After The Battle escrita por Courtney, Ana


Capítulo 2
A Proposta


Notas iniciais do capítulo

Annie: 20 COMENTÁRIOS SÓ NA PRÉVIA???? OBRIGADA SEUS LINDOS S2S2S2
Espero que continue assim hein ;)
AHHH, e perdão por não responder os reviews ainda, é que a gente ta meio apertada de costura mas vamos responder TODOS o mais rapido possivel juro!!!
E obrigada a Stilydiaz e Bianca Grace Everdeen por suas recomendações em Battlefield!!! Meu Deus, vcs são demais D:
Então né, esse capitulo ta bem grande mas ta bem MARA!!! u.u
beijos meus pimposos :3



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POV Percy:

Eu, com essa beleza máscula que faz sucesso entre as mulheres, com 27 anos e corpinho de 18, pensando em me casar? Me amarrar a uma mulher só?

Isso aí.

Estava namorando Annabeth há dez anos ininterruptos, e agora havia decidido finalmente pedi-la em casamento. Não que ela tenha me pressionado como a Piper faz com o Jason (coitado), é de livre e espontânea vontade.

Por que, sabe... eu amo ela.

Só não espalha, falou.

Como agora sou sócio do meu pai em sua franquia de frutos do mar de sucesso, resolvi fazer o pedido de um jeito bem original. Bem Percy.

Levei Annabeth para assistir a pesca dos peixes, estávamos no barco quando ela perguntou:

—Por que você insistiu que eu viesse?

—Por que eu gosto da sua companhia.

Annabeth sorriu e me deu um selinho, depois se virou para olhar para as águas.

—Chefe!!! Pegamos um peixe enorme cara!!! – ouvimos Jeremias gritando, e fomos correndo ver.

Quando chegamos lá, vi o peixe de pelúcia enorme que havia comprado para Annabeth e me segurei para não rir.

—O que significa isso, Perseus? – ela perguntou arqueando uma sobrancelha para mim.

—É um presente, oras – respondi tentando ficar sério.

—E precisava desse teatrinho todo? – ela olhou para Jeremias que deu os ombros e foi embora.

Annabeth pegou o peixe com um pouco de dificuldade, por que era enorme.

—Obrigada Percy, é lindo – ela disse o abraçando.

—Enfia a mão na boca dele – eu disse não conseguindo mais me conter.

—Oi?

—Enfia!!

—Não, seu louco – ela colocou o peixe de volta no chão.

—Faz o que eu to mandando, mulher!!!!

—Me respeita que eu não sou suas putas – ela disse apontando o dedo pra mim.

—Como você sabe das minhas putas?

Annabeth bateu forte no meu braço, e eu podia jurar que nunca mais ia conseguir senti-lo.

—Brincadeira, xuxuzão – eu disse rindo – vai, por favor. Por mim.

Ela revirou os olhos e sorriu.

—Tá, mas só por que você me chamou de xuxuzão.

Annabeth se abaixou e enfiou a mão na boca do peixe, franziu a testa e tirou de lá um pequeno envelope. Se levantou e olhou para mim desconfiada.

—Abre – incentivei sorrindo.

Ela abriu, e de lá tirou um anel e um papel. Seu queixo caiu e ela olhou para mim.

—Lê – eu disse

Ela abriu o papel e leu em voz alta: “Esteja para sempre comigo e eu nunca mais vou parar de te chamar de xuxuzão”

—Isso é o que eu to pensando? – ela perguntou como se não acreditasse.

—O que você acha? – enfiei as mãos nos bolsos e tentei não corar muito.

—Você está me pedindo em casamento?

Assenti com a cabeça e fiz um som que nem eu mesmo consegui identificar o que significava.

Annabeth sorriu e me abraçou.

—Claro que eu caso com você, seu idiota.

—Ah, graças a Deus!! – eu disse girando ela no ar – o anel foi muito caro.

Ela me bateu novamente assim que a desci.

—Eu te amo, sua Jet esquisita. – murmurei colando minha testa na dela

—Eu te amo também, seu Shark ridículo.

***

Percy Jackson & Annabeth Chase

Têm a honra de lhe convidar para embarcar no Oasis no dia 24 de Maio às 12:00 para comemorar a sua união com um Tour pelas ilhas do Caribe e à assistir sua cerimônia de casamento no dia 6 de Junho às 20:00 horas no próprio cruzeiro, que estará atracado no porto de Nova York onde os noivos farão seus votos.

 

***

x-

Los Angeles, Califórnia

A tensão estava no ar enquanto Piper e Jason jantavam em silêncio na cozinha.

Piper não aguentou mais e disse:

—Relaxa Jay, é só uma sessão de fotos.

Jason a olhou pela primeira vez nos olhos desde que havia chegado do trabalho.

Jason era piloto de aviões comerciais.

