A Seleção - Fic Interativa escrita por Gilya


Capítulo 37
Capítulo 37 - Dançar Fora do Ritmo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Queria pedir desculpas pela demora.
Ainda estou sem pc. Esse cap foi basicamente escrito no celular em um notebook emprestado e em um tablet, então por favor perdoem os errinhos... A obrigada a Kunimitsu pela recomendação, se não fosse ela provavelmente não teria terminado esse cap. Estou sem inspiração, mas consegui tirar esse capítulo da cachola. O final fiicou até legal na minha opinião. Ah, o primeiro pov é um trecho do livro da Skye.



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George esperou na janela. O seu local habitual. Esperou por um tempo considerável até se dar conta de que ela não viria. Quando percebeu isso, desceu rua em direção a casa de Elizabeth. Estava apenas chuviscando naquela manhã. Uma garoa fina como o sereno.
George finalmente chegou na casa de Elizabeth. Ele sabia que a mãe dela só estava esperando a chuva passar, para ir na cidade vizinha organizar os preparativos do casamento, mas ele não desistiria assim. Ele tinha que vê-la mais uma vez. Quando chegou na casa de Elizabeth no começo da rua, lembrou-se que duas semanas atrás, os dois nem sequer tinham se falado direito.

Quando bateu na porta quem atendeu foi a irmã de Elizabeth, Choore. Ela era bonita, mas não se comparava a irmã mais velha. Quando viu George não escondeu o seu descontentamento.

_ Meu pai já disse que não quer te ver por aqui._ Disse ela com a voz debochada.

_Eu quero falar com Elizabeth. _ George pediu.

_Eu sei que você quer. _ Disse Choore revirando os olhos. _ Tenho ordens para não te deixar passar.

_Choore,_ Chamou Elizabeth aparecendo subitamente na porta. _ O papai está te chamando. Vai lá ficar com ele. Eu cuido do George.

Choore mordeu os lábios indecisa, mas depois voltou a entrar na casas. Elizabeth saiu à rua e fechou a porta atrás de si.

_ Como está o seu pai?_ Perguntou George.

_ Ah, ele está melhor. Vai durar até o casamento.

A súbita menção ao casamento fez o estômago de George dar um salto.

_ Elizabeth você não precisa casar com ele. Nós dois podemos

_ Podemos o quê, George? Fugir? Eu não posso fazer isso com a minha família. Esse casamento não diz respeito só a mim, ele diz respeito a minha família inteira. Eu não posso permitir que as minhas irmãs e o meu irmão continue vivendo nessa dificuldade. Você entende, não é?

George suspirou. Nunca acreditou realmente que ela fosse aceitar. Elizabeth aproximou-se dele

_Me desculpe_ Pediu ela.

Ele abanou a cabeça.

_Está tudo bem_ Ele afirmou._ Eu acho que se pudesse ter uma chance de mudar a realidade de minha família eu faria a mesma escolha

Ela assentiu e sorriu em agradecimento a compreensão dele. Elizabeth não queria deixar George daquele jeito. Não queria que aquelas manhãs chuvosas acabassem, mas sabia que o tempo pararia para que os dois pudessem ser felizes. Ela aproximou-se ainda mais dele.

_ Adeus, George.

A voz de George saiu embargada.

_ Adeus, Elizabeth.

Ele inclinou-se na direção dela esperando que ela recuasse, mas ao invés disto Elizabeth aproximou-se ligeiramente dele também.

O beijo de Elizabeth tinha gosto de chuva. Quando seus lábios se tocaram, o mundo inteiro explodiu em sensações. Ele sentia a própria roupa molhada, assim como os braços de Elizabeth em torno de seu corpo. O cheiro de terra molhada. A umidade pesada no ar. As gotas de chuva que se acumulavam em seus cílios.

O tempo não parou para os dois e por isso Elizabeth logo encolheu-se e se afastou. Nenhum dos dois disse nada. George observou Elizabeth entrar em casa novamente. Aquela foi a última vez que se falaram.

Naquele mesmo dia a chuva passou e na manhã seguinte o céu se abriu. As manhãs chuvosas finalmente foram embora assim como a história de Jorge e Elizabeth. Dois meses depois ela casou-se e pouco tempo depois mudou de província. Geórgia continuou a trabalhar na casa da Sra. Shells. Ouso dizer que foram felizes, cada um com seus caminhos. Mas toda vez que alguma chuva persistente insistia em cair, ambos se perguntavam se o tempo de suas histórias havia voltado. Se as manhãs chuvosas haviam voltado.

