Lightning Hunter escrita por LauC


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus finalmente consegui terminar esse capitulo! Primeiro o meu computador ficou desligando sozinho e eu tive que ficar reescrevendo a mesma coisa várias vezes, e depois, quando finalmente ele para com a revolta, falta luz no meu bairro. Aí não dá para escrever desse jeito. Peço desculpas de qualquer forma pelo atraso. E espero que gostem do capitulo ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/468132/chapter/4

Não conseguir ir ver os testes das meninas nem quarta e nem quinta, por causa de uns trabalhos dados pelo gangster Frank. Nesses dois dias mal tinha dormido direito, chegava em casa literalmente me arrastando. A minha manhã tinha sido incrivelmente chata, os professores passaram atividade e mais atividades. Dana e Beatrice passaram nos primeiros testes e não paravam de falar no quanto estavam felizes e animadas. Suspirei e olhei para o céu azul da tarde, o dia estava quente demais.

— Vou derreter — Comentei abrindo a gola da minha camisa e deixando entrar um vento. Logan estava dando conta da cozinha por um tempo, enquanto eu estava jogando o lixo fora. Respirei fundo e limpei o suor que escorria pela minha testa, caminhei até a porta dos fundos do restaurante e a abri. Senti um ventinho frio vindo de dentro e sorri. Lavei minhas mãos no banheiro dos funcionários e dei uma olhada no salão, estava bem mais cheio do que antes.

— Sora! Volte ao trabalho! — Ouvi Cloe gritando da cozinha, ela estava desesperada lavando pratos e os enxugando. Lucy a outra garçonete apareceu correndo na cozinha, pegou a comida no balcão e as colocou na bandeja. Não éramos muitos funcionários, ao todo éramos 4, Cloe, Lucy, Logan e eu, e a gerente Minna. No dia de movimento tínhamos uma sobrecarga de serviços, mas quando era calmo as coisas fluíam sem problemas. Mas seria ótimo se Minna contrata-se mais um funcionário.

— Ok, Ok — Respondi colocando o avental e entrando na cozinha, peguei um dos pedidos e comecei a cozinhar.

Depois que o movimento acabou, ajudei Cloe a limpar a louça e depois fui embora. Caminhei devagar pelas ruas observando as lojas de roupas que tinham na redondeza e suspirei, estava cansada, mas tinha prometido as meninas que iria vê-las no ultimo teste. Entrei na rua do meu prédio e subi as escadas devagar, tirei a chave de casa e destranquei a porta, estava tudo em perfeita ordem. Na verdade, eu precisava tirar um dia para limpar a casa, estava uma bagunça.

Entrei no quarto e joguei a mochila em cima da cama, tirei o meu uniforme e peguei uma toalha e roupas limpas. Fui para o banheiro e tomei um bom banho, lavei o cabelo e escovei os dentes, enxuguei-me e enrolei a tolha em volta do corpo, entrei no quarto e vesti uma calça preta, uma camisa de manga cumprida azul listrada, calcei um tênis azul, penteei o cabelo e passei um pouco de perfume, peguei meu celular e sai de casa.

Demorei uns 12 minutos para chegar à escola, havia vários carros de policia estacionados, engoli em seco e entrei na escola, vi um grupo de quatro policiais conversando, me aproximei deles com um sorriso simpático no rosto e limpei a garganta.

— Com licença. Eu vim assisti um teste de uma amiga.

— Ah sim, você pode ir para o campo — Disse um policial de cabelos castanhos e olhos verdes.

— Obrigada — Agradeci me curvando rapidamente, vi que ele ficou um pouco confuso com o meu gesto e me afastei. Naquela cidade haviam pessoas de todos os lugares do mundo, eu nasci no Japão, mas depois que minha mãe morreu, o meu pai decidiu vim para Skillity. E mesmo tendo vindo para cá muito pequena, o meu pai nunca deixou de praticar a cultura do Japão e, consequentemente, eu também não.

Entrei no campo de futebol e olhei para as arquibancadas, estavam cheias de gente, policiais, alguns adultos de roupa social e vários estudantes da minha escola. Olhei em volta e percebi que Richie também estava lá, ele olhou na minha direção com os olhos cerrados e me deu um sorriso de canto. Encarei ele seria e levantei o meu dedo do meio, ele ficou serio e eu sorri, olhei para o outro lado e achei Dana e Beatrice em pé ao lado da arquibancada.

Caminhei em sua direção e olhei para o campo, havia uma garota de cabelos curtos castanhos e altura mediana, sua camisa branca de educação física estava suja e seus cabelos estavam um pouco desgrenhados. Havia um cara com uma arma a sua frente, cerrei meus olhos e percebi que era uma arma de tinta. A garota se alongou e acenou com a cabeça, então o teste começou.

— Iai — Ouvi Beatrice dizer. Olhei para ela rapidamente e sorri.

— Como estão? — Perguntei olhando para as duas e depois olhando para o campo. O homem estava atirando em direção da garota e ela estava se teletransportando de um lado para o outro.

— Um pouco nervosas — Disse Dana, olhei para ela de relance e vi que as duas estavam usando o uniforme de educação física. Os cabelos presos em um rabo de cavalo, Dana olhou para mim e sorriu. — Está bonita.

