Unintentionally you loved ♥ escrita por GiovannaMendes28


Capítulo 7
17 de Setembro de 2013




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Exatos 35 dias, desde o desaparecimento de Megan. Tantos dias e tantas peças foram jogadas em nossas cabeças, mas nenhuma formava o quebra-cabeças de cinco mil peças que era aquele caso. A única certeza que tínhamos era que Suzan tinha envolvimento com o desaparecimento de Megan, que Evan realmente estava muito aflito e preocupado e só era mais uma vítima na história toda, que os pais de Megan estavam perdendo as esperanças de encontrá-la e que o senhor Smithers queria nossa cabeça em uma forca, ah isso com toda certeza do mundo! Pela primeira vez estávamos de mãos e pés atados, não conseguíamos pensar em uma saída, mas ele sempre dizia " Não importa a saída, tenho a melhor equipe e pretendo que meu pensamento não mude, revirem o mundo se for preciso, mas a tragam de volta e com vida " . Céus, como estava difícil.


A única coisa que estava bem era eu e Ross, não estávamos juntos, claro que não. Quis dizer que estávamos nos dando bem como dois amigos de verdade, apenas bons amigos.


(...)

– Hum frappuccino de chocolate branco! - falei alto ao sentir o cheiro e me virei dando de cara com Ross. Ele estava com um sorriso lindo por sinal e segurava dois copos de café.
Meus olhos brilharam ao ver ele me estender o frappuccino de chocolate branco, gente como eu AMAVA aquele negócio!
– Você é meu herói sabia? - falei rindo e vi ele rir em seguida. Peguei o copo de sua mão e dei um gole leve no frappuccino, que por sinal estava delicioso. - Obrigada!
– Por nada mulher maravilha - ele falou me fazendo corar. Dei uma leve tossida e tratei de desviar o foco do assunto, no caso, eu.
– Bem, como estamos? - perguntei e ele sorriu sentando-se no sofá de meu escritório.
– Bem, precisamos chamar Suzan para um novo depoimento. - ele falou e eu suspirei cansada. Neste último mês o que mais tínhamos feito era chamar Suzan para um depoimento e o pior é que nossa desculpa de " precisamos ouvir de novo" já estava esgotada, até o advogado dela perceberá isso.

– Ross, sabe que não podemos - falei e ele me olhou com o olhar preocupado.
– Eu sei, mas é necessário. Ela não pode se recusar a testemunhar - ele falou dando um gole em seu café. Encostei na mesa a minha frente e fiquei por alguns segundos fitando-o pensativa.

– O Advogado dela disse que não autorizaria mais sua cliente a falar, ela deu mais de quatro depoimentos Ross. Ela não é boba, já sabe que estamos na cola dela.
– Se ela sabe não teria aceitado os depoimentos da outra vez, e outra é lei, quando uma testemunha é chamada para depor deve fazer o seu papel - Ross falou naturalmente.

– É e também está na lei que o papai noel existe - eu respondi revirando meus olhos.
– Trocou a ferradura foi? - Ross falou rindo e eu apenas dei um sorriso grande. Eu me sentia muito bem utilmamente, andava mais leve, mais feliz, mais sei lá, acho que talvez eu tivesse saído do luto da perda do meu parceiro e finalmente estava me abrindo para a vida novamente.

– É sério, Ross ela não vai vir. - falei dando de ombros.
– Vamos tentar a última vez ok? - assenti com a cabeça ficando de acordo com ele. Eu sabia que seria bem difícil, afinal nenhuma testemunha é tão burra o bastante para não desconfiar com tantos depoimentos.


(...)

– Boa tarde Suzan - falei seriamente em nossa sala reservada.
– Não diria que está sendo boa senhorita .. como é seu nome mesmo? - ouvi a loira irritante falar com nojo. Fútil, odiava pessoas assim!

– Crawford . - falei e respirei fundo, afinal não poderia perder o foco daquele testemunho. - Muito bem senhorita Suzan, nos conte seu último dia com Megan. - falei sentando-me a sua frente.

– De novo isso? - ela disse enquanto olhava as unhas. Que menina irritante, ela não importava-se com absolutamente nada.
– Pois é, temos que recolher seu último depoimento, temos deslocados todas as testemunhas e amigos de Megan. Por isso vamos ao ponto, como foi seu último encontro com Bellini? - perguntei começando a me alterar. Acho que Ross percebeu pois senti sua mão apertar levemente meu ombro.

– Vocês dois, estão juntos? - ela perguntou desviando o assunto.
– Senhorita Allen, acredito que nossas vidas pessoais não lhe dizem respeito. - falei levemente alterada, repito levemente.
– Então já está respondido. Minha vida pessoal não lhes interessa e eu não farei um novo depoimento. - ela disse com um sorriso vitorioso nos lábios.
Antes que eu pudesse responder Ross interferiu.
– Senhorita Allen.. - ela o interrompeu.

