Estávamos chegando ao interior de Nova York, depois de quase duas horas de viagem e da grande chuva que caía em todo o trajeto.

Esfreguei meus olhos devagar e olhei para o lado, Ross estava tão lindo todo concentrado. Ele me sorriu me fazendo sorrir em seguida.

– Boa noite – ele falou rindo e eu mostrei a língua a ele. Olhei para o lado e tentei enxergar qualquer coisa familiar pela janela, porém sem sucesso.

– Onde estamos? – perguntei voltando minha atenção a Ross.

– Chegando – ele sorriu me fazendo revirar os olhos.

– Jura? – falei debochada e ele continuou rindo.

– É sério, poxa! – falei resmungona e ele sorriu mais ainda.

– Está parecendo uma criancinha mimada – ele falou e voltei a sorrir. Eu realmente quando queria as coisas batia o pé até ter, Molly sempre me zoava, dizia que eu parecia a filha mais nova mimada do que ela.

(...)

– Chegamos! – Ross falou e eu o olhei com a sobrancelha arqueada. – O que foi princesa?

– Está uma chuva cruel! – falei e ele me olhou ainda com o mesmo sorriso.

– E você é feita de açúcar por acaso? – ele disse com o sorriso de canto e eu mostrei o dedo a ele. – Vem comigo!

– Aonde? – respondi emburrada, me segurando para não rir, era muito difícil manter a pose de seriedade ao lado de Ross.

– Curtir a vida – ele falou rindo e saiu do carro dando a volta e abrindo minha porta.

– Ross.. – falei receosa e ele logo me puxou para sair do veículo. Saí e senti as gotas grossas de chuva caírem em meu rosto, o resultado não foi outro : eu e Ross completamente ensopados pela chuva. Confesso que aquilo estava sendo delicioso, era gostoso o sentimento de liberdade que aquilo proporcionava.

– Liberte-se, hoje não temos compromisso com mais ninguém – ele disse me puxando pela cintura e grudando nossos lábios. O beijo era calmo, nossos lábios estavam quentes ao contrário de todo o resto de nossos corpos. Sorri com nossos lábios grudados e as mãos quentes de Ross percorreram minhas costas por baixo de minha blusa.

– Ross.. – falei baixinho e ele desceu os beijos por meu pescoço, causando um arrepio percorrer meu corpo. Ok, minhas pernas estavam amolecidas e a sensação de formigamento dominava meu corpo completamente. – Ross, vamos entrar.. – falei em um sussurro e fechei meus olhos por alguns instantes.

Ross parou os beijos e fitou meus olhos intensamente. Os olhos avelãs estavam escuros, mas eram de um escuro intenso, era de desejo.

(...)

– Bem vinda – Ross falou assim que abriu a porta.

Eu sorri e entrei na casa, apesar de sempre estar ensopada por conta da chuva não pude deixar de notar em como a casa era simples mas, aconchegante. Por fora era toda branca e por dentro era toda de um tom de marfim com os móveis brancos. Na sala havia uma lareira e um sofá bem aconchegante, fora o tapete branco todo peludo.

O frio ali deveria ser sempre severo e por isso cada detalhe tinha que ser pensado nisso.

– Gostou? – a voz de Ross ecoou atrás de mim na sala e me virei sorrindo a ele.

– É linda, porque vocês não costumam vir aqui? – perguntei e observei algumas fotos que tinham espalhadas em cima da lareira.

– Ah esse lugar lembra minha irmã e meus pais não gostam muito de vir aqui porque ela amava esse lugar, preferem evitar um pouco – Ross falou e eu apenas assenti com a cabeça. É aquilo deveria ser realmente bem difícil, se já era para Ross imagine para a família dele, mãe e pai sempre era mais delicado.

– Está com fome? – ele perguntou.

– Muita, mas acho que quero tomar um banho primeiro, estou ensopada, vamos acabar molhando toda a casa assim – sorri e ele apenas fitou meus olhos do mesmo modo que havia fitado lá fora, com intensidade e desejo.

Ross foi chegando mais perto de mim sem tirar os olhos dos meus. Assim que senti seu hálito bem próximo dos meus lábios, senti suas mãos abaixarem lentamente meu casaco, fazendo ele cair por entre meus braços.

Desviei meus olhos do meu casaco novamente para os olhos de Ross. Não tive tempo de pensar em muita coisa. Os lábios de Ross procuravam os meus com urgência e logo estávamos deitados no tapete do chão da sala.

Cada toque de Ross era delicado porém quente ao mesmo intenso, aliás o corpo dele trazia um desejo enorme, parecia que nossos corpos se conectavam do mesmo modo que nossos olhos.

