Danger escrita por Vespertilio


Capítulo 4
A missão


Notas iniciais do capítulo

Hey o/
Fico feliz que estejam gostando da fic, de verdade.
Esse capítulo aqui é, de certa forma, uma pequena introdução à FitzSimmon.
Então, boa leitura



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Avião/ 21h35min

Skye olhou ao seu redor.

O lugar não era nada parecido com sua van. Mas poderia acostumar-se a ele se problemas. Ainda vestida a camisa xadrez de Ward, mas prometera a ele que iria entrega-la no dia seguinte. Caminhou um pouco mais pela cabine do avião, parou diante do espelho. Sorriu. Não sabia dizer o motivo, mas olhar para seu reflexo usando uma camisa de Ward era engraçado. No dia que o conhecera não imaginara nem que teriam uma conversa civilizada, quando mais que usaria uma roupa daquele homem.

– Skye? – Deu um salto ao ouvir a porta de sua cabine sendo aberta.

– Jemma! – Fez um sinal para que entrasse. – Bem, eu... Tudo bem?

– Agora sim. – Sorriu para a loira que se sentava ao se lado na cama.

– Você e o Ward, vocês...

– Conversamos. Ele não é totalmente robô.

– Não? – Indagou ao mesmo tem que suspirava de alívio.

– Só meio. – Gargalhou e Jemma a acompanhou.

– Gosto do seu sendo de humor.

– Ah! Desculpe por hoje mais cedo. – A outra franziu o cenho – Por ter dito que peguei uma camisa do Fitz, eu não estou interessada no seu namorado nem nada, então pode ficar...

– Não, não, não, não! – Jemma balançou as mãos freneticamente. – Fitz e eu? Não. Nós não namoramos. – Riu nervoso. – Parece? – Skye fez que sim com a cabeça – Oh! Sabe, eu conheço o Leo há muito tempo, estudamos na mesma academia. Frequentávamos praticamente as mesmas aulas. Tivemos o mesmo orientador de física avançada, e nos formamos juntos. – Ela sorriu, provavelmente por causa de alguma lembrança, mas Skye não sabia dizer – Uou! E teve uma vez que nós montamos um robô que lia mentes, mas não continuamos com aquilo, era perigoso de mais. – “Robô?” formou uma pergunta muda com os lábios - É. Mas, não, não, não, não namoramos. Para ele eu sou uma amiga. Só uma amiga. – Jemma deu de ombros e bufou.

– E você gosta dele... – Concluiu observando a expressão tristonha da cientista.

– Gosto... Quer dizer, NÃO!

– Jura?

– Não sei... Acho que... Talvez... – Bufou novamente – É complicado.

– É, eu sei. É complicado saber o que se passa na mente de outra pessoa. – Abraçou a loira, talvez, pensou, pudesse ter uma amiga ali. – Talvez seja a hora de continuar o projeto do tal robô.

– Ei – A porta de sua cabine foi aberta novamente.

Trajando nada mais nada menos do que, somente, uma calça folgada. Lá estava ele. O humano mais robótico que já conhecera. Entretanto, por um momento, ele não parecera tão robô, parecia até que estava com um sorriso nos lábios. Porém devia ter sido só sua imaginação fértil atacando novamente, pois ao olhar de novo, lá estava a velha expressão “vou sugar sua alegria

– Ward?

– Estou tentando dormir. Gostaria que não fizessem tanto... Barulho.

– O que aconteceu com o cara sensível? – Skye perguntou, era uma pergunta mais para si mesma do que para ele.

– Não. Façam. Barulho. – Foi tudo o que disse antes de bater a porta.

E o Sr. Robô estava de volta!

– Eu acho que a metade humana dele foi completamente levada. – Jemma sussurrou e Skye não pôde deixar de rir.

– Uou, olha só a Nerd fazendo piada!

– Shhhhh. Não podemos fazer barulho, lembra? – Skye revirou os olhos – De qualquer forma, tenho mesmo que ir. Afinal, o Agente Coulson disse que teríamos um dia longo amanhã. – Levantou-se e caminhou até a porta.

– Ah, eu acho que não será um dia fácil.

– Skye?

– Sim?