— Ah... Obrigada, eu acho — Agradeci coçando a parte de trás da cabeça com vergonha, olhei para o campo. Havia mais um homem atirando. — Ela é boa.

— Aham — Concordaram. Se fosse eu ali já tinha levado um tiro segundos depois que começou. Desviar de balas não era muito a minha praia, tanto que levei um tiro dias atrás. Entrou um terceiro homem e demorou cerca de 20 segundos para ela ser atingida no braço por uma bala de tinta. Os três homens pararam de atirar e ela saiu do campo, foi em direção a arquibancada e se sentou em um degrau.

— Eles dão o resultado ainda hoje? — Perguntei olhando para elas. Elas confirmaram com a cabeça.

— Está vendo aquela mulher? — Apontou Dana com a cabeça, olhei na direção que ela apontou, havia uma mulher de cabelos castanhos cumpridos, um óculos de armação prateada sobre o rosto, vestia uma saia preta e uma camisa social branca. Segurava nas mãos uma espécie de Tablet, só que mais moderno. — Ela que avalia e dá os resultados.

— Hummm. Entendo — Sussurrei. Cruzei os braços e suspirei. — De qualquer forma. Relaxem que vai dá tudo certo — Mesmo eu não querendo.

— Espero — Disse Beatrice. Richie ficou de pé e entrou no campo.

— Eu não sabia que ele estava participando — Falei olhando ele começar a se alongar.

— Ele foi chamado também — Disse Dana cruzando os braços e olhando na direção dele.

— Era de se esperar — Comentou Beatrice. Infelizmente era de se esperar mesmo. Nada melhor do que colocar um cara que tem super força no campo de batalha. Suspirei e passei a mão nas minhas costas. O vimos fazer algumas coisas, como carregar algo super pesado, quebrar ou entortar alguma coisa, ele lutou contra alguns soldados e venceu todos. Dana esticou os braços ao meu lado e eu olhei para ela. — Vamos ser as próximas.

— As duas? — Perguntei levantando as sobrancelhas.

— Eu vou fazer em um canto, meu poder não precisa de nada muito extravagante — Respondeu Dana dando um olhar em direção a Richie.

— Ah sim.

Richie foi para o mesmo lugar que a menina do teletransporte foi. Dana deu um pulo nervoso e sorriu.

— Desejem-me sorte! — Disse dando as costas e indo em direção à um grupo de pessoas.

— Boa sorte — Dissemos.

Dana parecia que estava tendo uma conversa seria com aqueles caras, a mulher de roupa social estava perto dela. Conversaram por vários minutos, até que ouvi a voz de Dana no auto falante.

— Quero dois voluntários e um policial — Disse, e imediatamente um aluno, um cara de terno e um policial se aproximaram dela. — Quero que o policial entregue a sua arma para o aluno.

— Mas é proibido dar armas para jovens — Comentou o policial.

— Apenas entregue — Ordenou Dana, senti o poder dela no ar e sorri. O policial entregou a arma para o aluno e ele segurou a arma com relutância. Dana pegou um bloco de notas e entregou para o homem de terno. — Agora, eu quero que você atire neste bloco de notas. Segure o bloco ao lado da sua cabeça.

— Ei, espere! — Disse a mulher que avaliava.

— É só um teste, nada vai acontecer — Disse Dana, a mulher engoliu em seco. — Você vai ficar parado, não vai mover um centímetro se quer — Disse para o homem segurando o bloco de notas tremendo ao lado da cabeça, ele parou de tremer na hora. — Quando eu contar até 3 você vai atirar neste bloco de papel, e vai acertar. Me ouviu?

O aluno engoliu em seco e concordou com a cabeça.

— Segure a arma com firmeza, pare de tremer — Disse Dana, o aluno obedeceu. — Vou contar, 1......2......3.

E ouvimos o barulho do tiro, olhei rapidamente para o homem de terno e ele estava na mesma posição.O bloco de notas estava jogado no chão e com um enorme buraco nele. Dana deu um sorriso aliviado e respirou fundo.

— Vocês podem relaxar agora — Disse Dana, o aluno deixou a arma cair no chão, e tanto ele quanto o policial e o homem adulto se olharam confusos.

— Por que minha arma está no chão? — Disse o policial pegando a arma e colocando no coldre da cintura. As pessoas na arquibancada bateram palmas e eu ri. Dana era louca. A mulher olhou um pouco chocada e surpresa para Dana, as duas saíram conversando até um canto da arquibancada e por lá mesmo ficaram.

Um dos policiais chamaram o próximo aluno e Beatrice limpou a garganta ao meu lado.

— Bem, me deseje sorte — Disse passando por mim e entrando no campo.

— Boa sorte — Falei.

O teste de Beatrice foi bem diferente. Vamos dizer que lançaram na direção dela diversas coisas, como pedras, balas de verdade e de mentira, uma granada e uma bomba de fumaça. E nada tinha conseguido passar pelo campo de força. Pegaram um carro da policia e deixaram no automático, e por um momento senti meu coração parando de bater quando o carro atingiu com força o seu campo de força. Porém o máximo que ela tinha feito foi dar dois passos para trás e parado o carro.

