Entre Vivos e Mortos escrita por TheBlackWings


Capítulo 15
Capítulo 15 - Nada para se preocupar


Notas iniciais do capítulo

Outra vez perdão pela demora. Tentarei amenizar isso o mais rapido possivel!

Com este capitulo, termina-se um ciclo da historia! Posso garantir aos leitores que o proximo ciclo será muito melhor!

É aqui que a historia realmente começará!



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A batalha seguia dividida. A tática dos inimigos de separar os cavaleiros revelou-se inútil. Cada cavaleiro lutava com seu rival negro em lugares distintos, e todas as batalhas seguiam totalmente equilibradas, ou pelo menos a maioria.

 

A vários metros de distancia da entrada da mansão Kido, entre as primeiras arvores que viriam a formar o bosque que embeleza o terreno da residência, era onde se travava o confronto entre Andrômeda negro e Shun. Ao contrario de todas as outras batalhas paralelas, o aparente resultado era surpreendente. Shun se mantinha segurando fortemente a corrente negra vinda do inimigo, este enfurecido com as perguntas dele era arrastado vagarosamente.

 

- Me solte maldito!! –Berrava o inimigo, enquanto tentava inutilmente se manter no mesmo lugar. Puxava as correntes com força, tentando fazer Shun solta-las. – Acha que me assusta???

 

Nada respondeu o jovem, apenas puxou um pouco mais as correntes. Agora próximos como nunca, Andrômeda negro suava. Nenhum dos dois dizia nada, pareciam estas se analisando. Segundos se passaram assim, em silencio, até Shun falar.

 

- Não vai mesmo responder minhas perguntas? – Falou serio e seco. – Estou avisando.

- Já disse que não vou responder nada!!! Isso é um interrogatório por acaso?? – Retrucou o temeroso inimigo. Não sabia o que estava sentindo enquanto olhava nos olhos do seu rival.

 

De volta ao silencio, O jovem de cabelos esverdeados e sem armadura permanecia pensativo. Sua face estava séria. Depois de algum tempo, fechou os olhos e soltou um suspiro desanimado.

- Bem, eu tentei. Não diga que não foi avisado.

- O que vai fa.......? – A frase não pode ser completa. O movimento foi tão rápido que Andrômeda negro nem viu o que o atingiu. Shun soltou um pouco as correntes, fazendo um movimento circular por cima da cabeça do inimigo. Enquanto esta caia nos ombros, puxou de volta para si a corrente com força. O cavaleiro negro sentiu a pressão da própria corrente em roda de seu pescoço, e então a batalha acabou.

 

O corpo inerte de Andrômeda negro caiu ao solo. As marcas da corrente permaneciam no seu pescoço. Com a força e velocidade do ataque, a pele chegou a se rasgar deixando alguns filetes de sangue escorrerem. Shun o olhava, enquanto soltava as correntes ao lado do cadáver.

- Deveria ter respondido minhas perguntas. – Deixou o corpo para trás, dando alguns passos até a urna de sua armadura. Olhando para ela, suspirou outra vez desanimadamente. – Hum... Eles vão querer ver você....

 

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A luta entre os cisnes não tinha nada de equilibrada. Hyoga tinha um cosmo muito mais desenvolvido que Cisne Negro, sem contar que este ultimo ainda tinha um gênio explosivo e impetuoso, o que lhe fazia ser imprudente nos golpes. O frio causado por seu cosmo não era o suficiente para sequer ferir o cavaleiro treinado na Sibéria.

 

Flocos de neve negra caiam devagar enquanto a luta prosseguia. O cavaleiro negro ainda tentava acertar o outro com seus golpes, mesmo sendo inútil.

 

- Seu maldito!! – Atacava com mais fúria cada vez que via a calma de Hyoga.

- Não vai me atingir com esse seu poder ínfimo. – Desviou de um golpe apenas redirecionando a cabeça. Os golpes cessaram, e o inimigo se via cansado.

 

- Não é possível... – Ofegante, o cavaleiro negro esbravejava.