—Você vai estar pelada. – disse crispando os lábios.

—De biquíni. – retorquiu Piper irritada.

Para que aquele ciúme todo? Ele não confiava nela por acaso?

Jason não gostava do trabalho dela. “Atriz...”, resmungava sempre, “por que não professora ou algo assim?” Na verdade Piper também não era fã do trabalho dele. “Piloto de avião...” pensava magoada, “Não podia ser algo em que ele ao menos dormisse em casa toda noite?”

Terminaram a refeição em silencio. Piper recolheu os pratos e pôs no lava louças. Jason franziu a testa confuso.

—Desde quando temos um lava louças?

Piper revirou os olhos.

Estavam caminhando pra outra discurssão. O dinheiro era dela, e valeu a pena cada centavo. Não queria estragar as unhas lavando louças.

Decidiu ignorá-lo e disse:

—Chegaram hoje convites de casamento.

O estomago de Jason embrulhou. Aquele era um assunto delicado.

—Da parte de quem? – perguntou

—Percy e Annabeth. – respondeu ela com um pingo de inveja.

Noiva há sete anos.

Sete anos.

2557 dias.

84 meses.

365 semanas.

Piper tinha sérias dúvidas da intenção de Jason em se casar com ela.

Jason ficou em silencio, então Piper continuou.

—Eles ficaram noivos semana passada – fungou – e já estão de casamento marcado.

—Piper, tente entender...

—O quê, Jason? Que você não quer se casar comigo? – perguntou acida.

Jason trincou os dentes.

—Eu não posso.

—Eu não acredito nas suas desculpas – Piper deu nos ombros.

Jason suspirou.

—Com o que eu ganho não consigo pagar nem um dos seus pares de sapato.

Piper estava prestes a abrir a boca para discutir aquela questão estupida que o loiro tinha com dinheiro, mas ele lhe deu as costas e bateu a porta ao sair. Quando foi se deitar Jason ainda não havia voltado para casa, mesmo sendo a sua única noite de folga da semana.

—x-

Boston, Massachusets

Nada como chegar do um estressante dia de trabalho e encontrar sua linda e delicada namorada, uma garrafa de vinho e um cheiro delicioso vindo da cozinha.

Ah sim, aquilo era vida... E o que fariam depois que comesse? Ele tomaria um banho, e talvez ela se animasse em fazer companhia. Depois veriam um filmezinho mela cueca e fariam amor com tranquilidade. Hylla não era como certa ex de Frank que costumava visita-lo no escritório de advocacia na época que começava a fazer estágio em plena tarde para saciar as vontades da carne. A única coisa que Hazel usava na cozinha era o micro-ondas, e olha lá. Sem falar que ela muitas vezes não o deixava dormir. Exigia demais dele. Mas Hylla não. É claro que Hylla também queria mandar na vida de Frank, mas ela era mais graciosa quando o fazia. Não era a implacável Hazel, que não descansava enquanto não conseguia tudo do seu jeito. Não, com Hylla tinha um meio termo.

—Querido, você não vai acredita no que vai passar hoje no telecine.

Frank fingiu um sorriso.

“Por favor, que não seja nada de Nicholas Sparks, por favor, que não seja nada de Nicholas Sparks” implorou mentalmente.

—O que? – perguntou não exatamente querendo ouvir a resposta.

—Querido John! – exclamou ela animada.

Frank enlaçou sua cintura.

—Acho que poderíamos pular isso. Vocês já decorou as falas desse filme.

Hylla fez um biquinho.

—Acho que não, meu amor. É sempre bom ter certeza, sabe...

Frank prensou-a na parede do corredor.

Seu apartamento era novo, havia acabado de comprar, e teoricamente eles ainda não moravam juntos, mas Hylla não saia de lá. Não que ele fosse reclamar, claro. Casa arrumada, mulher na cama e comida na mesa. O que mais um homem poderia querer?

Hylla tentou resistir, mas Frank agora era o implacável da relação. Enfiou as mãos por dentro do roupão que ela trajava e desceu a boca para seu pescoço. O jantar provavelmente ficaria frio, mas eles não se importavam realmente, ali no sofá, um por cima do outro, apreciando aquele momento íntimo.

Deitados no sofá, com Hylla fazendo carinho nele, Frank pensava seriamente em dar o próximo passo com ela. Vinte e sete anos já era uma idade boa para se pensar em formar uma família. E ele já tinha um emprego invejável no escritório de advocacia mais famoso do estado, um apartamento próprio e carro. Toda a estrutura, caso quisesse realmente fazer aquilo. Percy já havia feito com Annabeth, e não pareciam estar arrependidos.

O que o lembrou...

—Querida, o convite de casamento de Percy e Annabeth chegou. – sussurrou retribuindo os carinhos.

Ela enterrou a cabeça em seu pescoço.