Três policiais entraram no campo, dois deles tiraram o seu colete a prova de balas e explicaram para ela o que iriam fazer, não consegui ouvir o que disseram e esperei. Logo descobri que os dois policiais tinham poderes, um controlava o fogo e outro tinha velocidade. O terceiro policial pegou uma arma e atirou na direção dela. As balas bateram no campo e caíram no chão, um dos policiais correu na direção dela e vi chamas em seus braços. Bolas de fogos atingiram o campo de força.

Beatrice apenas manteve-se no seu lugar, o outro policial começou a bater no campo de força em alta velocidade e nada aconteceu. O poder de Beatrice era muito forte, será que ela aguentava uma bomba atômica ou um raio? Será que aguentava a minha eletricidade? Foi então que os três policiais atacaram juntos e Beatrice manteve-se firme. O lugar que ela estava não sofreu nenhum dano e nem ela.

A mulher chamou Beatrice para a arquibancada e vi as duas conversando, Dana, a garota do teletransporte e Richie estavam sentados lá ainda. Pelo visto ela iria dar o resultado somente quando todos fizerem o teste.

Finalmente quando foi por volta das 21 horas da noite os testes terminaram e a mulher anunciou os nomes dos 30 alunos que iriam participar da organização. E para a minha não surpresa, Dana, Beatrice e Richie foram escolhidos. A garota de teletransporte também foi. Elas duas vieram correndo na minha direção com um sorriso no rosto.

— Conseguimos! Conseguimos — Gritaram as duas de felicidade na minha frente.

— Que bom, que bom — Falei sorrindo com a animação delas. Senti o meu estomago roncando e respirei fundo. — Agora vamos ir comer alguma coisa.

— Ok! Deixa só trocarmos de roupas — Disse Dana. Elas duas pegaram as suas mochilas e saíram correndo em direção ao vestiário. Caminhei em direção ao jardim e sentei sobre a grama. Vi os policiais e os caras de terno indo embora, senti a presença de alguém perto de mim e olhei para trás. A mulher de óculos prateado estava parada à 4 passos de distancia de mim.

— Quer alguma coisa? — Perguntei olhando para ela. O reflexo do seu óculos desapareceu e eu pude ver a cor de seus olhos. Um verde brilhante estava me encarando, engoli em seco e mantive a calma, não senti nenhum poder vindo dela.

— Qual é o seu nome? — Perguntou me encarando.

— Akibara, Sora Akibara — Respondi engolindo em seco. O que diabos essa mulher queria comigo? — Por quê?

— Não quer participar da organização?

— Não tenho nem poderes — Menti de forma mais normal possível, ela levantou as sobrancelhas e o reflexo no seu óculos voltou, e não consegui mais ver o seus olhos.

— Entendo — Disse ela dando de ombros. — Você tem um grande potencial, só que pelo jeito ainda não descobriu. Quando descobrir e quiser se juntar conosco, a porta estará aberta.

— Ei espere! — Falei quando ela deu as costas para mim, ela se virou na minha direção, engoli em seco e respirei fundo. — Como assim eu tenho um grande potencial?

— Vamos dizer que o meu poder, é a capacidade de ver a capacidade de poder dos outros — Respondeu ela dando um sorriso de canto e indo embora.

O poder dela permitia ver a capacidade de poder dos outros? Então quer dizer que ela viu que eu tinha poderes? Por essa eu não esperava, mas pelo menos ela caiu na minha mentira. A ultima coisa que eu precisava era de uma agente de olho em mim.

Alguns minutos depois as meninas saíram do vestiário e fomos para um restaurante, que por coincidência foi o restaurante que eu trabalhava. Minna olhou para mim e sorriu.

— Não esperava você por aqui nesse horário — Disse ela para mim quando passei pela recepção.

— Estou como cliente — Sussurrei para ela.

Sentamos em um lugar dos fundos e Cloe se aproximou, ela olhou para mim surpresa e sorriu. Entregou o cardápio e esperou o pedido.

— Quero um sanduiche de frango, uma macarronada, refrigerante de laranja e um pudim de coco — Falei sem olhar para o cardápio. Cloe sorriu e anotou no bloco de papel.

— Está com fome, hein? — Disse Dana sorrindo para mim.

— Ela sempre pede isso — Comentou Cloe sorrindo.

— Ah, então você já é cliente aqui? — Perguntou Beatrice.

— Mais ou menos — Respondi e olhei de canto para Cloe, ela engoliu em seco e abaixou a cabeça.

— Já que vem sempre aqui, escolhe algo para nós — Pediu Dana olhando para mim com aqueles olhos dourados.

— Tudo bem. Traz o numero 1, 21, 22, 15, e dói sucos de laranja — Falei olhando rapidamente para o cardápio, entreguei-o para as meninas conferirem e elas sorriram. — é isso mesmo Cloe.

— Ok, o pedido vai demorar uns 20 minutos para ficar pronto — Disse ela dando um sorriso para as meninas e dando uma piscadinha para mim.

— Simpática ela — Disse Dana olhando para as costas de Cloe. Olhei para Dana e vi os seus olhos dourados seguindo os movimentos de Cloe.

— Você vem muito aqui? — Disse Beatrice de repente ao meu lado. Dana piscou e olhou para mim.

— Na verdade... eu trabalho aqui — Falei coçando a parte de trás da cabeça.

— Serio? — Falaram as duas em alto tom. Alguns clientes olharam para mim e Minna levantou a sobrancelha em minha direção. Aposto que todos estavam me observando, porque eu não era de vim aqui sem ser para trabalhar e muito menos vim com alguém.

