Jack saíra do Polo Norte eufórico!!! Ele estava de férias!!!

As suas gargalhadas eram altas, ele podia voltar a fazer tudo como antes. Antes de ser um Guardião e ter responsabilidades!

As partidas que antigamente fazia!

Desfrutar dos dias de Neve sem hora para voltar!

Foi ai que Jack se lembrou de algo que já não fazia a muito tempo. E que queria muito fazer de novo.

Visitar Arendelle!

Já a esvoaçar pelos céus chamou pelo seu fiel amigo – Wind! – chamou sorridente pelo vento. E de imediato foi lançado pelos ares a grande velocidade!

Vamos para cima, para lá das nuvens! – pediu Jack ao vento. E assim foi com rajadas fortes Jack já estava por cima das nuvens e no meio do céu azul lá estava ele. O portal que o levaria para Arendelle.

Até breve amigão – disse Jack para o vento. Wind soprou e Jack balançou. Como se não o quisesse deixar ir.

Eu volto prometo! – disse Jack. E com mais uma rajada de vento já estava do outro lado do portal.

Alguma diferença? Tudo!

Pela primeira vez Jack via o céu azul com um sol quente por cima dele. Os prados estavam verdes. As árvores cheias de fruto. O oceano ao longe brilhava ao refletir o céu.

Jack saltou de pinheiro em pinheiro. Os animais pastavam nos prados. Haviam pássaros a voar. Tudo estava florido.

A montanha onde estava o palácio de Elsa estava coberta por uma camada verde de erva e flores, onde algumas cabras pastavam.

Elsa! – chamou Jack aflito. Como estaria o castelo?

Quando passou a montanha viu o palácio colorido. Parecia um espelho. Refletia todas as cores a sua volta! Não tinha um único centímetro a derreter.

Jack pisou a relva fresca. Sentia a terra húmida do orvalho primaveril debaixo dos pés. Olhou a cristalina ponte a sua frente.

Engoliu em seco. Será que devia ter voltado? E se Elsa continuasse sem o querer receber?

Perdido nas dúvidas hesitou durante alguns momentos. Mas acabou por subir a escadaria. Tocou com a mão o corrimão azul.

Aquele local trazia lhe tantas lembranças de Elsa, do seu riso, do seu sorriso.

Entrou dentro do palácio, empurrou as grandes portas e chamou – Elsa? – deu alguns passos para dentro a espera que ela aparecesse no cimo da escadaria.

Mas ela não apareceu.

Jack subiu para o segundo andar e procurou Elsa pelas varias divisões – Elsa? Elsa? Onde estás? Elsa – mas não parecia haver quaisquer vestígios dela no palácio

Jack foi ter ao quarto que dava acesso a varanda. Entrou e abriu as portas. O sol encadeou com toda a sua luz a entrar no quarto. Fazia o gelo brilhar em incontáveis pontos de luz brilhante.

Jack sorriu. Naquela varanda beijara Elsa pela primeira vez. Lembrava-se das sensações como se daquele instante se tratasse.

Os lábios doces. A boca de gelo que se derretia com a dele. Ela aquecia lhe o coração. Senti-la em seus braços, sentir os seus beijos.

Ela mudara-o naquele momento. Jack nunca se sentira tão bem. Tão preenchido. Jack só com aquele beijo tinha abandonado todas as duvidas do que fazia no mundo.

Mas foi despertado por um canhão ao longe. Ele já não estava naquela noite. Elsa não estava nos seus braços. Ela tinha-o expulsado daquele mesmo castelo. E agora estava ele. Ali sem ela. Sem saber onde a encontrar.

As nuvens causadas pelos disparos de canhões perto da costa chamara-lhe a atenção. O que seria aquilo?

Jack empoleirou-se no parapeito da varanda. Parecia que a cidade ao fundo da colina estava enfeitada com cores. Já não estava coberta de um branco cor de neve. Já não haviam barcos ancorados no mar.

Estava tudo estranhamente… diferente.

Jack saltou para baixo. Saiu do palácio e seguiu até a cidade.

Chegou ao lago e já conseguia ouvir musica de dentro da cidade.

Em pulos grandes ia congelando parte da agua que pisava até chegar a cidade.

Quando pisou a calçada olhou para trás e viu a corrente do rio que iria metros a frente desaguar ao mar. Derreter os bocados de gelo que Jack criara.