—Para quando é? – perguntou.

—Junho. Mas eles nos chamaram para fazer um cruzeiro com eles, antes do casamento sabe.

Hylla ficou em silencio alguns minutos. Frank já estava quase convencido de que ela havia dormido quando ouviu:

—Reyna vai?

Frank a abraçou com mais força.

—Provavelmente sim.

Hylla afastou o rosto do pescoço dele e fixou seus olhos nos dele.

—Você entende que eu não posso ir na viagem, não é? Quero dizer eu vou no casamento e tudo, mas não tem como passar noites no mesmo navio que ela...

Frank assentiu tristemente. É claro que entenderia... A última coisa que queria era sua namorada e sua cunhada rolando no chão nas comemorações do casamento do melhor amigo.

—x-

Miami, Florida

Bianca di Angelo era pessoa mais rica da Florida. Uma milionária, e nunca havia trabalhado na vida. O único esforço que tinha feito, se é que podia chamar de esforço, foi ser a menininha do papai. Agora o velho estava morto, e com seu irmão fora do testamento ela podia esbanjar a fortuna. Seus dias eram entregues à ociosidade e futilidades. Depois de tomar seu desjejum na beira da piscina decidiu ir ao que chamava de antro da perdição e se entregar à sua atividade preferida: admirar sua coleção de itens sádicos composta, entre outras coisas por açoites, grampos de mamilo e plugues anais de dar inveja à Zoe e Dakota.

Ela nunca foi inocente, mas ultimamente vinha tentando preencher o vazio que sentia no peito recorrendo aos meios sujos e prazeroso, que eram sempre excitantes e algumas vezes dolorosos.

—Srta. Di Angelo? – chamou o gostoso mordomo de Bianca que as vezes fazia as vezes de escravo sexual da própria.

—Sim? – respondeu distraída.

Já estava entediada com a aquela rotina, mas estava apenas tentando seguir os passos de sua ídolo, Paris Hilton. Alguns meses atrás havia adquirido pelo menos dez chihuahuas de um canil, querendo, ao mesmo tempo em que comprava o cachorrinha que era a cara da riqueza chamar atenção para o fato de como era boa com animais. Também havia contratado um agente para percorrer o país e lhe arranjar uma boa oportunidade de exibir seu talento como atriz, modelo e cantora.

—A senhorita pediu para ser avisada imediatamente no caso de alguma correspondência especial.

Bianca olhou com expectativa.

—O que temos aqui?

Will lhe entregou um envelope sofisticado. Bianca o abriu imaginando que festa de Hollywood fora intimada a comparecer. Já não era sem tempo.

Sua primeira reação ao ler o conteúdo foi desapontamento, mas logo recuperou o entusiasmo.

Dispensou Will e começou a andar pela sala, tentando organizar os pensamentos.

—Annabeth e Percy vão se casar...Como eu posso tirar proveito disso? Doze dias num cruzeiro com todos aqueles problemáticos... ISSO VAI SER DEMAIS!!

Quem poderia imaginar no que aconteceria naquele navio em doze dias? Sharks e Jets navegando juntos; Poderia haver de tudo. E seu médico favorito estaria a bordo. É claro que provavelmente estaria com a mulherzinha xarope, mas ela não seria um obstáculo.

Bianca riu.

—Uma visita ao ginecologista, para ver como as coisas andam, não vai ser nada mau...

—x-

Montpelier, Vermont

No estado, dos cinquenta, mais rural dos Estados Unidos, em uma cidade minúscula de cerca de sete mil habitantes, Dakota e Rachel, com seus sete filhos, Che, Jupiara, Marloon, Suriname, Aloha, Panda e Apollo adotavam um modo exótico de vida num trailer. Não que faltasse dinheiro, Dakota ganhava uma respeitável quantia trabalhando como ginecologista na cidade, mas Rachel acreditava que, quanto mais simples fosse a vida dos filhos, mais eles seriam felizes. E nada de escola ou internatos. Ela os educava embaixo de uma grande macieira, falando muito sobre Deus, a natureza e discutindo filosofia.

Dakota assistia Game of Thrones no escritório quando a secretaria anunciou uma paciente de ultima hora. Ele decidiu terminar de ver o episodio antes de chama-la. Uns vinte minutos de espera não matariam a vagina de ninguém.

Tamanha foi sua surpresa quando viu ninguém menos que Bianca di Angelo entrando pela porta.

—Você? – perguntou se levantando para cumprimenta-la.

Via Bianca mais ou menos uma vez por ano, nas consultas de check up que ela fazia – que Rachel nunca sonhasse com isso. Mas ainda deviam faltar uns cinco meses para o retorno de Bianca.

—Estava com saudade – respondeu ela sorrindo. Seus cabelos negros brilhavam, assim como os olhos, com malicia.