— Não acredito que você veste o uniforme de garçonete — Disse Dana colocando a mão no rosto. — Deve ficar tão bonitinha. Cerrei meus olhos e cocei meu queixo. Dana jogava para aquele lado?

— Deve mesmo — Concordou Beatrice.

— Não — Cortei elas, cruzei os braços e respirei fundo. — Eu trabalho na cozinha.

— Na cozinha? — Disse Dana com os olhos arregalados.

— Você não tem cara que sabe cozinhar — Disse Bea.

— Não tenho, mas sei muito bem — Falei balançando a cabeça.

— Qual o nome da garçonete que nós atendeu? — Perguntou Dana para mim.

— Cloe — Respondi, apontei para Lucy que vinha com a bandeja de comida nas mãos. — Ela é a Lucy. A gerente é a Minna. E o cozinheiro se chama Logan.

— Logan? Que nome legal — Bea deu um sorriso simpático. Vi Cloe passando por nós e ela deu uma piscada na minha direção, revirei os olhos e olhei para frente, Dana estava observando Cloe servindo um grupo de jovens. Cloe olhou para Dana e deu um sorrisinho. Ok, definitivamente Dana jogava no outro time, nada contra, afinal eu mesma já tinha ficado com garotas, só não sabia que Cloe jogava também.

— Bem, vou ir ali no banheiro — Falei ficando de pé, fui em direção a cozinha, Lucy estava lavando uns pratos e Logan estava se matando no fogão. — Então, como estão indo?

— Bem — Disse Lucy dando um sorriso para mim. — Se divertindo com suas amigas?

— Mais ou menos — Olhei para Logan e sorri. — Logan faça um parfait que presta.

— Ah, o parfait é para você? — Disse levantando a sobrancelha e sorrindo.

— Para uma amiga — Falei sorrindo. — Uma gata, se quiser eu te apresento.

— Quê? Não.... precisa.... — Logan estava vermelho, caí na risada com a sua reação. E Lucy olhou para mim surpresa, Logan sorriu e depois levantou as sobrancelhas.

— Que foi? — Perguntei coçando o nariz e olhando para eles. Os dois balançaram a cabeça negativamente. — Bem, que seja, tenham um ótimo trabalho. E capriche no parfait Logan!

Saí da cozinha e me encontrei com Cloe entrando, puxei ela pela cintura e entramos na sala de descanso. Olhei para os seus olhos azuis gentis e engoli em seco, eu estava muito perto dela, dei um passo para trás e cocei a minha cabeça com vergonha.

— Ah... bem.... me desculpe por isso — Resmunguei olhando para a parede ao meu lado, ela se mexeu a minha frente e eu olhei de canto para ela, seu rosto estava vermelho. Me afastei mais ainda e cruzei os braços. Cocei minha nuca e respirei fundo. — Cloe.

— Q-Quê? — Gaguejou. Ela ainda estava vermelha.

— Bem, você gosta de meninas, certo? — Falei rapidamente, o rosto dela ficou mais vermelho ainda. Suspirei e balancei a cabeça. — Não julgando nem nada, mas se for paquerar uma amiga minha, não faça isso na minha frente. É meio constrangedor.

Ela abriu a boca e depois fechou, olhou para mim confusa e depois coçou a cabeça também com vergonha. Dei um sorriso para ela e coloquei minha mão na sua cabeça. Ela olhou para mim com o rosto vermelho.

— Mas se quiser, eu te dou o numero dela, ela parece que tá afim — Falei dando de ombros e bagunçando o cabelo dela.

— Hmm...

Dei um aceno com a mão e saí dali, entrei no salão e fui para a minha mesa, elas duas olharam para mim, e eu sorri.

— Fui falar com o pessoal — Digo antes de perguntarem o porque da demora. O resto da noite foi normal, a comida estava muito boa e as meninas adoraram, Dana prometeu até voltar ali mais vezes, mas bem, eu sabia que ela queria ver Cloe.

— Mas que dia — Falei me jogando na cama exausta. Me cobri com um lençol e fechei os olhos. Em questões de segundos, me vi flutuando rumo a terra de Morfeu.

Acordei com o meu celular tocando, procurei ele em meio ao lençol e olhei as horas, passava do meio dia. Reconheci o numero como sendo de um capanga de Lyn e atendi.

— Alô — Falei.

— Temos um trabalho para você — disse uma voz feminina do outro lado.

— É? — Perguntei.

— Duas horas da tarde, venha para a nossa base. E venha disfarçada — Disse a mulher e a logo em seguida a ligação ficou muda.

Desliguei a tela do celular e me alonguei. Não disseram qual era o trabalho pelo telefone, sinal que aquele era importante e obrigatório. Fiquei de pé e fui até a cozinha, abri o armário e vi que ele estava quase vazio, eu tinha que fazer compras para casa novamente. Preparei um sanduiche e um suco de uva para o almoço. Sentei no sofá e liguei a televisão.

Estavam filmando o novo centro de pesquisa inaugurado à dois dias atrás e pela primeira vez haveria uma convenção escolar. Várias pessoas de jaleco branco passaram pela câmera, até que o repórter para um homem de cabelos cinzas, aproximadamente 1,70 m, olhos castanhos. Ele era um famoso cientista que tinha descoberto um novo tipo de alguma coisa que eu não consegui entender. Comi o meu sanduiche e fiquei assistindo televisão até dar 13:30.

