Destinos Interligados escrita por Risurn


Capítulo 27
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Sinto que vão ter leitores querendo o meu pescoço, outros vão comemorar e alguns não vão estar nem aí... *suspira*
Então. Eu acho que tinha alguma coisa pra falar mas não lembro. Whatever...
Obrigada pelos reviews no capítulo passado (Se alguém gosta de reviews enormes pode mandar que eu também gosto)... Te vejo lá em baixo ;)



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Piper IX

You don't deserve my tears / I guess that's why they ain't there
When I think that there was a time that I almost loved you / You showed you ass and I saw the real you

E então eu saí. E soube que aquilo era o certo a se fazer pela primeira vez em meses.

Opa, opa, espera ai. Eu avancei um pouco não é? Bem, acho que sim.

É que na verdade até eu estou confusa. Fala sério. O mundo deu uma volta de 360º em menos de vinte e quatro horas!

Eu vejo Nico e Thalia em um monte de pernas e braços (tentando se comer, aliás), discutimos, e vamos até a casa da punk. Ela estava com os olhos vermelhos e nós havíamos ouvido gritos lá. O que aconteceu?

Então ela me vem com essa agora. Cunhada? Sogro? Mas o que é isso?

– Oi? Cunhada? O que eu perdi?

Thalia apenas revirou os olhos bufando.

– É o seguinte. Eu vou jogar mais uma ficha em você rainha da beleza, e é bom que você não a perca. Preste bem atenção que eu só vou falar uma vez. O seu sogrinho é... Bem... Meu progenitor masculino. – franzi as sobrancelhas – E eu preciso tirar umas respostas dele.

– Progenitor masculino? Porque você não me falou antes? – Era Nico falando agora. Levemente alterado, devo ressaltar. – Você sabe o que isso significa? Pra nós?

Thalia estava quieta o encarando.

– Você acha que se eu não soubesse eu não teria falado, seu idiota? Você acha mesmo que...

– Então casalzinho maravilha. É o seguinte. Esse papo tá muito emocionante. Zeus é seu pai? Que divertido. Agora, olha só. Você tá mesmo afim de invadir a casa dele a essa hora? São tipo... Três horas da matina. Ele vai comer o nosso couro. Ou vai pagar alguém pra fazer isso, o que é bem mais provável.

– Você acha que eu me importo? Eu quero falar com ele. Agora. - Revirei os olhos e suspirei, ela parecia uma criancinha – Aproposito acho bom ir pensando no que você queria me falar querida. Só vai ter uma chance. – E então, fomos para o carro.

***

Caralho. Caralho.

Essa era a única coisa que eu pensava enquanto esperava que Nico chegasse até a residência dos Carter.

Thalia queria uma boa explicação sobre o que eu queria com ela, e eis a resposta: Nada. Eu não queria nada. A única coisa que eu realmente queria é que ela voltasse a falar comigo, e, bom, isso estava acontecendo.

Interrompi minha linda linha de pensamentos ao chegarmos à pequena mansão.

Sério, era de babar. Desde os portões até o alto dos telhados, em tons neutros e jardins majestosos, como se imagina ser a casa de um deus.

– Jeremy, pode, por favor, nos deixar passar? – coloquei a cabeça para fora e me dirigi ao porteiro que cochilava. Ele assentiu fracamente e liberou a passagem.

Thalia esfregava as mãos nas calças como fazia quando estava nervosa. E não era pra menos, afinal, era seu pai, o grande e poderoso Zeus. Na verdade, isso ainda não faz o menor sentido pra mim. Thalia e Jason tinham pouca diferença de idade, então isso que dizer que... Meu Deus! Será que Rosa sabe disso?

– Você... Bem. Deixa que eu chamo. – Peguei meu celular e disquei o número conhecido. Ele atendeu depois de seis toques e tinha voz sonolenta. – Sou eu, pode descer aqui um minuto?

Dentro de pouco tempo Jason se encontrava na porta da “casa” com o cabelo desgrenhado e uma calça pendendo em sua cintura.

– Mas... O que vocês fazem aqui a essa hora?

– Oi pra você também amor.

– Chame o seu pai... Nós precisamos falar com ele. – Thalia estava... Calma?

– Precisa ser agora?

– Anda logo cara, eu quero ir pra minha casa dormir. – Nico, simpático como sempre.

– E o que te prende aqui? Não te pedi pra ficar. – ele apenas revirou os olhos e olhou para Jason em um pedido silencioso.

– Tá. Mas vocês estão me devendo essa. Ele vai me matar. Não conhecem a fera. – revirando os olhos, Jason subiu as escadas lentamente.

– Anda logo maricas! Corre! Coloca essas pernas pra funcionar! – Thalia estava finalmente estressada.

Logo, Jason descia as escadas com um homem de expressão firme e olhos profundamente azuis, como o céu em um dia de verão.