—Não está um pouquinho longe de casa, não? – perguntou passando a mão nos cabelos loiros e ajeitando o jaleco.

A Florida estava numa ponta do estado, enquanto Vermont em outra. Era desconcertante Bianca viajar aquela distancia só para vê-lo.

—Não quando se tem um jatinho particular com o tanque cheio. – respondeu ela piscando.

Dakota pigarreou.

—Que bom que você veio mais cedo... Estava preocupado com a sua saúde... Ginecológica.

Bianca arqueou a sobrancelha.

—Pensei que você achasse ela em perfeitas condições.

Dakota riu sem graça.

—Você já sabe onde se trocar.

Quando Bianca entrou no banheiro a culpa atingiu Dakota.

Ele estava casado com Rachel e a amava e respeitava. Não devia estar flertando descaradamente com aquela cachorra no cio, mesmo ela sendo muito gostosa.

Enquanto esperava a paciente seu escritório foi invadido por ninguém menos que Rachel com três de seus sete filhos: Marlon, Che e Aloha. Juníper, sua secretaria, vinha atrás dela.

—Desculpe doutor, mas não consegui impedi-la de entrar, mesmo dizendo que estava com uma paciente. – disse Juníper mal humorada.

Dakota suspirou aliviado. Rachel não sabia que estava atendendo Bianca. Só estava sendo Rachel no final das contas.

—Querida, você sabe que não pode entrar desse jeito... – disse ele levando-a até a porta.

Rachel ignorou e se desvencilhou dele.

—Você não sabe o que eu acabei de receber!

—Greenpeace te nomeou embaixadora do condado? – chutou nervoso.

A qualquer momento Bianca sairia do banheiro praticamente pelada.

—Um convite de casamento de Percy e Annabeth! – exclamou ela animada – e eles estão nos chamando para fazer um Tour pelas Ilhas do Caribe. Sabe, todos nós.

Dakota nem teve tempo para pensar no assunto porque do banheiro saiu Bianca nua em pelo. Rachel ficou branca e depois vermelha numa velocidade recorde. Marlon e Che, que tinham doze e dez anos respectivamente, olhavam descaradamente para os peitos da paciente. Dakota também achou difícil não olhar, porque esse último silicone havia ficado realmente impecável, mas não parecia um bom momento para comentar isso.

—O que significa isso? – perguntou Rachel colocando Aloha no colo de Juníper e as mãos na cintura furiosa.

Dakota engoliu em seco.

—É a minha paciente, oras...

—Eu não sabia que ela era sua paciente. – acusou irada.

Dakota sofreria quando chegasse em casa. Isso era um fato.

Bianca sorriu.

—Ele é o meu ginecologista favorito, sabe... Você deve imaginar o motivo. Acho ele um especialista no assunto.

Rachel estava tão brava que não conseguia nem pensar em algo para falar.

“Isso é muito ruim” pensou Dakota aterrorizado. Se Rachel descarregasse sua fúria agora em Bianca ele contornaria a situação facilmente quando chegasse em casa. Mas se ela não o fizesse... Seria um desastre para ele.

Bianca continuou, muito confortável mesmo pelada.

—Vocês vão no casamento? Mal posso esperar para relembrar os velhos tempos – piscou para Dakota.

Aquilo foi fim da picada para Rachel.

—Dakota, eu vou fingir que você não existe e não vou falar com você até o momento, no navio, em que eu precisar da sua ajuda pra JOGAR ESSA DOIDIVANAS NO MAR. – disse isso e saiu arrastando os dois filhos, um em cada braço. Poucos depois gritou por Juníper, que ainda estava com Aloha no colo e foi atrás dela.

Bianca fechou a porta e se deitou na maca como se nada demais tivesse acontecido.

Dakota tentou se recompor depois do choque. Pôs as luvas e abriu as pernas de Bianca não mais tão interessado.

—Quantos filhos você tem mesmo? – perguntou ela tentando descontrai-lo.

—Sete – respondeu seco.

—Nenhum biológico, né? – perguntou Bianca querendo testar o terreno.

Dakota estava com a mão dentro dela quando respondeu.

—Rachel não vê necessidade de ter filhos quando já há tantos por aí sem pai nem mãe.

Bianca olhou zombeteira.

—Não seria nada mal, uma miniaturazinha sua engatinhando por ai.

Dakota não respondeu nada. Alguns minutos mais tarde se afastou e disse:

—Está tudo normal Bianca, pode ir se trocar.

A consulta tinha acabado.

—x-

Chicago, Illinois

A vida não estava fácil para ninguém, mas para Zoe, estava impossível. Atolada de trabalho no escritório de advocacia não conseguia encontrar paz nem mesmo quando saia a noite para o clube da luta, onde costumava pôr a raiva para fora. As vezes pensava seriamente em largar o emprego estressante em que lidava com assassinos e psicopatas para lutar MMA, mas sabia que não era tão boa para viver disso. Entretanto o que mais estava estressando-a naquele dia era seu ex-marido Grover Underwood; ele havia se recusado a assinar os papeis do divórcio, só para tornar a vida dela mais difícil. E agora o encontrava acampado no jardim da casa que moraram juntos quando casados.

