O Crime escrita por Dreamy, Teud


Capítulo 4
Intrigas


Notas iniciais do capítulo

Capítulo escrito por Lucas Souza. Trechinho de música presente: a música é MINHA! Eu inventei!



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– Paola! Você deve ter comido comida podre ou bebido uísque demais! O Daniel? A cidade tinha uma mínima desconfiança dele, já que o suspeito principal sempre foi o Eduardo!

– Pois é, tia Ana! Eu não sei ao certo! Mas está nas minhas suspeitas. Ele estava suando muito, com as mãos tremendo, e o pior: Ele carregava uma arma dentro da própria bolsa. Esse tremor nas mãos, o suor, veio quando perguntei a ele por que carregava uma arma na bolsa?

– Normal. Nesse bairro, a maioria das pessoas é armada devido a quantidade de ladrões e. . .

– Eu sei! A questão é: Todo aquele nervosismo pode ser por tê-la, ou se não foi ele, simplesmente o fato de ser interrogado. Afinal, ele anda com depressão. A mãe dele afirmou que desde o ocorrido, é raro ele ir na rua, e quando vai, são caminhadas rápidas. Passa o dia deitado lendo revistas ou assistindo televisão. Come pouco e chora o tempo inteiro.

Até que Paola pensou: "O Eduardo! Ele! Falta ir encontrá-lo! Sua pensão não é longe daqui, irei até lá!". Ela se despediu da tia e da filha novamente e pegou o carro. Durante o caminho, Paola lembrava da música que Amanda cantava para ela antes de dormir:

"Dorme flor, dorme agora

O sol, já foste embora, e a lua chegou aqui

Tu tens de dormir, pra de manhã, brincar muito e sorrir"

– Amanda, nunca esquecerei-me de tua linda voz. Onde quer que esteja, minha flor maior, desejo felicidades, pois após completar minha vingança, irei ao seu encontro, já que esta é minha única missão na Terra.

De repente, o espírito de Amanda retornou a resposta:

– Nunca mais diga-me isso, pequena florzinha! Não quero que vingue a minha morte prematura. E não quero que você se mate! Sua missão não é me vingar. E sim cuidar de sua filhinha, que aqui do céu, protejo-a, descobrir um novo amor e viver onde quer que seja. Quero que aproveite tudo o que não aproveitei. Devido a minha morte com somente 15 anos, não tive chance de ter uma vida muito intensa, não experimentei nada novo, ultrajante. Não precisa me vingar, sei que me ama muito.

– Amanda! Você está falando comigo! - disse Paola emocionada - Meu Deus! Você está viva?!

– Já que vi que no fundo, há a florzinha doce e pura que um dia cuidei como uma irmã mais nova, ou até mesmo, uma filha! Estou "viva", sim, só que no seu coração.

Depois de um tempo, chegou na pensão. Saiu devagar do carro para não aparentar ansiedade. Tocou na porta. Depois de uns cincos minutos, uma senhora velhinha, que devia ter uns 80 anos. Olhou para cima, parou e depois falou:

– Boa tarde, moça. Com quem deseja falar?

– Com o senhor Eduardo.

– Vou providenciar. Fique à vontade na recepção.

A recepção era bem medieval com toque "menos velhos". Se bem que nem havia televisão. A coisa mais moderna ali era um rádio velho que nem se sabia se ainda funcionava e uma pilha de revistas dos anos 80 e 90. A mais nova havia sido de fevereiro de 1995, mesmo ano que Amanda morreu.

Mesmo empoeiradas, Paola leu as revistas, a maioria falava de dietas de verão e simpatias para encontrar o verdadeiro amor. Depois, Paola reparou o quão velha realmente era a sala. Não haviam lâmpadas, somente castiçais com velas de cera. A recepcionista estava puta já que não conseguia mexer no Facebook pelo celular, já que ali não tinha WI-FI. Paola perguntou a ela se ali havia eletricidade:

– Ter, até tem, mas bem lá no fundo da pensão. Não sei como é possível esse lugar existir. Nem lâmpadas tem! E amiga, um conselho, não tente entrar no Facebook, a porra do celular não vai pegar, aqui não tem WI-FI.

Depois de meia hora, Eduardo apareceu na sala com a velhinha:

– Dona Zélia, quem é ela?

– Eu não sei, rapaz. Ela quer falar com você.

– Moça, quem é você e o que quer comigo?

– Eduardo- disse Paola sarcasticamente - Que porra de sotaque é esse?

– Como muitos sabem, fiquei quase 20 anos morando na Austrália. Não iria sobreviver lá só falando português. Como sabe meu nome?

– Edu, sou a Paola. A que você chamava de "pirralha chata". A prima "pestinha" da Amanda. Eu estou de volta.

– Nossa! Nunca pensei que você fosse ficar tão linda quanto a Amanda jovem.

– Sem essa! Vamos comigo. Precisamos conversar.

Eles entraram no carro, e durante o caminho, ambos não deram uma palavra. Pararam o carro em uma praça e Paola disse:

– Eu vinha muito com a Amanda aqui, principalmente, quando eu tinha entre 2 e 3 anos de idade, na época em que ela não gostava TANTO de vocês. Mas enfim, vim esclarecer. Eu não gosto de você, muito menos do Daniel e depois que eu descobrir o assassino, mesmo que seja uma terceira pessoa, não que nenhum tipo de contanto com ambos.

– Você me fez vir a cinco ruas de distância da pensão pra me esculhambar. Então vai se foder!

– Não, eu quero te falar, que isso não é uma ameaça, é promessa, eu vou descobrir o assassino. Não importa como.

– Perde seu tempo, a polícia deixou o caso inacabado e. . .

– Faça-me o favor, Eduardo! Esse assunto foi assunto número 1 em diversas revistas nacionais e internacionais. Depois da morte da Amanda, fui com minha mãe para Paris e sei bem de tudo que aconteceu. Essa polícia de merda não vai deixar o caso inacabado, a não ser que, queiram deixar a imagem deles mais suja do que já está. Pense nisso e tenha um bom dia.

– Não vai me levar de volta?

– Pra que? São só cinco ruas. Na Austrália deve ter andado mais do que isso!

Paola havia sido bem rude com Eduardo em comparação a sua forma de tratar Daniel, mas era porque Paola estava se apaixonando por Eduardo, cada vez mais, não queria dizer isso ao seu coração.

Aflitíssima, foi correndo pegar o carro e ir a casa da tia:

– Paola, o que aconteceu?

– Nada, tia. Mariana!! Vamos embora. Temos de fazer o check-in no hotel que estamos. Tchau tia.

Paola foi correndo até o hotel. Fez o check-in e foi pra suíte sem a bagagem, que deixou com a filha:

– Filha, vigia nossa bagagem e fique aí. Mamãe está muito nervosa!

Ela subiu e começou a chorar. Ela lembrou novamente na música de Amanda:

"Dorme flor, dorme agora

O sol, já foste embora, e a lua está aqui

Tu tens de dormir, pra de manhã, brincar muito e sorrir"


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Notas finais do capítulo

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