Arthur acordou cedo, ouvindo o toque do despertador. Depois de algumas tentativas de levantar, decidiu desistir por algum tempo, afinal de contas, era impossível se soltar do abraço possessivo de certo americano. Sem nada mais para fazer e com nenhuma vontade de voltar a dormir, Inglaterra resolveu se dedicar a uma de suas atividades favoritas: Observar Alfred F. Jones.

O britânico ficava admirado consigo mesmo, que mesmo depois de algum tempo casados, não cansava de olhar o rosto de América enquanto ele dormia. O jeito como ele parecia tão doce e inocente, e ao mesmo tempo tão bonito e tranquilo tirava o ar de Inglaterra. Era ótimo que aquela conferência ia ser realizada na casa de Alfred, assim ele tinha a desculpa para passar uma semana inteira com seu estúpido, mas amado marido.

“Hmmm Iggy, porque já está acordado? Ainda é quase de madrugada.” América reclamou, trazendo o corpo de Inglaterra mais para perto.

“Do que está falando? Precisamos levantar ou vamos acabar nos atrasando pra reunião.”

“Qual o problema em se atrasar um pouquinho... Apenas uns 15 minutos... Ou um bilhão de anos.”

“Você é idiota ou o que? Se desaparecêssemos por tanto tempo, acha que ninguém ia notar?”

“Eu posso pedir para o Tony construir robôs iguais a nós, assim podemos nos esconder.”

“E onde o senhor espertinho esperaria morar?” Não era do feitio de Arthur se deixar levar por aquelas fantasias bobas, mas daquela vez deixaria o mais novo falar um pouco.

“Bem, para a minha adorável esposa, eu construiria algo ótimo, como um shopping subterrâneo, assim ninguém descobriria.” América explicou, e mesmo sem olhar para seu rosto por estar com a face encostada no peito do americano, Inglaterra sabia que ele sorria infantilmente, com os olhos brilhando em meio a projetos para a construção do tal prédio.

“Eu não sou sua esposa, seu moleque mal educado.” O mais velho protestou.

“Não ajuda muito quando você está deitado assim nos meus braços.” Alfred provocou, passando as mãos tentadoramente pelas costas nuas do britânico, que instantaneamente se arrepiou.

“Não adianta América, você não vai me convencer a faltar a reunião. Mas... Acho que 15 minutos não matam ninguém.” Inglaterra levantou o rosto apenas o suficiente para que os lábios dele alcançassem os de América, num beijo terno e apaixonado.

“E quanto ao nosso lar embaixo da terra Iggy?”

“Se acha que pode mesmo construir isso, faça. Enquanto isso, esqueci de contar que meus chefes ligaram pro seu para nós discutirmos alguns assuntos econômicos... Você vai ter que passar a semana que vem inteira na minha casa.” Arthur deu um sorriso irônico enquanto beijava o outro novamente.

“Fique sabendo que eu vou ser bem exigente dessa vez. Provavelmente as negociações vão durar muito mais do que o previsto.”

“Não posso fazer nada em relação a isso...” E os dois continuaram abraçados na cama por algum tempo. Ambos perdidos no calor um do outro. A situação era difícil, mas sabiam que o amor deles podia superar aquilo tudo.

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Bônus: E na manhã depois da lua de mel...

“Ah, tomar um banho quente realmente me deixou com sono.” América bocejou enquanto saia do chuveiro, encarando o britânico adormecido na cama, que estava coberto apenas por um lençol. “Ei Iggy, não vai acordar? Pelo que eu sei cavalheiros não dormem até tarde.”

“Tá, tá, eu apenas estou exausto.” Arthur levantou ainda meio sem noção de algo, mas foi só tentar ficar de pé que suas pernas cederam e ele caiu deitado na cama. “Droga, porque meus quadris estão doendo tanto?”

“Não me diga que esqueceu da nossa noite romântica...” Provocou América.

“O QUE VOCE FEZ COMIGO SEU MALDITOOOO?” O inglês sentou com dificuldade na beirada da cama, só para ser derrubado por um viciado em videogames, que lhe dava um beijo apaixonado.

“Se sua memória de velho está tão ruim, o HERO aqui vai te fazer lembrar. É melhor ficar bastante agradecido Iggy HAHAHAHAHA!”

Naquela manhã os protestos de um ex-pirata foram abafados por seu novo marido.

As risadas de um americano logo deram lugar a barulhos mais “interessantes”

Uma toalha molhada foi esquecida perto da cama.

E as camareiras do hotel apenas suspiraram, se questionando quando poderiam entrar para arrumar aquele quarto.