—O que você está fazendo aqui? – perguntou sem rodeios furiosa.

“Como pude me casar com esse verme?” pensou olhando para aquela ridícula barbicha que ele achava sexy mas o faria parecer um bode velho.

—Essa é minha casa também. – respondeu ele lentamente.

—Nós estamos nos divorciando Grover. – cuspiu Zoe.

—Nem fudendo eu vou te deixar cuidando do meu jardim.

—Ahn? – perguntou ela confusa.

Grover revirou os olhos.

—Você não tem capacidade para tomar conta de nada vivo.

Zoe pisou.

—Você está dizendo que vai ficar acampado no quintal da minha casa para tomar conta dessas merdas de plantas?

Grover nem se deu ao trabalho de responder. Simplesmente entrou na barraca que havia armado.

—PODE CAIR FORA – berrou ela alterada.

Ele pôs a cabeça para fora.

—Não enquanto as arvores estiverem aqui.

Era obvio que a intenção real de Grover era deixar Zoe tão puta da vida que preferiria deixar ele com a casa e as arvores a ter que viver com ele em seu jardim. Não era um plano ruim, mas ele não conhecia o temperamento de Zoe verdadeiramente. Ela era imprevisível.

Zoe saiu marchando para o fundo da casa, onde havia uma espécie de quartinho onde todas essas coisas de jardinagem eram guardadas. Acendeu a luz e procurou algo que resolvesse seus problemas. Ela estava ali no canto do quarto.

A serra elétrica.

Sem hesitar pegou-a, e pensou no filme de terror macabro que uma vez havia visto: “O Massacre da Serra Elétrica”. Havia sido apavorante, mas o maníaco que matava as pessoas parecia ter uma satisfação pessoal com aquela serra. Talvez ela também se divertisse. Com as mãos firmes ligou-a. Grover se arrependeria amargamente do dia em que havia decidido infernizar a vida dela.

Começou pelo fundo, não querendo entregar de cara o que estava fazendo. Grover viria averiguar os barulhos e seria impagável sua cara quando visse.

Já havia derrubado umas quatro arvores quando Grover apareceu. Ele quase desmaiou com a cena. Zoe riu ensandecida. Aquilo definitivamente era divertido. Derrubaria uma por uma das arvores.

Grover berrava, chorava e em algum momento tentou nocauteá-la, mas ela simplesmente lhe chutou e por pouco não arrancou seu braço com aquela maravilha que tinha nas mãos. Derrubou as arvores uma por uma, até que não restasse mais nenhuma de pé.

Grover soluçava inconsolável.

Zoe aproveitou a onda de adrenalina que a entorpecia, e quando desligou a serra elétrica pegou um dos pedaços menores de uma das arvores e foi até a fogueira que Grover havia feito na frente da casa em seu acampamento. Em dez segundos a barraca e os pertences de Grover pegavam fogo.

Então entrou em casa finalmente, tendo o cuidado de trancar a porta.

Seria processada por todas as ongs ambientais que Grover conseguiria reunir, e levaria uma advertência do corpo de bombeiros por começar um incêndio praticamente na porta de casa, mas não estava ligando. Grover chorando daquele jeito, não tem preço.

Foi direto nas correspondências empilhadas na mesinha de centro da sala. Contas, contas, um envelope grosso, o convite de casamento de Percy e Annabeth.

Zoe bufou. Que erro eles estavam cometendo. Iam estragar tudo. Pelo menos ela poderia ver Bianca e as outras meninas. E rir na cara de Nico, pela vida fracassada que levava. Aquilo a faria se sentir melhor, com certeza.

—ZOEEEEE! – uivava Grover do lado de fora – Eu ainda vou te trazer para o lado verde escuro da força!!

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Cidade do México, México

Hazel estava se sentindo muito sozinha depois de seu termino com Frank.

Desde que eles terminaram, Hazel vinha amaldiçoando o dia em que conheceu aquele imbecil.

Não que ele fosse um canalha, na verdade ele era perfeito. E esse era o problema.

E agora estava tentando esquece-lo com Sammy Valdez, um primo de Leo. Haviam se conhecido no laboratório de arqueologia onde trabalhavam juntos, e agora estavam namorando sério há três semanas.

Naquele dia, os dois tiraram um tempo do trabalho para ficarem juntos.

Hazel estava se esforçando para não lembrar de Frank, sem sucesso, já que ela estava sentada na pia, coisa que havia acontecido há dez anos, na casa de uma certa vadia chamada Calipso, na época de Battlefield, com Frank.