- Esse seu frio não é verdadeiro. – A neve negra que caia foi aos poucos se tornando branca e pura. – Apenas alguém treinado na Sibéria pode produzir um frio intenso, como este que vou te mostrar agora!! – Elevando seu cosmo, Hyoga atacou o inimigo com todo seu poder. – Pó de diamantes!!!

 

O golpe acertou em cheio, Cisne negro foi arrastado até encontrar uma grande arvore no seu caminho. O poder do ataque foi tão devastador que varou o peito da armadura negra, deixando o Cavaleiro negro em péssimo estado. Crsitais de gelo se formaram congelando partes do seu corpo. Era o fim da batalha. Hyoga se aproximou, e apenas recebeu um olhar frio do cavaleiro negro caído, antes de sua cabeça pender para baixo.

 

Deu-lhe as costas, e retornou ao local onde apenas Ikki e os inimigos se encontravam.

 

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Ao contrario das ultimas desequilibradas lutas, Seiya e Pégaso negro estavam em um embate duro e longo. No momento, Pégaso negro lança seu golpe mais poderoso em direção ao cavaleiro de bronze.

 

- Sinta o poder dos meus Meteoros Negros!!! – Os golpes do Pégaso negro eram diferentes dos meteoros de Seiya, este desviava com dificuldade dos golpes.

- Chama isso de Meteoros? – Retrucou o cavaleiro de bronze, após o inimigo cessar seu golpe. – Você vera o que são realmente meteoros!!! Meteoros de Pégaso!!!

 

O golpe foi bloqueado pelo inimigo, porém este já estava fraquejando em conter a energia. Seiya também sentiu isso e aumentou a pressão feita encima dos socos, que começaram a atingir o cavaleiro negro. Mas este não se abalou, ao ver que não conseguiria bloquear ou desviar, deu um salto para trás se pondo de pé em seguida. A luta era bastante acirrada.

 

- Você tem sorte que não atingi você em cheio! – Seiya se gabou para o inimigo furioso.

- É mesmo? Vamos ver quem é mais forte então!!! – O cavaleiro negro começou a elevar seu cosmo, enquanto Seiya fez o mesmo.

- Então vamos!! – Ambos elevaram seu cosmo, e segundos depois, dispararam seus golpes simultaneamente. Após o choque de energias, Pégaso negro levou a pior e foi rechaçado para trás com os golpes, caindo ferido gravemente. Seiya correu até ele e o segurou pela gola de sua roupa.

- Me diga por que o santuário quer nos matar?? – O cavaleiro negro olhava com ódio para o inimigo, mas não conseguiu responder. Vendo ser inútil, Seiya se levantou e começou a seguir na direção de onde estava Ikki, até sentir dois cosmos em batalha.

- É o cosmo do Shiryu! Ele deve estar lutando aqui perto. – Parou e começou novamente a correr na direção oposta.

 

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O mais longo e penado embate era entre os Dragões. Lutavam furiosa e incessantemente, os golpes um mais forte que o outro. Dragão negro, considerado o mais poderoso entre os cavaleiros negros, mantinha-se confiante e concentrado, Shiryu não ficava atrás, seus golpes eram rápidos e centrados, mas não abalavam o inimigo.

 

Dragão negro deu um soco no estomago do cavaleiro de bronze, que foi jogado a alguns metros de distancia, mas conseguiu cair ajoelhado.

- Parabéns dragão, você é um ótimo adversário! Honra a fama dessa armadura. – O cavaleiro negro falava, com a guarda baixa, como se ignorasse seu inimigo. Shiryu se levantou. Mesmo com a luta contra Seiya, sua armadura continuava resistente.

- Digo o mesmo a você Dragão negro. – Tomou uma pose ofensiva após falar. – Mas nossa luta já durou tempo demais!

- Entendo, e concordo com você! Vamos acabar com isso logo! – Falou o inimigo, iriam começar a batalha se não fosse uma voz interromper-lhes.

