Sombrio Limiar escrita por Anwar Pike


Capítulo 53
Serpenteando entre as Ondas


Notas iniciais do capítulo

Mericcup...!



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Agua. Agua e mais agua a frente, o grande navio agitando sua tranquilidade, criando ondas escuras.

– Coraline, o que você esta fazendo?

Merida perguntou os olhos bem abertos, enquanto observava a garotinha de cabelos azuis brincando com um gato preto em seu ombro.

– Eu o achei, não é fofo? – A garotinha perguntou recebendo um olhar cético do animal.

– Hum, claro. – Merida riu baixinho.

Esticou seu corpo contra a borda, sentindo o vento salgado acariciar suas bochechas.

Soluço, sentado no alto do mastro, olhava a garota sorrir quietamente ao assistir as ondas. O vento parecia sussurrar em seu ouvido. Va até ela.

E ele decidiu obedecer. Saltou do mastro, sentindo um pequeno choque quando sua perna encontrou o chão. Ele se endireitou e caminhou ate ela.

– Hei. – O garoto cumprimentou tímido.

Merida se virou rápido, assustando o viking.

– Ah, oi. – Ela voltou seu rosto na direção do mar.

– Você gosta, eu digo, de navegar e tudo isso?

– Eu amo quase tanto como disparar flechas. – A garota sorriu um pouco.

– Ei, posso te mostrar uma coisa? – Soluço tinha um sorriso animado e o brilho de um garoto travesso nos olhos.

– Ann, creio. – Merida respondeu insegura.

O garoto se aproximou da borda, inclinando-se. Levou os dedos a boca e soltou um longo e fino assobio.

A ruiva ficou parada, a expectativa fazendo seu corpo congelar.

No minuto seguinte, uma enorme forma azul saltou a sua frente, espirrando agua em seu rosto e caindo na agua com um baque. Ela só pode ver a cabeça cheia de pequenos chifres antes da criatura submergir.

– O que no mundo é essa coisa? – Ela gritou, perplexa.

– Em poucas palavras, é uma cobra aquática. Mas, o que me diz, quer montar?

Merida não pode formular uma resposta coerente. Ficou murmurando e gaguejando, chocada com a criatura.

Mas o viking continuava observando-a com aqueles olhos verdes, então ela respirou fundo e se controlou.

– Montar? Você diz... Subir nessa coisa?

– É. Você quer? – Ele parecia estar tentando ser legal com ela. Ou talvez ele estivesse fingindo para leva-la para sua morte.

Qualquer uma dessas opções não era boa de qualquer forma.

– Esta com medo, escocesa? – Soluço sorriu debochado, o tom de desafio em sua voz fazendo os músculos da garota tencionarem.

– Não, viking. Esta bem, eu vou montar.

O sorriso dele se alargou um pouco.

Tomou a mão de Merida com cuidado, como uma bomba prestes a explodir, subiu na borda de madeira e ficou agachado esperando que a garota o seguisse. Com habilidade ela subiu, apesar de sentir as pernas chacoalharem suavemente.

– Vamos lá. – E eles saltaram em direção ao oceano.

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Notas finais do capítulo

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