***

O salário no palácio era, em média, satisfatório. A maioria dos funcionários ganhavam mais que a média de sua casta. Isso sem falar nos alojamentos e todos os direitos trabalhistas. Em geral trabalhar no palácio era algo que todos os Seis queriam.

Mas Jack era um funcionário temporário, ou seja, assim que terminasse a Seleção ele provavelmente perderia o emprego. Ele sabia que tinha que não podia contar com aquele emprego, e por isso ele já estava por um novo emprego. Jack queria estudar, mas sabia que mesmo com a abolição de castas ele provavelmente não conseguiria nada melhor que um emprego de jardineiro ou garçom.

A única habilidade de Jack era a pintura. A mãe dele era da casta cinco e lhe ensinara a pintar. Mas ele já não tinha tempo para pintar, nem materiais. Na tarde anterior tinha pedido para os funcionários que compravam os suprimentos do palácio, para, se encontrassem, comprarem materiais de pintura. Ele queria fazer uma surpresa para Chell. E então naquela tarde começou a pintar uma rodadde crianças brincando no jardim de uma grande casa.

***

Andrew estava bastante nervoso. Mais do que estivera quando beijara Cloe pela primeira vez. Mais do que quando conhecera. Já tinha a aprovação do pai dela. E apesar de ela dar a impressão de que gostava dele, Cloe ainda nao era o tipo de garota que se apaixonaria por ele tão facilmente. Mas ele precisava arriscar. Em pouco tempo a Seleção teria de acabar. A competição nao devia durar muito, nem pouco. Ele conversara com seu pai sobre Cloe e ele concordara que já que Andrew já tinha feito sua escolha, o melhor seria encerrar a Seleção.

Ele marcou o encontro embaixo do salgueiro, as margens do lago. O famoso local de encontro deles. Cloe não demorou chegar. Estava com o cabelo preso em uma trança. Ela sorriu para ele de longe. Andrew esperou ela se aproximar dele para se sentar. Os dois se sentaram exatamente como faziam toda vez que se encontravam ali. Lado a lado. Cloe apoiou a cabeça no ombro de Andrew, como gostava de fazer e os dois ficaram em silêncio por um tempo.
Andrew pensou em como seria poder viver toda a vida ao lado de Cloe. Ele não tinha dúvidas de que era isso o que queria.

_ Cloe, por que você se inscreveu para a Seleção?
Clor riu e estalou a língua.

_ Para falar a verdade eu queria fazer alguma coisa sabe. Todos na minha família pareciam tão certos de tudo. Eles tinham objetivos e por isso tinham alguma coisa pelo que batalhar. Eu tinha dezessete anos e estava vendo a minha vida passar diante de meus olhos. Foi basicamente isso. Eu queria sair do ócio.

_ Quer dizer que você não se inscreveu por causa do meu charme?_ Perguntou Andrew em tom brincalhão. Ele moveu a sobrancelha para cima e para baixo fazendo Cloe rir.

_ Não "alteza". Não foi pelo seu charme. Foi pelo ócio.
_ Santo ócio que te trouxe aqui._ Disse Andrew, provocando mais risadas de Cloe novamente. Quando a graça passou os dois novamente ficaram em silêncio.

Andrew engoliu em seco. Não tinha ensaiado o que falar e agora não sabia muito bem o que dizer.
_ Cloe, sabe quando a gente estava dançando no baile?_ Perguntou Andrew.

Ela sorriu.

_ Lembro. Dançando fora do ritmo.

_ Exatamente!_ Concordou Andrew._ Eu sempre odiei quando o meu irmão fazia coisas fora das convenções. Porque ele não podia fazer as coisas do mesmo jeito que as outras pessoas? Porque não dançava no mesmo ritmo que as outras pessoas?_ Ele olhou para Cloe. Ela estava séria esperando a conclusão. _Ainda não gosto disso._ Ele suspirou e sorriu._ Mas eu dançaria fora do ritmo para sempre, alegremente, se você fosse o meu par.

Cloe sorriu e olhou para ele. Os dois estavam agora frente a frente.

_ Cloe, você quer casar comigo?

As mãos de Andrew estavam tremendo. Mas Cloe não hesitou. Inclinou-se e beijou-o. Ela se afastou, sorrindo.

_ Sim. _Respondeu ela por fim. Andrew finalmente pôde relaxar. Ela completou:_ Também quero dançar fora do ritmo com você para sempre...


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Notas finais do capítulo

Por favor, façam meu esforço valer a pena comentando :)



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