Tomei um banho antes de ir, vesti uma camisa branca de manga e uma calça preta, vesti o meu tênis preto de combate e amarrei o meu cabelo em um rabo de cavalo. Peguei uma bolsa do guarda-roupa e coloquei o meu uniforme da Lightning Hunter e as partes da minha espada nela. Enfiei o celular no bolso da calça e sai de casa.

Caminhei rapidamente pela rua que estava movimentada e acenei para um taxi. Dei um endereço aproximado do ponto marcado e minutos depois eu desci. Estava em um bairro da periferia, apertei o meu passo e fui para a base, confirmei se não estava sendo seguida e bati na porta de um armazém.

A porta se abriu e um homem alto com um arma na cintura abriu a porta para mim, entrei e olhei em volta, havia varias pessoas com caras mal encaradas e com armas na cintura, outras estavam jogando baralho em uma mesa e outros jogando sinuca. Lady, a mulher que tinha ligado para mim se aproximou e parou na minha frente. Ela era mais alta do que eu alguns centímetros, cabelos longos vermelhos pintados e olhos pretos.

— O chefe está te esperando — Disse dando as costas e começando a andar, a segui e entramos por uma porta que levava à um corredor enorme, e depois descemos alguns degraus de escada, entrando no subterrâneo e uma porta se abriu a nossa frente. A sala era grande, havia uma mesa redonda, 3 homens sentados tomando uma bebida e olhando vários papeis. Eles olharam para mim e eu reconheci o líder deles. Tinha cabelos pretos curtos, olhos puxados, a mesma altura que a minha, usava uma camisa preta e por baixo percebia-se que tinha uma arma na cintura. — Sora, senhor.

— Ah sim — Disse ele dando um sorriso de canto e acenando para eu sentar em uma cadeira da mesa. Puxei a cadeira e sentei junto a eles, Lady se encostou na parede e cruzou os braços. Olhei em volta rapidamente e depois para o bolo de papeis sobre a mesa, Lyn pegou os papeis e os guardou em uma gaveta, ao mesmo tempo tirou uma pasta lá de dentro e me entregou.

Abri a pasta e engoli em seco. Havia uma foto do cientista que eu tinha visto mais cedo na televisão, olhei os dados dele. Nome : Gustav Portin. Idade: 30 anos. Profissão : Cientista Genético. Olhei para o local de trabalho, área de genética especializada, novo centro de pesquisa. Ok, o quê esse cara queria com um cientista?

— Ok — Falei fechando a pasta. — Qual é a missão?

— Você vai trazer esse cara para mim — Disse Lyn cruzando os braços. — Preciso dele para uma tarefa.

— Se me permite perguntar — Comecei a falar, aquilo estava me incomodando. Ele confirmou com a cabeça e eu continuei. — O quê um gangster de Elite como o senhor pretende fazer com um Cientista?

— Bem, eu não deveria responder a sua pergunta, mas.... — Ele deu de ombros e inclinou com a cabeça em direção a Lady. — Traga ela aqui.

Lady saiu e um minuto depois ela entrou na sala com uma maca, havia uma garotinha dormindo nela, fiquei de pé e me aproximei, havia várias manchas vermelhas e pretas pela a sua pele.

— O quê? — Perguntei engolindo em seco.

— Ela é filha do meu irmão já falecido — Disse Lyn se aproximando e colocando a mão gentilmente no rosto da garota adormecida. — Ela tem uma doença genética desconhecida, já a levei em vários hospitais e nenhum deles conseguiram descobrir algo para cura-la. E esse cientista descobriu algo que pode ajuda-la, porém quando eu pedi a sua ajuda, ele recusou dizendo que não tratava com gente da nossa ladainha.

— Hummm — Aquilo realmente era triste.

— Por isso que eu quero que você o traga para cá — Lyn levantou as mãos e me encarou. — Arranjei um laboratório inteiro para ele fazer o seu trabalho e curar a minha amada sobrinha. Estou disposto a eliminar toda a sua divida.

— Os 8 milhões? — Perguntei levantando as sobrancelhas.

— Sim — Tocou a mão da sua sobrinha. — 8 milhões não é nada em comparação a saúde dela. Então o que acha?

— Eu aceito — Respondi na hora. — Só não entendo porque tive que vim a essa hora.

— É porque a missão acontece hoje de tarde — Disse Lady, olhei para ela e levantei minhas sobrancelhas. Era a primeira vez que eu tinha que fazer um serviço de dia. Era muito mais fácil de ser reconhecida e não tinha como eu apagar as luzes da cidade para me camuflar.

— Hã, eu não acho isso uma boa ideia — Comentei.

— Nos temos um plano, não se preocupe — Disse Lyn dando de ombros. Foi então que me explicaram o plano, e confesso que era bem tramado. Respirei fundo e esfreguei meus braços, era um risco que eu tinha que correr. — Então?

— Pode dar certo — Respondi.

— Ótimo, a missão começa as 4 da tarde e termina as 5:30. Lady, ajude-a com os preparativos e explique o que ela não entender — Lyn disse, Lady me levou para um corredor e entramos em uma ala que se parecia um dormitório. Entrei em um dos quartos e coloquei minha mochila sobre a mesa.

