Sombrio Limiar escrita por Anwar Pike


Capítulo 29
Bem Vindo a Aaron


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu nao sei descrever cidades medievais muito bem, mas vou me esforçar, espero que gostem!



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COMEÇO DA SEGUNDA PARTE

Jack deu tapinhas em seu jumento para que acelerasse os passo. Apenas o fim dessa colina e estariam chegando a grande cidade de Aaron. Como pastor de ovelhas, Jack nunca pudera imaginar um dia estar chegando a uma cidade tao rica e poderosa. Mas as circunstancias o colocaram em marcha ate ela, como um designio do destino. Seu pai havia morrido e desde entao a família passava por serias dificuldades, frio e fome sempre rondando sua humilde casa. Mas sua mae por fim achou uma solução. Jack iria trabalhar na cidade, como aprendiz de ferreiro ou qualquer outro serviço desse tipo. Ele não iria ganhar muito, mas pelo menos teria um salario e sua família ficaria sem fome. A despedida fora a parte mais difícil. Naquela manha sua irmãzinha abraçou o pelos joelhos e pediu que ele não fosse, implorou praticamente. Depois de uma longa e complicada explicação ela concordou tristemente e Jack partiu.

Agora, nas costas de seu jumento, Baby, ele já divisava a cidade no horizonte, tao próxima que parecia uma miragem. O capim alto que ele enfrentara pelo caminho começara a baixar, indicando o cuidado e limpeza da cidade.

Após aguns minutos ele estava atravessando os portões da cidade, onde o movimento do meio dia era intenso. Mercadores anunciando em alta voz seus produtos, civis caminhando e carregando feno ou frutas para suas casas enchiam as ruas estreitas. Jack sentiu como se já fizesse parte dessa barulhenta e movimentada cidade. Desmontou de Baby, e o guiou ate um estabulo próximo. Deixou algumas moedas com o garotinho que cuidava os animais e começou sua busca pela oficina do ferreiro.

Depos de cinco minutos procurando, seus olhos encontraram a placa desgastada pelo tempo, mas ainda com as palavras claras:

Naught Ferros e Brasas

Com um sorriso travesso Jack adentrou a loja empoeirada. Fuligem e um calor insuportável o saudaram ao passar pelas portas de madeira.

Tossindo um pouco ele ouviu uma voz grossa gritar do fundo distante da loja.

– Ah! Ah finalmente Jack! Estava esperando por você.

Jack sorriu para o homem, que se aproximou lhe dando tapinhas nas costas.

– Bocão, é bom te ver também! Da pra ver que a barriga cresceu nos últimos anos.

– Oh meu garoto, as únicas diverções de um homem velho como eu são comer e beber. Então, porque não aproveita-las bem, han? – O velho respondeu limpando a sujeira do bigode louro.

Jack riu e deu uma olhada melhor no lugar ao seu redor. Nos fundos uma porta torta se abria ao que parecia ser o quarto de Bocão. Ao seu redor, armas e pedaços de ferro, inacabados escudos pendiam das paredes. Mesas de madeira grossa se espalhavam desordenadamente por todos os lados e uma grande fornalha, que alimentava mais quatro se encontravam em um canto do aposento.

– Parece que você tem trabalhado bastante...

O homem gordo apenas assentiu e resmungou alguma coisa, já distraindo se com algumas adagas afiadas.

Jack deixou suas coisas em um quartinho nos fundos, que seria seu agora. Com um rápido aviso a Bocão ele saiu para explorar a cidade. E que cidade!

A toda volta varandas adornadas com pinturas e símbolos davam uma beleza única ao lugar. As casas eram, em sua maioria feitas de madeira, mas algumas, maiores e mais afastadas, eram feitas com pedras grandes, quebradas e empilhadas, dando a essas casas um leve ar engraçado, como se estivessem tortas.

O movimento na cidade era continuo, mas apesar da confusão, Jack conseguiu achar uma estalagem para o almoço. O prato do dia era sopa e pao, com umas ervas estranhas que ele nunca tinha provado. Quando as colocou na boca, um sabor amargo se espalhou por sua lingua, fazendo o cuspir tudo no chão.

Ele caminhou pela cidade, vendo a biblioteca, a igreja imponente, uma loja de roupas e, por todas as esquinas, vendedores de artesanato em metal, ou como eram mais conhecidos, ladroes de objetos raros ofereciam suas mercadorias, com os olhos atentos a qualquer sinal dos soldados.

Um deles chamou a atenção de Jack. Ele tinha cabelos castanhos um pouco compridos e barganhava por um colar cheio de pingentes de cobre. O homem não parecia disposto a pagar 70 moedas de prata pelo colar, mas o rapaz conseguiu convece lo, ao final. Admirando o colar, o homem nem notou quando o vendedor, com mãos rápidas agarrou um saco de moedas pendendo de seu cinto.

Jack indignou se.

– Ei, você, devolva o dinheiro para o homem! – Jack falou alto, fazendo o homem que tinha sido roubado parar e se virar. – É, o senhor acaba de ser roubado.

O homem ficou serio e apontou para o vendedor um dedo gordo, ordenando que devolvesse imediatamente.

O rapaz sorriu tentando disfarçar, mas vendo que não funcionou se preparou para correr, passando bem ao lado de Jack, que esticou seu cajado, fazendo-o cair de nariz no chão de pedra.

O homem já havia chamado os guardas, que agarraram o ladrão pelos braços e o levaram arrastando ate o castelo.

Antes porem, que adentrassem as portas do lugar, ele deu a Jack um olhar de morte. Jack pensou, se dando um tapa mental, que já estava arrumando inimigos em seu primeiro dia na cidade. Isso não era bom pressagio.

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Notas finais do capítulo

Comentem!! :D



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