Licantropa escrita por fuckholmes


Capítulo 6
Capítulo O6 — Terminando algo que mal começou?


Notas iniciais do capítulo

oooooi! espero que gostem do capítulo, escrevi com muito carinho (:



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Os dias passavam de forma muito rápida, com aulas e mais aulas, sempre uma após as outras. Hoje temos um jogo e essa mesma noite é noite de lua cheia. Minerva preparou todo um esquema para eu tivesse privacidade — ela achara melhor eu não jogar, ou seja, Ted seria o apanhador da Grifinória. Na manhã seguinte ficaria na enfermaria em uma cabine especial dizendo que estava passando mal. Somente os meus amigos próximos teriam autorização para me ver.

O sol estava radiante e eu abri os olhos com receio; o jogo seria incrível, mas eu não poderia assistir. Desci para o café da manhã, eu e Ted continuavamos a nos evitar, como haviamos feito desde a noite em que ele me rejeitou. Não o ignorava por raiva, mas sim por orgulho.

— Eu ainda não entendi porque você não irá jogar — Laila disse quando me sentei à mesa, pegando uma fatia de bolo.

— Não estou me sentindo bem, e tenho o trabalho de Herbologia para terminar — menti em meio a mordidas.

— Se você diz... — ela me retrucou. — Afinal, o que houve entre vocês? — apontou para Ted, que estava sentando na outra ponta da mesa.

— Não quero falar sobre isso — respondi baixo. Meu semblante sério a fez se calar. Logo após levantei, caminhando em direção à sala do professor Slughorn para pegar um frasco de poção Mata-Cão, mesmo sabendo que não iria funcionar, pois ela nunca funcionava direito comigo, porém não queria discutir com a diretora.

— Com licença, professor — falei ao abrir a porta. — Vim buscar minha poção — sorri e caminhei até a mesa dele.

— Claro. Aqui está — ele me entregou um frasco minúsculo com uma poção alaranjada.

— Obrigada — disse saindo da sala e esbarrando com o Ian. Escondi o frasquinho rapidamente no meu bolso.

— Soube que não vai jogar hoje — disse e se aproximou.

— Não estou me sentindo muito bem... — coloquei a mão na cabeça, fingindo dor.

— É melhor ir até a enfermaria — falou, acariciando meu rosto levemente, e um arrepio percorreu minha espinha.

— Não — falei firme, suspirando, mas ele não se afastou.

— Eu sei que você quer isso tanto quanto eu — ele sussurrou, seus lábios estavam próximos aos meus.

— Não, o Ted... — murmurei com um pouco de vontade de não impedi-lo, porém não queria fazer isso com Ted, não queria ser desleal a esse ponto, mas também ele não me queria. Isso havia me machucado mais do que eu pensei.

—Vocês dois terminaram... — as mãos dele agora estavam na minha cintura, me puxando.

— Quem te disse isso? — me soltei abruptamente de seus musculosos braços.

— Hogwarts inteira está dizendo isso — fiquei estupefata. Como assim?

— Nós não terminamos, ok? — falei grossa. — Como pode terminar uma coisa que mal começou? — sai em direção ao salão comunal da Grifinória.

Eu tinha que acha-lo antes que ele fosse para o jogo, pois, apesar de tudo, eu realmente gostava dele e não queria que nós fôssemos apenas uma diversão de volta às aulas. Corri como se agora fosse a última vez em que beijaria seus lábios e olharia seus profundos olhos azuis. Adentrei o salão vazio e logo avistei um papel gigante colado no quadro de avisos, a mesma letra perfeita da última vez. Droga!

Será que eu conto? Dessa vez vou ser boazinha e vou te dar a chance de se revelar a ele. Você tem até o fim da lua cheia de hoje — R

— O que eu faço agora? — sussurrei sozinha e arranquei o cartaz, rasgando-o e jogando no lixo — Pronto... Agora me resta subir até o quarto masculino e ver se ele está lá — mordi meu lábio e comecei a subir os degraus, o coração martelando furiosamente. Vaguei pelo corredor, procurando pelo seu quarto, e um segundo depois o achei. Bati sem receber resposta por um momento.

— Estou indo.

— Tudo bem, eu espero — respondi. Meu coração ainda estava acelerado, e minhas pernas bambas não ajudavam muito.

— Oi — disse desconfiado, ao abrir a porta. Ele estava somente com a calça do uniforme de Quadribol, seu peito desnudo forte exposto, os olhos mudaram de cor e brilharam assim que me viram, nesse momento sim, eu senti que ele me amava.

— Eu sinto muito... — comecei apressadamente, passando meus braços em volta do seu pescoço. — Eu fui infantil, ridícula, estupida, eu não devia ter ficado chateada por motivos tão bobos — terminei, acariciando de leve seu tórax.