– Pode me chamar de Su, detetive Ross - ela estava dando em cima de Ross na minha cara? Era isso mesmo produção? Tudo bem eu e ele não somos namorados, nem nada, apenas bons amigos mas, isso era totalmente fora dos limites.

– Senhorita Suzan, precisamos deste depoimento e se você negar, poderemos entender como uma omissão de sua parte, o que pode lhe complicar com o Juiz. Acredito que prefira nos contar não é? - ela ficou perplexa, ponto para nós!
– Tudo bem, eu lhe darei meu depoimento, mas a detetive não precisa estar presente não é mesmo senhorita Crawford? - notei seu olhar sarcástico a mim e em seguida vi Ross me pedindo com os olhos para que eu deixasse ele resolver. Era incrível como em tão pouco tempo eu conseguia ler perfeitamente os olhares de Ross.

Levantei bufando e olhei para Ross antes de sair. Ele me olhava de um jeito diferente, eu apenas me direcionei a sala de áudio junto com Collins que apenas me observava sem falar uma única palavra.

– Muito bem Su.. – ele sorriu de canto ao falar o apelido dela. Meu sangue estava fervendo. – Conte-me o que aconteceu naquele dia, prometo que será a última vez que precisará falar.
– Não sei como você pode ser tão gato assim, sua parceira tem muita sorte, pena que não posso dizer o mesmo de você. – ela disse fazendo cara de nojo.

Bati uma de minhas mãos em cima da mesa, e fechei meus olhos com força. Aquela loira de farmácia ia só ver uma coisa, onde já se viu falar assim com Ross e sobre mim ainda?

Notei o olhar de Collins em cima de mim e o lancei meu olhar fuzilante.

– Você está bem? – ele me perguntou segurando o riso.
– Estou ótima porque não estaria? – respondi seca.
– Não precisa ter ciúmes, ele só está fazendo o trabalho dele – ele respondeu divertido.
– Collins, cale a boca! – estava com raiva, com ódio mesmo! Ross estava se deixando seduzir por um tipinho medíocre daqueles e o pior de tudo, estava sendo antiético.
– Ei, relaxe – ele falou ainda com o tom divertido. Fiquei quieta, não queria falar nada apenas observar, era o que eu sabia fazer de melhor.


(...)

Após uns 15 minutos de toda a palhaçada que Ross estava fazendo, finalmente ele havia saído da sala.


– Acho que consegui o suficiente – ele falou feliz.
– Que bom pra você.- falei rispidamente.
– O que foi que eu fiz ? – ele perguntou sem entender.
– Você é um completo idiota – saí da sala bufando e fui em direção a minha. Sentei em minha mesa, eu queria esganar Ross, como um detetive podia ter uma postura daquelas? Como que ele poderia agir daquele modo e justo com aquela oferecida?


– Você pode me explicar o que foi que eu fiz? – Ross me perguntou entrando em minha sala com tudo.

– Você nunca vai aprender a bater na porta não é? – falei irritada.
– Porque você está com raiva de mim? – ele me perguntou calmamente.
– Porque você está agindo como um idiota. Como você aceitou ser seduzido por uma testemunha? Você por acaso sabe que isso pode ser usado contra você? Que você pode perder o posto como detetive, por assédio? Porque ela é muito esperta e vai usar isso contra você – falei cuspindo todas as palavras juntas praticamente.
Ross me olhou e abriu um sorriso de lado, me deixando com mais raiva ainda, eu estava era uma verdadeira pilha de nervos.

– O que que foi? – ele deu uma risada leve e continuou me encarando.
– Você não está preocupada com o que Suzan pode alegar, você está com ciúmes. – ele falou convencido e eu arregalei meus olhos. Ok, Ross era um idiota.
– Eu não estou com ciúmes, apenas zelo pela ética e profissionalismo. – retruquei.
– Você está mordida de ciúmes, pelo fato que ela deu em cima de mim e eu correspondi. – ele respondeu divertido.

Peguei um livro que estava em cima da mesa e joguei na direção dele, por sorte pegou na parede. Ok, eu não era maluca, muito menos psicótica, mas eu estava com os nervos a flor da pele como há tempos eu não ficava.

– Ciumenta – ele falou rindo.
– Ross saí da minha sala, agora – falei com os dentes trincados. Peguei outro livro e joguei nele que correu para a porta.
– Tudo bem quando seu nível de ciúmes passar conversamos, mas fica tranquila ela não me interessa nem um pouco - ele falou rindo e joguei meu pote de canetas nele que fechou a porta rapidamente em seguida.

– Cretino! – Falei alto. Onde já se viu? Insinuar que eu estou com ciúmes dele, só podia ser brincadeira uma coisa dessas.

Eu não gostava de Ross, não tinha ciúmes dele e muito menos me importava se ele estava interessado naquela patricinha aguada ou não. Só me importava o profissionalismo, apenas isso! A responsabilidade era o importante e não aquela coisa de ciúmes, nunca tive ciúmes e não seria agora que teria. É.


(...)


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora pessoas! Vou tentar colocar mais um hoje tudo bem? Vou fazer o possível, beijos!! Boa leitura!