— Você tem alguma duvida? — Perguntou Lady olhando para mim.

— Entrar como uma estudante, localizar dois homens com um boné verde, se infiltrar, mudar disfarce, localizar o Cientista e sair do lugar — Resumi a missão. Ela concordou com a cabeça. — Essa roupa que eu estou está boa?

— Está — Respondeu. Olhou no relógio de pulso. — Você tem 1 hora livre ainda. Quer alguma coisa?

— Alguma coisa para comer — Pedi. Concordou com a cabeça e fechou a porta do quarto. Encarei aquele quarto praticamente vazio e respirei fundo. Havia apenas uma cama, uma mesa e cadeira, um espelho e uma estante de madeira. Tirei o meu celular do bolso e olhei a tela, tinha uma mensagem de Dana.

“Está fazendo o que?”

“ Limpando a casa” respondi.

“ Hmmm, que chato. Deveria ter vindo comigo” disse ela.

“ Não me dou bem comprando roupa com alguém” digitei.

“ Acho que é porque você nunca foi com alguém”

Isso era verdade, eu nunca tinha ido com alguém fazer compras porque nunca tive amigos e minhas tatuagens não permitiam que eu saísse por aí experimentando roupas.

“ Tanto faz, preciso ir, até mais” enviei a mensagem e guardei o celular no bolso da calça. Olhei o meu equipamento na mochila e percebi que as roupas que eu tinha, nenhuma cobria o meu rosto direito.

Lady entrou no quarto com uma bandeja, havia um sanduiche e uma lata de refrigerante de laranja, colocou-a sobre a mesa. Deu as costas para mim e abriu a porta do quarto para sair.

— Lady — Chamei, ela virou e olhou para mim. — Hã. Você tem alguma coisa que sirva para cobrir o meu rosto, uma mascara ou um lenço?

— Que cor? — Perguntou.

— Preto — Respondi.

— Vou providenciar — Disse e saiu do quarto.

Fiquei imaginando que tipo de mascara ou lenço ela me traria durante os minutos que sobraram. Olhei as horas e já era 15:40, fiquei de pé e arrumei minhas roupas e o equipamento. A porta abriu e Lady entrou no quarto, estendeu a sua mão na minha direção, havia uma mascara igual a do arqueiro verde, só que preta. Peguei de sua mão e segurei a mascara, ela era flexível, coloquei no rosto e ela coube perfeitamente.

— Então?

— Está ótima — Agradeci e a guardei na bolsa. Saímos do quarto e fomos para a garagem, Lady e eu entramos em um carro preto. Ficamos caladas o percurso inteiro, o motorista parou o carro do outro lado da rua do Centro de Pesquisa.

— Sabe o que fazer não é? — Perguntou Lady, confirmei com a cabeça. Ela pegou um comunicador de borracha e um cartão de visita. Coloquei o comunicador no ouvido esquerdo e soltei o cabelo. Olhei para o cartão de visita e vi a minha foto, meu nome era Sakura Ino. — Esse é o seu cartão. Finja que é uma estudante e aja como o planejado, que tudo vai dar certo. Os outros já estão em posição. Qualquer duvida vou estar monitorando daqui da rua.

— Certo — Falei, peguei a minha mochila e desci do carro. Atravessei a rua e entrei no prédio de pesquisa, havia alguns seguranças na porta, passei por eles calmamente e fui em direção a recepção. Peguei o meu cartão e mostrei para a recepcionista. — Eu vim para a convenção.

— Um minuto — Disse ela conferindo no computador. Deu um sorriso para mim e colocou o meu cartão em um crachá. — Fique junto com aquele grupo, que em alguns minutos vai começar.

— Ah sim, obrigada — Falei dando um sorriso para ela.

— De nada.

Passei pelo detector de metal sem nenhum problema e me juntei ao grupo de jovens estudantes. Olhei no relógio de pulso, 16 horas exatas. “ Missão inicia agora” escutei Lady falando no comunicador. Um homem de jaleco apareceu e começou a explicar algumas coisas, fingi que estava prestando atenção e segui o grupo. Aquele lugar era imenso, havia salas e mais salas de experiências e de testes. Pessoas usando jaleco para todos os lados. Engoli em seco e cocei o meu pescoço. Eu tinha apenas que chegar na área de genética especializada, só isso.

Olhei para o relógio e engoli em seco, 16:40. O tempo tinha passado voando. Peguei água em um bebedor e virei o copo de uma só vez.

— Finalmente, vamos dar uma olhada na sala de genética — Disse o Homem de jaleco que estava mostrando o prédio e explicando as coisas para a gente. Fiquei atenta e coloquei a mão na orelha esquerda.

— Chegando ao lugar de encontro — Sussurrei. “OK”, respondeu Lady. Entramos em uma sala enorme, havia muitas máquinas ali dentro. Olhei em volta e não vi o Cientista Gustav por perto.

— Com licença! — Olhei para o lado nervosamente, uma garota de cabelos loiros e olhos castanhos levantou a mão. Engoli em seco e esperei algo dar errado. — Onde está o Doutor Gustav?

— Ah, eu sabia que iriam perguntar — Respondeu o Cientista guia. — Ele está terminando de fazer um teste na sala ao lado, mas ele prometeu que terminaria a tempo de vim conhecer vocês.