— Hey, não se preocupe — apalpou meus cabelos. — Mel, calma.

— Você não vai terminar comigo, vai? — perguntei aflita.

— Porque eu faria isso? Eu te amo — sorri ao ouvi-lo dizer isso, e logo depois os braços dele passaram pela minha cintura, tirando-me alguns centímetros do chão.

— Eu também te amo — ele me beijou ferozmente, enquanto eu brincava com seus cabelos castanhos, prendendo minhas pernas na cintura dele. Em poucos segundo eu já estava deitada na sua cama, seu corpo em cima do meu. Suas mãos acariciavam minhas pernas, tentando ser discreto ao levantar minha saia enquanto eu o arranhava nas costas e dava leve mordidas no ombro. Em meio aos beijos quentes, pude sentir sua mão percorrendo minha camisa, na tentativa de chegar aos botões.

— Acho melhor não — disse sem a mínima vontade de me afastar.

— É... — balbuciou entorpecido. — Eu perco totalmente a cabeça quando estou com você.

— Vá se arrumar para o jogo — sorri enquanto ele percorria o quarto atrás de seu uniforme.

— Afinal, porque não vai jogar? — revirei os olhos com a pergunta, mas eu não queria mentir para ele.

— Estou de castigo — murmurei tentando mais uma vez parecer sincera.

— Quem foi o injusto de fazer isso com você? — riu e beijou meus lábios de leve.

— Longa história — cocei a cabeça e fui em direção à porta. —Ganhe, ouviu? – olhei-o sorrindo e sai do quarto, indo em direção à Floresta Proibida. Ficaria lá até escurecer.

No caminho já se podia ouvir da entrada da floresta a euforia do jogo, principalmente porque jogávamos contra a Sonserina. O clima estava ameno lá dentro, como sempre era; parecia que aquele lugar era o único no mundo que não acompanhava o clima do país. Suas árvores altas e corpulentas muitas vezes dificultava a passagem dos alunos. Andei mais alguns metros e sentei sob a raiz de uma árvore, retirando livros e pergaminhos para estudar.



— Boa tarde, senhorita — Mitchel falou alguns minutos após, aparecendo por detrás de uma das árvores.

— Mitchel, olá — dei um breve sorriso e apontei para ele se aproximar.

— Como vai? Ainda em segredo? — riu baixo se se posicionou ao meu lado, como minha companhia.

— Se depender de mim, vai ser segredo para sempre — mordi o lábio e tirei o frasquinho que ainda estava no bolso das minhas vestes, e, graças a Merlin, que o peso de Ted não estourou. — Eles querem que eu beba isso, mas não vai me ajudar em nada. Poções simplesmente não me afetam — olhei para o céu e logo em seguida para a saída da floresta. Se tudo fosse normal eu estaria feliz com o meu namorado, jogando pelo meu time nesse momento e conseguindo a vitória. Tudo estaria perfeito.

— Sabe, às vezes também me perco nos pensamentos — ele sorriu. — Mas sempre temos que lembrar que nada na vida é como queremos. Se você foi transformada, existe um motivo — finalizou.

— Qual motivo? Um muito ruim, deve ser — respondi ríspida.

— Um maior que todos nós. Quem sabe você não foi transformada para acabar com o preconceito? — ele parecia sincero ao achar aquilo, e além do mais, os centauros tinham aquele lado positivo quando eram companheiros de alguém.

— É. Realmente — disse irônica. — O porquê de eu ter matado também tem um motivo, não é? Será que era para provar que pessoas boas também matam? Ou então para provar que não existem pessoas boas no mundo hoje? — disse já me levantando e pegando meus livros. — Eu achei que você me entenderia bem, por ser assim — apontei para parte superior dele e logo depois para inferior, ele não ousava vir argumentar comigo. — Pena que me enganei. Adeus.

Sai disparada, correndo com toda a minha força e rezando baixo para que ele não viesse atrás de mim; eu não aguentaria. Nos dias de lua cheia eu fico com alguns efeitos como raiva, excitação, medo, tristeza... Chegando perto do salgueiro, murmurei baixo o feitiço que Minerva havia me ensinado e segui em direção a casa. No corredor subterrâneo as paredes eram cobertas de musgos e meu nojo aumentava cada vez mais. Fiquei deitada na cama de farrapos até tirar um cochilo, mas dessa vez sem sonhar.


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Notas finais do capítulo

gostaria de pedir e lembrar para que comentem, apenas com os comentários que eu sei se estão gostando ou não (e o que posso melhorar!!!!) beijos e até em breve.



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