Voltou-se outra vez para a cidade e caminhou para dentro dela. Acompanhado pelo seu machado. Convencido que talvez pudesse passar despercebido na multidão.

Mas ao entrar no mercado ficou maravilhado como que viu. O castelo ao cimo era magnânimo e impunha um respeito sobre a cidade.

A cidade parecia em festa! Havia fitas pelos telhados, muitas flores, as crianças brincavam na rua.

Jack sorria ao ver aquilo tudo. Até que uma carruagem de abobaras o traspassa.

A tristeza abalou Jack. Tinha voltado ao mesmo? Não acreditavam nele?

Mas todos acreditavam nele! Todos acreditavam nele agora! Porque é que ninguém o conseguia ver?

Jack tentou falar com algumas pessoas e crianças. Mas não obteve resposta.

Até que desistiu e ficou no meio do mercado a olhar a multidão. Como a muito, muito tempo não fazia.

Estás a ver o que? – uma voz aguda assustou Jack, que com um salto saiu da frente de um boneco de neve.

Mas não era um boneco de neve qualquer, tinha algo de extraordinário com ele. Uma nuvem que o sobrevoava e estava constantemente a nevar para cima dele. Jack sorrio ao ver aquela estranha criatura.

Olá! Eu sou Olaf e gosto de abraços calorosos! – cumprimentou o alegre boneco de neve. Jack pulou admirado – consegues ver-me?

Olaf fez uma cara estanha e responder – e ouvir também! Não sou cego nem surdo!

Jack riu! Alguém o conseguia ver ali! – uau! Consegues me ver! Fantástico!

Não és assim tão bonito! Qualquer um te consegue ver – disse Olaf brincalhão – iiiuuuh! estás muito mal vestido! Como te chamas?

Jack sorriu e estivou a mão ao boneco de neve – Jack! Jack Frost! – Olaf estico-lhe o fino ramo de madeira que constituía o seu braço e disse – Olaf!

O boneco de neve tinha um sorriso de orelha a orelha (mesmo sem as ter)

Jack olhou para si, tinha a gola da camisola de capuz e as bainhas das calças congeladas – o que tem a minha roupa? – perguntou sem perceber ao que se referia o boneco de neve.

Essas roupas são esquisitas! Consegues andar assim na rua? – perguntou Olaf

Jack riu e respondeu – ahah ninguém me vê! Por isso não há problema!

Olaf olhou para Jack e perguntou – tu és maluco?

Jack deu os ombros e saltou para uns metros longe do boneco de neve. Colocou-se atras de uma senhora que estava a comprar peixe.

Quando a senhora se virou passou por Jack sem sequer pestanejar!

Olaf não empalideceu porque já era branco mas disse – arrraaghh! És um fantasma! – disse amedrontado

Jack voltou para junto de Olaf e disse – não sou um fantasma. Sou um Guardião! Protejo as crianças com os outros guardiões!

Guardiões? – perguntou Olaf sem perceber – sim! Os Guardiões, o Pai Natal e o Coelho da Páscoa e também a Fada dos Dentes! – disse Jack orgulhos de sim mesmo.

Olaf virou-se desajeitado com as suas duas bolas de neve dizendo – este não joga com o baralho todo! É malucoo!

Jack riu e voou até Olaf, apanhando-o um pouco a frente. – fala o boneco de neve que tem um nevão por cima dele ahaha – disse Jack

Olaf abriu os braços de pau de madeira e disse – foi quem me criou! É o meu próprio nevão! Assim posso desfrutar do calor e do verão!

Jack riu – ahaha pois se não viras. Jack parou de falar quando vê Olaf parado a olhar para ele com os olhos esbugalhados – o que? – perguntou Olaf

Jack ficou sem jeito e respondeu – na-nada esquece ahaha

Salvo pelos mesmo canhões de a momentos atras. Que ecoaram um ruido por toda a cidade. As pessoas começaram a gritar felizes e Olaf começou a dar pulinhos a dizer – vai começar vai começar!

O que é que vai começar? – perguntou Jack

Olaf perguntou – não sabes? Ao ver que Jack não fazia a mínima ideia Olaf seguro-lhe a mão e puxou-o enquanto explicava – Estas assistir ao maior evento do ano! São os Jogos de Inverno! Em honra da Rainha de Arendelle! O pequeno boneco de neve falava pelos cotovelos, explicou tudo a Jack, enquanto o puxava pelas ruas da cidade.