A vida é engraçada, não é?

De repente, o telefone de Hazel começou a tocar.

—Não atende – disse Sammy.

—Eu preciso – disse ela o empurrando e pegando o celular.

Era Annabeth. Atendeu imediatamente.

—ANNABEEETH!! – exclamou ela

—HAZEEEELLLLL – Annabeth respondeu – que saudades!!

—Nem me diga – ele tentou beijar Hazel novamente, mas ela tentou o afastar sussurrando: - espera!!

—Que? – perguntou Annabeth no telefone

—Nada – respondeu Hazel, ainda não conseguindo se desvencilhar dele – pode falar.

—Ahh, você recebeu o convite?? – perguntou Annabeth

—Convite, que convi... ah ahhh AHH SAMMY aahhhh para com isso! Espera eu desligar. Aheeem... convite, Annabeth? Que convite?

—Hazel, você tá ocupada?

—N-não não NÃO, que isso.

—Ok... o convite do meu casamento, você não recebeu?

—CASAMENTO? O PERCY FINALMENTE VIROU HOMEM??

—Aham – respondeu Annabeth rindo.

—Ah meu Deus!! Eu vou ver se recebi.

—Ok, qualquer coisa me liga que eu mando outro. Beijos.

—Beijos, saudades.

—Demais.

Hazel desligou o telefone e empurrou Sammy com força, e dessa vez conseguiu se desvencilhar dele.

—Você sabe alguma coisa sobre um convite? – perguntou Hazel

Sammy arregalou os olhos e fingiu uma tosse.

—Pfff, o que? Convite? Eu? Claro que não!

—Você mente muito mal – Hazel cruzou os braços.

—Seria pior se eu mentisse bem – Sammy deu uma risada forçada.

—Fala.

—Vieram entregar correspondência aqui no laboratório, e me deram a sua também – disse ele depois de respirar fundo – eu vi o convite, e escondi.

—POR QUE?

—Eu não quero que você reencontre o Frank.

Hazel permaneceu calada por um tempo. Quando conseguiu falar, disse:

—Não acredito nisso.

Ela desceu da pia, pegou sua bolsa abriu a porta do banheiro.

—Hazel, eu só fiz isso por que gosto de você!

—Ninguém me manipula, Sammy. Ninguém.— ela disse sem olhar para trás - Acabou. Mas antes, cadê o convite?

—No meu jaleco – disse ele quase sem voz – deixei pendurado lá na sala de pesquisa.

—Bom. – disse Hazel firme.

Quando ela pegou o convite no jaleco de Sammy, a única coisa que conseguia pensar era: “Estou chegando, Tubaraozão”.

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Atlanta, Geórgia

Nico não sabia exatamente o que sentir. Alivio? Vergonha? Raiva? Provavelmente um misto dos três. Passar a noite na cadeia não estava na sua lista de coisas para fazer antes de morrer, mas estava na de Bianca, ele tinha certeza. Sua irmã vinha explorando o lado radical da vida com todo o conforto que o dinheiro poderia oferecer. Se ele ligasse para ela pedindo para vir ao seu socorro seria humilhante, e não era certeza que ela de fato viesse. Mandaria Nico virar macho, provavelmente, e resolver os próprios problemas sozinho.

“Como se fosse fácil...” pensou infeliz.

Nada tinha sido fácil desde que ele terminara o colégio dez anos atrás.

Na época ele ainda namorava Zoe Nightshade, e gostava dela pra caramba, mas como as faculdades que iam eram em lados opostos do país acharam melhor terminar; aliás, ele achou melhor terminar. Mas também... O que ela queria? Casar? Eles haviam acabado de terminar o ensino médio. Então Zoe foi para a respeitada Yale em New Heaven e Nico foi para a Universidade da Califórnia, em Riverside. Zoe fez faculdade de direito, casou com um amante do verde e se estabeleceu em Chicago. Tudo no tempo certo, como era de se esperar da organizada Zoe. Enquanto Nico estudou teatro, com o intuito de desagradar o pai, e em uma de suas aventuras em Las Vegas acabou se casando com uma desconhecida que na manhã seguinte se mostrou conhecida: Gwen Fields, a antiga repórter da escola. Eles até tentaram fazer isso dar certo, pelo filho, que nasceu nove meses depois do casamento, mas tudo o que Nico tinha a oferecer era o Nicozilla, mais nada. Nem amor, nem dinheiro ou segurança.

Havia sido preso por não pagar a pensão alimentícia de Ben à Gwen. O aluguel de sua kitnet também estava atrasado e não tinha dinheiro nem para comer, então ser preso veio a calhar. Nico sabia que precisava arrumar outro emprego para viver. Lhe pagavam uma mixaria pelos papeis que interpretava no teatro, e ainda sim ficava feliz quando conseguia esses papeis. Eram melhor do que nada, definitivamente.