Ouvi os múrmuros dos jovens a minha volta e engoli em seco, localizei os dois rapazes de boné verde. Eles balançaram a cabeça na minha direção e eu me aproximei lentamente deles, como se não quisesse nada. Por sorte eles estavam no corredor perto de um bebedor.

— Que sede — Resmunguei pegando um copo e colocando água.

— Há um pequeno depósito na terceira porta a esquerda, sem cameras, se troque lá dentro — Sussurrou um deles. Entregou um cartão para mim e eu o coloquei no bolso da calça rapidamente.

— Nós conseguimos prender o alvo na 2 porta a direita. O cartão vai abrir a sala que ele está e o depósito — Sussurrou o outro, pegou um copo de água e fingiu que estava bebendo. — Você tem 20 minutos para se trocar e pegar o alvo.

— Quando o pegar pegue a escada de emergência. Se acontecer alguma coisa fora dos planos, improvise. A missão tem que ser concluída de qualquer forma — Sussurrou o outro e afastau com a mochila nas costas.

— Quando se trocar, deixe sua mochila ao lado da escada de emergência, que a levaremos para você. É isso, boa sorte — Jogou o copo no lixo e se afastou. Olhei para a suas costas e engoli em seco.

Procurei a sala do depósito e a achei segundos depois, olhei em volta e esperei um homem passar por mim no corredor. Tirei o cartão do bolso e o passei rapidamente pelo leitor, a porta abriu e eu entrei rapidamente na sala, as luzes se acenderam e lancei um pouco de eletricidade na sala para ter certeza que não tinha câmeras. E realmente não tinha. Tirei minhas roupas rapidamente e vesti o meu sobretudo preto sem mangas, coloquei a mascara no rosto, peguei os 4 tubos e os juntei, apertei o botão e a lamina da minha espada apareceu, baguncei o meu cabelo, enfiei o meu celular no bolso da calça e o cartão, coloquei tudo dentro da mochila e verifiquei se não tinha ficado nada para trás.

Abri a porta devagar e olhei para fora, sem nenhum movimento no corredor. Respirei fundo três vezes e saí rapidamente da sala, andei com passos firmes até a segunda porta a direita e passei o cartão, a porta abriu e eu entrei rapidamente. Aquele lugar tinha pouca luzes acessas, olhei em volta e localizei Gustav.

“Alvo localizado” Falei.

Aproxime-me sorrateiramente dele e coloquei minha mão no seu ombro. Ele tentou reagir e eu o derrubei no chão com um chute nas pernas.

— Não se mova — Ordenei. Segurei as suas mãos e as coloquei para trás, tirei um lacre branco do bolso e coloquei na suas mãos. Levantei ele do chão e o levei até a porta da sala.

Alvo capturado. Fazendo extração”

— O quê você quer comigo? — Falou Gustav em tom alto, dei um soco nas suas costas e ele ficou quieto.

— Calado — Coloquei o meu rosto preto do seu e lambi os lábios. — Se você der um pio eu corto essa sua língua fora.

Ele engoliu em seco e eu empurrei ele para fora da sala, caminhamos rapidamente em direção a escada de emergência, coloquei a minha mochila no chão e empurrei o cientista degrau a baixo. Estava indo tudo muito bem, quando de repente um segurança apareceu na minha frente. Ele olhou para as minhas tatuagens e apertou um botão no seu comunicador, estalei o dedo e ele caiu no chão.

— Droga — Chiei, segurei o jaleco do cara e puxei ele escada a baixo, descemos correndo e entramos em um corredor. — Onde é a saída?

— Você não vai sair dessa impune — Disse ele, dei um murro no seu rosto e vi uma linha de sangue escorrer pelo seu nariz.

— Se você não quer morrer agora, me diga onde que é a saída — Ele deu um riso de canto e eu cerrei os dentes. Coloquei a mão no ouvido. — Está me ouvindo?

“Sim” Ouvi Lady. “ O alarme foi disparado”.

— Estou sabendo. Já desci as escadas de emergência estou em um corredor com umas vinte portas. Qual delas leva a rua? — Falei rapidamente.

“Tente as portas da esquerda”.

Comecei a abrir as portas uma por uma. E nenhuma delas levava a rua. Segurei a camisa de Gustav e fiquei a sua frente.

— Diga onde é a saída! — Senti o meu poder aumentando. Ele engoliu em seco e se encolheu.

— A 2 porta a direita — Respondeu, empurrei o seu corpo até lá e abri a porta, aparecemos na recepção, via várias armas apontadas na minha direção,dei um passo para trás e bati de costas com a porta. Trancada.

— Renda-se e liberte o Doutor — Disse um dos policiais apontando a arma para mim. Haviam pessoas com armas demais apontadas para mim. Saquei a minha espada da cintura e coloquei a lamina contra o pescoço de Gustav.

“Mudança de planos” Falei para Lady. “ Os outros dois já estão fora?”

“Sim” respondeu.

“Mande um deles ficarem perto da saída, causem uma confusão na frente” sussurrei.

— Abaixem as armas! — Gritei, eles permanecerão com as armas apontadas para mim. — Abaixem as armas ou eu juro que corto a cabeça dele fora!