– Sei que não foi fácil confiar na S.H.I.E... Em nós. Confiar em nós e fazer o que você fez. Mas... Pode confiar. Pode confiar em mim. – A loira sorriu ternamente e um sentimento que há muito tempo não sentia brotou dentro de Skye. Confiança.

– Sim. Eu confio. – Sorriu de volta, e Jemma fechou a porta.

Não havia sido fácil fazer o que fizera, mas precisava que Coulson confiasse nela. E, para isso, precisava confiar nele também. Mesmo que não quisesse confiar. Teria que dar-lhe uma chance.

– Skye, você conhece Mike Martins? – Ele perguntara quando ficaram sozinhos na sala, que aparentemente era de reuniões.

– Não. – Mentira.

– Olhe, eu sei que você o conhece. E, se realmente gosta do seu amigo, vai nos dizer o que sabe sobre ele.

– É? E por qual motivo faria isso? – Ironizara.

– Mike é um dos nomes que encontramos na lista da Centopeia. – Jogara um monte de papéis sobre a mesa. Eram listagens de nomes.

– Centopeia?

– Um projeto que visa criar “super-soldados” para o que chamam de “mundo novo”. – Explicara Coulson – Mas, esse projeto não dá certo. Algo acontece dentro do organismo das...Cobaias. Primeiro ela ficam agressivas, agem como se não soubessem quem são, e realmente passam a não saber. E depois... Explodem.

– Explodem? – Seu coração ficara apertado. Aquilo poderia ser mentira, mas se fosse verdade Mike estava a correr perigo. – Explodem.

– Skye. Só você pode salvar Mike Martins.

– Como sabe que eu o conheço? – Perguntara enquanto limpava as lágrimas que caíam teimosamente.

– Você filmou o Mike, sendo um herói, lembra? Salvando Amanda Winchester do incêndio do prédio Horlan. Você filmou com o seu celular, isso foi um erro Skye. – Ou não, Coulson – Chegamos até você. E sabemos que conhece o Mike.

– Conheço. – Admitira por fim - Mas não muito. Ele foi criado comigo.

– Como irmão?

– Não exatamente.

– Skye? O que mais tenho que fazer para confiar em mim?

Respirou fundo e olhou para o agente a sua frente. Ele poderia não merecer confiança, mas era a vida de um conhecido seu, que estava em jogo.

– Ele foi criado comigo no orfanato. Então depois que saímos de lá, não tive muito mais contato com ele. Mas sei que ele mora em um edifício perto do Horlan. E... – Colocou o documento sobre a mesa – Isso aqui.

– Obrigado, Skye. – Coulson dissera pegando a identidade de Mike, identidade que ela roubara da última vez que o vira. O motivo? Nunca soube. Apenas sentiu que devia fazê-lo. – Agora, vá descansar, teremos muito trabalho amanhã.

Sem dizer uma palavra. Skye foi embora corredor a fora.

Bateu na porta do quarto ao lado e a abriu bruscamente. Seu vizinho deu um salto da cama, que o fez cair. Não conseguindo segurar o riso, Skye gargalhou o que só o fez assumir ainda mais a pose de sugador de felicidade.

– Bom dia, Grant Ward. – Estendeu a mão para ajudá-lo a levantar.

– Bom dia. – Disse ele, que se deteve um minuto olhando para ela – Ainda está com a minha camisa?

– Sim. – Deu de ombros – Acho que ela fica bem em mim.

Também acho.

Pensou tê-lo ouvido dizer, mas fora algo tão baixo que não teve certeza.

– Pronto para missão, cowboy?

– Eu já fiz isso milhares de vezes. – Respondeu seco – Agora, eu preciso tomar um banho. Se me der licença...

– Licença? Eu adoro banhos, cowboy. – Piscou.

– Está me cantando, Skye? – Ward fez-se de surpreso e recuou dois passos.

– Não mesmo, agente. Você não faz meu tipo. Nem um pouco. – Fechou a porta e rumou para seu quarto, sabendo que havia acabado de contar mais uma mentira em sua vida.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo as coisas vão ficar bem agitadas, hahaha! Grandes surpresas "badalosas" para Skye. Posso adiantar que isso vai gerar uma tensão na relação dela com o Ward muahahahahaahaha. E, provavelmente, vocês vão me odiar por isso... Mas não me odeiem



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