava nela.
Ele morria sempre que não conseguia protegê-lo e isso, mais que tudo, doía.
–Você está bem. -Perguntou ele, aparecendo na porta assim que eu sai.
Balancei a cabeça em negação, estava tonta, meu peito doía e eu segurava as lágrimas por tê-lo visto caíndo morto.
Abracei-o fortemente, como se não nos víssemos a séculos.
Ele hesitou, mas retribuiu.
–Está tudo bem, Candy. -Ele sussurrou.
–Não, não está. -Murmurei como uma criança manhosa.
Ele beijou o topo da minha cabeça.
–Olhe o lado bom, temos o restinho do dia livre agora. -Ele abaixou-se um pouquinho, para ficar na altura dos meus olhos. Já devia ser seis e meia da tarde. -Vem, vamos para o quarto. Já podemos conversar, certo?
Assenti uma vez e segurei sua mão.
...
Sem beijos, sem toques. Estavamos em meu quarto, apenas planejando o que faríamos para obtermos mais informações.
–Você falou sobre a sala de Informações, você tem acesso a ela. Não tem? -Questiono.
–Tenho, na verdade eu sou um dos únicos.
–Então, perfeito! Você podia ir lá e tentar conseguir algumas informações. Provavelmente eles devem ter algum arquivo sobre os Radioativos. -E então eu fiz uma pausa e me lembrei do cenário. -Não! Thiago, eu preciso que você fique longe de tudo isso.
–O quê? Candy, nós já conversamos sobre isso.
–Sim, mas eu não posso permitir.
–Você não vai permitir ou não, Candy. Não preciso da sua permição! -Ele volta a falar com a sua voz de Instrutor, isso me irrita.
–Eu não devia ter dito nada. -Murmuro.
Levo os joelhos até o peito e a mãos ao rosto.
Não, eu não ia chorar de novo.
–Candy. -Ele baixou o tom de voz.
–Não grita mais comigo quando você não sabe de nada! -Exclamo.
Thiago soltou um suspiro.
–Tá legal, desculpa. Desculpa. -Pediu.
Olhei para ele.
–O que deu lá? Você... Você saiu me abraçando, e agora não quer que eu faça isso com você. O que apareceu lá, Candy?
Balancei a cabeça em negação, se eu falasse iria reviver a imagem em minha cabeça.
–Como você quer que eu entenda se você não explica?
–E eu preciso? -Pergunto. -Eu me preocupo com você, Thiago. -Fungo.
Ele me abraça e ficamos assim até ele perguntar baixinho novamente o que havia aparecido lá.
–Você. -Fiz uma pausa. -Morrendo.
...
Acabou que, depois de muito discutirmos conseguimos ter um bom plano.
E ele começaria essa noite.


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Notas finais do capítulo

Mal posso esperar para continuar a escrever.
Espero comentários de vocês, tanto aqui como no Twitter.
Beijos



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