Um policial veio até sua cela, destrancou-a e abriu espaço.

Nico saiu desajeitado.

—Quem pagou a fiança? – perguntou com a boca seca.

O policial revirou os olhos. Nico estava virando uma presença assídua naquela delegacia.

—Sua ex-mulher tirou a queixa.

Engoliu em seco. Ouviria poucas e boas de Gwen agora.

Quando saiu encontrou-a esperando-o com um frappuccino em cada mão. Ela lhe deu um e começaram a andar pela movimentada rua.

—Sabe, não gosto de ter o pai do meu filho na cadeia. – disse azeda

Nico se concentrou em seu frappuccino de caramelo e esperou ela continuar.

—Você tem que dar um jeito na sua vida.

Ele concordou com a cabeça.

—Eu sei que as coisas estão difíceis mas você tem que dar. Por que não liga para Bianca?

Nico a olhou cético. Ela sabia tanto quanto ele que Bianca nunca o ajudaria a subir na vida.

—Ou então um dos seus amigos... O Percy vai se casar agora em junho. E tem os outros também.

Gwen lhe entregou o convite que havia chegado a casa que eles costumava morar juntos.

Nico leu o convite espantado. Era preciso ter muito dinheiro para bancar um cruzeiro por tantos dias para tantas pessoas e ainda fazer um casamento em seguida. Talvez Gwen estivesse certa; estava na hora de Nico se aproveitar de suas conexões.

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Ilha Cat, Bahamas

Silena e Charles estavam nas Bahamas, em sua quarta lua de mel em seis anos, quando receberam uma ligação de casa.

—Fala, mãe – disse Silena, espreguiçando na cama do quarto do hotel onde estava vendo episódios antigos de Gossip Girl e esperando Charles sair do banho.

—Chegou um convite pra você, florzinha. – respondeu sua mãe no telefone.

—Convite pra que?

—Um casamento.

Silena se levantou imediatamente, e ficou em pé na cama.

—CASAMENTO?? DE QUEM???

— Daqueles seus amiguinhos... Penny e Annabell. Pera, Penny não é nome de mulher? Vish, que modernidade hein Sisi!

—PERCY E ANNABETH? PERCY JACKSON E ANNABETH CHASE?

—A menina chama Percy? Estranho.

—É UM GAROTO, MÃE!! AAAAHHHHH MEU OTP!

—Seu et? Desde quando você tem um et? Aquele banana do seu marido te engravidou e você nem pra contar pra sua mãe?

—MÃE! Se eu tivesse gravida você saberia, já que mora com a gente – Silena revirou os olhos – e não fala assim do meu Charlie... ele é lindo.

—Lindo ele é filha, mas é meio sonso...

—MÃE, TCHAU!

—Te amo filinha! Beijo no coração e se cuida viu?

—TAMBÉM TE AMO MÃE TCHAU

Silena começou a pular na cama assim que desligou o telefone.

—PIMPOSO PIMPOSO PIMPOSO PIMPOOOOSO!!!!!!! – gritava ela.

Charles saiu do banheiro com uma toalha e uma expressão assustada.

—QUE FOI, AMOR?

—PERCY E ANNABETH VÃO SE CASAR! – Silena gritou pulando no colo dele

—Ah, mas que ótimo!

—NUM CRUZEIRO!!

—Melhor ainda. – disse rindo.

—NOSSA PRÓXIMA LUA DE MEL VAI SER NUM CRUZEIRO, OK?

Charles colocou Silena no chão.

—Claro, amor... como quiser.

Silena sorriu de volta e o abraçou.

—Espero que eles sejam tão felizes quanto nós somos.

—Eu também - ele respondeu sorrindo.

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Filadélfia, Pensilvânia

Leo era a puta de Calipso. Simples assim. Durante o dia ele trabalhava como engenheiro em construções civis, enquanto ela tinha uma vida de madame, as vezes trabalhando como corretora, as vezes mandando outro em seu lugar e indo ao salão ou ao SPA. Quando era a noite Leo quem fazia o jantar, lavava a louça, massageava os pés da esposa e se desse tempo até faziam algo embaixo das cobertas. Mas o interesse de Calipso era ser satisfeita, não satisfazer, então Leo muitas vezes tinha que terminar o serviço sozinho no banheiro.

Eles sempre foram grandes amigos e chegaram até a dividir um apartamento perto da universidade que frequentavam, a Brown. Naquela época os dois tinham obrigações iguais e nenhum envolvimento romântico, mas numa certa noite chuvosa com tequila eles acabaram dando uns amassos no sofá, seguidos por sexo. Leo não era o tipo de cara que transava só pro diversão. Sexo para ele tinha um significado – pelo menos agora, então acabaram se envolvendo num relacionamento sério, e quando ele recebeu uma proposta de empregou na Filadélfia a chamou para vir com ele. O que mais poderia fazer? “Foi ótimo namorar você, até mais!”. Não, ele nunca diria algo assim, mesmo que quisesse.