– Jason. – sua voz ecoou pela sala, grave – Por que me acordou para vir até esses... Pirralhos. – Pigarrei – O que foi criança? Pode ser minha nora mas ainda é uma pirralha. – Cruzei os braços em um bico. – Seu pai sabe que está aqui a essa hora Di Ângelo?

– Não tio Zeus. Mas logo eu vou pra casa.

– Eu quero falar com você. – todos ficaram em silêncio ante o tom de Thalia, até agora todos estavam sendo respeitosos, mas ela? Parecia querer pular no pescoço do homem.

– E sobre o que seria?

– Quer mesmo que eu fale aqui? Na frente dele?

– Pode falar qualquer coisa. – ele revirava os olhos, como se estivesse entediado, e devia mesmo estar.

– Tudo bem. Hera Grace. Te lembra alguém?

Os olhos do homem abriram com força e sua expressão superior vacilou.

– Como você sabe sobre isso?

– Oh, que má educação a minha. Meu nome é Thalia. Thalia Grace.

Agora era oficial. Zeus parecia ter engasgado. E tossia.

– É? Nunca ouvi falar.

– Ah, mas eu já ouvi falar do senhor. E muito bem. Aliás, senhor não parece a forma certa de me referir a você, talvez seja melhor usar algo como pa...

– Não! – ele gritou, a interrompendo enquanto olhava para Jason. – Que tal conversarmos em outro lugar?

Thalia assentiu sorrindo friamente e o seguiu para algum lugar que não vi. Nico bufou procurando um lugar para sentar e Jason nos olhava, confuso.

– Alguém pode me explicar o que está rolando aqui?

– Não. – dei de ombros ante a resposta de Nico. – Seu pai te fala.

Ele me olhou buscando uma resposta, mas apenas desviei os olhos. Isso não mudava a semana que ficamos sem nos falarmos.

– Piper. – não o olhei. – Olha pra mim.

– O que foi? – ao longe, ouvi gritos de raiva. Thalia, discreta como sempre.

– Nós precisamos conversar.

– Eu sei.

– Mas não aqui.

Eu sei.

– Amanhã, vamos almoçar. Eu te pego na sua casa. – concordei levemente, andando até Nico e o ignorando.

– Então... O que está rolando entre você e a Thalia?

Ele me olhou pelo canto do olho, esfregando o rosto com força.

– Eu não sei.

– Como você não sabe? – ri – Se não sabe, porque está aqui?

– Eu não sei. Nós... Só ficamos nos pegando por ai. Só isso.

– Só isso?

– É. Thalia não quer nada comigo. – sorri, vitoriosa.

– Então você quer algo com ela?

Ele corou instantaneamente e eu me recostei no sofá onde estávamos, satisfeita. Nico seria bom para Thalia. Mas... Espera. Agora eles eram... Primos. Eca. Isso era ilegal, eu acho.

– Mas... Agora vocês são primos e tal – sussurrei essa última parte para Jason não ouvir.

– Eu sei. Mas... Aqui não tem nenhuma proibição legal, e casamento entre primos nem dá tantos problemas assim, sabia? É um exagero. A chance de filhos com deficiência é de 6 a 8 por cento. Viu? Exagero.

– Filhos? Uau. Você pensa longe Di Ângelo.

E ele corou novamente, me fazendo rir. Até que parei. Logo vimos Thalia descer as escadas com um sorriso confiante e Zeus pisando fundo.

– Temos um acordo, então?

– Temos. – ele bufou.

– Ótimo. Vamos Nico.

E foi assim. Saímos sem mais nem menos, comigo ainda mais confusa do que antes.

(...)

Nico estacionou em frente a minha casa e vi os olhos tempestuosos me encarando.

– É o seguinte, rainha da beleza, ninguém pode saber sobre isso, estamos entendidas? Ninguém.

Assenti com a cabeça, saindo. Entrei em minha casa e fui em direção ao quarto. Amanhã seria um longo dia, com certeza.

***

Que estranho. Muito estranho. Estranho pra caralho. Eu estou suando. Então, eu estou nervosa. Porque, exatamente?

Me olhei no espelho pela centésima vez: cabelo picado com a trança lateral, calça rosa envelhecido, camisa branca, sneaker. Maquiagem aceitável.

– Respira fundo. É só o Jason. Só o Jason.

Meu celular começou a vibrar e fui até ele. Era uma mensagem, da Annabeth.

Certo. Isso é estranho. Mas você é a única com quem posso falar sobre isso.
O Percy me pediu em namoro! AI MEU DEUS.

Sorri de canto enquanto respondia, sabia que aquilo iria acontecer. Annabeth sabia do que estava rolando entre mim e Jason, aproveitei para lhe falar que iriamos nos ver, a resposta veio quase na hora.