 

- Shiryu!! – A voz de Seiya surgiu a poucos metros de distancia. O cavaleiro de Pégaso parou e viu que a luta ainda não tinha terminado.

- Seiya, saia daqui!! Essa luta é só minha! – Shiryu berrou para o outro. Este apenas ficava observando.

- Então esse é o cavaleiro de Pégaso? Não se preocupe, depois que acabar com você liquidarei ele também.

- Isso se acabar comigo!! – Shiryu começou a elevar seu cosmo, dragão negro fez o mesmo, embora não estivesse em pose ofensiva.

 

Ambos elevaram seus cosmos e Dragão negro atacou primeiro. Correndo na direção de Shiryu, acertando em cheio um soco no rosto do cavaleiro. Em uma fração de Segundo, Shiryu revidou o ataque. Com o punho, acertou o peito do cavaleiro negro em cheio fazendo- subir. Com o cavaleiro negro ainda no ar,  terminou o golpe.

 

- Cólera do Dragão!! – O golpe estilhaçou parte da armadura negra e jogou o inimigo no chão sangrando. Shiryu o olhou no chão, este não demorou muito a perder a consciência.

- Você esta bem Shiryu? – Seiya correu até lá.

- Estou sim, vamos voltar até onde estava o Ikki.

- Sim.

 

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Com o fim de Quatro dos grandes cavaleiros negros, apenas Fênix negro restava, porém este não era páreo para Ikki. O cavaleiro de bronze humilhava o inimigo, desviando facilmente de seus golpes. Jango estava irritado como nunca, vendo aquela luta ridícula.

 

- Quando vai parar de brincar e lutar sério?? –  Fênix negro estava muito irritado, Ikki o ignorava.

- Heh, vocÊ quer que eu lute sério? – desviou de outro golpe, mas dessa vez acertou um soco no abdômen do cavaleiro, forte o suficiente para que o seu inimigo guspisse sangue. Caiu desacordado no chão.

 

- Muito bem, e agora é com você Jango. – Ikki deu alguns passos na direção deste.

- Não pense que eu serei vencido facilmente, Idiota!!

 

Ambos se preparavam para lutar, até alguém chegar por trás de Ikki.

- Não pense em acabar com ele sozinho, quero fazer umas perguntas também. – Hyoga surgiu encarando Jango também. Ikki nem se virou.

- Se quiser cuidar dele não tem problema nenhum, não estou afim de perder meu tempo com ele.

 

O cavaleiro de Cisne nem pensou em discutir, conhecia o gênio do outro cavaleiro, por isso apenas o ignorou. Jango se recompôs.

- Hahaha, pensam que acabaram com todos os meus subordinados?? Nem pensar. – Com um estalar de dedos, dez cavaleiros negros menores surgiram de seus esconderijos. Os dois cavaleiros foram pegos desprevenidos, mas logo receberam reforços. Seiya e Shiryu chegaram logo em seguida e a primeira coisa que fizeram foi acertar alguns inimigos.

 

- Esses cavaleiros negros não param de aparecer!! – Seiya comentou, enquanto golpeava vários ao mesmo tempo.

- Não importa quantos apareçam não fazem diferença. – Shiryu completou atirando longe dois deles. O numero de inimigos diminuía. Seiya acertava dois cavaleiros negros, mas quando baixou a guarda um inimigo tentou um golpe pelas costas.

- Morra cavaleiro idiota!!! – O cavaleiro negro surgiu do nada, e quando ia acertar o Pégaso, foi acertado por algo nas costas que o fez cair no mesmo momento. Todos pararam e viram o que ouve. Uma corrente estava caída junto do corpo, e logo foi recolhida.