Agora eles moravam numa casa cujo o aluguel era o dobro do que ele pretendia pagar e tinham um cachorro e gêmeos a caminho.

—AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – berrou ela da sala de TV.

Leo terminava de preparar o jantar quando disparou correndo ao encontro dela.

—O QUE?? VOCÊ TÁ TENDO O BEBE? – perguntou apavorado.

Pelo que sabia gêmeos nasciam mais cedo.

Calipso bufou.

—Ah, claro, com quatro meses de gestação vou entrar em trabalho de parto – disse irônica – seu idiota!

Leo cruzou os braços irritado. Calipso balançou um envelope que tinha nas mãos.

—Percy e Annabeth estão nos convidando para o casamento deles em junho e um cruzeiro pelas ilhas do Caribe daqui três semanas.

—Então por que o grito? – perguntou confuso. Aquilo era uma notícia boa, não era?

Calipso bufou novamente. Ele odiava quando ela fazia aquilo. Se sentia um retardado.

—Annabeth vai casar primeiro que eu, e ainda por cima na ostentação.

—Oi? – perguntou ele não entendendo onde ela queria chegar.

—Assim que eu tiver os bebes e recuperar a forma vamos fazer algo maior que eles...

Leo franziu a testa.

—Você tá me pedindo em casamento?

Calipso estreitou os olhos.

—Dá pra ser mais romântico por favor?

“Dá pra ser mais romântica por favor?” pensou amargurado.

—x-

Nova Iorque, NY

Thalia jantava num restaurante chique francês quando Luke lhe entregou o convite. Num típico exemplo da emancipação feminina Thalia era o homem da casa enquanto Luke era a dona de casa. Luke não havia feito faculdade, então não eram muitas as coisas em que podia trabalhar.

Ele era mais útil cuidando do bebe da família: o cachorro Hércules, e cozinhando um delicioso macarrão de quatro queijos. E Thalia com seu diploma de jornalismo ganhava o suficiente para sustentar a todos. Eles moravam num loft no Brooklin e quase nunca brigavam. Não havia pelo que brigar, na verdade.

—O que é isso? – perguntou ela entornando um pouco rápido demais uma taça de vinho.

Luke sorriu cafajestemente.

—O convite de casamento de Percy e Annabeth. E um convite para uns dias num cruzeiro pelas ilhas do Caribe.

Thalia abriu um sorriso.

—Isso vai ser épico.

Luke concordou.

—x-

Nova Iorque, NY

—Este homem é um depravado, um animal, o capeta encarnado. Permitir que ele fique em liberdade depois de todos os seus atos é ir contra a segurança de toda a humanidade. – discursava Reyna diante de um tribunal cheio de figurões.

Era o julgamento de um safado chamado Gabe Ugliano, que estava envolvido em tudo um pouco. Desde furtos e prostituição ao tráfico de drogas e assassinato. Felizmente ele já havia praticamente sido condenado. Com Reyna como promotora era difícil escapar da culpa. Ela era muito convincente. Mais vinte minutos e o juiz lhe concedeu uma pena de quarenta e cinco anos. Reyna ainda achou pouco. Devia ter sido prisão perpetua. Ela gostava da desgraça alheia, ainda mais quando era bem merecida.

Quando o imbecil passava por ela, porém, murmurou um pouco alto demais:

—Isso não está acabado. Ela não tem moral nem mesmo para entrar nesse lugar.

Reyna franziu a testa, sem entender do que ele estava falando, mas achou melhor deixar para lá. Aquilo era ressentimento, com certeza.

Quando chegou em casa, viu o convite de Percy e Annabeth e ficou contente, por eles e por si mesma. Teria férias maravilhosas sem pagar nada por isso, e as companhias não seriam de todo desagradáveis. Pensava em como seria o reencontro quando recebeu uma ligação desconcertante. Era sua mãe.

—REYNA, O QUE SIGNIFICA ISSO NO THE NEW YORK TIMES? – perguntou a mãe furiosa.

Reyna estremeceu. Não por medo da mãe, mas pelo que estava por vir.

Pegou o jornal que não tinha tido tempo de ler no café da manhã. Apesar de morar numa bela cobertura na 5° avenida não tinha muito tempo para ela.

—Que porra é essa? – xingou ao ver a manchete da coluna da sociedade.

Battlefield estava de volta.

E ela mataria alguém por aquilo, com certeza.


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Notas finais do capítulo

Courtney: isso não foi um capitulo, foi um parto. Mas foi legal de escrever entao valeu o esforço u.u

Espero que tenham gostado e até loguinho!!!!!!! :3