Você é esperta e saberá o que fazer, mas a minha opinião continua a mesma. Pense nisso.

É. Talvez. Suspirei, cansada. Meu celular apitou indicando que Jason havia chegado para me levar ao tal restaurante. Seria tenso.

(...)

Como definir aquilo? No mínimo estranho. Quer saber como foi durante o caminho todo? Imagine que você tem uma amiga não muito próxima. Agora você está na casa dela e o pai de sua amiga vai te levar pra casa. Estranhos dentro de um carro com o ar pesado. Era exatamente assim que eu me sentia com Jason ali.

Surpreendentemente não fomos a um restaurante. Era, na verdade, um parque. Ele havia preparado tudo: a comida, as bebidas, as almofadas para sentarmos. Quando chegamos ao local estava tudo ajeitado, apenas nos esperando. Suspirei.

– Olha Jason... Eu... – não pude concluir minha frase, lábios quentes cobriam os meus mãos me traziam para perto, fiquei em choque por alguns segundos até me lembrar que era meu namorado me beijando, para então, finalmente corresponde-lo a altura. Devo admitir que sentia falta daquilo. E como! Ele parou então de me beijar e afundou a cabeça no meu pescoço, suspirando. Estaria ele pensando as mesmas coisas que eu?

– O que nós estamos fazendo Pips? – ele sussurrava me fazendo arrepiar. Queria ter uma boa resposta para a pergunta dele.

– Eu não sei – sussurrei de volta – Acho... Acho que nos perdemos.

Ele finalmente me olhou nos olhos e pude notar a semelhança com Thalia. Os mesmos olhos, a mesma expressão determinada e os traços aristocráticos. Agora eu via.

– Mas... Nós ainda podemos nos encontrar pelo caminho, não é?

Sustentei seu olhar por mais tempo. Eu tinha uma resposta para aquilo? Ponderei nas palavras de Annabeth, e com forças respondi:

– Eu não sei se ainda podemos fazer isso.

Ele parecia em choque.

– Mas... Como? É claro que podemos!

– Não, - sorri sem humor – nós não podemos. Não mais. Não agora. Eu tenho descoberto coisas sobre mim mesma que nunca havia reparado antes, tenho visto como tudo muda fácil e como não vou poder continuar descobrindo mais sobre isso ao seu lado.

– Mas... Nós fomos feitos um para o outro Pips.

– Talvez tenhamos sido mesmo. Mas... E se não formos? Nós só brigamos nos últimos meses Jason! Eu gosto tanto de você, e isso está acabando com tudo de bom que eu sinto! Você tem que compreender que você não me entende!

– Claro que eu te entendo...

– Não, não entende. Se entendesse, estaria vendo as coisas pelo meu ponto de vista. Mas só está enxergando o seu lado.

– O que você quer dizer com tudo isso?

Peguei suas mãos e as segurei firmes entre meus dedos, respirei fundo. Seria agora. Eu não sei se consigo.

– Você sabe o que quer dizer. Eu gosto muito de você, muito mesmo. Mas acho que não podemos mais ficar juntos.

– Claro que podemos... Eu posso...

– Você não pode. Ouça-me só uma vez. É a última.

Ele estava nervoso, puxando os fios de cabelo. Até que me abraçou, com todas as forças que tinha.

– Não me deixa – sussurrou no meu ouvido. Oh não Jason.

– Eu não vou te deixar – o afastei e acariciei seu rosto – eu vou estar sempre lá. Mas como uma amiga. Ao menos, por hora.

– Então ainda tenho chances? – Não respondi – Eu não vou desistir! Pode apostar!

Balancei a cabeça em negação sorrindo, eu não queria mais almoçar ali, com ele. Isso foi tão surreal! Sou perdidamente apaixonada por ele. Mas acho que isso faz parte do amadurecimento. Não estou garantindo que eu nunca volte com ele, mas por hora, não pretendo. Talvez pensar um pouco em mim seja bom.

Aquilo tudo foi mais fácil e ao mesmo tempo mais difícil do que eu pensava. E então eu saí. E soube que aquilo era o certo a se fazer pela primeira vez em meses.

Voltei ao ponto inicial. Mas, e agora, o que eu vou fazer?


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Notas finais do capítulo

Alguém lembra da Brenda? Eu lembro o/
See alguém tiver interesse eu fiz uma one!!!
http://fanfiction.com.br/historia/501796/Safe_and_Sound/
Só passar lá e dar uma conferida.
Reviews... Favoritem :3

P.S.: Revisando o capítulo lembrei o que era: O Nico e a Thals são sim primos. Eu sei que teve um capitulo ai que eu falei que não eram mais foi erro! Eles são sim, obrigada.
P.S.²: É mentira, não revisei nada. Só lembrei. Desculpe.



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