 

- Desculpe a demora. – Shun apareceu, vindo da direção das arvores onde lutava. Todos ficaram surpresos, tanto pela chegada do outro, quanto com a visão que tiveram. Shun vestia a tal armadura de Andrômeda. A armadura era simples, porém protegida. Além do tronco, apenas proteções nos braços e pernas. Na cabeça apenas uma tiara com aspas prateadas. Nos braços, correntes enroladas faziam jus à constelação de Andrômeda. Em toda a armadura imperava um tom de vermelho arroxeado, de brilho jamais visto por aqueles cavaleiros de bronze. Mesmo com aquela armadura belíssima, nenhum cosmo surpreendente era sentido daquele homem.

 

- Obrigado Shun!! – Seiya agradeceu, voltando a luta, que foi terminada com a morte do ultimo cavaleiro negro pelas mãos de Ikki. Agora só faltava Jango. Alias...

 

- Onde esta o Jango?? – Seiya perguntou alto aquilo que todos pensaram.

- O desgraçado fugiu enquanto lutávamos. – Shiryu terminou.

- Eu vou atrás dele. – Ikki só disse isso e saiu. Os outros cavaleiros voltavam para dentro da mansão.

 

- Bela armadura Shun! – Comentou Seiya.

- Obrigado!

 

Ficando para trás, restou apenas Fênix negro, caído e ferido, se levantava fazendo esforço. Viu todos os cavaleiros negros derrotados.

-Preciso avisar o santuário. Malditos cavaleiros negros.

 

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Jango já estava longe, correndo por dentro do bosque da mansão. Seu plano foi por água abaixo, subestimou os cavaleiros. Principalmente Fênix. Se odiava por ter sido imprudente, e sabia que receberia um castigo do grande mestre. Correndo, pensava que poderia voltar a ilha da rainha da morte para se restabelecer, até que.

 

- Te peguei!!! – A voz veio de cima, e logo após sentiu o golpe. Youma caiu de cima de uma arvore pisando literalmente encima do líder dos cavaleiros negros, este caído agora. Ainda encima dele, com um pé nas costas e outro na cabeça, soltou à fumaça de seu cigarro. Jango não podia falar nada, mal respirar. – Eu vi o que você fez e não foi nada bonito sabia?

 

Jango tentava falar, mesmo sufocando com o rosto sendo pressionado contra a terra. Youma aproximou um pouco o ouvido para tentar entender o que ele dizia.

 

- Ein? Esta tentando dizer alguma coisa? Não se preocupe, não dirá mais nada logo, logo!

 

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A noite caiu, e todos já estavam na mansão. O corpo de Jango foi encontrado por Ikki algum tempo depois no bosque. Parecia que a cabeça dele havia sido esmagada. Ninguém imaginava quem poderia ter feito aquilo. Saori já estava calma novamente.

 

- Tenho que agradecê-los novamente por tudo que fizeram por mim. – Sentada no sofá, a jovem agradecia.

- Isso não é nada. – Seiya respondeu. – Somos cavaleiros, é para isso que existimos!

- Tenho certeza que teremos paz por um tempo agora. – Shiryu completou.

- Mesmo assim, temos que descobrir o que o santuário quer. – Hyoga lembrou os outros daquilo. Todos concordaram com a cabeça.

- Eu sei, mas acho que agora devem descansar!! – A jovem herdeira Kido se levantou, todos fizeram o mesmo.

- Isso mesmo! Tudo esta em paz. – Contente, Seiya levantou e seguiu com todos pelo corredor, andando perto de Shun comentou com ele. – Não concorda, Shun?

- O que?

- Não acha que agora tudo ficara em paz? – O jovem de cabelos esverdeados pensou um momento, e com um sorriso simpático respondeu.

 

- É claro que sim. Não há nada para se preocupar.

 


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Notas finais do capítulo

Quero deixar claro sobre as lutas e sobre os cavaleiros negros: Não pretendia dar destaque a nenhum deles. Os leitores sabem que o foco da historia é outro, por isso apenas resumi, e tentei não fugir a suas personalidades, alem de também ter feito as devidas alterações da historia original, como quanto ao estado fisico dos cavaleiros, e etc.

As lutas não foram bem exploradas, pois precisava que fossem rapidas. No futuro, prometo batalhas muito mais dinamicas!