Tirei a camisa de Ross lentamente e mordi meus lábios devagar ao ver o tronco nú dele em minha frente, era realmente fabuloso, cada detalhe era perfeito. Ross puxou minha blusa em seguida me deixando apenas de sutiã. Senti seus lábios desenharem um rastro por meu corpo até o cós da minha calça. Notei o sorriso malicioso surgir em sua boca e em seguida senti seus dedos retirando minha calça lentamente, apenas me deixando de roupas íntimas. Ross não seria o primeiro a me ver daquele jeito, mas diferentemente de meu ex namorado ter me visto desse jeito eu havia ficado sem jeito, completamente sem graça. Parecia que era a primeira vez em tudo, na intensidade, no toque e até mesmo na timidez. Ok, ele percebeu a última parte, com certeza.

Ross subiu novamente os beijos e deitou seu corpo por cima do meu. Os lábios dele percorriam meu pescoço com mais vontade e senti seus dedos escorregarem até o fecho do sutiã, porém sem sucesso. Homens, sempre tem problemas com fechos incrível! O ajudei a soltar meu sutiã e uma de suas mãos apertar meus seios com força, fechei meus olhos e um suspiro fugiu de meus lábios.

Desci minhas mãos por suas costas, passando lentamente as unhas por toda a extensão. Sorri ao ouvir o suspiro de Ross e logo comecei a abrir sua calça lentamente. Deslizei o zíper e a joguei longe, agora não tinha mais tempo para vergonha ou qualquer coisa do tipo, nem pensar em certo ou errado, estava ali em frente ao cara que eu...amava, é eu amava. Droga!

Ross sorriu com meu movimento e terminou de tirar minha roupa, me deixando completamente nua. Olhei diretamente para sua boxer e o volume denunciava o tamanho de seu desejo e excitação naquele momento.

O corpo quente de Ross grudou no meu, fazendo arrepiar-me por completo. Os beijos estavam cada vez mais quentes e intensos senti o membro de Ross enrijecido adentrar meu corpo causando um choque intenso. Respirei fundo e finquei minhas unhas em suas costas, ouvindo os gemidos de Ross em meu ouvido. Fechei meus olhos com força e senti Ross aumentar os movimentos com afinco, com uma das mãos apertando minha coxa com força. Enlacei minhas pernas em seu corpo e meus dedos em seus cabelos. Não demorou muito para que chegássemos ao ápice juntos, estávamos exaustos, mas eu me sentia feliz, me sentia em paz e a sensação de que havia chego no céu estava me dominando naquele momento. E a vergonha também. CÉUS! O que havia acontecido? Senti meu rosto completamente vermelho.

– Linda – ouvi a voz rouca de Ross soar em meu ouvido e ele deitar-se ao meu lado logo em seguida. Abri meus olhos e meu rosto estava parecendo um tomate de tão vermelho. – Ei porque toda essa vergonha?

– Ah – falei sem jeito e ele me abraçou apertado, fazendo com que por mais alguns segundos eu esquecesse completamente qualquer outra coisa. – Só estou sem jeito.

– Nick.. – Ross chamou por meu apelido com a voz rouca de sempre, Meu Deus ele tem noção o que tudo isso me causa? Fitei os olhos dele um pouco relutante devido a timidez. – Você é linda, e não é só pelo que acabou de acontecer aqui. Isso não vai terminar aqui e você sabe disso não é? – ele me perguntou e me surpreendi por um momento. Quer dizer, eu não sei exatamente o que pensar, mas ele havia dito que aquilo não acabaria ali, como diria minha irmã “ sinto cheio de namoro no ar “ .

– Eu não entendi – me fiz de desentendida, poxa qual é às vezes é bom fingir que somos burrinhos, ajuda muito.

– Não quero só ser seu parceiro como detetive ou apenas seu amigo, ou um amigo diferente. – ele falava tudo fitando meus olhos fixamente. – Quero ser tudo isso e ser seu namorado, quero ser seu companheiro, como homem e mulher e não só como amigos – ele falou e meu coração deu um tremendo salto, fazendo minha boca quase secar. – Então? – ele perguntou e sorriu ao ver minha mecha de cabelo cair em meu rosto. Sorri de volta a ele sem jeito ainda, mas um sorriso sincero e feliz. – Não vai me responder?

– Preciso? – eu respondi divertida e ele deu um beijo rápido.

– Princesa – ele abriu um sorriso enorme, como eu nunca tinha visto. – Eu estou com fome – ele falou e ouvi sua barriga roncar me fazendo rir.

– Eu não vou cozinhar – falei rindo e ele fez uma cara de decepcionado enorme.

– Ta bom, eu nem queria – ele falou rindo e peguei sua camisa que estava espalhada pelo chão e minha calcinha, vestindo-os em seguida.

– Eu sou bem bacana ta? – falei rindo e fui em direção a cozinha.

Ah o paraíso, o céu, gente a vida era realmente boa não era?

(...)