A Seleção - Fic Interativa escrita por Gilya


Capítulo 29
Capítulo 29 - Família III


Notas iniciais do capítulo

Gente esse capítulo esta dividido. A primeira parte é engraçada e a segunda é Drama Total ^^
Mas as coisas aos poucos estão se resolvendo. Heheh



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/468662/chapter/29

Chell ficou esperando pelo Matt, na mesa de Buffet. Matt não era seu pai biológico, mas desempenhava o papel de tutor dela ali, e por isso estava no salão ao lado conversando com os reis. Ela tivera que explicar um pouco a situação de sua expulsão de casa para Janine. Não queria que ela enviasse um convite aos pais biológicos por engano. Será que os pais dela estavam à espera de um convite? Não. Eles haviam dito que nunca mais queria ver ela na vida.

Ela suspirou. O salão havia ficado consideravelmente mais vazio com a saída dos pais. Além das Selecionadas havia um punha de irmãos e alguns funcionários. Ela viu Jack que servia petiscos com uma bandeja ao fundo.

Será que ele havia mudado tanto assim? Antes ele era sempre alegre e animado, mas agora não dava um sorriso. Por que será que a evitava. Será que ele a culpava pelo que aconteceu? Será que se culpava pelo que aconteceu.

Ela dirigiu-se até ele. Devagar e calma. Ele fez menção de fugir.

_Não vá, por favor..._ Pediu Chell._ Precisamos conversar.

Ela disfarçava fazendo parecer que ela estava pedindo alguma coisa, dando alguma ordem.

_O que você acha do jardim às quatro horas?_ Soube que todos vão estar aqui dentro nesse horário...

Jack hesitou e Chelsea teve medo que ele não aceitasse. Mas acabou por assentir com a cabeça e se retirar. Chelsea voltou para mesa. Era hoje que tudo tinha que se resolver.

***

Annabelle entrou no quarto sem ruído. O quarto daquela selecionada não tinha fotos de família nem nada. Estava limpo e arejado com a janela aberta. Anna espreitou pela varanda. Dali dava para ver a entrada do palácio.

Ela sorriu maliciosamente. Já tinha bolado todo o plano. Foi até o closet ali havia separado diversos vestido que a Selecionada usaria na semana. Os sapatos do conjunto também haviam sido separados. Anna retirou a faca que estava na barra do vestido. Era aquelas facas sem pontas e não muito afiadas mas que tinham vários dentinhos. Ela cerrou o salto de um dos sapatos. Não cerrou completamente, apenas para que durasse alguns minutos antes que a selecionada caísse copiosamente no chão.

Ela riu e com o dever cumprido, deixou o quarto. Quem alguma vez desconfiaria daquela inocentem menininha?

***

Meio-dia em ponto, os empregados serviram o almoço. Ele foi servido no salão de jantar. Como era um pouco apertado para todos, quem terminava de comer preferia ir para o salão principal. Danelina avisou para os pais que estava saindo, pediu licença e foi para o salão principal, que já devia estar bem cheio. O corredor era mais fresco que o salão. Ela andava tranquilamente. Estava quase chegando na esquina que dava ao salão quando escutou um barulho estranho e sentiu-se perder o equilíbrio.

Ela quase caiu de cara no chão, mas algo a amparou. Ela agarrou-se ao que quer que fosse aquilo. Só depois ela percebeu que era um homem. Quando olhou para cima, viu cabelos louros e olhos azuis a fitá-la. Aaron. Ele tinha um sorriso presunçoso. “Bela hora para se quebrar um salto” Pensou Danelina amarga. “quando o Aaron está vindo na minha direção”

_Eu sabia que um dia você se jogaria em meus braços assim.

Ela já ia responder, quando ao mover o pé sentiu uma dor aguda. Ela arfou e ele a olhou preocupado.

_O que foi? _ Perguntou ele.

Desceu-a com cuidado até que ela ficasse sentada no chão.

_ O meu pé está doendo_ Gemeu Danelina.

Ele olhou para pé dela.

_Não acho que quebrou nem torceu._ Disse ele sério._ Estaria doendo muito mais. Já deve passar. Mas agora acho melhor você trocar esse sapato.

Ele pegou Danelina no colo.

_Ei! _ Protestou ela. _ O que você pensa que está fazendo?

_Te levando até o seu quarto. Você não pode ficar com esse sapato nem pode andar então... _ Explicou ele. _ a não ser que você queira se rastejar até ele.

Ela revirou os olhos e não protestou mais. Ele a carregou até o quarto. Deixou-a sentada na cama.

_Obrigado._ Agradeceu ela._ Agora pode ir.

Aaron sorriu.

_Está bem...

Ele saiu e fechou a porta. Danelina trocou de sapato. Uma sapatilhinha era melhor. Andar ainda doía muito, mas ela fez um esforço para sair.

***

Chell consultou o relógio de pulso que tinha. Eram quase quatro horas. Será que ele iria aparecer? E como se tivesse escutado suas dúvidas, ela viu Jack aparecer pelo caminho atrás da fonte. Ele aproximou-se. Ainda vestia a roupa de empregado.

_ Você queria falar comigo...

Ela olhou nos olhos dele.

_Por que você me evita?_ Perguntou ela.

Ele moveu-se desconfortável. Deu sorriso amargo.

_ A pergunta certa é: por que você se aproxima de mim?_ Disse ele.

Ela levantou uma sobrancelha. Por fim respondeu:

_Por que você é o meu melhor amigo... Ou melhor: foi. _ Ela parou um tempo. _ Quando eu fui expulsa de casa eu passei dias, pensando se você estava vivo. Se você estava bem...

Jack olhou para o lado. Uma lágrima escorreu pela sua face.

_Você foi expulsa por minha causa... _Ele puxou o braço de Chell. Subiu ligeiramente a manga comprida. Em seu antebraço havia uma cicatriz longa onde o chicote de seu pai havia cortado profundamente a pele. _ Você tem cicatrizes por minha causa... Não posso permitir que você sofra de novo. Não sou bom para você.

O rosto de Chell ficou vermelho de raiva. Ela puxou o braço.

_Realmente. Você não é bom para mim. Você é um covarde Jack! _ Ela olhou para ele. Ele olhava nos olhos dela_ Porque você poderia ter coragem. Você poderia se perdoar e ficar comigo. E ao fazer isso você me faria a pessoa mais feliz do mundo. Mas você é covarde. Você tem medo de arriscar...

Ela olhou para ele.

_Você não entende não é?_ Disse ele frustrado._ Eu sou um seis e você é uma três. Nossos mundos não se tocam. Eu não deveria sequer ter me tornado seu amigo. Nós devíamos ter passado a vida toda sem saber o nome um do outro. Mas eu me apaixonei por você Chell..._ Outras lágrimas escorriam pelo rosto dele. Mas ele ainda tinha a expressão dura._ E eu sei que a coisa mais corajosa que poderia fazer é deixar você ir...

Jack ficou ali parado. Enxugou as lágrimas. Respirou fundo.

_Espero que isto tenha respondido suas perguntas..._ Disse ele no tom frio de sempre.

Saiu do jardim. Ele agora entendia que corajem é sinônimo de covardia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí gostaram?
Deixem reviews. ^^