Ele ficaram quietos ainda mais. Um deles abaixou a arma e por um momento pensei que eles iam me deixar livres, mas o que aconteceu foi o contrário. Eles atiraram. Lancei o meu poder a minha frente e senti todos os meus músculos contraídos, as balas bateram contra um muro de eletricidade e caíram no chão. Beatrice tinha o seu campo de força e eu tinha o meu. Mas fazer aquilo custava muito das minhas forças. Senti as minhas costas suadas e limpei minha garganta, segurei a minha espada com firmeza e cerrei os dentes.

— Rendam-se! — Senti meus olhos brilhando fortemente, tinha usado muito poder para criar aquele campo de força, mas ainda tinha o suficiente para ameaçar eles. — Eu mandei vocês abaixarem as malditas armas!

As lâmpadas do lugar explodiram e os alarmes dos carros da rua começaram a apitar. Os policiais abaixaram as armas e colocaram no chão, segurei as mãos do cientista e pressionei a espada contra o seu pescoço, andamos por entre os policiais lentamente e saímos do prédio. Havia mais policiais e pessoas nas ruas, olhei para o lado rapidamente e vi um carro pegando fogo, um grupo de bombeiros passou por mim rapidamente em direção ao carro e eu vi um dos homens com boné verde.

Ele passou por mim correndo junto com um grupo de pessoas e entreguei o cientista para ele. Quando o grupo passou por mim os policiais viram que eu estava sozinha e eu sorri. Coloquei a minha espada na cintura rapidamente e sai em disparada pela rua principal. Olhei no relógio 17: 30.

— Alvo entregue? — Perguntei.

“ Alvo entregue” ouvi a voz de Lady. Olhei para o lado e vi o carro preto passando por mim. Sorri e olhei para trás um grupo de policiais e uma viatura apareceram atrás de mim. Estalei o dedo e desliguei a eletricidade da região, o carro deles parou bateu subitamente contra outro veiculo. Três policiais estavam correndo atrás de mim, apertei o meu passo e dobrei em uma avenida.

Eles ainda estavam me seguindo, olhei para o lado e localizei o shopping de roupas. Entrei nele e eles me seguiram. Passei correndo pelo corredor e várias pessoas me reconheceram. Entrei em uma loja de roupas finas e tentei me esconder, um policial apareceu na minha frente, estalei o dedo e ele caiu no chão inconsciente.

— Ei, parada ai! — Disse um policial apontando a arma para mim, me joguei para o lado e sai correndo, a porta estava bloqueada pelo outro policial, olhei em volta rapidamente e encontrei a vitrine, lancei eletricidade na direção do vidro e ele explodiu. Passei por ele correndo e entrei novamente no corredor.

Olhei para trás e vi que tinha apenas um policial na minha cola, corri o mais rápido que podia e esbarrei em uma garota, olhei para ela rapidamente e engoli em seco. Era Dana. Seus olhos dourados me encararam e eu a ajudei a se levantar, ela olhou para trás para o policial e eu saí correndo. Apertei o meu passo novamente e saí do shopping. Entrei na rua e corri entre as pessoas que estavam andando na calçada.

O policial estava tendo dificuldade para desviar das pessoas mesmo gritando. Eu não tive muita, porque bem, eu me destacava muito. E muitas pessoas apesar de eu ser considerada uma criminosa, muitos gostavam de mim. Acho que esse era um dos motivos de ninguém ter me impedido no shopping ou na rua. Dobrei em uma esquina pouco movimentada e continuei a correr.

Não sei por quanto tempo eu corri, minhas roupas estavam ensopadas de suor e eu já estava cansada. Estava perto da base de Lyn, o policial não tinha dado sinal de vida fazia tempos. Dobrei em um beco correndo e bati de frente contra alguma coisa, caí no chão de costas e respirei fundo. Meu peito parecia que ia explodir. Limpei o suor que escorria na minha testa e olhei para o que eu tinha esbarrado. E me surpreendi com o que vi.

A primeira coisa que notei foi os seus cabelos de cor escarlate brilhosos, eles não pareciam que eram pintados. A segunda coisa que notei foram os seus olhos cor de sangue e seus lábios vermelhos. Fiquei em pé rapidamente e estendi minha mão na sua direção, ela olhou para mim confusa, mas a segurou. Coloquei-a de pé e vi que havia uma linha de sangue escorrendo pela sua testa. Fiquei parada a sua frente por segundos sem reação. A sua pele era branca como o leite e aparentava ser muito macia. Usava uma calça preta rasgada, uma blusa vermelha regata e por cima um casaco preto e vermelho, um tênis vermelho completava o visual. Olhei para o seu ombro e foi então que eu percebi que ela tinha uma tatuagem.

Ela tocou nas minhas tatuagens pelo braço por um segundo e saiu correndo. Pisquei e vi dois caras de terno preto passando por mim e correndo atrás dela. Engoli em seco e estalei o dedo, escutei o barulho de algo caindo e o olhei para trás, os dois caras estavam caídos no chão e não havia nenhum sinal da garota de cabelos escarlate.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aiaiai, bem pessoal está ai, o que acharam do capitulo? Comentem se gostaram ou não. Peço desculpas por algum erro de ortografia ou concordância, mas depois de um tempo lendo você não percebe mais as coisas direito. Enfim. Espero que tenham gostado e vejo vcs semana que vem
XD